Economia
Tarifas nos EUA: Oportunidades e Desafios para PMEs Brasileiras
Por Felipe Fogaça de Souza, especialista em estratégia de negócios e inovação.
A escalada tarifária promovida recentemente pelos Estados Unidos, sob a nova administração Trump, acendeu um alerta no cenário econômico global — e, para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras, ela representa um misto de ameaça e janela de oportunidade. Embora o Brasil tenha sido poupado das tarifas mais agressivas, recebendo uma alíquota mínima de 10% enquanto países como China e União Europeia enfrentam aumentos de até 104%, a relação comercial entre Brasil e EUA permanece assimétrica. Desde 2009, o Brasil registra déficits comerciais consecutivos com os EUA, importando mais do que exporta, o que revela uma dependência estrutural preocupante. Um Cenário de Risco e Potencial PMEs brasileiras que atuam em setores diretamente ligados ao comércio bilateral — como manufatura, agroindústria, moda, tecnologia, saúde e logística — terão impactos distintos. O aumento de custos com insumos e equipamentos norte-americanos é um dos principais desafios, principalmente para empresas que operam com margens reduzidas e cadeias de suprimento internacionais.
Por outro lado, a retração de fornecedores asiáticos e europeus no mercado americano abre espaço para empresas brasileiras oferecerem produtos como aço, alimentos processados, cosméticos e até soluções digitais com maior competitividade, graças à desvalorização do real e à preferência dos EUA por fornecedores regionais menos afetados por tarifas. Análise por Segmento: O Que Está em Jogo * Indústria de Transformação: pode perder competitividade nos custos de insumos importados, mas ganha espaço ao exportar componentes industriais substitutivos a fornecedores chineses.
* Agroindústria: sofre com a alta de agroquímicos dos EUA, mas pode se beneficiar da demanda americana por produtos alimentares e commodities.
* Moda e Calçados: enfrenta aumento no custo de matérias-primas importadas, mas tem espaço em nichos premium sustentáveis no mercado americano.
* Tecnologia e Startups: veem elevação nos custos operacionais com provedores americanos, mas ganham oportunidade na exportação de software e serviços digitais.
* Saúde e Cosméticos: sensíveis à importação de equipamentos, mas com alto potencial de crescimento em nichos especializados com apelo natural.
* Construção e Materiais: insumos pressionados por mercado global, mas oportunidades na exportação de acabamentos e rochas ornamentais.
* Logística: ganha protagonismo com o redesenho de cadeias globais, podendo oferecer soluções flexíveis para empresas em adaptação.
A Relação Brasil–EUA: Entre a Ameaça e a Interdependência Apesar das ameaças retóricas de Trump ao bloco dos BRICS e ao Brasil, o relacionamento
comercial entre os dois países é mais complementar do que concorrencial. Os EUA são hoje o maior investidor estrangeiro no Brasil, com mais de US$ 350 bilhões em capital, e quase quatro mil empresas americanas operando em território nacional. O setor aeronáutico é um bom exemplo dessa interdependência: o Brasil exporta e importa bilhões em peças e aviões completos dos EUA, formando uma cadeia de valor cruzada que vai além das tarifas. O Que as PMEs Devem Fazer Agora Diante do novo cenário protecionista, as PMEs brasileiras precisam agir com inteligência estratégica. Isso inclui:
1. Revisar e diversificar cadeias de suprimentos, buscando fornecedores fora dos EUA ou soluções nacionais.
2. Aproveitar a janela cambial e tarifária para exportar, com foco nos segmentos em
que o Brasil é mais competitivo.
3. Investir em certificações e presença internacional, principalmente no mercado
norte-americano.
4. Fortalecer alianças com distribuidores, canais de e-commerce e feiras comerciais
nos EUA.
5. Adaptar o posicionamento de marca e produto para destacar elementos como
sustentabilidade, autenticidade e custo-benefício.
O aumento das tarifas norte-americanas é um marco no realinhamento do comércio global. Para as PMEs brasileiras, ele impõe desafios que exigem resiliência e adaptabilidade, mas também traz oportunidades concretas de acesso a mercados e de consolidação internacional. O Brasil, com sua base industrial diversificada, vocação agrícola e talento criativo, tem condições de transformar esse cenário em vantagem — desde que as empresas estejam
prontas para agir com visão global e execução local.
Sobre o autor: Felipe Fogaça de Souza é especialista em estratégia de negócios e inovação baseado na
Alemanha, com atuação focada em competitividade internacional, crescimento de PMEs e
transformação de modelos empresariais em contextos de mudança global.
Economia
Santander promove encontro de negócios com empresários e palestra sobre IA com estudantes em Teresina

O Santander vai levar a Teresina um time de executivos para um encontro de negócios com empresários, investidores e autoridades da região. O evento ocorre na próxima segunda-feira à tarde, dia 22, e será uma excelente oportunidade para conhecer soluções e inovações tecnológicas envolvendo inteligência artificial que podem impulsionar suas cadeias produtivas, além da troca de experiências.
A palestra principal será com Robson Martinho, head de Negócios Digitais do Santander Brasil e especialista ainda em inteligência artificial e design, com mais de uma década transformando a experiência financeira. Ele vai apresentar uma visão prática de como a tecnologia redefine negócios e o futuro dos negócios.
O encontro será coordenado por Paulo César de Lima Alves, diretor do Santander Brasil e responsável pela Rede Nordeste do Banco. Ao lado dele, estará presente Francisco Chagas, head regional do Santander no Piauí,
“Ao mesmo tempo em que o Santander vai apresentar oportunidades para antecipar tendências, novas estratégias e soluções inovadoras ao mercado, encontros geralmente são importantes momentos para escutarmos também as dúvidas, os anseios e a própria dinâmica dos empresários e investidores da região. Então, sempre é uma troca enriquecedora e uma chance de fortalecer conexões que geram valor para todos”, comenta Paulo César de Lima Alves, diretor do Santander Brasil e responsável pela Rede Nordeste do Banco.
UNIVERSIDADE
Além do encontro com empresários e investidores piauienses, Robson Martinho vai compartilhar de sua experiência e conhecimento com estudantes e docentes do Centro Universitário Santo Agostinho. A palestra do executiva, abordando a inteligẽncia artifical como temática central, está marcada para as 8h30, no anexo 2 da faculdade, na Avenida Prof. Valter Alencar, nº 855.
Economia
Vagas oferecem salário de R$ 7 mil para atuar com seguros e consórcios em municípios paulistas

- Pacote de remuneração oferece benefícios e bônus semestrais que podem superar R$ 85 mil; vagas estão distribuídas em 15 cidades do Estado
O Santander abre mais de 100 vagas para a posição de especialista patrimonial, função voltada às áreas de seguros e consórcios, com foco em fortalecer o relacionamento com clientes e ampliar sua proteção patrimonial. Parte das vagas são oferecidas em 15 municípios paulistas. O pacote de remuneração inclui salário fixo de R$ 2.613,50 acrescido de um bônus garantido de R$ 4.518,70 durante os oito primeiros meses, totalizando R$ 7 mil mensais. A partir do nono mês, o profissional mantém o salário fixo e passa a contar com remuneração variável semestral, cuja média chega a R$ 85 mil.
As vagas estão disponíveis em diferentes regiões do estado, nos municípios de Campinas, Valinhos, Sumaré, Americana, Limeira, Bragança Paulista, Ribeirão Preto, Jau, Barretos, Pirassununga, Itanhaém, São José dos Campos, Itapeva, Barueri e Guarulhos.
Para se candidatar, é necessário ter graduação completa ou estar no último ano de um curso universitário, além de conhecimento em pacote Office. O profissional será responsável pelo atendimento, consultoria personalizada e estratégias de longo prazo que assegurem a prosperidade dos clientes. O especialista realizará atendimentos com visitas presenciais em agências ou em locais escolhidos pelos clientes, apresentando soluções sob medida de proteção patrimonial.
Entre os benefícios estão: vale-alimentação de R$ 735,14; 13ª cesta alimentação no valor de R$ 712,14; vale-refeição de R$ 45,50 por dia (cerca de R$ 1.001,00 mensais); auxílio creche ou babá de até R$ 496,26; assistência médica; assistência odontológica; e seguro de vida.
As inscrições podem ser feitas no link https://santander.wd3.myworkdayjobs.com/pt-BR/SantanderCareers/job/Evergreen/Banco-de-Talentos—Especialista-Patrimonial—BRASIL_Req1487930
Economia
Feira MADE PE começa nesta quarta e enaltece talentos dos pernambucanos no RioMar Recife

O Riomar Recife será palco, mais uma vez, da Mostra de Arte e Design de Pernambuco (MADE Pernambuco). A feira começa nesta quarta-feira (17/09) e segue até o dia 30 de setembro, no Piso L1 do RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Gratuito, o evento conquistou o público de todas as idades ao unir tradição e inovação. Com o tema “Mãos de Pernambuco, talento que nasce aqui, arte que encanta em todo lugar”, a feira chega à sua 16ª edição, consolidada como uma das principais vitrines do artesanato e do design autoral pernambucano.
Reunindo mais de 60 expositores, a MADE Pernambuco apresenta peças sustentáveis, originais e cheias de identidade, que vão desde acessórios, moda e utilitários até cerâmica, objetos de decoração e arte. São criações únicas, produzidas manualmente, que traduzem a força cultural do estado, com preços acessíveis a diferentes perfis de público. Entre os trabalhos, será possível encontrar móveis em madeira e resina, cerâmica utilitária e decorativa, biojoias, esculturas, objetos religiosos, bolsas, luminárias, artigos infantis e muito mais. A proposta é estimular o consumo consciente e valorizar a criatividade e o talento dos artistas e artesãos locais.
“A MADE se destaca pela qualidade, criatividade e diversidade dos artesãos, que trazem a força da identidade pernambucana em cada detalhe das peças apresentadas. Nesta edição, estamos homenageando quem faz o artesanato pernambucano, estamos destacando as mãos talentosas de nosso estado tão rico”, destacou Tacy Pontual, designer e artesã, que também é organizadora da Made. Ainda segundo ela, além de valorizar o talento dos participantes, a feira deve movimentar cerca de R$ 1 milhão em todo período.
Um levantamento recente do IBGE mostrou que produções artesanais, como o segmento de Tacy Pontual e de outros 60 expositores que estão na Made, movimentam cerca de R$100 bilhões por ano no Brasil, o que representa 3% do PIB nacional. O setor do artesanato é fonte de renda e sustento para cerca de 8,5 milhões de pessoas, a maioria delas, mulheres.
Confira os expositores que estão na 16ª edição da Made Pernambuco: Acessórios Ramifica, Adrianne Barros Design, AJ Dengo da Mamãe, Aline Cerâmica Criativa, Anas Acessórios, Arnaldo Lopes, Arterial, AS Home, Ateliana, Ateliê Marize França, Ateliê Wood PE, Atelier Fernanda Pinto, Atelier Marcelo Tavares, Baudoin Design, Bolsas B Up, Brinqueco, Cabrera, Cláudia Couto, Cláudia Pontual Arte Design, Cotidianas, Cristine de Holanda, Dona Chica, D’Unir, Essa Sujeita, Fadamadrinha, FAG Bolsas, Fátima Nunes, Graça Falcão, Grão de Argila, Honorato Ateliê, Jailson Marcos, JP Design, Kefi, Lauz, Lavandalma, Leandro Loureiro, Léo Pinheiro Atelier, Lú Pontual, Luz de Girassol, Mestre Nena/Cerâmica do Cabo, Monan Pots Claudio Neves, Oficina de Formas, Omaia, Palmeiral, Panos e Cores, Pau & Corda, Paulette Maranhão, Petit Poá, Praiana, Retalhos de Ana, Ronaldo Fonseca, Simone Andrade, Simone Maior Arte, Tacy Pontual, TCCouros, Tramandoarte Atelier, Umbucajá, Vile Decor, Xô Preguiça, Xodó Ateliê Arthur Lemos e Zezinho Neto.
SERVIÇO:
MADE Pernambuco – 16ª edição
Local: Riomar Recife – Av. República do Líbano, 251, Pina – Recife/PE
Quando: 17 a 30 de setembro de 2025
Horário: segunda a sábado: 9h às 22h, aos domingos: 12h às 21h
Entrada gratuita
Informações: www.madepernambuco.com.br