A advogada previdenciária Dra. Marta Santos alerta: falta de planejamento pode atrasar o benefício, reduzir o valor da aposentadoria e causar prejuízos irreversíveis
A maioria dos brasileiros ainda encara a aposentadoria como algo distante — e só começa a se preocupar com ela quando o tempo de trabalho já está quase no fim. Mas, segundo a advogada previdenciária Dra. Marta Santos, essa atitude pode custar muito mais do que alguns meses de espera: pode significar dinheiro perdido, erros na contagem do tempo de contribuição e até o indeferimento do benefício.
“A aposentadoria não é automática. E quem acha que basta chegar à idade certa e pedir, muitas vezes se decepciona com a burocracia, as exigências e os erros no sistema do INSS”, afirma a especialista. Ela explica que é comum encontrar falhas no CNIS, períodos de contribuição que não foram computados e até vínculos de trabalho que não aparecem no cadastro oficial — problemas que podem atrasar ou reduzir o valor da aposentadoria.
Com a Reforma da Previdência, as regras mudaram e ficaram mais complexas. Hoje, existem diferentes modalidades e regras de transição, e cada trabalhador precisa entender qual é o seu melhor caminho. “O que serve para um, pode não ser o ideal para outro. Um planejamento previdenciário individualizado faz toda a diferença”, pontua Marta.
De acordo com a advogada, um dos erros mais comuns é acreditar que já está tudo certo só porque contribuiu por muitos anos. “A contribuição sozinha não garante o benefício. É preciso verificar se os dados estão corretos, se o tipo de contribuição está adequado e até se há lacunas que podem ser resolvidas a tempo.”
Dra. Marta orienta que o ideal é começar o planejamento com no mínimo cinco anos de antecedência, mas reforça que nunca é cedo demais para entender sua situação previdenciária. “A aposentadoria é um projeto de vida. Quanto mais cedo você olhar para ela com seriedade, maiores as chances de se aposentar no momento certo, com o valor que realmente merece.”
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