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Sessão solene na Câmara homenageia Marcha das Mulheres Negras
Uma sessão solene na Câmara dos Deputados homenageou a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver realizada nesta terça-feira (25) na Esplanada dos Ministérios em Brasília.

Organizada pelo Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, a mobilização nacional busca colocar em pauta os direitos básicos desse segmento da população – como moradia, emprego e segurança –, mas também uma vida digna, livre de violência e ações de reparação.
A sessão foi aberta pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) que disse que o plenário da Casa, lotado de mulheres negras, representava o povo brasileiro.
“O povo brasileiro é uma mulher negra. Temos o compromisso de que muitas outras mulheres negras ocupem o Congresso Nacional. Temos uma bancada negra que tem um projeto de país. A agenda passa por reparação e a ocupação das mulheres negras em todos os espaços de poder.”
Para a coordenadora da bancada feminina, deputada Jack Rocha (PT-ES), a marcha não é apenas um ato político, mas sim um projeto político de país.
“É um projeto político ocupar esse plenário, ter um orçamento que nos caiba, construir um Brasil antirracista. Saudamos as nossas ancestrais. As nossas vozes não podem ser silenciadas”, disse.
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Segundo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, presente na sessão solene, a marcha tem um simbolismo muito grande.
“Precisamos ser vistas, respeitadas como cidadãs, com todos os direitos constitucionais garantidos. Depois de 300 anos de escravidão, continua o racismo estrutural. São mais de 100 anos sem reparação histórica”, disse a ministra.
Para a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, a marcha das mulheres traz um recado para o Estado brasileiro: “Se vocês combinaram de nos matar, nós combinamos de não morrer. Vamos transformar o Estado brasileiro, com justiça racial para o nosso povo.”
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver marca o sonho e o futuro desejados para o país.
“Hoje é dia da gente marchar, é dia de emoção e de revolução”, afirmou a ministra.
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Saúde instala consultórios móveis em cidade devastada por tornado
Duas semanas depois da devastação na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, causada pela passagem de um tornado, o governo federal iniciou nesta segunda-feira (24) atendimentos médicos em seis consultórios móveis instalados na cidade.

As unidades do programa Agora Tem Especialistas foram montadas dentro de dois contêineres e têm estrutura completa para consultas médicas e apoio psicológico e contam com desfibrilador, eletrocardiograma, computadores e insumos diversos.
Os moradores também terão acesso a serviços de vacinação, distribuição de medicamentos e pequenas cirurgias, como remoção de verrugas e pintas para biópsia.
As estruturas podem atender cerca de 50 pessoas por dia e funcionam todos os dias da semana, das 8h às 17h. Nos fins de semana, o foco será em casos urgência e emergência.
Os consultórios permanecerão na região por três meses.
Ajuda
Nas últimas semanas, o governo federal tem mobilizado profissionais e entregado kits emergenciais para diversas cidades do Paraná. Mais de 35 especialistas da Força Nacional do SUS (FN-SUS) foram enviados para os municípios afetados pelo tornado.
Segundo o governo, mais de 2 mil atendimentos focados em saúde mental e apoio psicossocial foram realizados pela FN-SUS, além de 498 atendimentos assistenciais e 141 atividades de bem-estar.
Foram também entregues kits emergenciais de medicamentos e insumos estratégicos na Farmácia da 5ª Regional de Saúde, em Guarapuava e distribuído nas unidades de saúde de Rio Bonito do Iguaçu. Os kits incluem 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos.
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Pesquisa revela como os brasileiros vão comemorar o Natal de 2025
As luzes coloridas nas vitrines e as árvores decoradas anunciam a chegada de uma das épocas mais aguardadas do ano: o Natal. Um levantamento realizado pela Globo, chamado “Comemorações de Fim de Ano 2025”, aponta como os brasileiros pretendem viver este momento. O estudo mostra que 95% da população planeja comemorar a data com o caráter afetivo e cultural da celebração.
Mais do que um feriado, o Natal é um símbolo de união. Para a maioria, a ocasião é sinônimo de reencontro com familiares e amigos, momentos à mesa e trocas de presentes. O estudo aponta que 74% dos entrevistados pretendem realizar uma refeição especial, como almoço ou ceia, enquanto 78% desejam presentear alguém.
A pesquisa também revela a força da mídia na criação do clima natalino. Desde a decoração das lojas até os programas de TV temáticos, o público se inspira em conteúdos que destacam o espírito de confraternização. É o início de um período em que emoção, consumo e tradição caminham lado a lado.
A ceia como o grande símbolo das celebrações
Quando o assunto é Natal, o momento à mesa continua sendo o ponto alto das comemorações. Segundo o levantamento, três em cada quatro brasileiros planejam reunir a família para compartilhar uma refeição especial. A tradição, enraizada na cultura do país, faz da ceia um dos principais motores da economia de fim de ano.
Os supermercados e atacarejos são os preferidos para as compras, com 78% dos consumidores afirmando que vão adquirir os ingredientes para preparar seus próprios pratos. Os outros 22% optam por encomendar os pratos prontos. Para os comerciantes, o período representa uma oportunidade valiosa.
O desafio está em equilibrar preços e atratividade, já que o consumidor de 2025 está mais atento ao orçamento. Ainda assim, os brasileiros não abrem mão de produtos que despertem o sabor e o encanto do Natal, como panetones, vinhos e sobremesas típicas.
Tendências de consumo: equilíbrio entre economia e indulgência
Este ano vem acompanhado de uma postura mais racional diante dos gastos. A pesquisa aponta que 64% dos brasileiros pretendem reduzir despesas com a ceia, e 79% vão planejar as compras com antecedência para aproveitar promoções e evitar imprevistos. A busca por economia, contudo, não elimina o desejo de desfrutar de produtos de qualidade.
O apelo emocional ainda é forte: 80% dos entrevistados afirmam que o Natal é o momento de “se permitir” consumir algo especial. Por isso, itens premium e tradicionais ganham espaço nas listas de compras, mesmo em meio à contenção de gastos. Marcas que souberem equilibrar preço e experiência têm boas chances de conquistar o público.
Outro fator relevante é a praticidade. Seis em cada dez consumidores valorizam soluções convenientes, desde cestas prontas até alimentos de preparo rápido. As cestas de Natal, que combinam alimentos e bebidas em uma única embalagem temática, continuam uma alternativa popular, tanto para presentear quanto para facilitar o planejamento das refeições.
Presentes de Natal: entre o afeto e o autocuidado
Presentear é outro gesto que marca o Natal dos brasileiros. O estudo indica que 78% da população pretende comprar presentes neste ano, com destaque para as classes A e B, onde o índice chega a 90%. Os filhos, pais e companheiros continuam sendo os principais destinatários.
Entre os itens mais procurados estão chocolates e doces (60%), roupas e calçados (57%) e brinquedos (56%). Produtos tradicionais como panetones e chocotones aparecem logo em seguida, com 55%. Já as cestas de alimentos e bebidas, que combinam itens festivos e utilitários, foram mencionadas por 33% dos entrevistados.
Roupas, cosméticos e produtos de higiene pessoal estão entre os favoritos de quem quer celebrar o autocuidado. A maioria planeja fazer as compras com antecedência: 44% até um mês antes do Natal, e 26% na semana que antecede o feriado, aproveitando a Black Friday.
A influência da mídia e o retrato do Natal brasileiro
Cerca de 57% dos brasileiros afirmam se inspirar nas decorações vistas na televisão, e 46% dizem tirar ideias de programas culinários para preparar a ceia. Filmes, séries e propagandas também ajudam a reforçar o clima de esperança e união característico da data.
Contudo, os consumidores desejam se ver representados nessas narrativas. Sete em cada dez entrevistados afirmam que as campanhas publicitárias devem valorizar o jeito brasileiro de comemorar a data, com simplicidade, criatividade e alegria.
O Natal de 2025 promete ser, portanto, um reflexo do equilíbrio entre tradição e modernidade. Mesmo diante dos desafios econômicos, os brasileiros mantêm viva a essência do feriado: reunir, compartilhar e celebrar o que realmente importa.
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Brasil pode evitar 1 em cada 4 casos de obesidade até 2035 com políticas integradas, aponta estudo
A obesidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença global. No Brasil projeta-se um cenário preocupante: de acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com as tendências atuais, o país pode atingir cerca de 30% da população adulta com obesidade em 2035, no entanto, através de estratégias bem definidas, essa incidência pode ser reduzida em até 25%.
Nas últimas décadas, o aumento da obesidade é um dos principais desafios de saúde pública no país. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, quase 70% da população brasileira está acima do peso e um em cada três é obeso. Entre as crianças, em apenas quatro décadas, o número de obesas aumentou dez vezes. Os hábitos alimentares cada vez mais ultraprocessados e a redução das atividades físicas cotidianas criaram um ambiente propício ao ganho de peso e ao surgimento de doenças crônicas associadas.
O estudo “Perfil nutricional e presença de ingredientes críticos em alimentos ultraprocessados no Brasil”, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), aponta que 98% dos ultraprocessados vendidos no país contém ingredientes nocivos à saúde. A pesquisa analisou 10 mil produtos disponíveis em grandes redes de supermercados e mostra que pelo menos 97,1% deles apresentam pelo menos um componente em excesso, como sódio, gorduras, açúcares livres ou produtos para intensificar cor, sabor e textura.
Diante desse cenário, fica claro que combater a obesidade exige mudanças de comportamento, políticas públicas eficientes, seguras e novas formas de enxergar a relação com a comida e o corpo.
Tirar o foco da perda de peso
Muitos programas e mensagens de saúde colocam o peso corporal como o objetivo principal, porém há crescente consenso de que o foco deve ser a saúde e a qualidade de vida, não apenas o número na balança. O Manual de Atenção às Pessoas com Sobrepeso e Obesidade do Sistema Único de Saúde (SUS) indica que a perda de peso pode ser um resultado, mas não o único objetivo da intervenção.
Direcionar o foco para hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física regular e bem-estar mental, torna possível criar condições para ganhos contínuos, invés de buscar “dietas milagrosas”. O tratamento deve favorecer os comportamentos positivos permanentes, sem a culpa ou pressão desmedida sobre o indivíduo.
Adotar uma alimentação adequada e saudável
A recomendação é priorizar alimentos in natura ou menos processados, como frutas, verduras, legumes, leguminosas e evitar alimentos ricos em calorias vazias, o Guia Alimentar para a População Brasileira reforça essa indicação. Um padrão alimentar saudável melhora diversos fatores de risco, entre eles pressão arterial, glicemia e colesterol, independentemente de uma grande perda de peso.
Para algumas pessoas, ainda que a meta seja modesta ou gradual, já existem benefícios concretos à saúde. Se o objetivo é fortalecer a alimentação, suplementos como o Whey Protein podem ser aliados, desde que usados com orientação adequada. Eles complementam a dieta, mas não substituem refeições balanceadas.
Praticar atividade física regularmente
Movimento não se limita em “queimar calorias”: é essencial para saúde cardiovascular, metabólica, equilíbrio emocional e longevidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a falta de atividade física é uma das variáveis mais associadas à obesidade. Indica-se encontrar modalidades de exercício que gosta e consiga incorporar à rotina, seja caminhada rápida, bicicleta, esporte de lazer ou musculação, para que a prática virar um hábito, não sacrifício.
Acolher e cuidar do lado emocional
A obesidade envolve também fatores emocionais, sociais e psicológicos. Cuidar da saúde mental significa criar redes de apoio, tratamento com nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, além de políticas públicas que promovam a autoestima. No acolhimento espera-se que a pessoa se sinta protagonista de sua jornada.
Quando o sistema de saúde adota essa visão integral, que reconhece determinantes além das questões genéticas e metabólicas, é possível reduzir não apenas a incidência de novos casos, mas o avanço da doença em pessoas já afetadas, preservando qualidade de vida.
Conclusão
O Brasil conseguiria evitar cerca de 1 em cada 4 casos de obesidade projetados para 2035 ao aplicar quatro estratégias integradas: mudar o foco do peso para a saúde, melhorar a alimentação, incentivar a atividade física e acolher a dimensão emocional. O estudo do IESS mostra que políticas integradas podem reverter projeções alarmantes.



