Segurança
Segurança cibernética: por que as organizações devem incrementar os investimentos em sistemas voltados à proteção de dados?
A ampliação do uso da nuvem, a implementação do trabalho híbrido e o uso cada vez mais frequente de inteligência artificial nos dá um retrato das transformações pelas quais as organizações têm passado nos últimos anos. Tudo isso contribui para acelerar o processo de digitalização das empresas, além de impulsionar o crescimento na geração e monitoramento de informações estratégicas e que precisam ser protegidas.
O Gartner, uma autoridade global em pesquisa, antecipa um crescimento de 14,3% nos gastos globais dos usuários finais com segurança e gestão de riscos, atingindo a marca de US$ 215 bilhões até 2024. O valor representa um aumento em relação às projeções para o ano atual, estimadas em US$ 188,1 bilhões.
Ao analisar o cenário, fica claro que, ao mesmo tempo em que a tecnologia cresceu e se tornou essencial, a preocupação com crimes cibernéticos e segurança de dados evoluiu na mesma proporção – ou até mais. Por isso, a expectativa de ampliação de aportes no setor faz todo sentido.
Segundo um relatório recente divulgado pela Infoblox, especialista em monitoramento DNS, 61% dos profissionais de tecnologia entrevistados afirmaram já ter sofrido ataques cibernéticos. Nesse contexto, a empresa de tecnologia Huawei também estima que o número de ameaças digitais tenha crescido 20% ao ano. De acordo com a Cybersecurity Ventures, a previsão é de que os danos causados pelo cibercrime em todo o mundo devem atingir a cifra de US$ 8 trilhões em 2023.
É fundamental, portanto, que as organizações entendam que a segurança da informação não é apenas uma medida reativa, mas uma estratégia necessária para preservar a confiança do cliente, mitigar riscos legais e manter a integridade operacional, evitando, inclusive, prejuízos financeiros. Para entender um pouco mais sobre o que está em jogo para as empresas, é essencial compreender sobre o impacto nessas áreas principais:
- Proteção da confiança do cliente:
A confiança do cliente é um ativo frágil, e a exposição indevida de dados pode abalar irremediavelmente essa relação. Por isso, focar na proteção de dados é importante para manter a integridade das relações comerciais, assegurando aos clientes que suas informações estejam resguardadas contra ameaças cibernéticas.
- Mitigação de riscos legais:
O crescente escrutínio regulatório e a legislação, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), colocam as organizações sob uma obrigação legal inegável. Fortalecer os investimentos em sistemas de proteção de dados protege as organizações contra penalidades decorrentes de violações de segurança.
- Integridade operacional:
A interrupção das operações devido a ataques cibernéticos pode ter impactos devastadores. Assim, a integridade dos dados é fundamental para evitar paralisações, minimizando os danos operacionais e mantendo a eficiência empresarial.
Com tudo isso, o que esperamos e entendemos como tendência do mercado é o incremento no aporte para a implementação de sistemas tecnológicos focados na segurança da informação. A avaliação contínua de vulnerabilidades, a aplicação de práticas avançadas de criptografia e a capacitação constante dos funcionários são cuidados que garantem a robustez das soluções e a resistência contra ameaças em evolução.
*Gilberto Reis é diretor de Operações da Runtalent, empresa especializada em soluções de alocação de profissionais de TI, squads ágeis e serviços gerenciados que atende mais de 100 clientes nacionais e multinacionais em mais de 12 segmentos.
Segurança
Glauco Lima e a border collie Aisha fazem história e conquistam notas máximas em curso de técnicas de resgate e salvamento aquático na Itália
Após treinamento de 13 dias, dupla brasileira passa por avaliação realizada pelo especialista Alessandro Zanini e trazem na bagagem de retorno à Bombinhas (SC), a inédita certificação e registro do Centro Sportivo Educativo Nazionale Cinofilia da Socorsso (C.S.E.N)
O brasileiro Glauco Lima e sua cadela border collie Aisha, estiveram na Itália entre os dias 1 e 14 de outubro, onde participou do seleto Curso Operacional em Salvamento Aquático, ministrado pelo renomado profissional Roberto Ciomei, da Scuola Addestramento Unità Cinofile da Salvataggio. A imersão teve como objetivo o aprendizado e aperfeiçoamento das técnicas italianas direcionadas a cães de resgate e salvamento aquático, tanto no mar quanto em lagoas.
Divulgação
De acordo com o brasileiro, residente de Bombinhas (SC), ao viajar para o treinamento italiano, não possuía conhecimento prévio sobre a experiência que vivenciaria. Ele pontua que o apoio da agência Puerto Svago Cecina, localizada na Toscana, foi bastante importante sendo responsáveis por toda a parte logística da imersão, envolvendo a tradução, hospedagem e alimentação, dele e de Aisha que puderam estar todo o treinamento junto a equipe italiana da Scuola Addestramento Unità Cinofile da Salvataggio (SAUCS).
“Todos os membros da equipe trabalharam da melhor maneira possível para que eu pudesse absorver o conhecimento dos treinamentos apresentados para o trabalho operacional de resgate e salvamento no mar e em lagoas, onde os cães são utilizados como apoio para minimizar o esforço do salva-vidas, evidenciado em diversas situações”, explica Glauco Lima.
O treinador e empresário destaca três importantes aprendizados apresentados no treinamento:
- Patrulhamento: desenvolvido em uma praia, com limitação de área de banho aos banhistas, onde o salva-vidas orienta com o apito e o cão auxilia o profissional. Na técnica de salvamento, o cão fica em cima de uma prancha e, junto com o salva-vidas, acompanha a movimentação dos banhistas. Caso seja percebida alguma situação de afogamento, a ação é iniciada, colocando a pessoa na prancha. O cachorro ajuda a direcionar a prancha com a pessoa resgatada até a areia, e, nesse momento, caso seja necessário, o salva-vidas realiza a reanimação cardiopulmonar ou outro procedimento.
- Situação de pânico: nessa abordagem, o cão entra no mar junto com o salva-vidas. Quando a pessoa sofre qualquer tipo de pânico dentro da água, o cão recebe um comando para pegar a ponta da corda e puxar a prancha em direção à areia, enquanto acalma a vítima e ajuda no trabalho do salva-vidas.
- Tempo: o terceiro modelo de atuação destaca o tempo ganho com a ajuda do cão ao retirar uma pessoa do mar. Se a pessoa já se afogou, o resgate é feito através de uma prancha de SUP. O salva-vidas aplica a técnica chamada “técnica do flipper”, coloca a pessoa em cima da prancha, e o cachorro pega a ponta da corda atrelada à prancha, nadando até a areia. Nesse tempo, o salva-vidas já está executando a massagem para estimular a reanimação pulmonar da vítima de afogamento, aumentando as chances de salvar a vida.
“Após os dias de aprendizado, foi realizada uma prova em que pude executar as técnicas e ser avaliado na natação e no trabalho com a Aisha. Fomos aprovados pelo responsável da organização e certificador, Alessandro Zanini, com nota máxima em todos os exercícios. A Aisha já era treinada para obediência básica e fazia outros comandos, mas as técnicas de salvamento ela aprendeu com a equipe na Itália. Vale destacar que cães da raça border collie não são comumente treinados para esse tipo de trabalho. O que fiz com a Aisha deu certo graças à sua capacidade cognitiva e ao seu temperamento. Ela não conhecia muito o mar, então tudo o que ela aprendeu foi na Itália, com esse método”, orgulha-se o brasileiro que, juntamente, com Aisha passam a contar com a certificação e registro do Centro Sportivo Educativo Nazionale Cinofilia da Socorsso (C.S.E.N).
Divulgação
O brasileiro destaca que, além das técnicas aprendidas, o networking realizado com os profissionais italianos foi muito importante para seus projetos no Brasil. Ele lembra que foi treinado por Jean Carlos Perrota, delegado responsável pelo treinamento na região da Toscana e importante profissional da FISA (Federazione Italiana Salvamento Acquatico), que despertou o interesse de profissionais brasileiros e deu início a uma parceria com a Sobrasa, uma organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção de afogamentos no Brasil.
“Os italianos foram grandes padrinhos da minha imersão e missão na Itália. Eu me preocupava em como transmitir todos esses conhecimentos aos brasileiros, mas eles foram super solícitos, inclusive autorizando a gravação de vídeos que serão compartilhados em minhas redes sociais, @glaucolimatreinador. Só tenho a agradecer, pois os ensinamentos foram de grande valia para os projetos a serem desenvolvidos no Brasil”, finaliza Glauco Lima.
Segurança
UNG e IBV instalam Banco Vermelho em prol ao feminicídio zero
Equipamento será fixado nesta sexta-feira (20), às 15h, no Shopping Metrô Itaquera
Nesta sexta-feira (20), o Shopping Metrô Itaquera receberá intervenção educativa e de mobilização do Instituto Banco Vermelho (IBV), em iniciativa de enfrentamento à violência contra a mulher. Em parceria com a Universidade Guarulhos (UNG), o mall abrigará um banco gigante, que será fixado na área externa do shopping, próximo à entrada principal, simbolizando a luta contra a violência de gênero, em convite a todos para sentar-se, refletir e agir sobre o tema. A instalação ficará disponível no local até o 31 de outubro.
Para Andrea Rodrigues, presidente do Instituto Banco Vermelho, a intervenção em São Paulo é um marco para o movimento. “Chegar a um Estado tão populoso e representativo, como São Paulo, e, especialmente em um shopping de grande circulação, é um avanço crucial na nossa luta pelo feminicídio zero. A parceria com o Shopping Metrô Itaquera só reforça o compromisso das empresas privadas com a pauta, que impacta diretamente a qualidade de vida de todos nós enquanto sociedade”, afirma.
A instalação, além de ser visualmente impactante, oferece conteúdo educativo sobre a Lei Maria da Penha e os diversos tipos de violência que as mulheres enfrentam. Um QR Code instalado no banco direcionará os visitantes para informações detalhadas sobre a lei e disponibilizará canais de ajuda para mulheres em situação de risco. O objetivo é proporcionar prevenção, educação e acesso a serviços de apoio.
Yuri Neiman, reitor da UNG, ressalta a importância da ação. “A parceria da Universidade Guarulhos com o Instituto Banco Vermelho reflete nossa preocupação em combater o feminicídio. E a instalação de um banco gigante, além de chamar a atenção para esta causa, é uma forma de mobilizar e conscientizar a sociedade para promover o respeito, a igualdade e a dignidade de todas as mulheres, fortalecendo a luta contra a violência doméstica”, pontua.
Ilton Nobrega, superintendente do Shopping Metrô Itaquera, também destaca o apoio à causa.
“Apoiamos essa ação para dar visibilidade aos direitos das mulheres e reforçar a importância de campanhas como essa, que luta pelo feminicídio zero em todo o Brasil”, comenta.
A ação faz parte da parceria entre o Instituto Banco Vermelho, o centro de compras e a UNG, e conta com o apoio do Governo Federal, por meio do Ministério das Mulheres.
Segurança
Silvio Almeida sob investigação: STF decidirá se caso segue adiante
A Polícia Federal (PF) enviou um relatório preliminar ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (12), solicitando que a Corte avalie sua competência para julgar as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida. Como as acusações remetem ao período em que Almeida ainda ocupava um cargo com foro privilegiado, a PF quer que o STF decida se o processo será conduzido pela Corte ou por instâncias inferiores. O prazo para essa decisão não foi definido.
Na semana passada, Almeida foi demitido pelo presidente Lula, após o portal Metrópoles divulgar as denúncias, que também foram confirmadas pela organização Me Too. Uma das vítimas já prestou depoimento à PF, mas os detalhes seguem sob sigilo.
Em defesa, Silvio Almeida afirmou que repudia as acusações, classificando-as como “mentiras” e “absurdas”. Ele destacou o impacto pessoal e profissional que o caso tem causado, lamentando que as denúncias prejudiquem sua trajetória em prol dos direitos humanos no país.
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