Siga-nos nas Redes Sociais

Economia

Tesouro Direto e B3 anunciam empresas inovadoras que receberão suporte

Publicado

em

Tesouro Direto e B3 anunciam empresas inovadoras que receberão suporte
© Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Uma plataforma de soluções financeiras a trabalhadores informais, um negócio que oferece recompensas a quem recicla o lixo, uma ferramenta automática de tradução de linguagem de sinais são alguns dos 40 negócios de impacto, empresas com foco em questões sociais e ambientais, que receberão apoio financeiro do Tesouro Direto e da B3. Os nomes foram anunciados nesta quinta-feira (20) na sede da B3, em São Paulo.

Ao todo, R$ 5,2 milhões estão sendo destinados. O anúncio dos vencedores ocorre oito meses após a abertura do edital do Tesouro Direto Impacta (TD Impacta), que atraiu 1,4 mil inscrições de todas as regiões do país.

Os negócios escolhidos foram divididos em três categorias, definidas com base na maturidade do projeto. A primeira é a criação (talentos interessados em empreender, que querem tirar uma ideia do papel). A segunda é a aceleração (para desenvolver negócios e alavancar o crescimento da empresa). A última é a inovação aberta (negócios em estágio de tração ou escala, interessados em fazer testar o conceito com os parceiros da iniciativa).

O dinheiro vem da taxa de custódia que os investidores do Tesouro Direto pagam à B3. Em cada categoria, cinco negócios destaques continuarão a receber apoio financeiro até junho, quando acaba a primeira edição do Tesouro Direto Impacta. Na área de inovação aberta, os cinco empreendimentos de destaque são os seguintes:

•     Green Mining (Barueri, SP): negócio que incentiva a reciclagem com recompensas, oferecendo rastreabilidade total da cadeia de reciclagem para garantir a logística reversa, além de promover a formalização e remuneração justa dos catadores para inclusão social;

•     HandTalk (Maceió): negócio que oferece soluções inovadoras baseadas em inteligência artificial, como tradução automática para línguas de sinais e ferramentas de acessibilidade digital, ajudando empresas e pessoas a se comunicarem de forma mais inclusiva;

•     Mooney – Educação Financeira (São Paulo): negócio que oferece educação financeira gamificada (em forma de jogos com níveis e recompensas) para escolas, da educação infantil ao ensino médio. Animais de estimação virtuais tornam o aprendizado divertido e envolvente;

•     Tindin Educação (Maringá, PR): plataforma educacional de aprendizado imersivo onde jovens tomam decisões financeiras para seus avatares, aprendendo na prática e de forma segura sobre gestão financeira e investimentos;

•     Trampay (Brasília): plataforma financeira de impacto social que oferece soluções para trabalhadores autônomos, como adiantamento de recebíveis e conta digital, promovendo inclusão financeira e suporte a profissionais informais.

Ao todo, dez negócios foram escolhidos na categoria de inovação aberta. Cada um deles receberá R$ 50 mil para refinar as soluções tecnológicas. Os cinco destaques entre os selecionados dividirão mais de R$ 2 milhões, que devem ser destinados à implementação de projetos-piloto e ao custeio das provas de conceito, que ocorrerão ao longo dos próximos meses.

Outras categorias

Na área de aceleração, foram escolhidos dez negócios que ganharão R$ 40 mil cada para desenvolver os planos de crescimento. Os cinco destaques entre as dez empresas dividirão R$ 1,1 milhão e continuarão a receber capacitação do programa até junho.

Na área de criação, foram escolhidos 20 empreendedores, que receberão R$ 20 mil cada um. Entre os cinco participantes destaques dividirão R$ 250 mil e continuarão a receber apoio do TD Impacta nos próximos meses. Segundo o Tesouro e a B3, 30% dos empreendedores têm representatividade em diversidade racial e mais da metade é mulher. Os destaques das duas categorias estão sendo anunciados até o fim desta tarde.

Retorno social e ambiental

Os negócios de impacto são empresas que oferecem soluções para problemas sociais ou ambientais por meio da atividade principal. As empresas atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros e se comprometem a medir o impacto gerado.

Esses negócios seguem os seguintes critérios: intenção de resolver um problema social ou ambiental; solução de impacto como atividade principal do negócio; busca de retorno financeiro, operando pela lógica de mercado; e compromisso de monitoramento dos efeitos sobre a sociedade.

A plataforma do TD Impacta teve o apoio da Artemisia, organização que apoia negócios de impacto. Fundada em 2005, a Artemisia já beneficiou mais de 800 empresas por meio de programas de aceleração, apoio em projetos-piloto de inovação aberta (soluções que podem ser reproduzidas por outras empresas) e articulação de investimentos. A organização também ajudará na escolha dos projetos.

Fonte

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Calor prejudica lavoura de café, soja e arroz, diz especialista

Publicado

em

Calor prejudica lavoura de café, soja e arroz, diz especialista
© Embrapa

O excesso de calor dos últimos dias está afetando lavouras de soja, milho e arroz na Região Sul do Brasil e também plantações de café e de frutas na Região Sudeste. A cada ano aumentam os impactos causados pelas mudanças climáticas sobre a produção de alimentos.

De acordo com a climatologista Francis Lacerda,  pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco, estratégias de agroecologia podem retardar esses efeitos e diminuir a ameaça de insegurança alimentar. Pelo menos por enquanto. “Existem práticas que podem ainda reduzir esses efeitos. Eu digo ainda porque daqui a pouco não vai poder mais”, alerta a especialista.

A primeira missão é reflorestar. “Uma prática que se faz muito na agroecologia é o consórcio. Você planta uma árvore frutífera e, do lado, você planta uma leguminosa, feijão, milho, faz esse plantio todo junto… E essas plantas vão interagir de uma forma que vão beneficiar umas às outras. Tem uma que vai buscar água lá no fundo, porque a raiz dela é pivotante, mas outra que não consegue. Aquelas plantas que não aguentam muita incidência de radiação ficam melhores [quando] associadas a árvores grandes, que fazem sombra para elas. A gente precisa fazer um reflorestamento e implementar esse modelo do sistema agroflorestal,” diz a especialista.

Ela acrescenta que a diversificação de culturas favorece a fertilidade e proteção dos solos, além de reduzir os riscos de pragas e doenças, “contribuindo para a não utilização de agrotóxicos e garantindo ao agricultor vantagens ambientais e financeiras, tais como investimentos mais baixos e colheita de produtos diversificados, evitando riscos econômicos provenientes de condições climáticas extremas”.

Mudanças surpreendem agricultores

A climatologista lembra que a grande maioria dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras é produzida por agricultores familiares, que se veem cada vez mais surpreendidos com as mudanças no clima.

“Porque eles não conseguem mais ter as práticas que  tinham de plantar em tal período, de colher em outro. E geralmente quando a gente tem essas ondas de calor, [o total] de alguns organismos no ecossistema que são mais resilientes – insetos, fungos e bactérias – aumenta muito e eles arrasam com a produção”, acentua.

Por isso, Francis defende também políticas públicas de implementação de tecnologias para que as comunidades consigam captar e armazenar a própria água e gerar a energia consumida, ficando menos vulneráveis aos efeitos climáticos.

Deve-se “dar autonomia a essas comunidades para produzir o próprio alimento dentro dessas condições, e ainda fazer o reflorestamento da sua propriedade, é possível, é barato e os agricultores querem”, salienta.

Enquanto isso não é feito em larga escala, a incidência de algumas espécies vegetais endêmicas dos biomas brasileiros está diminuindo, de acordo com a climatologista, “inclusive espécies adaptadas para se desenvolver em áreas secas e quentes”.

Água nas raízes

“O umbuzeiro, por exemplo, uma planta que é uma referência para o semiárido. Ela é muito resiliente e guarda água nas suas raízes porque está acostumada a lidar com as secas. Os umbuzeiros estão sumindo da paisagem porque eles não conseguem mais se adaptar a essas variáveis climáticas atuais”, avalia.

A climatologista do Instituto Agronômico de Pernambuco diz também que essas lições podem ser aplicadas ao meio urbano, “reservando espaços na cidade que possam servir para o cultivo de alimento, como quintais produtivos e farmácias vivas. Mas é preciso ter uma política pública que oriente e que financie. Porque quem tem dinheiro manda buscar a comida, mas sem justiça social não se combate as mudanças climáticas. É preciso pensar em formas inovadoras de produzir e garantir a segurança hídrica, energética e alimentar para as populações do campo e da cidade”, finaliza.

Fonte

Continue Lendo

Economia

Porto de Itaguaí, no Rio, terá R$ 3,6 bilhões em investimentos

Publicado

em

Porto de Itaguaí, no Rio, terá R$ 3,6 bilhões em investimentos
© Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (21), da cerimônia de assinatura do contrato de concessão do terminal ITG02, em Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro. Arrematado pela Cedro Participações S.A. em leilão em dezembro passado, o terminal receberá R$ 3,6 bilhões em investimentos iniciais da concessionária para construção e operação.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, é o maior valor já obtido em leilões do setor. Para o governo federal, a implantação do terminal é um marco para o setor portuário no estado do Rio e tem a previsão de gerar até cinco mil empregos diretos e indiretos durante as obras e operação.

Parceria

Em discurso, Lula destacou a importância da parceria do setor público e privado para o desenvolvimento do país e elogiou a visão empreendedora do presidente do conselho da Cedro Participações, Lucas Kallas.

“Desde que ele foi levado na minha sala, […] eu descobri na hora que estava conversando com o empresário sério, com o empresário com uma visão nacional muito interessante, com o empresário que antes de tudo ama o Brasil, acredita no Brasil e torce pelo crescimento do Brasil”, disse o presidente.

“Não é todo empresário que pensa assim. Tem empresário que vai no governo, conversa, pede as coisas e ainda sai falando mal do governo. Tem empresário que recebe bilhões de investimentos e, quando deixa a sala do presidente, a imprensa pergunta: ‘E daí, tudo bem?’, [ele responde:] ‘Foi suficiente’? Ou seja, nunca as pessoas agradecem aquilo que receberam. E o Lucas, ao anunciar esse investimento hoje aqui é uma demonstração que ele começou como pequeno, mas com vontade de ser grande”, acrescentou Lula.

Com 250 mil metros quadrados de área, o terminal da Cedro Participações terá capacidade para movimentar 20 milhões de toneladas por ano e deverá impulsionar a produção portuária local em um terço. As operações deverão se concentrar na movimentação, armazenagem e distribuição de minério de ferro.

Indústria naval

O governo também anunciou, hoje, a utilização dos recursos de 2024 e 2025 do Fundo da Marinha Mercante, destinado a prover financiamento para o desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção naval.

Foram firmados contratos de R$ 5,49 bilhões, o maior valor desde 2012. Esses recursos serão destinados a 15 novos contratos que abrangem 565 obras para navegação interior, apoio marítimo, apoio portuário e cabotagem, além da reparação naval brasileira.

Saúde

Lula dormirá no Rio de Janeiro e, neste sábado (21), está prevista sua participação no evento de 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT). O presidente deve retornar a Brasília ainda no sábado.

Ontem (20), Lula esteve em São Paulo e passou por uma série de exames de rotina.

Eles já estavam programados, mas precisaram ser adiados em razão do procedimento cirúrgico na cabeça, em dezembro de 2024, após o acidente doméstico do presidente.

De acordo com o boletim médico, “todos os exames realizados estão dentro da normalidade, inclusive a tomografia de crânio para controle pós-operatório”. No evento de hoje, Lula falou sobre os resultados.

“Cinco horas e meia dentro do hospital. Fiz exame de tudo, exame da cabeça, do coração, de tudo que vocês possam imaginar. Quando terminei os exames, 11h30 da noite, os médicos falaram: ‘Lulinha, você tem 70, com saúde de 30 e com vontade política de 20’. […] Então, se alguém pensava que eu ia parar de fazer política por causa da cabeça, eu quero dizer…se preparem que o Lulinha está melhor aos 79 do que quando ele tinha 50”, disse o presidente.

Fonte

Continue Lendo

Economia

Dólar sobe para R$ 5,73 com novo coronavírus na China

Publicado

em

Dólar sobe para R$ 5,73 com novo coronavírus na China
© REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/Proibida reprodução

As incertezas em relação ao governo de Donald Trump e a descoberta de um novo tipo de coronavírus na China provocaram turbulências no mercado financeiro. O dólar teve a primeira alta semanal em sete semanas. A bolsa de valores teve pequena queda, também influenciada pelo exterior.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (21) vendido a R$ 5,731, com alta de R$ 0,026 (+0,46%). A cotação operou em queda durante a maior parte do dia, chegando a R$ 5,69 por volta das 13h45. No entanto, passou a subir no meio da tarde, após o jornal britânico Daily Mail divulgar a notícia de que um novo coronavírus descoberto em morcegos na China tem potencial de transmissão entre humanos.

Com a alta desta sexta, a moeda norte-americana subiu 0,58% na semana. Em 2025, a divisa cai 7,26%.

A notícia do novo vírus também trouxe turbulências no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.128 pontos, com recuo de 0,37%. Além de seguir o mercado internacional, o indicador foi afetado pela queda do preço do petróleo, que afetou países emergentes.

Logo após a divulgação sobre o novo coronavírus, as bolsas norte-americanas passaram a cair, empurrando o mercado global. A queda dos juros dos títulos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do planeta, não se refletiu em baixa do dólar, como costuma ocorrer.

* com informações da Reuters

Fonte

Continue Lendo