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Internacional

Shutdown histórico expande efeitos: atrasos nos aeroportos e pressão política em Washington

Veja os principais pontos afetados!

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Foto: O secretário do Departamento de Transportes dos EUA, Sean Duffy 30/01/2025 REUTERS/Kevin Lamarque

O maior shutdown da história dos Estados Unidos chega ao seu 36º dia com impactos cada vez mais amplos e visíveis. O impasse político em Washington, iniciado por uma disputa orçamentária entre o Congresso e o então presidente Donald Trump, já ultrapassou a esfera partidária e começa a atingir a infraestrutura do país — dos aeroportos à imigração.

O líder da maioria no Senado, republicano John Thune, afirmou nesta segunda-feira (3) à imprensa estar “otimista” com a possibilidade de avanço nas negociações, mas admitiu que ainda não há acordo à vista. “As vítimas da paralisação dos democratas estão começando a se acumular”, declarou. “A questão é por quanto tempo os democratas vão continuar com isso. Mais um mês? Dois? Três?”

Enquanto a tensão política persiste, o governo anunciou uma medida emergencial para conter o caos nos aeroportos. O secretário de Transportes, Sean Duffy, determinou a redução de 10% dos voos programados em 40 dos principais aeroportos do país, a partir de sexta-feira (7). A decisão, segundo a Agência Federal de Aviação (FAA), busca aliviar a pressão sobre os controladores de tráfego aéreo, muitos dos quais trabalham sem receber há mais de um mês.

Com mais de 13 mil controladores e 50 mil agentes da Administração de Segurança no Transporte (TSA) afetados, os atrasos e cancelamentos já se multiplicam. Autoridades americanas alertam que novas restrições podem ser adotadas se o impasse persistir, por motivos de segurança operacional.

Na área de imigração, o reflexo do shutdown é menos visível, mas igualmente preocupante. O advogado Vinicius Bicalho, membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), explica que o sistema não parou completamente, mas está mais lento e sobrecarregado. “Ainda não há um impacto direto, mas o ritmo das análises e entrevistas vem diminuindo. O shutdown vai mostrando seus efeitos aos poucos, especialmente nas áreas que dependem de burocracia e volume técnico”, afirma.

Bicalho ressalta que quem depende de processos migratórios — como renovações, pedidos de visto e green cards — deve redobrar o cuidado e buscar orientação especializada. “O momento exige acompanhamento jurídico e planejamento, porque os prazos e etapas administrativas podem mudar sem aviso prévio”, alerta o especialista.

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Internacional

Mauro Vieira e Marco Rubio avançam em negociações sobre tarifas

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© Vinicius Loures/Câmara dos Deputados e U.S. Department of State

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se nesta quarta-feira (12) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo. 

Segundo o Itamaraty, os dois conversaram sobre o andamento das negociações bilaterais envolvendo tarifas comerciais.

Mauro Vieira informou que o Brasil encaminhou, no último dia 4 de novembro, uma proposta de negociação aos Estados Unidos, após reunião virtual entre as equipes técnicas dos dois países.

O chanceler ressaltou a importância de avançar nas tratativas, conforme orientação dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que falaram do tema durante encontro recente na Malásia.

Os ministros concordaram em marcar uma nova reunião presencial, em data próxima, para discutir o estágio atual das conversas e buscar entendimento sobre as medidas tarifárias. 

Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30 

Tarifaço

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no dia 26 de outubro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e ocorreu durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Durante a reunião, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação.

Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 

“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, cada um coloca seus problemas, a tendência natural é encaminhar para um acordo”, afirmou o presidente.

Na semana passada, Lula disse voltaria a telefonar para o presidente dos Estados Unidos caso não houvesse avanços nas negociações comerciais entre os dois países até o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que está sendo realizada em Belém (PA). 

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Internacional

Trump diz que reduzirá tarifas para importação de café

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© Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que muito em breve vai reduzir as tarifas de importação que incidem sobre o café. Ele, no entanto, não detalhou quais países produtores serão beneficiados pela medida.

A declaração foi feita durante entrevista de Trump ao programa The Ingraham Angle, da Fox News, na terça-feira (11).

“Vamos reduzir algumas tarifas e vamos deixar entrar mais café. Tudo isso acontecerá muito rápido e com muita facilidade. É um processo cirúrgico bonito de se ver. Nossos custos de importação estão muito mais baixos”, declarou o presidente norte-americano após ser questionado sobre a alta dos preços nos EUA.

Nesta quarta-feira (12), a informação foi confirmada pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em outro programa da emissora, o Fox and Friends. Segundo Bessent, os norte-americanos verão “anúncios substanciais” nos próximos dias com o objetivo de reduzir os preços de produtos como café, bananas e outros itens não cultivados nos Estados Unidos.

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Bessent também não entrou em detalhes sobre como essa redução de tarifas será conduzida. Disse apenas que os preços serão reduzidos “muito rapidamente” e que os norte-americanos começarão a se sentir melhor em relação à economia no primeiro semestre de 2026.

Até 2024, os EUA figuravam entre os principais destinos do café produzido no Brasil e o principal importador de cafés especiais brasileiros, adquirindo aproximadamente 2 milhões de sacas do produto, a uma receita superior a US$ 550 milhões ao ano. 

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), o café brasileiro representa mais de 30% do mercado norte-americano. O Brasil é o principal exportador de café para os Estados Unidos, destino de 16% das exportações brasileiras do produto.

A Agência Brasil contatou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Itamaraty, e está aberta à manifestações. 

As duas pastas aguardam declaração oficial do governo norte-americano. 

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Internacional

Brasil é reeleito para presidir Conselho-Executivo da ONU Turismo

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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Brasil foi reeleito nesta terça-feira (11), em Riade, na Arábia Saudita, para seguir no comando do Conselho Executivo da  Agência Especializada das Nações Unidas para o Turismo, a ONU Turismo. Por um placar de 21 a 13, o país venceu a disputa contra a Eslovênia.

A votação ocorreu durante a reunião do 125º Conselho Executivo da ONU Turismo, o órgão dedicado à promoção do turismo responsável, sustentável e universalmente acessível.

A decisão mantém o Brasil no comando das decisões estratégicas para o setor, como atração de investimentos, qualificação profissional, sustentabilidade, a relação entre o setor e as mudanças climáticas e a digitalização, entre outras.

No encontro na capital saudita, a Eslovênia foi definida como primeira vice-presidente do órgão e a China, segunda vice-presidente.

Com a reeleição, o ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, seguirá à frente do órgão até 2026.

Em nota, o Ministério do Turismo (MTur) afirma que a escolha reafirma “a liderança do país no turismo mundial”.

A reunião do Conselho foi marcada pela despedida do atual Secretário-Geral da ONU Turismo, Zurab Pololikashvili, após oito anos. Em seu lugar assumirá a xeica, Shaikha Nasser Al Nowais, dos Emirados Árabes Unidos, primeira mulher eleita para o cargo de secretária-Geral em 50 anos da entidade.

Repercussão

A secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, que representou o Brasil no encontro e defendeu a candidatura do Brasil para a recondução ao posto, garantiu que a ONU Turismo, sob a presidência brasileira, irá “fazer do próximo ano um ano espetacular para o turismo mundial”.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, que participa da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém, enviou uma mensagem elencando os avanços da gestão do atual governo brasileiro no segmento do turismo, como:

·         a inauguração do primeiro escritório da ONU Turismo da Região das Américas, no Rio de Janeiro;

·         a criação dos Comitês de Mérito e de Turismo e Ações Climáticas, para os quais o país também foi eleito para o comando pelos próximos dois anos;

·         a realização da eleição que recomendou a líder em turismo, Shaikha Nasser Al Nowais, dos Emirados Árabes Unidos, como primeira mulher ao cargo de secretária-geral desta entidade internacional dedicada ao turismo.

Turismo Internacional no Brasil

Com base nos dados divulgados pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), em parceria com o Ministério do Turismo e a Polícia Federal, o turismo internacional no Brasil tem registrado um forte crescimento.

De janeiro a outubro de 2025, o país já soma 7.686.549 chegadas. O volume é recorde e representa um aumento de 42,2% sobre o mesmo período de 2024, quando o registro ficou em 5,4 milhões de chegadas ao Brasil, confirma a Embratur.

O território brasileiro já é configurado como o maior número de visitantes estrangeiros para os primeiros dez meses registrados na série histórica.

A Argentina segue na liderança como maior país emissor de turistas para o Brasil. Nos primeiros dez meses deste ano, os destinos brasileiros registraram a chegada de quase 3 milhões de argentinos.

O segundo lugar entre os maiores emissores fica com o Chile (661.850 entradas) no mesmo período. Em terceiro lugar estão os Estados Unidos, com 614.348 chegadas e crescimento de 7,34%.

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