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Cultura

Vera Holtz abre programação de julho do Teatro Nova Iguaçu Petrobras com a premiada peça “Ficções”

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Vera Holtz em Ficções - Foto Ale Catan
Vera Holtz em Ficções - Foto Ale Catan

Teatro receberá no mês Os Garotin, Sérgio Mallandro, o aclamado espetáculo “Macacos”, entre muitas atrações

Com mais de 23 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, o livro “Sapiens – uma breve história da humanidade”, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, foi o ponto de partida para o espetáculo “Ficções”, idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella. Depois de ter passado por mais de 40 cidades com um público superior a 120 mil espectadores e uma temporada de sucesso em Portugal, Vera Holtz retorna aos palcos no Teatro Nova Iguaçu Petrobras nos dias 05 e 06 de julho, sábado, às 20h, e domingo, às 18h.


Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, de criar ficções, de imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor? 

“É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nos pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele”, analisa Felipe H. Lima, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019.


Instigado pelas questões trazidas pelo livro e pela inevitável analogia com as artes cênicas – por sua capacidade de criar mundos e narrativas – o encenador Rodrigo Portella criou um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada: “Um dos principais objetivos é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral”, resume. 


Quando foi chamado para escrever e dirigir, Rodrigo imaginou que iria pegar pedaços do livro para transformar em um espetáculo: “Ao começar a ler, entendi que não era isso. Era preciso construir uma dramaturgia original a partir das premissas do Harari que seriam interessantes para a espetáculo. Em nenhum momento, no entanto, a gente quer dar conta do livro na peça. Na verdade, é um diálogo que a gente está estabelecendo com a obra”, enfatiza. A estrutura narrativa foi outro ponto determinante no propósito do espetáculo: “Eu queria fazer uma peça que fosse espatifada, não é aquela montagem que é uma história, que pega na mão do espectador e o leva no caminho da fábula. Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção, Vera e Federico brincam com tudo, com os cenários, tem uma coisa meio in progress”, descreve.
 

Para a empreitada, Rodrigo contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: “Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação, foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta.

Vera Holtz se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo, canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca e instiga a plateia, interage com o músico Federico Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora, às vezes é a própria atriz falando. “Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia”, destaca Vera.

“O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada”, completa.

Rodrigo concorda: “É um espetáculo íntimo, quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”.
 

Programação recheada de atrações

Além de “Ficções”, o Teatro Nova Iguaçu Petrobras receberá em julho o Projeto Starlight Concerts, Diego Besou em “Nem Que Eu Surte No Plantão”, o fenômenoOs Garotin, Sérgio Mallandro em “Os Perrengues do Mallandro”, o aclamado monologo “Macacos”, com Clayton Nascimento, entre muitas atrações. Confira a programação completa em https://ingressodigital.com/pesquisa.php?busca=S&pg=1&txt_busca=nova+igua%C3%A7u  

Serviço:

Espetáculo “Ficções”, com Vera Holtz

Sessões: 05 e 06 de julho, sábado, às 20h, e domingo, às 18h      

Local: Teatro Nova Iguaçu Petrobras – Rua Coronel Bernardino de Melo, 1081, Caonze, Nova Iguaçu – RJ

Ingressos: de R$ 75 a R$ 150, vendas pelo site https://ingressodigital.com/evento/15313,15315/vera-holtz-ficcoes       
Rede social: 

Ficções – https://www.instagram.com/ficcoesespetaculo/    

Teatro Nova Iguaçu Petrobras – https://www.instagram.com/teatronovaiguacupetrobras/

Carlos Pinho é jornalista com mais de uma década de atuação abordando diversos temas, de cultura a economia. É diretor do Sindicato Nacional dos Compositores Musicais e ocupa cargos em diversos projetos de impacto social pelo país, como o Instituto LAR e a Tropa da Solidariedade.

Cultura

Um Drinque com Tony Hop

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Texto e atuação de Paulo Bond Simões estreia no Teatro Cândido Mendes com apresentações às segundas de agosto

O Teatro Cândido Mendes recebe, em curtíssima temporada, o espetáculo “UM DRINQUE COM TONY HOP”, novo trabalho do ator e dramaturgo Paulo Bond Simões, que estreia no dia 5 de agosto, com sessões às segundas-feiras (dias 5, 12, 19 e 26), sempre às 20h.

Na peça, o público é conduzido ao universo íntimo e provocador de um escritor maduro que vive um relacionamento secreto com uma mulher bem mais jovem. A tensão cresce à medida que ele se vê obrigado a esconder esse amor de amigos e familiares, o que o leva a reflexões profundas — e por vezes ácidas — sobre desejo, envelhecimento, hipocrisia e solidão.

“UM DRINQUE COM TONY HOP” marca o 21º trabalho teatral de Paulo Bond Simões, que assina também a dramaturgia. Com humor sutil e momentos de confissão emocionada, o monólogo provoca o espectador a refletir sobre convenções sociais e afetos não ditos.

Com classificação indicativa de 16 anos, o espetáculo é uma ótima pedida para quem aprecia o teatro autoral, direto e sem filtros.

SERVIÇO:

UM DRINQUE COM TONY HOP
📍 Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
📅 Segundas-feiras: 5, 12, 19 e 26 de agosto
🕗 Horário: 20h
🎟️ Ingressos:

Inteira: R$ 50

Meia-entrada: R$ 25

Lista amiga: R$ 20
📌 Classificação: 16 anos

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Cultura

Aniversário do Theatro Municipal terá ópera, balé e concertos gratuitos; confira a programação

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Divulgação
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O Theatro Municipal do Rio de Janeiro está comemorando seus 116 anos com uma festa aberta ao público na próxima segunda-feira, dia 14. Toda a programação é gratuita e começa às 9h com a tradicional apresentação da Banda dos Fuzileiros Navais. Depois, o dia será repleto de shows de música, teatro e balé, encerrando com a ópera Os Pescadores de Pérolas, de Bizet, no Salão Principal.

Durante o dia, você poderá assistir a apresentações do Coral francês Ensemble Vocal du Conservatoire di Rouen, conduzido por Karl Espinasse, e do Quarteto de Cordas Ornamentus, formado por mulheres, que trazem concertos temáticos para a Série Candlelight Concerts. Também faz parte da programação o projeto Ópera do Meio-Dia, com a peça A italiana em Argel, de Gioachino Rossini, além de apresentações de bailarinas do próprio Theatro, visitas guiadas e muito mais.

Para fechar o dia com chave de ouro, às 19h, acontece um ensaio geral de Os Pescadores de Pérolas na Grande Sala, com participação de solistas, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro. A direção cênica é de Julianna Santos. Os ingressos para a ópera estarão disponíveis a partir de quinta-feira, dia 10, às 14h, pelo site do Theatro.

Confira a programação completa:

9h: Banda dos Fuzileiros Navais na escadaria externa
10h: Coral Ensemble Vocal du Conservatoire di Rouen na escadaria interna
11h: Quarteto Ornamentus no Foyer
12h: Ópera do Meio-Dia com A italiana em Argel no interior do teatro
13h: Bailarinas da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa no Salão Assyrio
13h30: Bailarinas da Cia BEMO no Salão Assyrio
14h: Ballet do Theatro Municipal no Salão Assyrio
14h: Visita guiada pela exposição Entre o Rio dos Pássaros Pintados e o Rio de Janeiro
15h: Ação Social pela Música no Boulevard da Av. Treze de Maio
16h: Grupo Os Pequenos Mozart na escadaria interna
17h: Banda Sinfônica IBME na escadaria externa
18h: Palestra sobre a ópera Os Pescadores de Pérolas no Salão Assyrio
19h: Ensaio geral de Os Pescadores de Pérolas no palco principal

Serviço:
Theatro Municipal de Portas Abertas – Aniversário de 116 anos
Onde: Praça Floriano, Centro, Rio de Janeiro
Quando: Segunda-feira, 14 de julho, das 9h às 19h

Os ingressos gratuitos podem ser retirados uma hora antes de cada apresentação na lateral da Av. Rio Branco. Para o ensaio geral da ópera, serão disponibilizados dois ingressos por CPF, somente pelo site, a partir de quinta-feira, dia 10, às 14h. Podcast edinhotaon/ por Rafaela Paula

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Cultura

Clube do Livro “Meu Corpo Sou Eu” apresenta segundo ciclo com encontros sobre literatura, corpo e escuta em comunidade

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Projeto reúne obras de autoras como Valeska Zanello, Malu Jimenez e Carmen Maria Machado em conversas online, entre julho e novembro, dedicadas às pessoas que encontram na leitura um lugar de pertencimento e questionamento

 

Depois de três encontros livros como A Gorda (Isabela Figueiredo), Fome (Roxane Gay) e Meu corpo, minhas medidas (Virgie Tovar), o Clube do Livro ‘Meu Corpo Sou Eu‘ chega ao seu segundo ciclo com mais cinco encontros pensados para quem quer ler o mundo pelas páginas de um livro — mas também pelas dobras, memórias e marcas do corpo.

 

Idealizado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni, o clube é uma das ações do projeto Meu Corpo Sou Eu, voltado à conscientização sobre a gordofobia e suas interseções com gênero, raça e classe. A mediação das conversas conta também com a participação da jornalista, escritora, curadora e psicanalista Jéssica Balbino, autora dos livros Gasolina & Fósforo e Traficando Conhecimento.

 

A programação do clube reúne autoras contemporâneas que abordam, com diferentes estilos e perspectivas, o modo como os corpos – especialmente os de mulheres e pessoas gordas – são atravessados por discursos sociais, afetivos e políticos. As obras que compõem este ciclo são A prateleira do amor, de Valeska Zanello, Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara, Lute como uma gorda, de Malu Jimenez, Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira e O corpo dela e outras farras, de Carmen Maria Machado.

 

Os encontros acontecem uma quarta-feira por mês, das 19h30 às 21h30, com participação livre: é possível adquirir encontros avulsos ou o pacote completo com desconto. As conversas acontecem ao vivo, via Google Meet, e ficam gravadas por 10 dias para quem não puder acompanhar no horário. Além disso, há um grupo exclusivo no WhatsApp e envio de materiais complementares.

 

“No clube, a gente lê para se reconhecer, mas também para se desestabilizar com cuidado. É uma experiência muito potente estar num espaço em que a escuta é genuína e a troca acontece com acolhimento. O clube é isso: um lugar onde a literatura nos conecta, mas o que sustenta é o que cada pessoa traz do próprio corpo, da própria vivência”, comenta Néli Simioni. 

 

Para Jéssica Balbino, não se trata só de ler. “Trata-se de abrir espaço para o que uma história provoca dentro de nós. Às vezes, é deixar que a palavra toque onde a gente passou anos mandando calar”, reflete. 

 

Agenda dos encontros 

 

16 de julho – A prateleira do amor, de Valeska Zanello

13 de agosto – Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara

10 de setembro – Lute como uma gorda, de Malu Jimenez

15 de outubro – Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira 

12 de novembro – O corpo dela e outras farras, de Carmem Maria Machado 

 

Valores e política de bolsas 

 

Valores por encontro: R$ 80 (ideal), R$ 60 (intermediário) e R$ 30 (mínimo/social)
Pacote com 5 encontros: R$ 360 (ideal) e R$ 270 (intermediário), via Pix
Inscrições parceladas via Sympla: R$ 400 (ideal) e R$ 300 (intermediário) + taxa da plataforma

Inscrições via Sympla: https://www.sympla.com.br/evento-online/clube-do-livro-meu-corpo-sou-eu.

Pix para inscrições: neliane.simioni@gmail.com

 

Com política de escuta e acolhimento, o clube oferece bolsas integrais para pessoas gordas, negras, indígenas, PCDs e mães solo. A cada cinco inscrições pagas, uma bolsa é gerada. Quem tiver interesse, pode escrever para meucorposoueu@gmail.com para solicitar sua participação. 

 

Sobre as facilitadoras

 

Jéssica Balbino é jornalista, mestre em comunicação pela Unicamp, colunista do Estado de Minas e produtora de conteúdo para a revista TPM. Escreve sobre corpo, diversidade, literatura e periferia. É autora dos livros “Gasolina & Fósforo” e “Traficando Conhecimento”. Atua também como educadora, consultora, roteirista, podcaster, curadora de literatura, diversidade e conteúdo. Viciada em café, tem medo de estátuas e acredita que as narrativas em disputa podem transformar o mundo. Nas horas “vagas”, é psicanalista.

 

Néli Simioni é mestre em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp e pesquisadora sobre corporalidades gordas, gordofobia e suas intersecções, pelo viés da Análise de Discurso. Com formação em Jornalismo e pós-graduação em Jornalismo Literário, desde 2016 escreve sobre os temas corpo e identidade. À frente do podcast Isso não é sobre Corpo e do projeto Meu Corpo Sou Eu, também é comunicadora, facilitadora de cursos na área e palestrante, além de consultora de comunicação corporativa. 

 

Sobre o Meu Corpo Sou Eu

O Meu Corpo Sou Eu nasceu da necessidade de criar um espaço onde a gordofobia fosse questionada e onde as experiências de pessoas gordas fossem acolhidas e validadas. Pensado a partir do podcast Isso Não É Sobre Corpo, fundado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni em março de 2021, o projeto atua como plataforma de diálogo e conscientização sobre a ação da gordofobia como uma opressão que afeta toda a sociedade. Acesse www.meucorposoueu.com.br

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