Saúde
Sua primeira corrida: orientações para começar com segurança e saúde

Modalidade conquista milhares de brasileiros; veja como iniciar, evitar lesões e garantir uma boa recuperação
A corrida de rua nunca esteve tão em alta no Brasil. Reflexo disso são os números da tradicional São Silvestre: em 2024, o evento atraiu 37.500 participantes, volume cerca de 10% superior ao registrado no ano anterior. A adesão crescente sinaliza não apenas a popularidade do esporte, mas também um maior interesse da população por atividades físicas ao ar livre e mais autonomia na prática esportiva.
Muito além das provas oficiais, a corrida se firmou como fenômeno social, amplificada por influenciadores digitais que compartilham rotinas de treino e estimulam a adesão de novos praticantes. Para quem deseja embarcar nesse universo, surge a dúvida: como dar os primeiros passos de forma segura e eficiente?
Planejamento: o segredo para evitar lesões
Ao contrário do que muitos pensam, correr não é simplesmente sair pela rua. Cada pessoa possui características físicas próprias e limites que precisam ser respeitados. Assim, o ponto de partida indispensável é uma avaliação médica, que permite identificar eventuais restrições e definir o nível de esforço adequado.
Na ânsia por evoluir rapidamente, é comum que iniciantes cometam o erro de impor treinos intensos logo no início. Isso tende a gerar desgastes musculares e articulares, quando não lesões mais sérias. A recomendação dos especialistas é clara: comece devagar, intercalando caminhadas com curtos períodos de corrida, e só aumente a intensidade conforme for ganhando resistência.
Equipamento adequado: fundamental para o conforto
Não menos importante é a escolha do calçado. O tênis ideal deve proporcionar amortecimento e estabilidade, evitando sobrecargas nas articulações. Avaliar a pisada — neutra, pronada ou supinada — é outro aspecto que faz toda a diferença para evitar desconfortos, dores e problemas posturais.
Nutrição e hidratação: combustíveis do desempenho
A alimentação assume papel estratégico na corrida. Carboidratos garantem a energia necessária para suportar o esforço físico, enquanto proteínas são essenciais na regeneração muscular. A hidratação, por sua vez, deve ser constante. Durante o exercício, a perda de líquidos e sais minerais pode comprometer o rendimento e causar fadiga, câimbras ou até mesmo quadros de desidratação. Por isso, consumir água antes, durante e após os treinos é indispensável.
Fortalecimento muscular: proteção e eficiência
Engana-se quem acredita que correr basta para se manter em forma. Trabalhar o fortalecimento muscular é determinante para evitar lesões, além de melhorar a performance. Exercícios como agachamentos, pranchas e alongamentos aumentam a resistência e favorecem a estabilidade das articulações, sobretudo dos joelhos e tornozelos — pontos vulneráveis na prática da corrida.
Além disso, a musculatura fortalecida proporciona maior controle postural, evitando sobrecargas na coluna e permitindo movimentos mais eficientes ao longo das passadas.
Onde correr: segurança e regulamentação
Exercícios ao ar livre são garantidos por legislação no Brasil. O Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) orienta a criação de espaços urbanos voltados ao esporte, enquanto o Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997) estabelece normas de segurança para corredores em vias públicas. Ainda assim, a recomendação é sempre priorizar parques, praças ou pistas exclusivas, minimizando o risco de acidentes.
Benefícios além do físico: corrida e saúde mental
Os ganhos proporcionados pela corrida vão além do condicionamento físico. A prática regular libera neurotransmissores como endorfina e serotonina, que promovem sensação de bem-estar e ajudam a reduzir o estresse. Para muitos, trata-se também de uma válvula de escape emocional.
É o caso de Guilherme Kfouri, corredor amador há cinco anos, que relata: “comecei a correr na pandemia dentro do meu prédio, em espaços pequenos, como uma forma de distração. Hoje, a corrida tornou-se parte do meu dia a dia e já competi em provas de longa distância. O que mais me motiva no esporte é a liberdade de poder exercitar em praticamente qualquer lugar e perceber a evolução ao longo dos meses.”
A pesquisa realizada pela Olympikus reforça essa tendência: 75% dos corredores amadores começaram a correr na pandemia. Atualmente, são cerca de 13 milhões de brasileiros praticando a modalidade.
Recuperação muscular: suplementos como aliados
Para quem inicia na corrida, o cuidado com a recuperação muscular é tão importante quanto o treino em si. Nesse contexto, alguns suplementos podem ser úteis. O ômega 3, por exemplo, possui reconhecidas propriedades anti-inflamatórias, ajudando a reduzir dores musculares e melhorando a circulação sanguínea — aspectos que favorecem uma recuperação mais rápida e eficiente, além de prevenir lesões.
Outros nutrientes, como a glutamina, que fortalece o sistema imunológico e protege os músculos do catabolismo, e a creatina, conhecida por aumentar a força e acelerar a regeneração, também podem ser considerados, especialmente por quem deseja melhorar o desempenho e evitar o desgaste excessivo.
Estabelecendo uma rotina: como manter a consistência
Mais do que um exercício, a corrida representa um estilo de vida. Para transformá-la em hábito, o ideal é estabelecer uma rotina de treinos, com metas progressivas e realistas. Aumentar gradualmente a distância ou o tempo das corridas é uma forma eficiente de manter a motivação, evitando sobrecargas e frustrações.
Por fim, correr é mais do que se movimentar: é conquistar saúde, bem-estar e qualidade de vida. Com planejamento, paciência e os cuidados certos, iniciar na corrida pode ser uma experiência transformadora, capaz de proporcionar benefícios físicos e emocionais ao longo da vida.
Saúde
Padilha reafirma que tarifaço não fará Ministério da Saúde retaliar

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou nesta sexta-feira (25), em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos contra o Brasil não fará com que o ministério haja contra a propriedade intelectual como forma de retaliação. Padilha disse que o país deve apostar na negociação e não se mover por “anúncios irracionais” do presidente Donald Trump.
“A nossa postura é essa, não vamos nos mover por anúncios irracionais porque já foram feitos aos montes e não necessariamente viraram realidade. Não vamos mudar qualquer tradição do Ministério da Saúde, de apostar na parceria público-privada, de apostar na atração de investimentos internacionais, no respeito à propriedade intelectual, nós somos signatários do dos Acordos da OMS [Organização Mundial da Saúde]”, disse.
Para o caso de uma eventual retaliação do Brasil contra os EUA, a lei brasileira de reciprocidade, já em vigor, estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.
Impacto
Alexandre Padilha reconheceu que, caso o tarifaço, de fato, entre em vigor no primeiro dia de agosto, a área da saúde do Brasil deverá ser afetada negativamente. Padilha afirmou, no entanto, que o país atualmente é menos dependente do comércio de insumos com o exterior do que era há alguns anos.
“Se essa irracionalidade [as tarifas anunciadas pelos EUA] virar uma realidade, é lógico que vai afetar a área da saúde. Qualquer coisa que vá contra o livre comércio, contra o ambiente de produção, o ambiente de cooperação, afeta a saúde”, disse.
“Mas o Brasil também é menos dependente hoje dos Estados Unidos do que já foi em anos anteriores, em relação aos produtos que possam ser adquiridos aqui no nosso país, incorporados no nosso país”, acrescentou.
O ministro ressaltou que o caminho brasileiro será o de continuar a fortalecer a produção nacional para diminuir a dependência externa. Ele citou recentes acordos feitos com a China e a índia, no contexto do Brics, para a produção nacional de insulina.
“A decisão do Brasil é cada vez mais fortalecer a capacidade de produção de insumos de medicamentos, tecnologias na área da saúde, serviço da saúde para não depender de ninguém. Nós vamos continuar a nossa trilha de fortalecimento da nossa capacidade de produção aqui no Brasil, de atração de investimentos”, afirmou..
Chamada Pública
Segundo Padilha, entre as ações de fortalecimento nacional, está o lançamento, realizado nesta sexta, na Fiesp, da chamada pública para credenciar o primeiro Centro de Competência em Tecnologias de RNA do país. Com foco em RNA mensageiro (mRNA), a iniciativa – que conta com uma das mais avançadas e seguras tecnologias para vacinas e terapias do mundo – integra um pacote de ações voltadas à soberania científica do Brasil, para as quais foram destinados R$ 450 milhões do governo federal.
Rio de Janeiro (RJ), 06/07/2025 – A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos Foto-arquivo:Tânia Rêgo/Agência Brasil – Tania Rego
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde e pela ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Luciana Santos, durante o evento Saúde Estratégica Brasil – Américas, organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), na sede do sindicato das indústrias.
“Nós sentimos bem na pele o que significa a dependência. Sentimos isso de maneira aguda durante o período da covid-19. Embora nós tivéssemos no Brasil experimentos e produção de vacinas, como é o caso do Butantan e da Fiocruz, nós tivemos dependência, embora também produzíssemos, não foi o suficiente”, disse Luciana Santos.
O regulamento da seleção pública incentivará a execução de projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como parcerias com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) e a participação de mestres e doutores.
Entre os resultados esperados estão o aumento da produção nacional de tecnologias em saúde, a ampliação da oferta de terapias avançadas e produtos para o Sistema Único de Saúde (SUS), além do fortalecimento da capacidade nacional de pesquisa clínica.
“Com isso, esperamos aumentar a produção nacional de insumos, bens e tecnologias em saúde, ampliar a oferta de Terapias Avançadas no país e de produtos para o SUS, além de fortalecer estruturas brasileiras de pesquisa clínica”, disse a ministra Luciana Santos.
Saúde
Ministério da Saúde confirma nove casos de sarampo em Tocantins

Nove casos de sarampo foram confirmados no município de Campos Lindos, em Tocantins, cidade com cerca de 8,7 mil habitantes, que fica a 500 km da capital, Palmas. Outros dois casos ainda estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Todos os infectados vivem em uma pequena comunidade, com cerca de 400 pessoas, “que por questões culturais não têm o hábito de se vacinarem”, informou a pasta.
A infecção pelo vírus foi atestada por exames feitos no laboratório de referência do Estado e refeitos pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Alguns dos infectados tem histórico de viagem recente à Bolívia, país que vive um surto da doença.
Técnicos do ministério estão no município desde segunda-feira (21), coordenando ações de bloqueio e varredura para impedir o avanço da doença. Até o momento, 660 pessoas estão sendo acompanhadas. Os profissionais já visitaram mais de 280 casas e aplicaram 644 doses da vacina, que previne contra a doença.
“Com os esforços contínuos do Ministério da Saúde e da secretaria estadual e municipal, é possível que, mesmo com o surgimento de novos casos, a disseminação seja controlada e a circulação do vírus interrompida”, declarou a pasta.
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Com a confirmação desses casos, o Brasil soma 14 registros da doença este ano. Os outros ocorreram no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Já na Região das Américas, somente este ano foram confirmados 7.132 casos de sarampo: 34 na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, cinco no Brasil, um na Costa Rica, 1.227 nos Estados Unidos, 2.597 no México e quatro no Peru. Além disso, 13 pessoas morreram por causa da doença, sendo nove no México, três nos Estados Unidos e um no Canadá.
O Brasil recuperou no ano passado o certificado de país livre do sarampo, concedido pela Organização Panamericana da Saúde (Opas). De acordo com o ministério, como os casos confirmados, apesar de numerosos, são importados e não demonstram transmissão sustentada da doença internamente, a certificação não foi comprometida. Mas, para evitar outras situações do tipo, as ações de bloqueio vacinal estão sendo intensificadas no Tocantins e em regiões que fazem fronteira com a Bolívia.
Dia D
No Acre, o Dia D de vacinação, realizado na semana passada, aplicou quase 5 mil doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Neste sábado (26), será a vez dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia receberem o Dia D de vacinação contra o sarampo.
A vacina tríplice viral faz parte do calendário básico infantil, aplicada em duas doses aos 12 e aos 15 meses de idade. No entanto, todas as pessoas de até 59 anos que não tiverem o comprovante de que foram vacinadas na infância, devem se imunizar. O esquema completo é de duas doses para quem tem até 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos.
A cobertura vacinal ideal é acima de 95%. Este ano, o Brasil conseguiu vacinar 91,74% do seu público infantil com a primeira dose, mas apenas 72,74% completaram o esquema até o momento. No Tocantins, a cobertura está abaixo da média nacional: 86% na primeira dose e 55% na segunda.
O sarampo é uma doença extremamente infecciosa: uma pessoa com o vírus pode transmitir para até 90% dos contatos não imunizados. Os principais sintomas são febre, mal-estar, tosse, coriza e as tradicionais manchas vermelhas pelo corpo. A doença pode evoluir para formas graves, especialmente em crianças pequenas, e deixar sequelas ou até mesmo levar à morte.
Saúde
Locação de Poltrona para Pós-Operatório em Salvador: Conforto e Segurança com a Conforte-se

A locação de poltrona para pós-operatório em Salvador vem ganhando destaque como uma solução essencial para quem passa por cirurgias plásticas ou reparadoras e busca um processo de recuperação mais confortável, seguro e eficiente. A Conforte-se, empresa reconhecida nacionalmente pela excelência no cuidado com o paciente pós-cirúrgico, agora oferece seus serviços exclusivos também na capital baiana.
As poltronas da Conforte-se são projetadas especialmente para atender às necessidades do período pós-operatório. Com design ergonômico, regulagens ajustáveis e materiais de alta resistência, elas oferecem suporte ideal para procedimentos como abdominoplastia, lipoaspiração, mamoplastia, entre outros. Isso faz da locação de poltrona para pós-operatório em Salvador uma alternativa inteligente para pacientes que valorizam o bem-estar durante a recuperação.
Além da qualidade dos equipamentos, a Conforte-se se destaca pelo atendimento humanizado, entrega ágil e orientações detalhadas sobre o uso correto das poltronas. Esse cuidado torna a experiência mais segura e personalizada, tanto para quem se recupera em casa quanto em clínicas e hospitais.
A chegada da Conforte-se a Salvador representa um novo padrão de excelência em serviços de apoio à saúde. A empresa reforça seu compromisso em proporcionar acolhimento e qualidade de vida aos pacientes, oferecendo um serviço de ponta em cada etapa do processo.
Se você está se preparando para um procedimento cirúrgico ou deseja oferecer mais conforto a alguém nesse momento delicado, a locação de poltrona para pós-operatório em Salvador com a Conforte-se é a escolha ideal para transformar a recuperação em um período mais leve e tranquilo.