Cultura
Tonico Pereira apresenta monólogo “O Homem do Caminho no” 3º Festival de Teatro Amir Haddad

Foto: Cristina Granato
Leitura de texto de Plínio Marcos e direção de Amir Haddad será encenado no dia 7 de julho, às 21h, na Casa do Tá Na Rua
O consagrado ator Tonico Pereira sobe ao palco da Casa do Tá Na Rua no dia 7 de julho, às 21h, para apresentar o ensaio aberto do monólogo O Homem do Caminho, dentro da programação do Festival de Teatro Amir Haddad.. Com direção do próprio Amir Haddad, a encenação é inspirada no conto “Sempre em Frente”, de Plínio Marcos, que completaria 90 anos em 2025.
Na peça, Tonico dá vida a IUR, artista andarilho que reflete, com humor e acidez, sobre liberdade, opressão e a condição humana. Com referências à cultura cigana e ao universo circense, o espetáculo mistura crítica social e lirismo em uma linguagem popular e poética. A trilha sonora é assinada por Jards Macalé e a produção é de Caio Bucker.
Com mais de 50 anos de carreira no teatro, cinema e TV, Tonico realiza uma verdadeira tour-de-force em cena, dialogando com a linguagem circense e o universo simbólico de Plínio Marcos. Sob a direção de Amir Haddad, a obra ganha contornos populares e profundos, aproximando o público de uma dramaturgia potente e atemporal.
O Homem do Caminho integra a Mostra de Ensaios Abertos do festival, que acontece de 6 a 13 de julho, e se firma como uma das principais plataformas de Arte Pública e experimentação teatral do Brasil.
A trajetória do festival vem sendo pavimentada pelas edições anteriores, realizadas em 2023 e 2024, consolidando um espaço onde o teatro de rua ganha força como um gesto revolucionário, capaz de transformar paisagens urbanas e fortalecer laços sociais. Mais do que uma homenagem a Amir Haddad, o festival reafirma o compromisso com a democratização da cultura e a arte como ferramenta de transformação coletiva.
Além do espetáculo de Tonico Pereira, a programação contará com uma seleção especial de montagens dirigidas ou supervisionadas por Amir Haddad, reunindo grandes nomes do teatro brasileiro, como Clarice Niskier, Elisa Lucinda, Gilson de Barros, Marco Nanini e Tonico Pereira. O festival não apenas homenageia a trajetória de Amir Haddad, mas também reafirma a arte como ferramenta de transformação coletiva.
Este ano, pela primeira vez, grupos icônicos como Tá Na Rua (RJ), Imbuaça (SE), Galpão (MG), Ói Nóis Aqui Traveiz (RS) e Pombas Urbanas (SP) se apresentam a cada dia do festival na Lapa, promovendo uma vida cultural e um diálogo intenso direto com a cidade um diálogo intenso e direto com o público.
Foto: Victor Curi
Além das apresentações cênicas, o festival estreia sua Mostra Literária LAPALAVRA, em sintonia com o título de Capital Mundial do Livro 2025, concedido ao Rio de Janeiro pela UNESCO. Esse novo espaço reúne dramaturgias, cordéis e obras que dialogam com as artes cênicas, proporcionando encontros com escritores e debates sobre a escrita teatral.
O 3º Festival de Teatro Amir Haddad é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS e também pelo programa de fomento à cultura carioca, o Pró-Carioca Linguagens – Edição PNAB.
O evento também contará com exibições de filmes que refletem a trajetória de Amir Haddad e a relevância da arte pública no Brasil, e abre portas para a Mostra de Cenas Curtas, que convida novas vozes teatrais a explorar narrativas experimentais em performances de até 15 minutos.
A programação imersiva, também inclui oficinas de variadas linguagens, incluindo Oficina de LIBRAS, palestras e vivências culturais, que passeiam pela cultura popular brasileira, como samba, carnaval, bumba meu boi, funk, ballroom, etc. O 3º Festival de Teatro Amir Haddad reforça sua missão de tornar a arte acessível, pulsante e parte integrante da vida urbana.
Mais sobre a Prefeitura do Rio:
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, cuida de um dos maiores patrimônios brasileiros: a cultura carioca. São mais de 50 equipamentos espalhados por toda a cidade, entre teatros, arenas, museus, bibliotecas, salas de leitura e centros culturais. Uma das maiores redes municipais de equipamentos de cultura da América Latina.
Investimos mais de R$200 milhões por ano em cerca de 1.200 projetos pensados, produzidos e estrelados pela cena cultural carioca. São milhares de empregos gerados e um grande aporte financeiro para a cidade.
Criada em 2013, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura da cidade do Rio de Janeiro (Lei do ISS) é o maior mecanismo de incentivo municipal do país em volume de recursos e busca estimular o encontro da produção cultural com a população. Acreditamos que a cultura é um vetor fundamental de desenvolvimento econômico e social e de protagonismo da diversidade, democracia e da nossa identidade.
Serviço:
Festival de 06 a 13 de julho – No Coração do Rio de Janeiro – Lapa
Festa de abertura no Circo Voador 06 de julho, de 14h às 22h
Programação oficial do Festival 07 a 13 de julho
Nos espaços da Praça Cardeal Câmara (Lapa) e na Casa do Tá Na Rua (Av. Mem de Sá 35. Lapa)
Mais informações: https://www.instagram.com/festivalamirhaddad/
FICHA TÉCNICA
Direção Geral: Amir Haddad
Idealização, Curadoria e Direção Criativa: Máximo Cutrim
Coordenação: Maria Helena da Cruz
Direção de Produção: Maria Ines Vale Produções
Produção Executiva: Isadora Figueira
Iluminação: Aurélio de Simoni
Direção de Arte: Maurício Nacif
Programação Visual: Leandro Felgueiras
Ilustrações (estampas loja e capa catálogo): João Incerti
Colaboração: Noix Entretenimento & Cultura / Bucker Produções Artísticas / Instituto Casa Poema / Centro de Teatro do Oprimido.
Curadoria das conversas de Arte Pública: Ana Carneiro
Curadoria da Mostra Literária: Nando Rodrigues
Curadoria da Mostra de Cenas Curtas: Amnah Asad
Assistente (Direção de Produção): Lucas Figueiredo
Assistente (Curadoria): Erik Martins
Assistentes (Instituto Tá na Rua): Caroll Eller e Renata Bronze
Comunicação: Sacode
Assessoria de Imprensa: Gira Hub
Tradução em Libras: Felipe Oliver, Monica Pizzo e Liliane Bentes
Consultoria em Acessibilidade: Eduardo Victor – Além da Rampa
Grupo Tá Na Rua: Amir Haddad, Carol Eller, Daniel Ávila, Erise Padilha, Evandro Castro, Giovanna Cherly, Isadora Figueira, Luciana Pedroso, Marcelo Evangelista, Máximo Cutrim, Maria Helena da Cruz, Renata Bronze e Rosa Douat.
Realização: Instituto Tá na Rua
Cultura
Última semana para visitar a exposição ‘Jayme Fygura: De Corpo e Alma’ na CAIXA Cultural Salvador

Ainda dá tempo de conferir a exposição “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”, em cartaz na CAIXA Cultural Salvador até o dia 6 de julho. A mostra inédita é um tributo póstumo ao artista plástico, poeta e performer que marcou profundamente a cena cultural soteropolitana com sua estética singular e sua vivência artística intensa.
Realizada pela Ernesto Bitencourt Galeria de Arte, com curadoria do artista e pesquisador Danillo Barata, a exposição reúne dezenas de obras inéditas, incluindo pinturas, esculturas, objetos performáticos, manuscritos, estudos, documentos e vestimentas. Também compõem a mostra projeções audiovisuais, entre elas o documentário Sarcófago, de Daniel Lisboa, e o registro de um show do artista.
Jayme Fygura, conhecido como “o homem da máscara de ferro”, explorou com profundidade temas como corpo, espiritualidade e resistência. Suas obras, construídas a partir de materiais reciclados, tensionam noções de humanidade e subalternidade com figuras híbridas e impactantes. A paleta cromática, dominada por dourado, vermelho e azul, evoca a cosmologia afro-brasileira, com referências visuais a orixás como Obaluaiê e Exu.
A mostra oferece uma experiência imersiva com recursos de acessibilidade, incluindo tradução em Libras, audiodescrição e placas em braile. Com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal, a exposição reafirma o compromisso com a valorização da arte contemporânea brasileira e da diversidade cultural.
Serviço
Exposição “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”
Visitação: Até 6 de julho de 2025
Horário: 9h às 17h30 (terça a domingo)
Local: CAIXA Cultural Salvador (Rua Carlos Gomes, nº 57 – Centro)
Classificação: Livre
Mais informações: www.caixa.gov.br/caixacultural
Realização: Ernesto Bitencourt Galeria de Arte
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
Gratuito
Cultura
Michael Muller lança a Azurite Publishing nos EUA para dar voz internacional a autores brasileiros e latinos

O escritor e cineasta brasileiro Michael Muller, radicado há anos em Los Angeles, Califórnia, acaba de dar um passo importante na conexão cultural entre a América Latina e o mercado editorial de língua inglesa. Com o objetivo de facilitar o acesso de autores brasileiros e latinos ao disputado mercado norte-americano, ele lança oficialmente a Azurite Publishing, uma editora com sede nos Estados Unidos dedicada a publicar ficção em inglês, especialmente obras de romance, suspense e literatura jovem (YA – Young Adult).
A proposta da Azurite Publishing nasce da percepção de uma lacuna: o mercado editorial dos Estados Unidos, que representa cerca de 80% das vendas de livros no mundo, ainda tem pouco acesso à literatura latino-americana contemporânea traduzida. Muller destaca que, embora existam muitos autores talentosos no Brasil, as barreiras para entrar nesse mercado são altas, exigindo agentes, traduções prontas e até uma forte presença nas redes sociais, algo que muitos escritores brasileiros ainda estão conquistando.
“Vi muitos autores incríveis ficarem de fora simplesmente por não conseguirem superar essas exigências. A Azurite nasce para derrubar essas barreiras e facilitar a exportação da nossa identidade literária para o mundo”, explica MichaelMuller.
Um editor que entende o autor porque também é um
Muller não está apenas abrindo portas para outros escritores; ele conhece, na pele, as dificuldades do ofício. Formado em Direção de Cinema e TV, com especialização em roteiro cinematográfico, ele iniciou sua jornada na literatura através da paixão pela narrativa e pela leitura — algo que nasceu ainda na infância, no Brasil, com as clássicas obras da Coleção Vagalume, como O Escaravelho do Diabo. Foi durante os anos de estudo em Londres que passou a levar a literatura mais a sério, mergulhando em autores como Machado de Assis e Nelson Rodrigues, de quem diz ser um verdadeiro apaixonado: “As obras de Nelson são estudos de psicologia disfarçados de ficção.”
Hoje, vivendo em Los Angeles, Michael já escreveu quatro livros, publicou dois e está finalizando o quarto, todos diretamente em inglês, dialogando com o público global. Essa vivência internacional dá a ele uma perspectiva única sobre como adaptar e posicionar autores latinos em um mercado exigente e competitivo.
Literatura brasileira na vitrine global
A Azurite Publishing começa sua atuação com foco exclusivo em ficção, especialmente nos gêneros que dominam as listas de best-sellers internacionais: romance, suspense/mistério e YA. Segundo Muller, há uma nova safra de autores brasileiros criando obras espetaculares, com enredos criativos, personagens cativantes e um olhar único sobre a vida — elementos que encantam leitores ao redor do mundo, mas que raramente chegam traduzidos às livrarias dos Estados Unidos.
O processo editorial da Azurite é profissional e aberto a diferentes formas de acesso: autores podem ser indicados por agentes, procurados diretamente pela equipe editorial ou até mesmo entrar em contato espontaneamente. “O importante é a qualidade da obra e o potencial de ressoar com o público global”, afirma Muller. A editora conta com tradutores especializados e uma equipe que entende tanto o contexto cultural brasileiro quanto as exigências do mercado editorial americano.
“Nosso diferencial é que somos uma ponte cultural. Falamos as duas línguas, conhecemos as duas realidades e acreditamos que a literatura é um dos caminhos mais poderosos para a inclusão e a diversidade no mercado editorial global”, destaca o fundador.
Olhar para o futuro com visão e propósito
A criação da Azurite Publishing vem em um momento em que a América Latina começa a despertar o interesse de novos leitores internacionais, mas ainda precisa de iniciativas estruturadas para transformar esse potencial em presença de mercado. A expectativa, segundo Michael Muller, é de que a editora publique seus primeiros títulos traduzidos ainda em 2025, com autores brasileiros que nunca haviam sido publicados em inglês.
Com uma trajetória que une cinema, roteiro e literatura, Michael constrói agora uma editora com DNA autoral e visão global. A Azurite Publishing não quer apenas publicar livros — quer contar boas histórias, abrir portas e construir pontes reais entre culturas. Para autores brasileiros e latinos que desejam ver suas histórias ganharem o mundo, a travessia agora tem um novo caminho — e um novo nome: Azurite Publishing.
Siga Michael Muller no Instagram:
https://www.instagram.com/nickmullerofficial?igsh=MWFjY3U1OWh5emk0MQ==
Cultura
Vencedor de concurso internacional de ciências, estudante vai para o Polo Norte em quebra-gelo russo

A expedição, parte do projeto científico internacional Quebra‑Gelo do Conhecimento, organizado pela Rosatom, vai navegar em embarcação nuclear da gigante estatal russa
O estudante carioca Octávio Leal foi selecionado para participar de uma expedição ao Ártico a bordo de um quebra-gelo nuclear da Rosatom, após vencer o projeto educativo internacional Quebra-Gelo do Conhecimento. Na última etapa do concurso, Octávio enviou um vídeo sobre como as tecnologias nucleares podem transformar a agricultura e a saúde no Brasil, promovendo sustentabilidade e qualidade de vida para todos.
A final da sexta edição do projeto, que tem apoio da gigante nuclear Rosatom – estatal que administra a frota russa de quebra-gelos – aconteceu em Moscou, em 20 de junho, no Museu do Átomo. Foram anunciados os nomes dos alunos de 21 países que vão participar da expedição ao Ártico a bordo do quebra‑gelo nuclear 50 Let Pobedy (50 Anos da Vitória), da Rosatom. A expedição parte em agosto de 2025.
Participaram da seleção quase 70 mil estudantes de 14 a 16 anos, provenientes dos seguintes países: Armênia, Bangladesh, Belarus, Bolívia, Brasil, China, Egito, Hungria, Índia, Indonésia, Cazaquistão, Quirguistão, Mongólia, Myanmar, Namíbia, Rússia, África do Sul, Turquia, Uzbequistão, Vietnã e Gana. O maior número de inscrições veio de Rússia (63 mil), Bangladesh (841), Índia (492) e Quirguistão (471). Do Brasil, participaram 107 estudantes.
No total, 65 estudantes embarcarão rumo ao Polo Norte. A lista completa dos selecionados está disponível nos sites polus.atom.online e Go Arctic. Alguns desses jovens serão os primeiros representantes de seus países a alcançar o Polo Norte.
Concurso
A competição internacional começou em 28 de abril de 2025 e teve três etapas. Na primeira, os alunos responderam a um quiz científico. Na segunda, assistiram a uma série de webinars sobre as tecnologias de ponta da Rosatom, inclusive as utilizadas para garantir a navegação segura no Ártico. Em seguida, testaram seus conhecimentos e preencheram anotações.
Na etapa final, os candidatos com mais pontos apresentaram vídeos com suas ideias para transformar a vida em seus países por meio de tecnologias nucleares. Os trabalhos foram avaliados por um júri internacional composto por especialistas do projeto Quebra‑Gelo do Conhecimento 2024, do ITER Project Center, do Russian Quantum Center e do FSUE Atomflot, entre outras instituições. Os principais critérios para a seleção foram a abrangência e a originalidade do conteúdo apresentado.
O objetivo do projeto educativo “Quebra‑Gelo do Conhecimento” é promover as ciências naturais e as tecnologias da indústria nuclear. Além disso, busca identificar e apoiar jovens talentosos, desenvolver suas habilidades e oferecer orientação profissional. Por isso, os critérios-chave de seleção foram: profundidade do conteúdo, desenvolvimento do tema, originalidade e criatividade na apresentação.
A sexta expedição do Quebra‑Gelos do Conhecimento, da Rosatom, parte em agosto de 2025, em comemoração aos 80 anos da indústria nuclear russa e aos 500 anos do início da exploração da Rota do Mar do Norte pela Rússia.
A Rota do Mar do Norte é o caminho marítimo mais curto entre o oeste da Eurásia e a região Ásia-Pacífico, sendo uma importante artéria de transporte nacional da Rússia. A primeira menção à rota pelos mares do Ártico data de 1525, quando o diplomata russo Dmitry Gerasimov sugeriu seu uso para a comunicação marítima entre Rússia e China. A partir daquele momento, iniciou-se a história da exploração da Rota, que completa 500 anos este ano.
A Rússia é o único país do mundo a operar uma frota de quebra‑gelos nucleares. Essa frota — composta por oito quebra‑gelos nucleares — é operada pela Atomflot, subsidiária da Rosatom.
A Rosatom e suas subsidiárias priorizam o apoio e desenvolvimento de iniciativas educacionais, científicas, divulgativas e culturais. Elas participam da criação de departamentos nas universidades russas, implementam programas de bolsas, grandes projetos educativos, e promovem estágios e pesquisas para estudantes, com posterior encaminhamento profissional.
Quebra-Gelo do Conhecimento
O projeto científico e educacional Quebra‑Gelo do Conhecimento é promovido pela rede de Centros de Informação de Energia Nuclear (NEIC), com apoio da Rosatom. Sua missão é promover as ciências naturais e as tecnologias da indústria nuclear, descobrir e apoiar jovens talentosos, desenvolver suas habilidades e ajudá‑los a construir suas carreiras.
Os melhores têm a oportunidade de participar de uma expedição ao Polo Norte a bordo do quebra‑gelo nuclear 50 Let Pobedy. Desde o lançamento do projeto, mais de 350 alunos já participaram das expedições promovidas pela Rosatom.
A edição 2025 faz parte do plano de ação para celebrar os 500 anos dodo início da exploração da Rota Marítima do Norte pela Rússia. A Rota do Mar do Norte é o caminho mais curto entre a parte ocidental da Eurásia e a região Ásia‑Pacífico e representa uma importante via de transporte para a Rússia. A primeira menção à rota remonta a 1525, quando o diplomata russo Dmitry Gerasimov propôs seu uso para comunicação comercial e naval entre a Rússia e a China. A partir daí, teve início a história do desenvolvimento da NSR, que completará 500 anos em 2025.
A Rússia é o único país no mundo com uma frota de quebra‑gelos movidos a energia nuclear, operada pela FSUE Atomflot, empresa do grupo Rosatom. Atualmente, essa frota conta com oito quebra‑gelos nucleares.
80 anos da indústria nuclear da Rússia
Em 2025, a indústria nuclear russa comemora seu 80º aniversário. A antiga União Soviética foi pioneira e líder mundial no uso pacífico da energia atômica: construiu a primeira usina nuclear do mundo (Obninsk, em 1954) e lançou o primeiro quebra‑gelo nuclear para desbravar o Ártico (o Lenin, em 1959).
Hoje, a Rosatom continua a desenvolver e implementar tecnologias avançadas em diversas frentes. A Corporação Estatal não só constrói usinas nucleares, fornecendo energia limpa a milhões de pessoas em dezenas de países, mas também sustenta a infraestrutura logística da Rota do Mar do Norte, produz novos materiais e fabrica medicamentos para medicina nuclear.
O ano do aniversário é marcado por três pilares: orgulho, inspiração e sonho. Os engenheiros nucleares se orgulham do feito de seus antecessores, inspiram-se nas conquistas das gerações anteriores e estão prontos para superar fronteiras e transformar o impossível em realidade.
O principal evento das celebrações será o fórum internacional World Atomic Week, que ocorrerá em Moscou no outono.