Teatro
A Companhia Colateral apresenta o espetáculo ficcional que parte da convivência real entre dois dos mais importantes escritores brasileiros do século XX “Hilda e Caio”
Texto e Direção: Kiko Rieser
Autor agraciado com o Prêmio Bibi Ferreira 2023 de Melhor Dramaturgia Original
Com Lavínia Pannunzio e André Kirmayr
Estreia dia 30 de novembro, no CCBB SP
“Hilda era conhecida por ser uma mentirosa contumaz.
Caio, notório por ser hiperbólico em seus sentimentos e narrativas.
Suas vidas e suas obras se misturam e se amalgamam,
e a influência mútua que exercem um sobre
o outro será decisiva para transformá-los irreversivelmente”,
Kiko Rieser
Autor e Diretor de Hilda e Caio
No início da década de 70, muito jovem e perseguido pela ditadura civil-militar, Caio Fernando Abreu exila-se na residência campestre de Hilda Hilst, já com mais de 40 anos. Ela propõe o exílio na Europa ao escritor, que questiona a razão de ter se tornado alvo do regime só por ter “ido às passeatas ver a Norma Bengell naqueles vestidos magníficos do Dener”. A resposta só poderia ser a sua literatura francamente homoerótica. Caio então decide parar de escrever.
A convivência real entre dois dos mais importantes escritores brasileiros do século XX é o ponto de partida para os diálogos ficcionais do espetáculo Hilda e Caio, escrito e dirigido por Kiko Rieser. O projeto integra a pesquisa de peças biográficas que o autor iniciou com “Nasci pra ser Dercy”, que lhe rendeu o Prêmio Bibi Ferreira 2023 de melhor texto. A estreia está marcada para o dia 30 de novembro, no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, com Lavínia Pannunzio e André Kirmayr no elenco. Hilda e Caio é um espetáculo da Companhia Colateral.
Para além de resgatar o pensamento e o impulso criativo dos escritores, a trama é substrato para uma discussão atemporal acerca do poder, das fraquezas humanas e da criação, seja literária ou não, pondo em xeque os limites entre ficção e realidade.
“Enquanto Hilda era profundamente religiosa, esperançosa, introspectiva, calma e amorosa, Caio era místico, sem ser religioso, pessimista, fatalista, expansivo, ferino, ansioso e carente. Mostrar os pontos de contato e os pontos de ruído entre eles é um dos objetivos deste projeto”, fala Kiko Rieser sobre o texto que coloca em fricção as visões de Hilda e Caio sobre o mundo e a arte.
Hilda e Caio foi contemplada em 2021 no Prêmio Dramaturgias do Tempo, primeiro edital de dramaturgias do Tusp, e em 2022 no ProAC Editais. Em tempos de acirramento político, em que as instituições democráticas se mostram frágeis e passíveis de serem solapadas, faz-se fundamental resgatar a memória de nossa ditadura e suas implicações na vida e na obra desses escritores, que até o fim de suas vidas se mantiveram conectados de forma decisiva.
Ao receber esse espetáculo, o CCBB reafirma seu objetivo de ampliar a conexão do brasileiro com a cultura, trazendo ao público a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre dois grandes nomes da literatura do país, além de movimentar o centro da capital paulista incentivando cada vez mais sua ocupação.
SINOPSE
Peça ficcional baseada em episódios e personagens reais. No início da década de 70, perseguido pela ditadura civil-militar em virtude de sua literatura homoerótica, Caio Fernando Abreu exila-se na Casa do Sol, residência campestre de Hilda Hilst em Campinas, antes de fugir para a Europa. Diante dos acontecimentos recentes, ele decide parar de escrever e acaba confrontado pela amiga, que, mesmo desencantada pela falta de leitores e pela crise editorial, acredita que os dois têm a missão de continuar produzindo literatura.
FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Kiko Rieser
Elenco: André Kirmayr e Lavínia Pannunzio
Assistência de direção: Beatriz Aguera
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Desenho de luz: Gabriele Souza
Música original: Mau Machado
Preparação corporal: Fabricio Licursi
Visagismo: Eliseu Cabral
Assistência de visagismo: Márcio Merighi
Consultoria dramatúrgica: Leo Lama
Operação de luz e som: Rodrigo Palmieri
Contrarregragem: Allan Moreira
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações)
Fotos: Heloísa Bortz
Mídias sociais: Felipe Pirillo (Inspira Comunicação)
Direção de produção: Kiko Rieser e Maurício Inafre
Produção executiva: Fernanda Lorenzoni
Idealização: Kleber Montanheiro e Kiko Rieser
Projeto: Kiko Rieser
Um espetáculo da Companhia Colateral
História
No início da década de 70, perseguido pela ditadura militar, Caio exilou-se na Casa do Sol, residência campestre de Hilda em Campinas, antes de fugir para a Europa, peregrinando por Suécia, Holanda, Espanha, França e finalmente fixando-se na Inglaterra, mais especificamente Londres, onde passou quase dois anos.
A época coincide com uma guinada na carreira e na vida de ambos. Hilda, entrando na meia idade, começa sua experiência paranormal de gravar vozes de pessoas mortas e, paralelamente a isso, começa a gestar o germe do que mais tarde seriam suas obras eróticas, que acabaram por lhe conferir a pecha de pornógrafa que até hoje lhe atribuem. Caio, ainda muito jovem e pressionado pela ditadura, acaba por, ao escolher o exílio, assumir uma posição mais explicitamente política em sua literatura, além de terminar por, forçosamente, abandonar o ofício de jornalista, ruptura que, embora desejasse, não havia conseguido colocar em prática por questões financeiras, e com a qual vai flertar até o final da vida, sempre largando e voltando à profissão.
Os personagens são construídos de forma a corresponder às idiossincrasias e comportamentos dos dois escritores. Amigos de admiração mútua, embora tivessem muita coisa em comum, como o ofício, a inclinação ao misticismo e à astrologia, a predileção por temas voltados aos sentimentos humanos e a posição contrária a qualquer tipo de conservadorismo, Hilda e Caio eram diferentes em diversos aspectos. Enquanto Hilda era profundamente religiosa, esperançosa, introspectiva, calma e amorosa, Caio era místico, sem ser religioso, pessimista, fatalista, expansivo, ferino, ansioso e carente. Mostrar os pontos de contato e os pontos de ruído entre eles é também um dos objetivos desta peça, bem como flagrar o processo de transição pessoal e profissional que eles viveram naquele momento. Até o fim da vida, a conexão dos dois se impôs de forma decisiva. Eles haviam combinado que quem morresse primeiro apareceria para o outro e, caso estivesse bem, usaria algo vermelho para sinalizar. Na noite em que Caio faleceu, Hilda, antes de saber a notícia, sonhou com o amigo, placidamente andando pelo jardim da Casa do Sol com um xale vermelho-sangue.
SERVIÇO
Espetáculo Hilda e Caio
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Temporada: de 30 de novembro a 17 de dezembro de 2023
Horário: Quintas e sextas, 19 horas | Sábados e domingos, 17h
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) em bb.com.br/cultura e bilheteria do CCBB
*Ingressos liberados a partir de 24/nov
Duração: 70 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 120 pessoas
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.
Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).
Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.
Cultura
Originais do Charme celebra 10 anos no Imperator, no Méier, com novo espetáculo: “Flashblack”
Espetáculo da aclamada companhia de dança faz uma viagem no tempo passando pelos sons, passos e momentos que embalaram os Bailes Black do subúrbio carioca nos anos 70, 80 e 90
Grande sucesso em sua temporada itinerante pelo Rio de Janeiro, o espetáculo “Flashblack” sobe ao palco do Imperator, no Méier, no domingo, dia 01 de dezembro, às 19h, para sua última sessão em 2024. Encenada pela aclamada companhia Originais do Charme, que comemora 10 anos, a apresentação propõe uma viagem no tempo, estabelece pontes entre a música, os famosos passinhos das pistas de dança e as sensações de como nossas emoções vão reagir ao reviver 40 sucessos entre os anos 70, 80 e 90 dos Bailes Black do subúrbio carioca.
No palco em performance, 14 dançarinos clássicos, entre 40 e 65 anos, oriundos dos Bailes de Charme de Madureira e sob a direção e coreografias de Marcus Azevedo e Eduardo Gonçalves. Um espetáculo inclusivo que convida o público a dançar, com vários flashes de momentos incríveis que vamos trazer ao presente e vai significar muito mais para você.
Flashblack
O termo flashback refere-se a uma técnica, na qual a ação no cinema é interrompida momentaneamente para voltar no tempo e, recuperar, trazer ao presente alguma memória, alguma referência significativa. No espetáculo Flashblack, os dançarinos / intérpretes dos Originais do Charme farão interrupções na narrativa do presente e vão contar o que marcou suas vidas nos anos 70, 80 e 90. Os cascudos (como são conhecidos os charmeiros mais velhos) vão apresentar várias histórias trazidas à tona, revividas e, depois, desdobradas nos laboratórios de construção do espetáculo, por meio de narrativas corporais. Tudo isso embalado por uma trilha sonora de 40 sucessos.
Buscando reflexões sobre as memórias entre a música Black (Soul, Charme, Funk e Disco), o corpo que dança, sobre como essas duas potências marcaram e ainda no presente marcam nossas vidas, FLASHBLACK é o espetáculo indispensável para recuperar suas melhores memórias afetivas.
Antes um grupo de dança, os Originais do Charme tornaram-se companhia pela necessidade da preservação da memória da primeira geração dos bailes, completando 10 anos de história, foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, Governo Federal, Ministério da Cultura, chamada emergencial de apoio a dança “Giro RJ”, pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Ficha Técnica:
Cia. Originais do Charme
Direção Geral: Marcus Azevedo
Coreografia: Marcus Azevedo e Eduardo Gonçalves
Elenco: Aline Vasconcelos, Cleyton Santos, Andrea Gomes, Eduardo Costa, Claudia Perelli, Cristiano Guedes, Deise Cris, Katia Bispo, Jucilene Silva, Lucia Virgílio, Lula Santos, Marcelo Sales, Roberto Junior Baia e Xandy Neguitto
Técnico de Luz: Bru Trindade
Montador de Luz: Gil Santos
Técnico de Som: Eduardo Gonçalves
Edição Musical: DJ Cley 2
Direção Executiva: Himiny
Arte e Design: DJ Dudu
Mídias Sociais: Tainã Santos
Figurino: Lino Sales
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Realização: Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura (Governo Federal)
Incentivo: Funarj
Apoio Institucional: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
Parceria: Centro Coreográfico, Arena Carioca Fernando Torres, Giro Black e Viaduto de Madureira
Serviço:
Local: Teatro Imperator – Rua Dias da Cruz, 170 – Méier – Rio de Janeiro/RJ
Dia e hora: 01 de dezembro, domingo, às 19h
Entrada: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), vendas pelo link https://linktr.ee/azevedocharme
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: livre
Rede social: https://www.instagram.com/originaisdoc/
Teatro
Paul Cabannes volta ao Teatro RioMar com show de stand-up comedy nesta sexta-feira
Francês que mora no Brasil há 10 anos e faz sucesso nas redes sociais compartilhando a sua visão peculiar e com muito humor sobre a cultura e os hábitos brasileiros, Paul Cabannes volta ao Teatro RioMar, localizado no Piso L4 do RioMar Recife, neste final de semana. Ele apresenta espetáculo no formato de stand-up comedy nesta sexta-feira, dia 29 de novembro, às 21h.
No espetáculo “Alma de Brasileiro”, Paul Cabannes responde à pergunta o que é ter alma de brasileiro? O comediante é casado com uma brasileira e é pai de duas meninas e, no stand-up comedy, conta histórias vividas por ele no país, com muito humor.
Paul Cabannes realiza shows de stand-up focados no comportamento cultural e social dos brasileiros sob a ótica do estrangeiro. Ele nasceu na França, mas se apaixonou pelo Brasil desde o primeiro dia que pisou no país. Paul se casou com uma brasileira, que foi à França para estudar, e decidiu fazer do nosso Brasil a sua nova casa.
Os ingressos custam a partir de R$ 40 e podem ser adquiridos na bilheteria e no site do Teatro RioMar (www.teatroriomarrecife.com.br) ou através do app do RioMar Recife.
Teatro
Espetáculo Spidey e Seus Amigos chega ao Teatro RioMar Recife neste sábado
A criançada que curte super-heróis terá um encontro especial neste final de semana. O espetáculo Spidey e Seus amigos será apresentado neste sábado, dia 23 de novembro, no Teatro RioMar Recife, localizado no Piso L4 do RioMar Recife. Sempre lutando contra vilões, o pequeno Peter conta com um time de amigos para ajudá-lo quando necessário.
Com lições sobre companheirismo, amizade e trabalho em equipe, o espetáculo traz canções divertidas e situações para fazer a alegria de crianças e adultos. A classificação é livre.
Os ingressos custam a partir de R$ 70 e podem ser adquiridos na bilheteria e no site do Teatro RioMar (www.teatroriomarrecife.com.br) ou através do app do RioMar Recife.
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