Saúde
Unidades de saúde do Rio terão placas com textos críticos ao aborto

As unidades de saúde da cidade do Rio de Janeiro serão obrigadas a colocar placas ou cartazes com informações críticas ao aborto. A Lei nº 8.936, de 12 de junho de 2025 foi sancionada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) e publicada nessa sexta-feira (13) no Diário Oficial do Município.
O Projeto de Lei nº 2486, de 2023, é de autoria dos vereadores Rogério Amorim (PL), Rosa Fernandes (PSD) e Marcio Santos (PV). Estão incluídos na nova lei unidades hospitalares, instituições de saúde, clínicas de planejamento familiar e outros estabelecimentos relacionados à saúde municipal.
A lei determina que os cartazes ou placas devem ter as seguintes frases:
- “Aborto pode acarretar consequências como infertilidade, problemas psicológicos, infecções e até óbito”
- “Você sabia que o nascituro é descartado como lixo hospitalar?”
- “Você tem direito a doar o bebê de forma sigilosa. Há apoio e solidariedade disponíveis para você. Dê uma chance à vida!”
Caso o gestor responsável pela unidade de saúde se negue a colocar os textos, a lei prevê advertência, seguida de multa de R$ 1 mil nos casos de reincidência.
No ofício enviado ao presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlos Caiado (PSD), o prefeito Eduardo Paes, que tinha o poder de veto, comunica ao chefe do Legislativo municipal a aprovação da lei.
A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura do Rio para comentar a decisão e o espaço permanece aberto para resposta.
>>Saiba como é a legislação sobre aborto pelo mundo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto é “uma intervenção de saúde comum” e é “muito seguro quando realizado com um método recomendado pela OMS, adequado à duração da gravidez e por alguém com as habilidades necessárias”. A organização defende ainda que a “falta de acesso a um aborto seguro, oportuno, acessível e respeitoso é uma questão crítica de saúde pública e direitos humanos”.
Líder feminista critica lei
“Um crime dar informação falsa sobre saúde”, disse a enfermeira e líder feminista Paula Vianna sobre a lei. Ela é uma das coordenadoras do Grupo Curumim, uma organização não governamental (ONG) que defende os direitos das mulheres.
“É com pesar enorme que o prefeito do Rio de Janeiro sancionou uma lei que traz informações falsas sobre o processo de abortamento. Sou enfermeira, trabalho há mais de 40 anos com a saúde das mulheres. É um desserviço enorme para a população. Informações que não são baseadas em evidências científicas, que não seguem o que a Organização Mundial da Saúde recomenda”, diz Vianna.
Segundo o Código Penal e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, o aborto é permitido em três situações: gravidez decorrente de estupro e estupro de vulnerável (menores de 14 anos); se há risco de vida para a mulher; e em caso de anencefalia fetal (não formação do cérebro do feto).
“Estamos muito apreensivas com esse tipo de ação sobre uma pública que já é estabelecida com muita dificuldade, que é a política de atendimento à mulher vítima de violência sexual. Essas informações vão acarretar em prejuízos individuais e públicos”, afirma.
“Tantas coisas a fazer para evitar que os abortos sejam feitos de maneira clandestina e insegura. Melhorar o planejamento reprodutivo do município, fazer oferta de métodos contraceptivos. É com isso que o prefeito deve se preocupar. E não em colocar informações falsas num momento que as pessoas estão mais fragilizadas”, complementa a líder feminista.
Justificativas
No texto do projeto de lei, os seus autores citam como justificativas as consequências para a saúde física e mental de quem faz aborto.
“Os procedimentos relacionados ao aborto, sejam eles legais ou ilegais, podem ter sérias implicações para a saúde física e mental das pessoas envolvidas. É essencial que aqueles que enfrentam uma situação de gravidez indesejada tenham conhecimento completo sobre as opções disponíveis, os riscos associados a cada uma delas e as consequências a longo prazo de suas decisões”, diz o texto..
Saúde
Dr. Octávio Curi Frascareli: Mastopexia em Maringá, elevação das mamas com ou sem prótese

A mastopexia — também chamada de lifting de mamas — é a cirurgia indicada para elevar, reposicionar e firmar os seiosquando existe flacidez, queda (ptose) ou perda de formato após gestação, variação de peso ou ao longo do tempo. Em Maringá, o Dr. Octávio Curi Frascareli realiza mastopexia com foco em naturalidade, segurança e harmonia, respeitando a anatomia e o desejo de cada paciente.
O que é mastopexia?
A mastopexia é o procedimento que remove o excesso de pele, reposiciona o complexo aréolo‑papilar (CAP) e remodela o tecido mamário para recuperar firmeza e projeção. Pode ser feita com ou sem prótese de silicone, dependendo da necessidade de volume e da qualidade dos tecidos. O Dr. Octávio Curi Frascareli avalia criteriosamente cada caso para definir a melhor estratégia.
Quem é candidata à mastopexia?
- Queda evidente das mamas (ptose) e flacidez cutânea;
- Assimetria de mamas e aréolas alargadas ou baixas;
- Perda de forma após amamentação ou grande perda de peso;
- Desconforto com o caimento no sutiã/biquíni e dificuldade de vestir determinadas roupas.
A avaliação clínica considera histórico médico, expectativas, elasticidade de pele e proporções corporais. Quando há pouco volume associado à queda, o Dr. Octávio Curi Frascareli pode indicar mastopexia com prótese; quando há volume suficiente, a mastopexia sem prótese costuma entregar melhor sustentação com cicatrizes discretas e resultado estável.
Técnicas e cicatrizes
A técnica é escolhida conforme o grau de ptose e a quantidade de pele a ser tratada. As cicatrizes mais comuns são:
- Periareolar (round‑block):ao redor da aréola, indicada para quedas leves e aréolas alargadas;
- Vertical (“pirulito”):ao redor da aréola e uma linha vertical até o sulco, para quedas moderadas;
- Em T‑invertido (âncora):periareolar + vertical + sulco, para quedas mais acentuadas e grande excesso de pele.
O planejamento cirúrgico busca cicatrizes finas e bem posicionadas; o amadurecimento cicatricial ocorre entre 6 e 12 meses, com orientação de cuidados domiciliares e, quando indicado, terapias adjuvantes para otimizar a qualidade da cicatriz.
Mastopexia com ou sem prótese: como decidir?
- Com prótese:indicada quando falta volume no polo superior ou quando a paciente deseja mais projeção. Pode ser associada a posicionamento subglandular, submuscular ou dual‑plane, definido caso a caso.
- Sem prótese:recomendada quando há volume adequado, priorizando firmeza, formato natural e menor necessidade de manutenção futura.
Há ainda a possibilidade de lipoenxertia (enxerto de gordura) para ajustes finos de contorno em áreas estratégicas. O Dr. Octávio Curi Frascareli explica prós e contras de cada opção durante a consulta, alinhando expectativas e objetivos estéticos.
Pré‑operatório: segurança em primeiro lugar
- Exames laboratoriais e de imagem conforme protocolo;
- Avaliação clínica completa e fotografia padronizada;
- Orientações sobre pausa de tabagismo, ajuste de medicações e cuidados de pele;
- Planejamento do período de recuperação e suporte domiciliar nas primeiras semanas.
Pós‑operatório e recuperação
- Uso de sutiã cirúrgicoe, quando indicado, fitas/silicone para controle cicatricial;
- Dormir em decúbito dorsal(barriga para cima) nas primeiras semanas;
- Limitar elevação de braços e evitar carga/impacto inicialmente;
- Retorno progressivoàs atividades: trabalho leve em ~10–14 dias (varia), exercícios de alta intensidade após liberação médica;
- Acompanhamento de rotina com a equipe para orientar cada fase da cicatrização.
Amamentação e sensibilidade
A maioria das pacientes mantém a capacidade de amamentare a sensibilidade tende a se normalizar com o tempo; podem ocorrer alterações transitórias. O Dr. Octávio Curi Frascarelidetalha os cuidados para preservar estruturas e minimizar riscos, sempre com conduta prudente e individualizada.
Riscos e medidas de prevenção
Como toda cirurgia, a mastopexia envolve riscos como hematoma, seroma, alterações cicatriciais, assimetria ou, raramente, alterações do CAP. Em casos com prótese, há riscos específicos como contratura capsular. A Clínica Curi Frascareli adota protocolos de segurança, profilaxias e acompanhamento próximo para reduzir riscos e intervir precocemente quando necessário.
Resultados: quando aparecem?
Mudanças já são visíveis no pós‑operatório inicial, mas o resultado se consolida entre 3 e 6 meses, à medida que o edema regride e as cicatrizes amadurecem. O objetivo é um formato elegante, levantado e proporcional, que valorize o tórax e a postura, mantendo naturalidade.
Mastopexia em Maringá: por que escolher o Dr. Octávio Curi Frascareli?
O Dr. Octávio Curi Frascareli é reconhecido pela abordagem ética e conservadora, planejamento meticuloso e atenção aos detalhes. Na Clínica Curi Frascareli, a paciente conta com equipe multidisciplinar, estrutura moderna e suporte contínuo no pré e pós‑operatório. Essa combinação favorece segurança, conforto e resultados consistentes.
Perguntas frequentes
Mastopexia aumenta o tamanho dos seios?
Não necessariamente. A cirurgia reestrutura e eleva as mamas. Para ganho de volume, pode‑se associar prótese ou lipoenxertia.
Vou ficar com cicatriz aparente?
As cicatrizes são planejadas para ficarem discretas e evoluem ao longo de 6–12 meses. Há cuidados e terapias que ajudam na qualidade final.
Posso amamentar depois?
Na maior parte dos casos, sim. O tema é discutido na consulta conforme seu histórico e planos reprodutivos.
Quanto tempo para voltar a treinar?
Atividades leves podem ser retomadas gradualmente; exercícios intensos e impacto dependem de liberação médica individual.
Mastopexia é diferente de prótese de mama?
Sim. Mastopexia eleva e remodela; prótese aumenta volume. Podem ser combinadas quando indicado.
Clínica Curi Frascareli Cirurgia Plástica
Rua Néo Alves Martins, 3219 – Zona 01 – Maringá/PR
WhatsApp: (44) 99163-3373
Instagram: @droctaviocurifrascareli
Site: https://droctaviocuri.com.br
Saúde
Tempo ao ar livre ajuda a prevenir casos de miopia

A prática de atividades ao ar livre pode ajudar a prevenir o surgimento de casos de miopia ao longo dos primeiros anos de vida. O desafio, entretanto, é evitar que o hábito se perca com o avanço da urbanização e do uso precoce de telas na infância e com a consequente redução do tempo que crianças e adolescentes passam fora de casa.
As conclusões fazem parte da publicação CBO Miopia, de autoria do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que traça um panorama da doença no país. O documento será lançado formalmente na próxima sexta-feira (29) durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Curitiba (PR).
Números
A miopia atinge, atualmente, 7,6% de crianças e adolescentes brasileiros com idade entre 3 e 18 anos. Dados da publicação revelam, entretanto, contrastes classificados como marcantes – em comunidades quilombolas rurais, a prevalência da doença é 1,06%, enquanto, em áreas urbanas, chega a 20,4%.
Apesar das diferenças, o CBO destaca que a média brasileira se aproxima da registrada no restante da América Latina, estimada em 8,61%, e se mantém distante, por exemplo, da realidade asiática, onde estudos recentes apontam 87,7% de prevalência na China; 69% na Coreia do Sul; e 66% em Singapura.
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Fatores de risco
De acordo com o conselho, a miopia resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Crianças com pais míopes têm até cinco vezes mais chances de desenvolver a condição. Além disso, hábitos como leitura prolongada em ambientes fechados e pouco tempo ao ar livre podem estar associados ao avanço da doença.
Estudos recentes mostram, entretanto, que a exposição solar exerce efeito protetor contra a doença: 40 minutos diários de atividades externas reduzem significativamente o risco de miopia.
Covid-19
Um exemplo do impacto do confinamento, segundo o CBO, foi observado durante a pandemia de covid-19, quando o tempo de exposição ao sol e de atividades externas diminuiu de forma brusca. Durante o período, Hong Kong, por exemplo, registrou um salto da prevalência de miopia na população de 44% para 55% em um ano.
“Entre crianças e adolescentes, as consequências da miopia são ainda mais preocupantes. A ausência de diagnóstico ou tratamento pode comprometer o desempenho escolar e o desenvolvimento intelectual”, alerta o CBO.
Custos
Outro desafio abordado pela publicação é o envelhecimento da população míope, que tende a elevar os custos para o sistema de saúde. Isso porque altos graus da doença aumentam as chances de desdobramentos classificados pelo CBO como complexos e onerosos.
“Por isso, especialistas defendem políticas públicas que incluam triagem visual em escolas, campanhas educativas sobre atividades externas desde a infância e orientações claras às famílias sobre a importância das consultas oftalmológicas regulares”, destacou o conselho.
*A repórter viajou a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
Saúde
Mais Médicos: quase 1,5 mil selecionados começam a partir desta quarta

Quase 1,5 mil profissionais que fazem parte do programa Mais Médicos começam a atuar a partir desta quarta-feira (27) em 987 municípios e 23 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Selecionados na segunda chamada do 41° ciclo do programa, os profissionais irão reforçar o acesso à atenção primária e à saúde da família nessas localidades.
Do total, são 1.446 médicos para equipes de Saúde da Família e 53 médicos para os DSEIs. Entre esses profissionais, 443 médicos vão para a região Nordeste; 235, para o Norte; 100, para o Centro-Oeste; 461, para o Sudeste; e 259, para o Sul.
Atualmente, cerca de 26,4 mil profissionais já atuam em 4,5 mil municípios por meio do programa. A meta é alcançar 28 mil profissionais até 2027.
Intercambistas
A maioria dos profissionais ─ 1.139 ─ tem registro em Conselho Regional de Medicina (CRM) e poderá iniciar a jornada de trabalho entre esta quarta (27) e 5 de setembro.
Já os 359 profissionais intercambistas, grupo formado por brasileiros graduados no exterior ou estrangeiros com licença para atuar em outros países, deverão participar do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), a partir de novembro.
O MAAv é um treinamento específico para que possam trabalhar em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de atuação no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).