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Abril Azul: profissionais com Transtorno do Espectro Autista ganham espaço na Takeda

O Abril Azul foi estabelecido em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista) e buscar uma sociedade mais inclusiva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas possuem TEA no mundo e, no mercado de trabalho ainda é um tabu, mas na Takeda a realidade é outra. Hoje, a empresa possui colaboradores neurodivergentes nas áreas de Neurociências, DD&T, Medical Affairs e Recursos Humanos.
“No Brasil, pesquisas apontam que os passos em direção à neurodiversidade são lentos, mas podem acelerar se as empresas se mostrarem abertas às possibilidades. Pensando nisso, em 2019, a Takeda realizou uma parceria com a Specialisterne, organização social dedicada à inclusão de pessoas neurodiversas no mercado de trabalho”, detalha Eliane Pereira, diretora executiva de Recursos Humanos da Takeda no Brasil.
O projeto conquistou espaço e em 2022, a Takeda lançou o Programa Neurodiversidade, contratando quatro profissionais neurodiversos em parceria com a Specialisterne. Entre os colaboradores que ingressaram pelo programa, está Guilherme Leite (31), Analista Jr. de Estratégia de Digital Data & Technology (DD&T). “Ao longo da minha vida, sempre tive apoio com psicólogos, porém não tinha o laudo. Aos 17 anos, fui fazer um teste vocacional e recebi o diagnóstico de TEA. Com isso, comecei a fazer acompanhamento médico direcionado para a minha condição”, destaca Leite.
Na companhia desde janeiro de 2022, ele conheceu a Specialisterne por indicação de sua psiquiatra. “O que me interessou no programa foi a oportunidade de me recolocar no mercado de trabalho”, afirma Leite. Antes de ingressar na Takeda, Guilherme já tinha trabalhado como auxiliar de professor de academia, professor de futebol e menor aprendiz em uma indústria siderúrgica.
“Fiquei muito feliz de ter começado a trabalhar na Takeda, pois é uma empresa focada na inclusão. Eu me sinto muito acolhido com meus colegas de trabalho, eles me dão apoio, me orientam e dão dicas para vida profissional. É um trabalho que me proporciona muitos pontos positivos, principalmente independência e autonomia”, conta Guilherme. “A história de Guilherme é um exemplo do compromisso da Takeda de construir um ambiente de trabalho excepcional para todos”, complementa Eliane.
Para o futuro, o colaborador deseja se desenvolver ainda mais na empresa. “Minhas expectativas para daqui um ano consistem em aperfeiçoar a carreira profissional, meu inglês e galgar meu espaço na Takeda. Com o tempo, eu creio que eu consiga melhorar bastante”, projeta.
Em maio de 2023, a Takeda também lançou o Programa Hikari no Michi, expressão em japonês que significa Caminho da Luz, busca promover a inclusão de pessoas com deficiência, atrair e reter talentos. O programa estreou com a contratação de oito profissionais para atuar nas áreas de Oncologia, Neurociências, Facilities, Inteligência de Vendas, Ética & Compliance, Assuntos Regulatórios, Medical Affairs e Recursos Humanos.
Diversidade, Equidade e Inclusão na Takeda
Lançado em 2019, o Programa de Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) da Takeda foi consolidado a partir de cinco Comitês: Gênero, LGBTI+, Racial, Pessoas com Deficiência e Gerações. Em constante evolução, o Programa de DE&I ganhou em 2021 mais dois Comitês, o Religiosidades e Espiritualidades, e Parentes e Cuidadores (PACT). Os grupos visam aprofundar o olhar a respeito das possibilidades de exercer a religiosidade e a espiritualidade, e apoiar funcionários que possuem dependentes sob a sua responsabilidade, respectivamente.
Em 2021, DE&I tornou-se uma área estratégica para a empresa, passando a ter a mesma estrutura de uma área de negócios, com planejamento, estratégia e orçamento próprios.
Sobre a Takeda
A Takeda está focada em criar uma saúde melhor para as pessoas e um futuro melhor para o mundo. Nosso objetivo é descobrir e oferecer tratamentos que transformem vidas em nossas principais áreas terapêuticas e de negócios, incluindo gastrointestinal e inflamação, doenças raras, terapias derivadas de plasma, neurociência, oncologia e vacinas. Junto com nossos parceiros, visamos melhorar a experiência do paciente e avançar uma nova fronteira de opções de tratamento por meio de nosso pipeline dinâmico e diverso. Como uma empresa biofarmacêutica líder baseada em valores e orientada por Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com sede no Japão, somos guiados por nosso compromisso com os pacientes, nossas pessoas e o planeta. Nossos funcionários em aproximadamente 80 países e regiões são movidos por nosso propósito e fundamentados nos valores que nos definem há mais de dois séculos. Para mais informações, visite www.takeda.com.
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Catadores no Rio lidam com informalidade e más condições de trabalho

Luiz Carlos Santiago, de 70 anos, começou a trabalhar com coleta de material reciclável em 2000. No início, buscava material de forma autônoma no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, até que, em 2002, tornou-se um dos fundadores da Cooperativa dos Trabalhadores do Complexo de Bonsucesso (Cootrabom), iniciativa associada à Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Hoje, além de recolher material em empresas públicas e privadas, a cooperativa recebe recicláveis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) em seu galpão no bairro de Cascadura. É neste local que realizam a separação e comercialização do material, conseguindo arrecadar cerca de R$ 1,6 mil por mês para cada associado da Cootrabom.
“Não considero suficiente o que conseguimos ratear, tendo em vista o trabalho que prestamos à sociedade. Às vezes, conseguimos um pouco mais pela prestação de serviços para empresas”, diz Santiago à Agência Brasil.
O fundador da Cootrabom também critica a falta de espaços cedidos pelo poder público para armazenar o material coletado e os casos de discriminação.
“Muitas situações de preconceito acontecem por causa do nosso trabalho, que é confundido com o trabalho da população em situação de rua”, explica.
O autor do livro A vida com direitos: direito do trabalho inclusivo e trabalho decente para catadores de resíduos, Dieric Guimarães Cavalcante, pontua que os catadores são responsáveis pela coleta seletiva, triagem, classificação, processamento e comercialização dos resíduos reutilizáveis e recicláveis.
“Essa atividade só foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2002, ocasião em que foi inserida na Classificação Brasileira de Ocupações, embora os estudos sobre o tema apontem que o trabalho de catador acompanha o processo de urbanização do Brasil”, explica.
Conforme o Guia Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho, o Brasil conta com 3.848 catadores de material reciclável registrados. Os homens representam a maioria (70,97%), enquanto as mulheres correspondem a 29,03%.
A jornada dessas pessoas, relata Cavalcante, depende diretamente do regime de trabalho, que pode ser classificado de duas formas: catadores não cooperados ou autônomos, que atuam nas ruas ou em lixões, e os catadores cooperados, que trabalham em cooperativas ou associações.
“Se autônomos, as jornadas de trabalho diárias podem passar de 16 horas, sem qualquer intervalo ou de menos de 30 minutos. Já quando inseridos em cooperativas ou associações, a jornada, em regra, obedece ao limite de oito horas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e é garantido intervalo de uma hora”, explica Cavalcante, que também é mestre em sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF).
“O trabalho dos catadores, quando exercido no contexto das cooperativas e das associações, tende a ser mais protegido e, consequentemente, mais digno”, continua.
Organizados em associações ou cooperativas, os trabalhadores tendem a ter condições melhores de trabalho, graças ao apoio de governos locais, doações de equipamentos e financiamento para treinamentos, apesar de muitas associações lutarem para sobreviver em razão da falta de reconhecimento formal e padrões de trabalho decentes, como descreve o livro A vida com direitos: direito do trabalho inclusivo e trabalho decente para catadores de resíduos.
Cooperativa de mulheres
Também na Zona Norte do Rio de Janeiro, desde 2005, a Cooperativa de Trabalho CoopQuitungo realiza a coleta de material reciclável na comunidade do Quitungo, em Brás de Pina. Formada apenas por mulheres e com 14 famílias associadas, a iniciativa foi fundada por Maria do Carmo Barbosa de Oliveira, de 70 anos.
“A cooperativa foi criada para atender a comunidade, porque as pessoas não tinham condições de ir para o mercado de trabalho”, explica Oliveira.
Como a Cootrabom, a CoopQuitungo realiza coleta de materiais recicláveis em empresas públicas e privadas, além de condomínios, apesar de não terem um espaço próprio para armazenar o material recolhido.
“Na maioria das vezes, nós não temos tanta liberdade. Mesmo após esses anos todos, trabalhamos em um espaço emprestado por uma igreja católica. Não temos estrutura para muita coisa”, lamenta a fundadora da cooperativa.
Quando surgiu, a cooperativa contava com um grupo de 30 mulheres, mas esse número foi reduzido com o passar do tempo pela falta de infraestrutura, que também afetou a eficiência do trabalho.
“Começamos com muita deficiência. Não tínhamos carro, trabalhávamos puxando o burrinho sem rabo (carrinho de carga) na rua cheio. Isso era muito difícil para nós, mulheres, mas com o decorrer do tempo ganhamos um caminhão, o que já facilitou. Foi quando tivemos a necessidade de colocar os homens para dirigir”, conta.
Mesmo com a recente inclusão de homens na cooperativa, Maria do Carmo reforça que são apenas as mulheres que saem para coletar material, com apoio do Decreto nº 5.940, de 2006, que institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal.
Apesar da chegada de um caminhão para auxiliar na coleta, a fundadora destaca que os desafios ainda são muitos. O principal deles, ela reforça, é a falta de um galpão para a cooperativa e a necessidade de deixar o material na calçada muitas vezes.
“Somos procuradas para tanta coisa, para palestra, para limpeza, para ações na praia. A CoopQuitungo faz de tudo um pouco, então por que não somos vistas pela necessidade que estamos pleiteando já há tanto tempo?”, questiona.
Valorização da categoria
O professor Ronei de Almeida, do Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), observa que os principais desafios enfrentados por catadores de materiais recicláveis estão relacionados à remuneração e às condições adequadas de trabalho.
“Entre os principais problemas, destaco a informalidade e a consequente ausência de direitos trabalhistas. A maioria desses trabalhadores opera na informalidade, o que dificulta o acesso a benefícios básicos, como seguro-desemprego e previdência social. Soma-se a isso as condições precárias de trabalho, marcadas pela falta de infraestrutura e de equipamentos adequados. Esse cenário impacta negativamente a saúde física e mental dos catadores, comprometendo sua qualidade de vida e dignidade profissional”.
Embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabeleça prioridade para parcerias com cooperativas de catadores de materiais recicláveis, em especial na implementação, estruturação e operacionalização do sistema de logística reversa, Almeida destaca que o caminho mais eficaz para a valorização dessa categoria é a formalização do trabalho, por meio da estruturação de associações e cooperativas.
“Essa medida permite retirar o trabalhador individual da informalidade e da situação de vulnerabilidade social em que muitos se encontram no estado do Rio de Janeiro. Além disso, é fundamental investir na infraestrutura das cooperativas, ampliar o parque de reciclagem e capacitar os profissionais, promovendo qualificação técnica e organizacional”, avalia. “Outro aspecto que destacaria é a remuneração direta, por parte dos municípios, às cooperativas e associações, reconhecendo o papel estratégico que essas organizações desempenham no gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos”.
Comlurb
Questionada sobre as ações para catadores de material reciclável no Rio de Janeiro, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) informou que promove o serviço de coleta seletiva, atendendo atualmente 117 bairros da cidade. De acordo com a companhia, todo o material é entregue gratuitamente a 30 cooperativas de catadores, que fazem a separação e comercializam os produtos.
“O lixo reciclável garante assim trabalho e renda aos cooperativados, beneficiando cerca de 450 famílias. O recolhimento porta a porta é feito uma vez por semana, em dias alternados aos da coleta domiciliar. Atualmente, a Comlurb coleta cerca de 1.300 toneladas de materiais recicláveis por mês, considerando tanto a coleta feita pela frota própria quanto o volume recolhido pelos recicladores autônomos, que reportam mensalmente a quantidade coletada”, afirmou em nota.
*Estagiária sob supervisão de Gilberto Costa
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Manifestantes fazem ato pró-Gaza em São Paulo

Milhares de pessoas participam na tarde deste domingo (15), na capital paulista, de marcha em apoio ao povo palestino na Faixa de Gaza, que enfrenta crise humanitária diante dos ataques militares de Israel. A mobilização tem o apoio de organizações de mobilização popular, sindicatos e políticos de esquerda.
Na convocação, os organizadores informaram que o ato faz parte da “Marcha Global para Gaza”, iniciativa internacional mobilizada por movimentos populares, organizações sociais, coletivos e ativistas de direitos humanos.
O grupo caminha, de forma pacífica, da Praça Roosevelt, no centro da capital, em direção à Praça Cinquentenário de Israel, em Higienópolis.
No ato, parlamentares e ativistas defendem um cessar-fogo na região, fim do conflito e que o governo brasileiro rompa as relações comerciais com o governo de Benjamin Netanyahu.
A manifestação ainda presta apoio à caravana que cruza o Egito em direção a Rafah, cidade palestina situada no sul da Faixa de Gaza.
Há marchas em apoio ao povo palestino em outras cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Rio Grande (RS).
Ataques aéreos e disparos israelenses mataram pelo menos 45 palestinos na Faixa de Gaza neste sábado (14), a maioria perto de um ponto de distribuição de ajuda, segundo informações da Agência Reuters.
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Mega-Sena não tem ganhador e prêmio vai a R$ 110 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.876 da Mega-Sena, realizado neste sábado (14). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 110 milhões para o próximo sorteio.
Os números sorteados foram: 09 – 31 – 32 – 40 – 45 – 55
A quina teve 61 apostas acertadoras e irão receber R$ 102.600,96 cada.
5.747 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 1.555,75 cada.
Apostas
Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de terça-feira (17), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.