O Sevilla tomou medidas enérgicas para combater o racismo durante o empate de 1 a 1 contra o Real Madrid na 10ª rodada do Campeonato Espanhol, no sábado, 21 de outubro. Um torcedor que cometeu agressões xenófobas e racistas nas arquibancadas do Estádio Ramón Sánchez Pizjuán foi identificado e expulso. As autoridades policiais presentes também foram notificadas sobre o incidente. Além disso, a equipe espanhola anunciou que o torcedor enfrentará consequências severas de acordo com seus regulamentos disciplinares internos.
O atacante brasileiro Vinícius Júnior, que estava envolvido em uma discussão com jogadores da equipe da casa no momento dos incidentes, elogiou a rápida resposta do Sevilla em uma postagem em suas redes sociais. Ele também mencionou a triste ocorrência de outro ato racista durante a partida, desta vez envolvendo uma criança. Vinícius Júnior expressou seu desejo de ver mudanças na legislação e punições criminais para os autores de tais atos.
Este não é o primeiro episódio de racismo direcionado a Vinícius Júnior no futebol espanhol. Segundo Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), as instituições espanholas não têm agido com rigor contra o racismo, e isso tem levado a um número significativo de denúncias não resolvidas.
O jogador brasileiro já enfrentou insultos racistas no passado, incluindo um episódio no Estádio Mestalla, onde ouviu gritos de macaco das arquibancadas. O jogo foi interrompido por oito minutos, e Vinícius Júnior se envolveu em uma briga que resultou em sua expulsão.
O apoio a Vinícius Júnior veio de diversas partes, incluindo o presidente da Fifa, Gianni Infantino, que o nomeou para liderar um comitê especial antirracismo. O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu que entidades esportivas tomem medidas firmes para combater o racismo no futebol.