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SP oferece R$ 50 mil por informação de suspeito por morte no aeroporto

O estado de São Paulo anunciou recompensa de R$ 50 mil para quem fornecer informações que levem à sua captura de Kauê do Amaral Coelho, primeiro suspeito identificado por participação no homicídio de Antônio Vinícius Gritzbach, morto no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro, por disparos de arma de fogo.
A Polícia Civil cumpriu, na manhã de hoje (19), mandados de busca em endereços relacionados a Kauê, na região do Jaraguá, na capital paulista. No entanto, os policiais não encontraram o suspeito, e o mandado de prisão temporária por coautoria no homicídio – expedido pela Justiça na sexta-feira, a pedido do Ministério Público – não foi cumprido.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que, desde a ocorrência, há um trabalho intenso e integrado entre as forças policiais. “Nós chegamos à identificação e qualificação do primeiro indivíduo confirmado como um dos autores desse homicídio”, disse Derrite, em entrevista coletiva nesta terça-feira (19). Segundo o secretário, são no mínimo cinco envolvidos.
“Através do sistema de monitoramento do aeroporto, chegamos às imagens que comprovam detalhes da participação dele no assassinato”, disse. “O Kauê aparece uma hora antes do pouso do avião do Vinícius. Um pouco antes [dos disparos], ele aponta para o Vinícius, mostrando para os criminosos que estavam no Gol e desceram atirando”, relatou o secretário.
De acordo com a Secretaria de Segurança (SSP), o suspeito, que foi preso em 2022 por tráfico de drogas, circulou pelo saguão do aeroporto no dia do crime. Conforme a investigação, assim que Kauê viu a vítima seguindo em direção ao desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam na área externa em um carro.
O rapaz é considerado foragido e sua foto está sendo divulgada pela SSP. “O irmão dele [que estava em um dos endereços] informou aos policiais que o Kauê já havia ligado avisando que provavelmente, ou possivelmente, as polícias iriam atrás dele”, disse Derrite.
Segundo a SSP, “objetos de interesse da investigação” foram apreendidos nos endereços dos mandados. Apesar de não informar quais seriam os objetos, a pasta acrescentou que armas e drogas não estão entre as apreensões.
Na tarde de sábado (9), três mochilas com armas de fogo foram encontradas nas imediações do aeroporto. Foram apreendidas pelos policiais dois fuzis 762 e um fuzil 556, uma pistola 9 milímetros e uma placa automotiva, além dos carregadores e munições dessas armas. Derrite confirmou, na entrevista, que as armas encontradas foram usadas no homicídio de Gritzbach.
Antônio Vinícius Gritzbach era investigado pelo envolvimento com uma facção criminosa. Ele foi acusado de lavagem de dinheiro do grupo e de ter mandado matar duas pessoas da facção. Segundo a promotoria, na colaboração para atenuar a pena, o réu citou agentes públicos.
Em 12 de novembro, oito policiais citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público com Gritzbach foram afastados da corporação, informou a SSP. A corregedoria representou junto ao Poder Judiciário pelo compartilhamento de informações, que estão sob sigilo, para que sejam usadas nos respectivos procedimentos administrativos disciplinares já instaurados.
A SSP informou ainda que, de acordo com a Delegacia Geral de Polícia, que determinou a o remanejamento, os policiais citados em depoimento prestado pelo réu foram afastados das atividades operacionais para funções administrativas.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Outras
Caminhada de mulheres lésbicas protesta contra violências e racismo

Como parte das atividades da semana da diversidade que precede a 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, foi realizada neste sábado (21) a 23º Caminhada de mulheres lésbicas e bissexuais de São Paulo. Com concentração no Largo do Paissandú, às 13h, o grupo caminhou até a Praça da República com o objetivo de trazer visibilidade às lutas das mulheres lésbicas e bissexuais para direitos, cidadania e reconhecimento de sua existência.
O evento contou com saudações de organizações, coletivos lgbt+, feministas, representantes do poder público, de entidades da sociedade civil, além de atrações musicais.
“A ideia da caminhada surgiu em 2003 a partir do Seminário Nacional de Lésbicas que decidiu sair das discussões e fazer um ato publico. Mulheres saindo em caminha para visibilizá-las dentro desse semana da diversidade, porque até então não eram tão vistas. Foi para lutar por visibilidade que seguimos carregando a nossa bandeira em um dia de luta e diversão para celebrar nossa existência, nossa, vida e reivindicar nossos direitos”, disse Cinthia Abreu, organizadora da caminhada.
De acordo com a organização, em sua 23ª edição, a Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo se consagra como um dos principais marcos de luta e visibilidade de mulheres lésbicas e mulheres bissexuais no mês do Orgulho LGBTQIA+ na cidade, consolidando-se como um potente ato político de resistência e insurgência.
“Seguimos ocupando as ruas em defesa intransigente da democracia e contra todas as formas de opressão: o patriarcado, o sexismo, o racismo, a lesbofobia e a bifobia. Caminhamos firmes, coletivamente, afirmando nossas existências, nossas resistências e nossas conquistas. Exigimos justiça, dignidade e plenos direitos para todas as mulheres lésbicas e bissexuais”.
Manifesto
Durante o ato, foi lançado o Manifesto 23ª Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais de São Paulo 2025 Por uma vida livre das violências e do racismo! Em defesa da democracia e sem anistia aos golpistas!, dizendo que “a lesbofobia e o racismo não apenas se entrecruzam, mas operam como forças estruturais de exclusão que violentam diariamente, principalmente as mulheres negras lésbicas e nossa comunidade como um todo, negando-lhes o acesso à educação de qualidade, ao mercado de trabalho e à cidadania”.
Segundo do manifesto, as políticas públicas não protegem e ignoram essas pessoas, já que casos de lesbocídios crescem exponencialmente a cada ano. “Nesses casos, o silêncio e a invisibilidade imperam permitindo e também promovendo crimes de ódio com requintes de crueldade. Vamos honrar suas memórias tanto neste manifesto quanto em todas as nossas lutas diárias, como mulheres que poderiam, e ainda podemos, ter o mesmo destino que elas. Recusamos esse cenário para as nossas vidas e para toda a sociedade”, afirma o texto.
Direitos
A diarista Luciana Cabral, 42 anos, participou da caminhada ao lado da companheira e professora de educação física Paloma Cesáreo Cabral, de 39 anos.
Elas são casadas há duas décadas e entendem como essencial a participação em atos públicos.
“É o terceiro ano que a gente vem. Estamos aqui pela política de sobrevivência, direitos e permanência, pelo direito de ser quem a gente é”, destaca Luciana.
Paloma também lembra da importância do diálogo com as famílias. Ela conta que alguns parentes invalidam o sentimento existente entre mulheres lésbicas: “Estamos casadas há 20 anos e eles ainda estão esperando a gente virar amiga.”
Para a cineasta Alice Leal Chiappetta, 24 anos, a caminhada é uma oportunidade de levar para as ruas uma luta que não pode ficar restrita às redes sociais. “Precisamos dessa união política, essa humanização de nós mesmas, nos conhecermos para fora das redes, entender tudo que as mais velhas já lutaram e não perder isso”, ressalta.
Outras
Anac investiga acidente de balão em Santa Catarina com oito mortos
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou neste sábado (21) que está adotando as providências necessárias para averiguar a situação do balão que pegou fogo e caiu em Praia Grande (SC). O acidente deixou oito mortos, enquanto 13 sobreviveram.
O governador em exercício de Santa Catarina, Francisco Oliveira Neto, decretou luto oficial de três dias.
Conforme as informações preliminares, em meio ao princípio de incêndio no cesto, o balão desceu até perto do chão, quando 13 pessoas conseguiram desembarcar. Antes que as outras oito saíssem também, a aeronave voltou a subir de repente. Quem não conseguiu sair morreu com os ferimentos causados pelo fogo ou pela queda, ao saltar para fugir das chamas.
“O piloto e outras 12 pessoas conseguem sair do balão, mas outras pessoas não conseguem, e, novamente, o balão acaba subindo involuntariamente”, disse o delegado-geral Ulisses Gabriel, chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, em entrevista à Rádio CBN. “A partir daí, quando ele [o balão] está numa certa altura, algumas pessoas acabam pulando desse balão. Três pessoas não pularam e acabaram morrendo abraçadas”.
As 13 pessoas que sobreviveram foram levadas a um hospital de Praia Grande, sendo que cinco permanecem em observação, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Vídeos publicados nas redes sociais por testemunhas do acidente mostram o momento em que alguns passageiros saltam do balão, antes de ele despencar em chamas.
O local em que o balão caiu, próximo a um posto de saúde em uma área rural de Praia Grande, segue sob perícia. Segundo informações preliminares da Polícia Civil, o acidente pode ter relação com um maçarico utilizado para iniciar a chama do tanque que esquenta o ar do balão.
Identificação de passageiros
As oito vítimas fatais foram:
Leandro Luzzi
Leane Elizabeth Herrmann
Leise Herrmann Parizotto
Everaldo da Rocha
Janaina Moreira Soares da Rocha
Fabio Luiz Izycki
Juliane Jacinta Sawicki
Andrei Gabriel de Melo
A lista de sobreviventes, com 12 passageiros e o piloto, também foi divulgada:
Elvis de Bem Crescêncio (piloto)
Leciane Herrmann Parizotto
Thayse Elaine Broedbeck Batista
Marcel Cunha Batista
Claudia Abreu
Rodrigo de Abreu
Victor Hugo Mondini Correa
Laís Campos Paes
Tassiane Francine Alvarenga
Sabrina Patrício de Souza
Fernando da Silva Veronezi
Leonardo Soares Rocha
Luana da Rocha
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Manifestações
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, publicou nota afirmando que “estamos todos consternados com essa tragédia. As equipes seguem prestando todo o apoio necessário às famílias”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também publicou nota oficial, lamentando as mortes e colocando o governo federal à disposição das autoridades estaduais e municipais.
Em nota, a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) lamentou o acidente e disse cooperar com as autoridades na tentativa de esclarecer os acontecimentos. “Neste momento de dor, nos colocamos à disposição das autoridades competentes para colaborar, dentro dos limites estatutários da nossa atuação, com qualquer informação técnica ou suporte que possa contribuir com os desdobramentos e investigações necessárias”, diz o texto.
A entidade esclareceu que tem como objetivo fomentar a prática esportiva do balonismo, mas não tem competência para regular ou fiscalizar passeios turísticos em balões de ar quente.
“Neste instante delicado, nos unimos em respeito e sentimento às famílias enlutadas. Que encontrem força para atravessar este momento irreparável. Seguiremos atentos aos desdobramentos do caso e disponíveis para apoiar no que estiver ao nosso alcance, dentro das atribuições que nos cabem legalmente”, diz o texto assinado por Johny Alvarez, presidente da confederação.
Tradição em balonismo
O município de Praia Grande, que apesar do nome não está em área litorânea, é um dos principais destinos para quem busca passeios turísticos em balões, devido a condições geográficas e meteorológicas favoráveis e à proximidade de cânions de grande beleza cênica. Na região ficam os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. A cidade vizinha de Torres (RS) é reconhecida como a capital brasileira do balonismo.
Outras
Lula lamenta morte de oito pessoas em queda de balão em Santa Catarina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota oficial para lamentar a queda de um balão em Santa Catarina que deixou oito mortos e colocar o governo federal à disposição das vítimas e autoridades locais.
“Quero expressar minha solidariedade às famílias das vítimas do acidente ocorrido com um balão na manhã deste sábado em Santa Catarina. E colocar o governo federal à disposição das vítimas e das forças estaduais e municipais que atuam no resgate e no atendimento aos sobreviventes”, diz o texto da nota, que foi publicada também nos perfis verificados de Lula nas redes sociais.
A tragédia ocorreu por volta das 9h na cidade de Praia Grande, famosa pelos passeios de balão sobre os cânions de grande beleza cênica da região, que fica próxima ao Parque Nacional de Aparados da Serra e ao Parque Nacional da Serra Geral.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o balão pega fogo no ar antes de despencar no solo.
O governador Jorginho Mello confirmou, às 11h, que havia 21 pessoas no balão de ar quente, das quais oito morreram e 13 sobreviveram e foram encaminhadas a hospitais da região. As vítimas da tragédia ainda não foram identificadas.