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Cultura

Sucesso de público e crítica, a comédia “As Artimanhas de Molière” volta aos palcos na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca

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Luiz Machado em "As artimanhas de Molière" - Foto: João Salamonde
Luiz Machado em "As artimanhas de Molière" - Foto: João Salamonde

Com direção de Márcio Trigo, o monólogo com Luiz Machado reúne em uma só história personagens de quatro peças do autor francês: Alceste, de “O Misantropo”, Esganarello, de “O Médico à Força”, Don Juan e Tartufo, das peças homônimas

Nascido há mais de quatro séculos, Molière (1622-1673) é até hoje um dos mais importantes dramaturgos do mundo, responsável por espetáculos críticos e satíricos, que mostram com maestria os defeitos e virtudes da alma humana. Grande homenagem ao comediógrafo, a peça “As Artimanhas de Molière” volta aos palcos em curta temporada na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, de 04 a 13 de julho, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h, com uma trama que, bem ao estilo do autor francês, aponta o dedo e desmascara os falsos sábios, a avareza dos burgueses, as mentiras dos médicos ignorantes e outros comportamentos sociais nada lisonjeiros.

Com direção de Márcio Trigo, adaptação de Fernanda Celleghin e interpretação de Luiz Machado, o monólogo reúne em uma só história quatro protagonistas de comédia escritas por Molière: Alceste, de “O Misantropo”, Esganarello, de “O Médico à Força”, Don Juan e Tartufo, das peças homônimas.  

Em uma espécie de “jornada do herói” às avessas, o protagonista conta para a placa toda a sua história, cheia de peripécias, erros e acertos. Após uma desilusão amorosa, ele se torna vingativo e passa a usar como mulheres, mas acaba tendo que se casar à força e é abandonado pelo pai. Sem dinheiro, vive em pé de guerra com sua esposa, que cobra demais, e ele faz de menos. Qual será o destino deste anti-herói? O ator Luiz Machado, que completa 30 anos de carreira, estava com vontade de trabalhar em uma comédia depois do sucesso do drama Nefelibato, que está há nove anos em cartaz.

– Fiquei com vontade de fazer comédia e logo pensei no maior comediógrafo de todos os tempos, que celebrou 400 anos em 2022. Molière escreve sobre a hipocrisia humana em quase todos os textos, e é um assunto que me interessa pôr em cena. Para manter o bem-estar social, a gente precisa ser falsa ou omitir opiniões em diversos momentos. E as peças dele detalham esses comportamentos que estão presentes cada vez mais no nosso cotidiano. Basta olhar para as redes sociais, que mostram cenas que não são verdadeiras e guardam objetivos ocultos – explica o ator.

O espetáculo estreou em 2023 e foi idealizado por Luiz Machado e Márcio Trigo, que pela primeira vez trabalharam juntos. O diretor sempre foi grande admirador de Molière, do estilo de humor e das situações que têm como base a comédia da arte.

– Cheguei a traduzir e adaptar quatro peças escritas por ele. Quando eu e Luiz pensamos em trabalhar num monólogo, não tive dúvidas: vamos adaptar Molière. Um desafio e tanto. Não queríamos uma peça; a ousadia era juntar personagens e contar uma só história. Escolhemos quatro personagens e chamamos a Fernanda Celleghin para criar o elo entre eles – conta o diretor.

Sobre Luiz Machado

Luiz Machado é formado em Artes Cênicas pela UniRio. Atua profissionalmente em teatro, televisão e cinema desde 1994. Na TV, faz parte do elenco da novela Dona Beja que tem estreia prevista em 2024 na HBO, o seriado “Z4”, para o SBT e Disney, e foi protagonista do seriado “Família Imperial”, da TV Globo e do Canal Futura, com direção de Cao Hamburger. Protagonizou um dos episódios do programa “Anjos do Sexo”, sitcom de Domingos de Oliveira na Rede Bandeirantes. No teatro, já participou de 34 espetáculos teatrais como ator e como produtor em outros quatro. Entre eles, “Dois Idiotas Sentados Cada Qual no Seu Barril”, de Dudu Sandroni e Fátima Valença, “Em Cantos”, de Rosyane Trotta, que foi indicado ao prêmio Coca-Cola de Teatro Jovem como melhor Produção, “Como Matar um Playboy”, de João Bethencourt, “Céu e Branca”, de Moisés Bittencourt, e “Nefelibato” de Regiana Antonini com a direção de Amir Haddad e Fernando Philbert, há sete anos em cartaz. Em 2009, atuou em “Apocalipse, Segundo Domingos de Oliveira” e “O Confronto”, ambos de autoria e direção de Domingos de Oliveira.

Sobre Márcio Trigo

Em 1992, entra para TV Globo, para dirigir o programa “Casseta & Planeta, Urgente!”, no qual trabalhou por 8 anos. Em 1993, foi diretor assistente de “Os Trapalhões”, ao lado de Paulo Aragão. Em 2000, foi para a programação infantil: ao lado de Roberto Talma, foi diretor-geral da “TV Globinho”, de “Bambuluá”, do “Angel Mix” e do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, produto mais vendido pela Globo Marcas. Em 2003, adaptou, com Claudio Lobato, e dirigiu a minissérie “A Terra dos Meninos Pelados”, de Graciliano Ramos. Em 2004, fez a direção-geral do quadro do Fantástico “Cartão de Visitas”, no qual Chico Anysio apresentou 40 dos seus mais de 100 personagens. Na TV Globo, escreveu e dirigiu a minissérie “Clara e o Chuveiro do Tempo”, semifinalista do Emmy Awards. Foi cocriador e diretor-geral do programa “Os Caras de Pau”, vencedor do Prêmio Extra de melhor humorístico e do prêmio especial do Montreux Comedy Awards, em 2011, na Suíça. Dirigiu, em 2016, junto com Henrique Tavares, a peça “Apesar de Você”. Em 2017, dirigiu a terceira temporada de “Multi Tom”, no Multishow, e voltou ao cartaz com a peça “Neurótica”, no teatro NorteShopping. Dirigiu o filme “Nada é Por Acaso”, adaptação do livro de Zibia Gaspareto. Em 2018, foi diretor-geral e comandou o humor no Multishow na quarta temporada de “Treme Treme” e nos 20 episódios de “Dra. Darci”, com Tom Cavalcante. Também dirigiu o “Z4”, seriado infanto-juvenil, exibido no SBT e na Disney Channel Brasil e América Latina.

Ficha técnica:

Idealização: Luiz Machado e Márcio Trigo

Texto: Fernanda Celleghin, a partir de peças de Molière

Direção: Márcio Trigo

Interpretação: Luiz Machado

Cenário: Mina Quental

Figurinos: Carol Lobato

Iluminação: Fred Eça

Direção Musical: Márcio Trigo 

Composições e Performance: Newton Cardoso

Direção de movimento: Luciana Bicalho

Preparação Vocal: Mônica Karl

Design Gráfico: Gil Filho

Fotos: João Salamonde e Guga Melgar

Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho

Redes sociais: Rafael Teixeira

Gestor de tráfego: Vitor Branco

Operação de Luz e Som: Laís Patrocínio

Assistente de direção: Danilo Neiva

Produção Executiva: Valéria Meireles

Direção de Produção: Edmundo Lippi

Realização: LM Produções Artísticas

Serviço:

AS ARTIMANHAS DE MOLIÈRE

Local: Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

Temporada: 04 a 13 de julho, sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada), venda na bilheteria e pelo Sympla no link  https://bileto.sympla. com.br/event/104739

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos

Instagram: @artimanhasdemoliere

Carlos Pinho é jornalista com mais de uma década de atuação abordando diversos temas, de cultura a economia. É diretor do Sindicato Nacional dos Compositores Musicais e ocupa cargos em diversos projetos de impacto social pelo país, como o Instituto LAR e a Tropa da Solidariedade.

Cultura

Um Drinque com Tony Hop

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Texto e atuação de Paulo Bond Simões estreia no Teatro Cândido Mendes com apresentações às segundas de agosto

O Teatro Cândido Mendes recebe, em curtíssima temporada, o espetáculo “UM DRINQUE COM TONY HOP”, novo trabalho do ator e dramaturgo Paulo Bond Simões, que estreia no dia 5 de agosto, com sessões às segundas-feiras (dias 5, 12, 19 e 26), sempre às 20h.

Na peça, o público é conduzido ao universo íntimo e provocador de um escritor maduro que vive um relacionamento secreto com uma mulher bem mais jovem. A tensão cresce à medida que ele se vê obrigado a esconder esse amor de amigos e familiares, o que o leva a reflexões profundas — e por vezes ácidas — sobre desejo, envelhecimento, hipocrisia e solidão.

“UM DRINQUE COM TONY HOP” marca o 21º trabalho teatral de Paulo Bond Simões, que assina também a dramaturgia. Com humor sutil e momentos de confissão emocionada, o monólogo provoca o espectador a refletir sobre convenções sociais e afetos não ditos.

Com classificação indicativa de 16 anos, o espetáculo é uma ótima pedida para quem aprecia o teatro autoral, direto e sem filtros.

SERVIÇO:

UM DRINQUE COM TONY HOP
📍 Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
📅 Segundas-feiras: 5, 12, 19 e 26 de agosto
🕗 Horário: 20h
🎟️ Ingressos:

Inteira: R$ 50

Meia-entrada: R$ 25

Lista amiga: R$ 20
📌 Classificação: 16 anos

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Cultura

Aniversário do Theatro Municipal terá ópera, balé e concertos gratuitos; confira a programação

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Divulgação
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O Theatro Municipal do Rio de Janeiro está comemorando seus 116 anos com uma festa aberta ao público na próxima segunda-feira, dia 14. Toda a programação é gratuita e começa às 9h com a tradicional apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais. Depois, o dia será repleto de shows de música, teatro e balé, encerrando com a ópera Os Pescadores de Pérolas, de Bizet, no Salão Principal.

Durante o dia, você poderá assistir a apresentações do Coral francês Ensemble Vocal du Conservatoire di Rouen, conduzido por Karl Espinasse, e do Quarteto de Cordas Ornamentus, formado por mulheres, que trazem concertos temáticos para a Série Candlelight Concerts. Também faz parte da programação o projeto Ópera do Meio-Dia, com a peça A italiana em Argel, de Gioachino Rossini, além de apresentações de bailarinas do próprio Theatro, visitas guiadas e muito mais.

Para fechar o dia com chave de ouro, às 19h, acontece um ensaio geral de Os Pescadores de Pérolas na Grande Sala, com participação de solistas, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro. A direção cênica é de Julianna Santos. Os ingressos para a ópera estarão disponíveis a partir de quinta-feira, dia 10, às 14h, pelo site do Theatro.

Confira a programação completa:

9h: Banda dos Fuzileiros Navais na escadaria externa
10h: Coral Ensemble Vocal du Conservatoire di Rouen na escadaria interna
11h: Quarteto Ornamentus no Foyer
12h: Ópera do Meio-Dia com A italiana em Argel no interior do teatro
13h: Bailarinas da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa no Salão Assyrio
13h30: Bailarinas da Cia BEMO no Salão Assyrio
14h: Ballet do Theatro Municipal no Salão Assyrio
14h: Visita guiada pela exposição Entre o Rio dos Pássaros Pintados e o Rio de Janeiro
15h: Ação Social pela Música no Boulevard da Av. Treze de Maio
16h: Grupo Os Pequenos Mozart na escadaria interna
17h: Banda Sinfônica IBME na escadaria externa
18h: Palestra sobre a ópera Os Pescadores de Pérolas no Salão Assyrio
19h: Ensaio geral de Os Pescadores de Pérolas no palco principal

Serviço:
Theatro Municipal de Portas Abertas – Aniversário de 116 anos
Onde: Praça Floriano, Centro, Rio de Janeiro
Quando: Segunda-feira, 14 de julho, das 9h às 19h

Os ingressos gratuitos podem ser retirados uma hora antes de cada apresentação na lateral da Av. Rio Branco. Para o ensaio geral da ópera, serão disponibilizados dois ingressos por CPF, somente pelo site, a partir de quinta-feira, dia 10, às 14h. Podcast edinhotaon/ por Rafaela Paula

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Cultura

Clube do Livro “Meu Corpo Sou Eu” apresenta segundo ciclo com encontros sobre literatura, corpo e escuta em comunidade

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Projeto reúne obras de autoras como Valeska Zanello, Malu Jimenez e Carmen Maria Machado em conversas online, entre julho e novembro, dedicadas às pessoas que encontram na leitura um lugar de pertencimento e questionamento

 

Depois de três encontros livros como A Gorda (Isabela Figueiredo), Fome (Roxane Gay) e Meu corpo, minhas medidas (Virgie Tovar), o Clube do Livro ‘Meu Corpo Sou Eu‘ chega ao seu segundo ciclo com mais cinco encontros pensados para quem quer ler o mundo pelas páginas de um livro — mas também pelas dobras, memórias e marcas do corpo.

 

Idealizado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni, o clube é uma das ações do projeto Meu Corpo Sou Eu, voltado à conscientização sobre a gordofobia e suas interseções com gênero, raça e classe. A mediação das conversas conta também com a participação da jornalista, escritora, curadora e psicanalista Jéssica Balbino, autora dos livros Gasolina & Fósforo e Traficando Conhecimento.

 

A programação do clube reúne autoras contemporâneas que abordam, com diferentes estilos e perspectivas, o modo como os corpos – especialmente os de mulheres e pessoas gordas – são atravessados por discursos sociais, afetivos e políticos. As obras que compõem este ciclo são A prateleira do amor, de Valeska Zanello, Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara, Lute como uma gorda, de Malu Jimenez, Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira e O corpo dela e outras farras, de Carmen Maria Machado.

 

Os encontros acontecem uma quarta-feira por mês, das 19h30 às 21h30, com participação livre: é possível adquirir encontros avulsos ou o pacote completo com desconto. As conversas acontecem ao vivo, via Google Meet, e ficam gravadas por 10 dias para quem não puder acompanhar no horário. Além disso, há um grupo exclusivo no WhatsApp e envio de materiais complementares.

 

“No clube, a gente lê para se reconhecer, mas também para se desestabilizar com cuidado. É uma experiência muito potente estar num espaço em que a escuta é genuína e a troca acontece com acolhimento. O clube é isso: um lugar onde a literatura nos conecta, mas o que sustenta é o que cada pessoa traz do próprio corpo, da própria vivência”, comenta Néli Simioni. 

 

Para Jéssica Balbino, não se trata só de ler. “Trata-se de abrir espaço para o que uma história provoca dentro de nós. Às vezes, é deixar que a palavra toque onde a gente passou anos mandando calar”, reflete. 

 

Agenda dos encontros 

 

16 de julho – A prateleira do amor, de Valeska Zanello

13 de agosto – Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara

10 de setembro – Lute como uma gorda, de Malu Jimenez

15 de outubro – Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira 

12 de novembro – O corpo dela e outras farras, de Carmem Maria Machado 

 

Valores e política de bolsas 

 

Valores por encontro: R$ 80 (ideal), R$ 60 (intermediário) e R$ 30 (mínimo/social)
Pacote com 5 encontros: R$ 360 (ideal) e R$ 270 (intermediário), via Pix
Inscrições parceladas via Sympla: R$ 400 (ideal) e R$ 300 (intermediário) + taxa da plataforma

Inscrições via Sympla: https://www.sympla.com.br/evento-online/clube-do-livro-meu-corpo-sou-eu.

Pix para inscrições: neliane.simioni@gmail.com

 

Com política de escuta e acolhimento, o clube oferece bolsas integrais para pessoas gordas, negras, indígenas, PCDs e mães solo. A cada cinco inscrições pagas, uma bolsa é gerada. Quem tiver interesse, pode escrever para meucorposoueu@gmail.com para solicitar sua participação. 

 

Sobre as facilitadoras

 

Jéssica Balbino é jornalista, mestre em comunicação pela Unicamp, colunista do Estado de Minas e produtora de conteúdo para a revista TPM. Escreve sobre corpo, diversidade, literatura e periferia. É autora dos livros “Gasolina & Fósforo” e “Traficando Conhecimento”. Atua também como educadora, consultora, roteirista, podcaster, curadora de literatura, diversidade e conteúdo. Viciada em café, tem medo de estátuas e acredita que as narrativas em disputa podem transformar o mundo. Nas horas “vagas”, é psicanalista.

 

Néli Simioni é mestre em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp e pesquisadora sobre corporalidades gordas, gordofobia e suas intersecções, pelo viés da Análise de Discurso. Com formação em Jornalismo e pós-graduação em Jornalismo Literário, desde 2016 escreve sobre os temas corpo e identidade. À frente do podcast Isso não é sobre Corpo e do projeto Meu Corpo Sou Eu, também é comunicadora, facilitadora de cursos na área e palestrante, além de consultora de comunicação corporativa. 

 

Sobre o Meu Corpo Sou Eu

O Meu Corpo Sou Eu nasceu da necessidade de criar um espaço onde a gordofobia fosse questionada e onde as experiências de pessoas gordas fossem acolhidas e validadas. Pensado a partir do podcast Isso Não É Sobre Corpo, fundado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni em março de 2021, o projeto atua como plataforma de diálogo e conscientização sobre a ação da gordofobia como uma opressão que afeta toda a sociedade. Acesse www.meucorposoueu.com.br

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