Leitura
Um super-herói brasileiro para combater os vilões do cotidiano

Caliel é como qualquer outro jovem brasileiro de classe média: solitário e imaturo, sonha em se sustentar do teatro enquanto faz bicos para complementar a renda. Nascido em São Paulo, vive em meio a desigualdades e violências de uma metrópole, ao passo que tem os próprios problemas sobre futuro, autoestima e relacionamentos. Mas a diferença do personagem para um homem de 20 e poucos anos é que ele desenvolve poderes sobrenaturais e dá início à jornada descrita na série de livros O Cidadão Incomum, de Pedro Ivo.
De repente, o adulto que ainda estava no processo de encontrar um rumo para a vida precisa repensar todas as experiências após conseguir voar e alterar as dimensões do tempo. Caliel conta com o apoio do amigo Eder, encarregado de ajudá-lo a entender as causas dos superpoderes e de acompanhá-lo nas novas aventuras. Entretanto, as habilidades especiais, além de serem uma forma de criar impacto positivo na sociedade, também agravam os conflitos pessoais do protagonista e causam tragédias.
Para um verdadeiro amadurecimento, o herói entra em contato com mundos que antes lhe pareciam muito distantes. Conhece um homem invisível que ajuda pessoas em situação de rua na Cracolândia; salva uma garota vítima de abuso; rivaliza com um super-herói trans capaz de distorcer a realidade; confronta ricos e influentes que querem dominar o país; e descobre um estranho envolvimento de uma grande empresa responsável pela exploração da Amazônia.
De repente, como num estalo, me dei conta de que não queria mais ser tão sozinho.
Precisava voltar ao mundo dos vivos, interagir, construir relações ou, no mínimo, ser
mais presente na vida das pessoas que eu amava. Talvez até entrar no mercado de
trabalho, pensar em uma carreira na qual meus poderes e estilo de vida dessem
alguma vantagem, por que não? (O Cidadão Incomum 2: Surreal, p. 56)
Escrita em primeira pessoa e repleta de ilustrações, a obra conversa diretamente com o leitor para mostrar que os verdadeiros vilões estão no cotidiano. A partir disso, o escritor apresenta um jovem que se vê diante de um Brasil brutal e injusto, mas, ao tentar ajudar, piora o contexto. “Caliel brinca de super-herói, mas comete um erro gravíssimo, que o faz tomar decisões ainda mais erradas. Eu uso esse recurso para falar sobre um homem adulto que optou por não crescer e se isola nessas fantasias de justiça. É uma crítica às próprias histórias de heróis e também aos leitores que se recusam a viver o mundo real”, explica o autor.
Complexa e cheia de reviravoltas, a trajetória de Caliel não está perto de acabar. O Cidadão Incomum vai ganhar uma HQ em abril, publicada pela Conrad. A série literária também está sendo adaptada para os cinemas, pela O2 Filmes, com Fernando Meirelles na produção, Marcus Alqueres na direção, Pedro Ivo no roteiro e Gabriel Leone no papel principal. Além disso, o universo se expande com o spin-off focado em Tito, o primeiro super-herói trans do Brasil.
Ficha técnica
Título: O Cidadão Incomum 2: Surreal
Autor: Pedro Ivo
Editora: Conrad
ISBN: 978-6558031918
Páginas: 240
Preço: R$ 69,90 (físico) | R$ 44,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon
Sobre o autor: Produtor de conteúdo, roteirista, artista de quadrinhos e escritor, Pedro Ivo é formado em Interpretação para Teatro e TV na Escola Incenna. Deixou aos palcos para se dedicar à série de livros O Cidadão Incomum, sobre um super-herói nacional. A obra teve direitos vendidos à empresa O2 Filmes para uma adaptação para o cinema, com Fernando Meirelles na produção e Marcus Alqueres na direção, além do próprio autor da história como roteirista. Os protagonistas da produção audiovisual serão Gabriel Leone e Luiz Navarro. Pedro Ivo também é autor dos quadrinhos “Tito”, um spin-off do universo que foca na história do primeiro super-herói trans do Brasil, e coautor de “Entre Mundos”, escrito em parceria com Rodrigo Oliveira.
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Cultura
Afeto, arte e transformação social: Luna Maggalhães lança livro “Vai Pintar” em Jacarepaguá com diversas atividades gratuitas

Evento acontece na Areninha Cultural Jacob do Bandolim e contará com literatura, dança, música, teatro, microfone aberto e exposição da artista, que é fundadora do projeto “Versos e Vozes”
No próximo dia 18 de maio, domingo, às 17h, a Areninha Cultural Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá, será palco de um encontro especial: o lançamento do livro “Vai Pintar”, de Luna Maggalhães, acompanhado de uma exposição com telas da artista e registros do projeto social “Versos e Vozes”, que há nove anos colore histórias e resgata vidas com arte e escuta nas comunidades do Rio de Janeiro.

O evento reúne literatura, artes visuais, dança, música, teatro e microfone aberto – um manifesto da potência criativa como instrumento de resgate, resistência e transformação.

Versos e Vozes
A autora, fundadora do projeto “Versos e Vozes”, criou um programa social itinerante que leva arte para as comunidades, despertando poesia em crianças e adultos em situação de rua e vulnerabilidade social.

Parte da renda arrecadada com a venda do livro será revertida para o próprio projeto, que promove oficinas artísticas como ferramenta de dignidade e protagonismo.
SERVIÇO:
Lançamento do livro “Vai Pintar” + Exposição de Arte
Data: 18 de maio (domingo)
Horário: 17h
Local: Areninha Cultural Jacob do Bandolim – Jacarepaguá, Rio de Janeiro
Entrada: Gratuita
Classificação: Livre
Realização: Ventura Editora
Apoio: Prefeitura do Rio / Subúrbio Carioca / Secretaria Municipal de Cultura
Rede social: https://www.instagram.com/lunamaggalhaes/
Leitura
Georgia Annes participa da 1ª Feira de Literatura e Artes da Semana dos Museus com “Pés Descalços na Areia”, no próximo dia 17

Georgia Annes , autora ativa em seu trabalho de divulgação da poesia nacional, participa da 1ª Feira de Literatura e Artes da Semana dos Museus, no próximo dia 17 de maio, no Espaço Cultural da Marinha, com seu terceiro e recém lançado livro, “Pés descalços na areia”, trazendo poemas que mostram a direção para chegar a si mesma e à fonte inesgotável da vida, permeada pelos quatro elementos da natureza: água, fogo, terra e ar. A autora se desnuda através do sagrado feminino, em emoções que escorrem pelos dedos e tornam-se versos reflexivos, andarilhos, plenos de sentimentos e sensações.
Nesse caminhar, a autora não procura atalhos. Percorre as areias, molha os pés, se deixa levar pelo vento, recebe o sol como manto. E quando anoitece, aprecia sempre o céu, às vezes brilhante, às vezes cinzento, outras chuvoso, mas, acima de tudo, o aprecia. Sem temor, mergulha no que às vezes nos é desconhecido. Deixa-se queimar pelo turbilhão de escolhas que a envolve. Não se despedaça. Encontra conforto quando reconhece em si múltiplas possibilidades. “Pés descalços na areia” te convida a caminhar junto por essas paisagens repletas de leveza e significado.
Sobre “Pés Descalços na Areia”
“Descalços os pés caminham e ultrapassam os limites da praia. Os versos de Georgia Annes levaram-me a veredas profundas. Mergulhei no (des)conhecido mar, boiei e os pingos da chuva refrescaram o corpo marcado de cicatrizes. A resiliência daqueles que conseguem recomeçar após os dilúvios está impregnada nos versos livres da poeta. A mágoa, a perda, o luto, a dor servem como experiência àqueles que se permitem viver.
Em um lindo verso a poeta conclui “só sei que o amor disciplina a dor”. De fato, o amor é âncora e a dor é passageira. Saio do livro com a voz singular da poeta, seus versos espontâneos e profundos permitiram-me ir sem receio às veredas do desconhecido. O chuvisco molhou a tez e o sol insurgiu no emaranhado de nuvens. A trilha sempre esteve lá e o leitor caminhante segue, maduro, arrodeando a praia. Na areia, atrás, as marcas do ontem, os agouros e na mente, as palavras redentoras dos versos de Annes.
Com um breve sorriso, desses sorrisos de quem encontrou a simplicidade de um poema vivo, paro no cume de uma montanha e observo a praia que deixei. O mar está em mim e espero que o leitor também sinta a calidez das águas e não tema recomeçar. A vida sem mergulho é feita de pisos lisos sem ranhuras. A beleza está nas rusgas, por lá entramos na beleza da existência e permanência do amor.
Adriana Vieira Lomar
Escritora Finalista Prêmio Jabuti 2024
Prefácio
(…) Como diz a poesia da autora, “Sim, todo paraíso é longe / Se for perto, não é paraíso”. Mas mesmo distante, é possível tateá-lo com os dedos da
poesia.
Yara Fers
Escritora finalista Prêmio Kindle de Literatura 2024
Sobre Georgia Annes
Nascida e criada no Rio de Janeiro, escreve desde a adolescência. Formada em Psicologia, tem dois livros publicados: “A Menina e seus Balões”, pela editora Ibis Libris (2022), e “Onde Minha Poesia te Abraça”, pela editora Arpillera (2023).
É uma das coordenadoras do Podcast Escritoras Mundialmente Desconhecidas. Participou de 17 Antologias, inclusive Selo Off Flip 2023/2024. Foi classificada em vários concursos de poesia e obteve o 5o lugar no ArtCult em 2022.
Ficha técnica
Pés descalços na areia / Georgia Annes.
Guaratinguetá, SP : Litteralux, 2024.
122 p. ; 14cm x 21cm.
ISBN: 978-65-83205-52-0
1. Literatura brasileira. 2. Poesia. I. Título.
Edição: Wilson Gorj
Capa e projeto gráfico: Douglas Jefferson
Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem
Preparação: Mariana Galhardo Oliveira
Foto da autora: Marcelo Nejm
Imagem de capa: Acervo pessoal da autora
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“Esquenta” Flima aquece cidades da Mantiqueira com intervenções literárias

Ação itinerante pelas cidades da Mantiqueira levará guarda-chuvas coloridos para as ruas de Santo Antônio do Pinhal na próxima sexta-feira, 02 de maio; a intervenção, realizada pelo grupo Fio da Meada, propõe uma pausa, oferecendo cinco minutos de histórias que prometem encantar moradores e turistas no feriado prolongado na Mantiqueira
A FLIMA – Festa Literária Internacional da Mantiqueira realiza, em parceria com o grupo Fio da Meada, intervenções literárias nos próximos dias 1, 2 e 8 em São Bento do Sapucaí (SP), Santo Antônio do Pinhal (SP) e Monteiro Lobato (SP), com acesso gratuito e classificação livre.
Com a proposta de provocar uma ruptura poética no cotidiano, a atividade “Cinco Minutos para uma História”, que acontece na sexta-feira, 2 de maio, espalhará guarda-chuvas e cadeiras de praia pelas praças e ruas do Centro de Santo Antônio do Pinhal, convidando o público a parar, sentar e ouvir uma história de até cinco minutos. A ideia é proporcionar um momento especial em que os transeuntes, moradores e turistas podem escapar do cotidiano e adentrar numa história.
“É um acolhimento individual, então cada pessoa escuta a sua história na sua vez. Tem esse momento de ouvir uma narrativa somente pra si, é sempre muito especial. A proposta é realmente, estou com pressa, ah não, só cinco minutinhos, e nesses cinco minutos a pessoa sai dali transformada, usufruindo e garantindo ali a fruição do seu direito cultural e de todas as maravilhas que uma história e que a literatura podem trazer pro restante do seu dia”, conta Poliana Savegnano, contadora de histórias e idealizadora do projeto Fio da Meada.
Realizada nas quintas-feiras (1 e 8), respectivamente em São Bento do Sapucaí e Monteiro Lobato, a biblioteca PéDeLetra levará uma bicicleta com livros ilustrados para a praça e acolherá crianças e adultos com mediação de leitura e contação de histórias. Tudo conduzido com afeto pela trupe do Fio da Meada, radicada em Santo Antônio do Pinhal.
O Esquenta FLIMA começou no dia 19 de abril e passou pelas cidades de São Francisco Xavier (SP) e Santo Antônio do Pinhal (SP).
Sobre a FLIMA
Com sede em Santo Antônio do Pinhal (SP), coração da APA (Área de Proteção Ambiental) da Serra da Mantiqueira, a FLIMA – Festa Literária da Mantiqueira celebra a literatura viva e promove encontros para refletir sobre as questões contemporâneas por meio da literatura, da arte e da educação, contemplando múltiplas vozes e sempre homenageando um autor brasileiro – e vivo.
Neste ano, o festival traz como tema “Deslocamentos e Pertencimentos” e homenageia o escritor Milton Hatoum. Com uma curadoria composta por Cristiane Tavares, Maria Carolina Casati e Roberto Guimarães, a festa deste ano preza pela diversidade de vozes e aposta em nomes como Jamil Chade, Tati Bernardi, Kaká Werá e Luciany Aparecida.
Desde a primeira edição, em 2018, a curadoria privilegia uma programação democrática, diversa e inclusiva, sem abrir mão da relevância artística. Para ampliar as possibilidades de participação, como acontece desde 2022, parte das atividades da FLIMA 2025 foi definida a partir de dois editais, selecionando propostas de atividades literárias e/ou artísticas para o público adulto e infantojuvenil.
Nas seis primeiras edições do festival, quatro presenciais e duas online, foram realizadas mais de 400 atividades para crianças, jovens e adultos, com cerca de 60 mil participantes e convidados como Ana Maria Machado, Ana Maria Gonçalves, Conceição Evaristo, Daniel Munduruku, Eliane Brum, José Eduardo Agualusa, Itamar Vieira Junior, Lilia Schwarcz, Luiz Ruffato, Maria Valéria Rezende, Marina Colasanti e Sidarta Ribeiro.
A FLIMA 2025 conta com o apoio do Governo do estado de São Paulo, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, do Programa de Ação Cultural – ProAC e do Fomento CULTSP.
Confira a agenda do Esquenta FLIMA:
📚 01/05 – 17h às 19h – São Bento do Sapucaí
Biblioteca Itinerante PédaLetra
📍 Praça Cônego Bento de Almeida (Praça da Matriz) – São Bento do Sapucaí (SP)
🤝 Parceria: Espaço Cultural Eugênia Sereno – Casarão da Memória
📖 02/05 – 15h às 17h – Santo Antônio do Pinhal
Intervenção literária “5 minutos para uma história”
📍 Boulevard Araucária (Praça da Rodoviária) – Santo Antônio do Pinhal (SP)
🤝 Parceria: Prefeitura Municipal
📚 08/05 – 15h30 às 17h30 – Monteiro Lobato
Biblioteca Itinerante PédaLetra
📍 Praça do Bairro do Souza – Monteiro Lobato (SP)
🤝 Parcerias: Instituto Pandavas e Atelier Bons Ventos
🎟 Entrada? Totalmente gratuita!
A programação completa do festival pode ser acessada no site http://flima.net.br/