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Saúde Mental em Colapso: Por Que as Empresas Precisam Agir Agora para Evitar uma Epidemia Silenciosa

A saúde mental no Brasil atingiu um patamar crítico em 2025. Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que o país registrou o maior número de afastamentos por transtornos mentais na última década. Esse cenário alarmante tem levado empresas e governos a repensarem suas estratégias de prevenção e cuidado.
Com a atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que entrará em vigor em 2026, as empresas serão obrigadas a adotar medidas concretas para acompanhar e proteger o bem-estar psicológico dos funcionários. “Como consultora executiva de carreira e terapeuta, com mais de 20 anos de experiência, vejo esse movimento como um passo crucial para transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais saudável e produtivo.”
Neste artigo, vamos explorar os dados mais recentes sobre a crise de saúde mental no Brasil, entender as mudanças na NR-1 e oferecer dicas práticas para que as empresas possam se preparar para essa nova realidade, afirma Madalena Feliciano.
Cenário da Saúde Mental no Brasil em 2025
Os números não deixam dúvidas: a saúde mental dos brasileiros está em colapso. Segundo o Ministério da Saúde, os transtornos mentais mais comuns que levaram a afastamentos em 2025 foram:
– Ansiedade: 45% dos casos.
– Depressão: 35% dos casos.
– Burnout (Síndrome do Esgotamento Profissional): 15% dos casos.
– Outros transtornos (como estresse pós-traumático e transtorno bipolar): 5% dos casos.
Além disso, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) apontou que 70% dos trabalhadores brasileiros já se sentiram sobrecarregados emocionalmente no ambiente de trabalho, e 40% relataram que o estresse impactou diretamente sua produtividade.
“Esses dados refletem uma realidade que já vinha se agravando há anos, mas que foi intensificada pela pandemia e pelas mudanças aceleradas no mundo do trabalho. Para Madalena Feliciano, as empresas precisam entender que a saúde mental não é um problema individual, mas uma responsabilidade coletiva,” comento em minhas palestras.
Atualização da NR-1: O Que Muda para as Empresas?
A Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que estabelece as diretrizes gerais de segurança e saúde no trabalho, passará por uma atualização significativa em 2026. Entre as principais mudanças, destacam-se:
- Obrigatoriedade de programas de saúde mental: As empresas deverão implementar programas de prevenção e promoção da saúde mental, com ações como palestras, workshops e acompanhamento psicológico.
- Avaliação periódica do bem-estar psicológico: Será necessário realizar avaliações regulares para identificar riscos psicossociais, como estresse, assédio moral e sobrecarga de trabalho.
- Treinamento de líderes: Gestores e supervisores deverão receber treinamento para identificar sinais de problemas mentais em suas equipes e saber como agir.
- Adaptação do ambiente de trabalho: As empresas precisarão garantir que o ambiente de trabalho seja seguro e saudável, com medidas como flexibilidade de horários, pausas regulares e espaços de relaxamento.
“Essa atualização é um marco importante, mas também um desafio para muitas empresas. A boa notícia é que, ao investir na saúde mental dos colaboradores, as organizações não apenas cumprem a legislação, mas também aumentam a produtividade, a retenção de talentos e a satisfação no trabalho,” destaco em minhas mentorias.
Dicas Práticas para as Empresas se Prepararem
A implementação das novas medidas exigirá planejamento e comprometimento por parte das empresas. Abaixo, listo algumas dicas práticas para ajudar as organizações a se adaptarem à nova NR-1 e promoverem um ambiente de trabalho mais saudável:
- Crie um Programa de Saúde Mental
– Realize diagnósticos: Faça pesquisas e avaliações para entender os principais desafios de saúde mental enfrentados pelos colaboradores.
– Ofereça suporte psicológico: Contrate psicólogos ou parcele com clínicas especializadas para oferecer atendimento individual ou em grupo.
– Promova campanhas de conscientização: Utilize palestras, e-mails informativos e materiais educativos para falar sobre a importância da saúde mental.
- Capacite os Líderes
– Treine gestores: Ofereça cursos e workshops para que os líderes aprendam a identificar sinais de problemas mentais, como mudanças de comportamento, queda de produtividade ou absenteísmo.
– Promova uma cultura de apoio: Incentive os gestores a criarem um ambiente seguro, onde os colaboradores se sintam à vontade para compartilhar suas dificuldades.
- Adapte o Ambiente de Trabalho
– Flexibilize horários: Permita que os colaboradores tenham horários flexíveis ou a opção de trabalhar remotamente, quando possível.
– Crie espaços de relaxamento: Reserve áreas para pausas, com cadeiras confortáveis, plantas e iluminação adequada.
– Incentive pausas regulares: Promova a cultura de que pausas são essenciais para a produtividade e o bem-estar.
- Promova o Equilíbrio entre Vida Pessoal e Profissional
– Respeite o horário de descanso: Evite enviar e-mails ou mensagens fora do horário de trabalho.
– Ofereça benefícios: Inclua na lista de benefícios opções como terapia online, aulas de yoga ou meditação.
– Incentive atividades físicas: Parcerias com academias ou programas de exercícios podem ajudar a reduzir o estresse.
- Monitore e Ajuste as Estratégias
– Avalie os resultados: Realize pesquisas periódicas para medir a eficácia das ações implementadas.
– Ajuste as medidas: Com base no feedback dos colaboradores, faça ajustes para melhorar os programas de saúde mental.
Exercícios Práticos para os Colaboradores
Além das medidas estruturais, é importante que os próprios colaboradores desenvolvam hábitos que promovam sua saúde mental. Aqui estão algumas sugestões que as empresas podem incentivar:
- Pratique a respiração consciente:
– Reserve 5 minutos por dia para respirar profundamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca.
– Essa prática ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade.
- Faça pausas ativas:
– A cada hora de trabalho, levante-se, alongue-se e caminhe por alguns minutos.
– Isso ajuda a melhorar a circulação e a reduzir a tensão muscular.
- Mantenha um diário de gratidão:
– Anote três coisas pelas quais você é grato todos os dias.
– Esse exercício ajuda a focar no positivo e a melhorar o humor.
Conclusão: Saúde Mental como Prioridade
A crise de saúde mental no Brasil é um desafio complexo, mas também uma oportunidade para as empresas repensarem suas práticas e priorizarem o bem-estar de seus colaboradores. Com a atualização da NR-1, as organizações terão a chance de se tornarem agentes de transformação, criando ambientes de trabalho mais saudáveis, produtivos e humanos.
“Investir na saúde mental não é apenas uma obrigação legal; é um compromisso com o futuro das pessoas e das organizações. Quando cuidamos do bem-estar psicológico dos colaboradores, estamos construindo uma base sólida para o sucesso coletivo,” finalizo.
Que 2025 seja o ano em que as empresas brasileiras assumam a liderança na promoção da saúde mental, transformando desafios em oportunidades e criando um legado de cuidado e respeito.
Madalena Feliciano
Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPC e MF Terapias, consultora executiva de carreira, terapeuta, mãe de 5 filhos, atua como mentora de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 25 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. É administradora, estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros. Atua também com treinamentos comportamentais para líderes e mentorias individuais.
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A complexidade e a liderança por trás dos grandes projetos submarinos

O setor de óleo e gás permanece como um dos pilares estratégicos da economia mundial, responsável por movimentar trilhões de dólares e impulsionar a inovação tecnológica em escala global.Nesse cenário, a exploração offshore, especialmente em águas profundas e ultraprofundas, tornou-se fundamental, exigindo o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais complexas e seguras.
Empresas que atuam com tecnologia submarina têm papel decisivo nesse ecossistema. Elas desenvolvem sistemas integrados de produção submarina, válvulas, bombas, compressores, árvores de natal molhadas e equipamentos de controle de fluxo capazes de operar sob condições extremas de pressão e temperatura. O objetivo é aumentar a eficiência da produção, reduzir custos operacionais e garantir a segurança ambiental das operações.
Nos últimos anos, a digitalização e a automação transformaram profundamente o setor. Sensores inteligentes, sistemas de monitoramento remoto e análise de dados em tempo real permitem prever falhas, otimizar a produção e aumentar a vida útil dos equipamentos. Essa integração entre engenharia, automação e inteligência artificial redefiniu o conceito de eficiência operacional no fundo do mar.
Liderança e Estratégia em Projetos Submarinos
Nesse ambiente altamente técnico e competitivo, profissionais de liderança exercem papel essencial para o sucesso de cada operação. À frente de projetos complexos está Bruno Rompkovski, executivo com sólida trajetória internacional no setor, que atua como responsável pelas áreas de Licitações, Propostas, Operações Comerciais e Projetos em uma das maiores empresas globais de tecnologia submarina.
Rompkovski liderou projetos submarinos de grande porte em diversas regiões do mundo, unindo conhecimento técnico e visão estratégica. Em sua função como Western Hemisphere Tender Manager, ele supervisiona o portfólio de propostas para produtos, sistemas e serviços submarinos no Hemisfério Ocidental, assegurando consistência global, conformidade e alinhamento com os objetivos corporativos.
Sua atuação envolve definir e implementar estratégias de licitação, gerenciar propostas complexas e desenvolver soluções competitivas que impulsionam receitas e destravam casos de negócios desafiadores junto a grandes operadores do setor. O papel que desempenha exemplifica a importância de uma liderança técnica e comercial integrada, capaz de conectar engenharia de ponta, inovação e resultados financeiros sustentáveis.
Os desafios enfrentados por gerentes comerciais e diretores de projetos nesse setor são notáveis. “O ciclo de vendas de soluções submarinas é longo, técnico e envolve contratos de alto valor, frequentemente em múltiplas jurisdições, exigindo uma combinação rara de visão estratégica, domínio técnico e capacidade de negociação”, afirma Bruno.
Atuando em posições que exigem tanto visão comercial quanto conhecimento técnico aprofundado, Bruno gerencia negociações complexas e coordena equipes multidisciplinares. A experiência de Rompkovski ilustra como o sucesso no setor depende de uma atuação integrada, em que gestão, engenharia e estratégia comercial caminham lado a lado para garantir resultados sustentáveis e inovadores.
O futuro do mercado de óleo e gás, em especial no segmento de tecnologia submarina, aponta para uma integração cada vez maior entre inovação, sustentabilidade e automação. A busca por operações mais seguras, eficientes e com menor impacto ambiental orienta novos investimentos em inteligência artificial, robótica submarina e soluções energéticas híbridas.
Assim, o setor continua sendo um dos mais desafiadores e fascinantes do mundo industrial. Profissionais como Bruno Rompkovski exemplificam o perfil de liderança que impulsiona essa transformação — combinando excelência técnica, gestão estratégica e visão global em um ambiente onde inovação e resiliência são essenciais para o sucesso.
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Zurich Seguros anuncia Thales Amaral como novo diretor comercial regional RJ/ES/N/NE

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Parecer do Senado reconhece que o homeschooling é o direito de educar nasce na família

Autoria: Zizi Martins
A luta pelo reconhecimento da liberdade educacional no Brasil tem raízes que remontam a 1994, quando o Projeto de Lei 4.657 propôs, pela primeira vez, a regulamentação do ensino domiciliar. Desde então, milhares de famílias têm enfrentado perseguições judiciais e administrativas por exercerem o direito mais básico: educar seus filhos conforme seus valores, crenças e convicções. O homeschooling não é uma moda, mas uma expressão legítima de um direito natural dos pais educarem seus filhos, que, além de tudo, lhes permite o desenvolvimento pleno de seu potencial em um ambiente personalizado, seguro e alinhado aos princípios familiares.
Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade do ensino domiciliar ao decidir que sua ausência de regulamentação não o torna ilegal, mas sim um vácuo legislativo a ser preenchido. Ministros como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso foram claros: a educação é dever conjunto da família e do Estado, e os pais têm liberdade para escolher a forma de ensino, desde que respeitados os princípios constitucionais Esse marco abriu caminho para a esperança de uma regulamentação justa e equilibrada.
Essa esperança ganhou corpo com a aprovação, em maio de 2022, do PL 1338/2022 pela Câmara dos Deputados. O projeto, que altera a LDB e o ECA para permitir o ensino domiciliar com supervisão estatal, foi aprovado com 264 votos favoráveis, demonstrando amadurecimento político e reconhecimento do direito das famílias. Hoje, tramita no Senado, sob a relatoria da senadora Professora Dorinha, que apresentou parecer, reforçando a necessidade de segurança jurídica para os pais.
O parecer favorável da senadora Professora Dorinha, apresentado em 6 de outubro de 2025, é o fato novo que confirma a necessidade de mudar o rumo do Estado brasileiro em relação ao ensino domiciliar. Como relatora do PL 1338/2022 na Comissão de Educação do Senado, Dorinha não apenas endossou o projeto, mas o fez com um relatório claro, técnico e profundamente alinhado com os princípios da liberdade familiar e da autonomia pedagógica. Ela, que também é especialista em Educação, reconhece que o ensino domiciliar é uma escolha legítima, respaldada por valores constitucionais, e que o Estado tem o dever de regulamentar sem dificultar ou proibir. Esse posicionamento político e jurídico ratifica o que há décadas famílias educadoras buscam em termos de reconhecimento. E que mais de 60 países também já consagraram.
Apesar disso, a perseguição persiste. Em Manhuaçu (MG), o Ministério Público processou cinco famílias por praticarem homeschooling, exigindo matrícula compulsória e ameaçando multas e desobediência. Casos semelhantes ocorrem em diversos estados, revelando um padrão de hostilidade institucional contra pais que buscam apenas o melhor para seus filhos. Essa criminalização da parentalidade é incompatível com uma sociedade democrática e não se sustenta frente às evidências sociais e científicas.
O direito à educação domiciliar é natural, anterior ao Estado, e está protegido por tratados internacionais como o Pacto de San José da Costa Rica, que tem hierarquia constitucional no Brasil. A UNESCO, agência da ONU, em relatório recente, também reconheceu o homeschooling como uma alternativa válida para garantir ambientes educativos seguros, personalizados e inclusivos, alinhados ao direito universal à educação. O mundo avança; o Brasil insiste em punir quem ousa escolher.
A regulamentação do PL 1338/2022 não é um favor, mas uma obrigação. Ela traz regras claras: matrícula em instituições para acompanhamento, avaliações periódicas e qualificação dos responsáveis. Nada disso representa ameaça à sociedade, mas sim responsabilidade e transparência. O que está em jogo é a liberdade educacional: o direito de cada família escolher a melhor forma de ensino, com base em evidências de excelência acadêmica, desenvolvimento integral e valores éticos. O ensino domiciliar tem demonstrado resultados superiores em aprendizagem, formação cívica e preparação para a vida adulta, com alunos mais autônomos, críticos e bem-sucedidos na vida civil.
As famílias que educam em casa não fogem da sociedade. Ao contrário, preparam cidadãos mais autônomos, críticos e resilientes. Estudos internacionais mostram que alunos homeschoolers têm desempenho superior em avaliações e maior taxa de sucesso no ensino superior. No Brasil, a comunidade cresce com eventos, plataformas e materiais didáticos, provando que é possível construir um ecossistema educacional paralelo, plural e eficaz.
É hora de o Brasil reconhecer que a liberdade educacional não é privilégio, mas direito fundamental. O PL 1338/2022 é o caminho para garantir proteção estatal àqueles que já a exercem sob risco. Regular não é permitir, é reconhecer. E proteger não é favorecer, é cumprir a Constituição. A família, não o Estado, é o primeiro e mais importante espaço de formação humana. E esse direito natural merece, finalmente, ser respeitado.
*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente do Conselho Administrativo da ANED, membro fundadora e diretora da Lexum, Presidente do Instituto Solidez e membro do IBDR. Procuradora do Estado da Bahia, Advogada. Com mestrado em direito público e especialização em Direito Religioso, Doutora em Educação, Pós-Doutora em Política, Comportamento e Mídia.