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Superando obstáculos: como explorar oportunidades no mercado de energia solar no Brasil

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Como Explorar Oportunidades No Mercado De Energia Solar No Brasil
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Por Rodrigo Oliveira e Leonardo Bastos

O mercado de geração de energia solar no Brasil está em crescimento acelerado. Para se ter uma ideia, é responsável por 18,2% da energia elétrica do país e considerada a segunda maior fonte de energia nacional, atrás apenas da hidrelétrica, de acordo com dados da Absolar. Esta rápida evolução é impulsionada pelo chamado “Cinturão Solar”, região com alta incidência de dias ensolarados e poucas chuvas, ideal para a instalação de usinas fotovoltaicas.

Segundo o relatório sintético do BEN 2024 (Balanço Energético Nacional), o consumo de energia elétrica em 2023 aumentou em 5,2%, enquanto o total de energia disponibilizada cresceu 3,6%. Esse cenário reforça que a constante alta de consumo estimula a implantação de novas fontes geradoras de eletricidade, enquanto as mudanças climáticas e a economia sustentável fomentam que essa geração ocorra por meio de fontes renováveis, dentre elas, a solar.

No entanto, mesmo com tamanho potencial, apenas 2% das residências brasileiras possuem sistemas fotovoltaicos instalados, de acordo com informações da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Este número reflete não apenas um potencial inexplorado no país, mas também destaca obstáculos significativos que precisam ser superados pelos profissionais do segmento, principalmente, o que envolve conhecimentos técnicos e uma melhor compreensão de processos burocráticos.

Um caminho nebuloso

Um dos principais entraves para o avanço da energia solar no Brasil é a complexidade burocrática e a falta de flexibilidade do mercado para conseguir se adaptar às condições e necessidades dessa nova modalidade. A burocracia dificulta tanto a implementação de grandes projetos – no caso das usinas fotovoltaicas – quanto a adoção de sistemas de microgeração – sistemas residenciais e comerciais.

Além disso, a introdução do Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída, Lei 14.300 de 2023, atualizou as regras de compensação de energia. Nesse sentido, as novas diretrizes, ajustam o método de compensação anterior, que era baseado em uma proporção de um para um, para um modelo que contempla novos critérios de cálculo. Este modelo, por sua vez, implica em maiores tempos para payback dos investimentos e exige um maior cuidado com a análise de viabilidade econômica dos projetos. 

Profissionalização do setor

Outro desafio é a falta de especialização de profissionais na área de energia solar. A crescente demanda necessita de uma força de trabalho altamente qualificada, capaz de garantir a eficiência das instalações. Vale ressaltar ainda que a tecnologia deste mercado tem evoluído muito rapidamente, exigindo dos profissionais uma constante atualização.

Desta forma, a profissionalização nesse setor é importante para a implementação correta dos sistemas e também para a manutenção e diagnóstico adequados, assegurando a longevidade e o perfeito desempenho das usinas solares.

Tendo em vista isto, investir em programas de formação e capacitação técnica, promovidos por instituições de ensino e empresas do setor, pode ser uma alternativa para suprir essa lacuna e preparar profissionais que possam impulsionar o crescimento sustentável da energia solar no Brasil.

A especialização técnica melhora a qualidade dos serviços prestados, aumenta a segurança de usuários e sistemas, auxilia no diagnóstico e na solução de problemas de performance, garante o cumprimento das normas do setor, estimula a utilização das melhores práticas, valoriza o profissional e ainda fortalece a competitividade do país no cenário global de energias renováveis.

Vislumbrando as oportunidades

Apesar dos desafios, o investimento em energia solar no Brasil continua sendo uma opção bastante rentável. Para se ter uma ideia, empresários que optam por instalar usinas solares podem experimentar uma redução significativa nos custos de energia, evidenciando o forte retorno sobre o investimento que o setor oferece.

A previsão é que o número de parques solares no país siga em crescimento, bem como a demanda por serviços de manutenção e diagnóstico dessas instalações. Assim, o caminho do Brasil rumo à ampliação do uso da energia solar apresenta grandes promessas, tendo como segredo o investimento em tecnologia e profissionalização.

Rodrigo Oliveira é Gerente de Produtos da América Latina para o segmento de renováveis na Fluke do Brasil, companhia líder mundial em ferramentas de teste e medição. Leonardo Bastos é instrutor na Fluke Academy e especialista em ensaios e diagnósticos elétricos e em comissionamento de usinas FV.

Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Atuo no mercado de comunicação desde 2018, com passagens no setor público e privado, nas áreas de social media, jornalismo esportivo e assessoria de imprensa de Marcas e Pessoas (atletas e artistas).

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Agronegócio

Inspirada no luxo artesanal de Loro Piana e Chloé, marca brasileira cria campanha digital para valorizar o feito à mão

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Créditos: Instagram: https://www.instagram.com/_nsdress?igsh=OXNncHc0dnR1dTBn | CO Assessoria
Créditos: Instagram: https://www.instagram.com/_nsdress?igsh=OXNncHc0dnR1dTBn | CO Assessoria

A NS Dress, comandada por Ninna Bajotto e Sofia Serafim, de 15 anos, presenteou Antonela Braga, Liz Macedo e Sofia Schaadt com vestidos 100% produzidos no Brasil.

Durante décadas, o luxo se mede pela distância. O que era exclusivo morava atrás de vitrines inacessíveis, em tecidos que ninguém podia tocar e etiquetas escritas em francês. Agora, o verdadeiro prestígio está nas costuras visíveis, no toque humano e no tempo dedicado a fazer o que antes era invisível. Grifes como Loro Piana e Chloé redescobriram o valor do artesanal, transformando o feito à mão em uma nova linguagem de sofisticação silenciosa.

Essa virada de olhar, que começou discretamente na Europa, ecoa no Brasil, onde o trabalho manual sempre fez parte da cultura popular. Num país em que o bordado e o crochê são heranças de família, o artesanal deixa de ser apenas tradição e passa a ocupar o território do desejo. É uma resposta à moda acelerada que transformou roupas em algoritmos.

Em Porto Alegre, duas adolescentes de 15 anos decidiram traduzir esse movimento com naturalidade e propósito. À frente da marca NS Dress, Ninna Bajotto e Sofia Serafim começaram a costurar vestidos à mão como um projeto escolar e acabaram criando um ateliê autoral. Recentemente, lançaram uma campanha digital inspirada nas grandes grifes de luxo, enviando suas criações a influenciadoras brasileiras como Antonela Braga, Liz Macedo e Sofia Schaadt, nomes que representam a nova geração nas redes.

A proposta não é publicitária. Sem contratos, roteiros ou estética forçada, o gesto é simples e simbólico: entregar o resultado de um trabalho artesanal a jovens que ditam tendências e observar o impacto disso em uma cultura acostumada ao instantâneo.

Os vídeos que mostram o processo de confecção, tecidos leves, linhas coloridas e mãos em movimento conquistaram o público por parecerem lentos em meio à pressa digital. Há algo de hipnótico em ver uma peça nascer do zero enquanto o tempo da internet corre em segundos. Essa contradição é o ponto de encontro entre o artesanal e o digital.

Nos bastidores, o feito à mão começa a recuperar o prestígio perdido para o industrial. Em um mercado saturado por coleções rápidas e descartáveis, o valor volta a ser medido pelo cuidado. Marcas de luxo apostam em oficinas locais e processos sustentáveis, enquanto grifes brasileiras investem em produções pequenas e significativas. O luxo, mais do que uma estética, tornou-se uma ética.

A Geração Z, criada entre filtros e descartes, começa a enxergar no artesanato uma forma de autenticidade. Não se trata de nostalgia, mas de reconexão. O desejo por peças que carregam tempo e identidade revela um amadurecimento estético e afetivo. Vestir algo que tem história é uma escolha de estilo, mas também de valores.

A experiência da NS Dress mostra que a moda feita no Brasil pode falar a língua do luxo internacional sem perder sua essência local. Entre linhas e likes, o novo luxo talvez esteja justamente no tempo que leva para existir. Num mundo movido pela velocidade, o feito à mão surge como um ato de resistência, e o mais refinado símbolo de sofisticação.

Vídeo processo de confecção e envio AQUI https://we.tl/t-KW8AD3281I

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Agronegócio

Agricultura familiar ganha reforço em Nerópolis com a criação do Projeto Semear

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Foto Reprodução.
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A Prefeitura de Nerópolis lançou oficialmente o projeto semear – Nerópolis Plantando o Futuro, uma iniciativa que busca transformar a agricultura familiar em motor estratégico do desenvolvimento econômico local. O programa é resultado de uma ampla articulação entre o município, a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES), o Governo Federal e entidades ligadas ao setor agrícola.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Nerópolis, Onofre França, o Semear nasceu de um processo de diálogo com produtores e parceiros institucionais. “Nosso objetivo é trazer dignidade ao homem do campo. Muitas vezes, o produtor sofre com atravessadores ou falta de apoio técnico. Queremos mudar essa realidade e mostrar que a agricultura é vital para a nossa economia”, disse em entrevista ao Jornal Opção.

O projeto começa com a realização de um censo rural e diagnóstico produtivo, que permitirá mapear as potencialidades e carências do setor. A partir desses dados, a Secretaria pretende implementar políticas de apoio, como formação continuada, assistência técnica, saúde rural, estímulo ao cooperativismo e empreendedorismo.

Outra frente será a comercialização direta da produção, reduzindo a dependência dos atravessadores. “Queremos ensinar como vender, como agregar valor ao produto. Isso desperta não só renda, mas também autoestima”, afirmou Onofre.

Além do fortalecimento da agricultura familiar, o Semear prevê ações para desenvolver o turismo rural, área que o secretário enxerga como promissora em Nerópolis. Ele também afirmou a importância de incentivar a sucessão familiar na agricultura.

“Precisamos compreender por que muitos deixaram de produzir e fazer com que eles voltem. Nosso município já foi grande produtor de café e citros. Queremos resgatar essa identidade e garantir que os jovens vejam futuro no campo”, explicou.

Entre os parceiros do projeto estão a Emater, o Senar, o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Já foram realizados cursos, treinamentos e atendimentos técnicos em conjunto com essas instituições.

O secretário destacou ainda a parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), que já trabalha com a prefeitura em projetos de incentivo à produção do bambu. “Nerópolis será o primeiro município goiano a ter uma lei de incentivo ao bambu. Isso valoriza nossa história e abre novas possibilidades de mercado”, disse.

Onofre França explicou que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico agora está organizada em duas superintendências: a de Economia, Trabalho, Turismo e Atração de Investimentos e a de Agricultura e Abastecimento, “Estamos estruturados e preparados para que Nerópolis se torne referência em desenvolvimento sustentável”, afirmou.

O secretário também ressaltou que a intenção é expandir o projeto para outras cidades de Goiás e, futuramente, para todo o país. “Nerópolis é um município pequeno, mas com grandes homens e mulheres do campo. Queremos que o semear seja exemplo de como políticas públicas bem construídas podem transformar vidas e a economia local”, completou. Rodrigo Zani é o gestor técnico do projeto

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Agronegócio

Profissionais do agro de Sinop debatem cenário macroeconômico, negócios internacionais e mercado imobiliário

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Evento tem inscrições gratuitas e acontecerá nesta quinta-feira, dia 02 de outubro, às 9h

As perspectivas macroeconômicas, as mudanças no câmbio, as oportunidades em negócios internacionais e o potencial de crescimento do mercado imobiliário no eixo da BR-163 serão discutidos no evento gratuito em Sinop/MT nesta quinta-feira, dia 02 de outubro. Realizado pelo Santander, por meio do programa Avançar, o evento reunirá empresários e profissionais do agronegócio no VIE Hotel e contará com o economista Felipe Kotinda, o especialista em comércio exterior, Ricardo Massaro, e Thiago Luciano de Freitas, especialista em negócios imobiliários.

Situado na chamada “faixa de desenvolvimento” do Arco do Agronegócio no Mato Grosso, Sinop conecta áreas de produção do oeste do estado com polos exportadores. Com amplas de cultivo de soja, milho, algodão e, em menor escala, sorgo e pastagem, a produção local se integra a cadeias nacionais de grãos, auxiliando o abastecimento de usinas de biodiesel, indústrias de ração e exportação. Regionalmente, a presença de silos, armazenagem, esmagadoras e trade houses contribui para ganhos de escala na cadeia de suprimentos.

O Santander conquistou este ano a folha de pagamento da prefeitura de Sinop, fortalecendo sua presença na região com produtos e serviços personalizados aos servidores. “O contrato reflete a confiança da prefeitura na capacidade do banco de gerir com eficiência e segurança um dos processos mais críticos para a administração pública, reforçando nossa posição como parceiro confiável para instituições governamentais”, explica Alexandre Rui Neto, responsável pela Rede Centro-Oeste & Norte do Santander.

O evento em Sinop acontecerá no VIE Hotel, Sala Marie Curie, à avenida Bruno Martini, 2249, Recanto Suíço, Sinop/MT. As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas, e devem ser realizadas pelo link:  https://www.programaavancar.com.br/eventos/cenario-macroeconomico-negocios-internacionais-e-mercado-imobiliario-sinop-mt

Programa Avançar

Gratuito e aberto a clientes e não clientes do Banco, o evento promove networking e auxilia os participantes em estratégias que permitam aprimorar seus negócios. Solução não financeira do Santander, o Programa Avançar realiza eventos presenciais em diversas cidades brasileiras para conectar empresários locais e especialistas do Banco, promovendo discussões sobre temas relevantes para a gestão empresarial e análises de cenários econômicos que impactam diretamente a economia do País. Em 2025, a expectativa é realizar mais de 300 eventos. 

“Em uma década, as iniciativas do Programa Avançar contribuíram para impulsionar o crescimento e a competitividade de empresas espalhadas pelo País, além de levar conhecimento e apoiar os empreendedores no desenvolvimento de uma visão mais estratégica e voltada ao futuro a fim de enfrentar os desafios do dia a dia. Estamos preparados para oferecer todo suporte nessa jornada empreendedora”, destaca Paulo Duailibi, diretor de Empresas do Santander.

Estrutura ampla

Um dos principais diferenciais do Avançar é sua estrutura abrangente, que reúne, em um só programa, diversos formatos de aprendizagem, capacitação e networking. Estão disponíveis mais de 30 cursos on-line, 100% gratuitos, ministrados por especialistas de diversas áreas, que abordam temas como vendas nas redes sociais, educação financeira, marketing digital, investimentos, fluxo de caixa, negócios internacionais, liderança, gestão de pessoas, entre outros. Ao final de cada curso, os participantes recebem certificado de conclusão. 

Os empreendedores também podem acessar gratuitamente e-books com orientações práticas sobre gestão, finanças e outros temas essenciais ao dia a dia dos negócios, além de baixar planilhas para controle de caixa. A plataforma oferece ainda conteúdo para quem deseja expandir seu negócio para o mercado internacional e entender mais sobre câmbio, importação e exportação. É possível, inclusive, se cadastrar em um grupo exclusivo de WhatsApp para receber conteúdos e informações sobre empreendedorismo, marketing digital, gestão financeira e outros assuntos relevantes.

Mensalmente, cerca de 50 mil pessoas acessam os conteúdos da plataforma do Avançar, que conta com aproximadamente 300 mil usuários ativos. Desde 2021, mais de 50 mil pessoas já foram certificadas após a conclusão dos cursos.

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