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Cultura

Aclamado por público e crítica, “Quebrando Paradigmas” volta aos palcos no Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa

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Lucas Popeta em Quebrando Paradigmas - Crédito fotográfico Paulo Aragon
Lucas Popeta em Quebrando Paradigmas - Crédito fotográfico Paulo Aragon

Espetáculo criado por Lucas Popeta que apresenta, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil fica em cartaz de 31 de outubro a 09 de novembro

Lucas Popeta está de volta aos palcos com seu aclamado espetáculo “Quebrando Paradigmas”, que fará apenas seis apresentações no histórico Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa, entre os dias 31 de outubro e 09 de novembro, às sextas e sábados, às 20h, e domingos às 19h.

A peça reflete sobre resistência, arte e representatividade, apresentando, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil. Em cena, Popeta narra a história do país por meio da arte dramática, vista pelos olhos de um jovem negro de 23 anos. Inspirado na vida e no legado de Abdias Nascimento e do Teatro Experimental do Negro (TEN), o projeto destaca figuras históricas fundamentais, como Maria do Nascimento, Arinda Serafim e Marina Gonçalves, ressaltando o protagonismo de mulheres negras na formação cultural do país.

Para o ator Lucas Popeta, contar essa história é muito importante para nossa identidade, porque cada vez mais estamos conhecendo quem realmente construiu o país onde a gente vive e cresce. “Dar nome e voz a essas pessoas é reencontrar a história que não nos ensinaram nas escolas e que agora temos autonomia pra descobrir. É entender de onde viemos e poder escolher, com consciência, pra onde queremos ir. Isso é muito novo, porque há 50 anos atrás a gente não tinha essa mentalidade. Vivemos num país jovem, que ainda está se entendendo enquanto nação. Mas é através da história recuperada que a gente alimenta a esperança de construir um futuro com mais dignidade, mais consciência e condições melhores do que as que os nossos ancestrais tiveram”, explica.

O monólogo é idealizado pelo ator, que também assina o texto. A produção é totalmente independente e conta com a direção geral de Gizelly de Paula, a direção musical de Beà Ayòóla, a direção de movimento de Marili Stefany e a direção de produção de Gabriela Nascimento.

Ficha técnica:

Idealização, dramaturgia e atuação: Lucas Popeta

Direção: Gizelly de Paula

Direção de Produção: Gabriela Nascimento

Direção Musical: Beà Ayòóla

Direção de Movimento: Marili Stefany

Figurino: Carla Costa

Iluminação: Domingos e Wladimir Alves

Preparação Vocal: Adriana Micarelli

Assistência Dramatúrgica: Gabriela Nascimento e Patrícia Regina 

Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho

Grupo/Proponente: Popeta Produções Artísticas

Produção: Independente (sem lei de incentivo)

Serviço:

Temporada: de 31 de outubro e 09 de novembro, às sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h 

Local: Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa – Rua Prudente de Morais, 824 – Ipanema, Rio de Janeiro – RJ

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) pelo site https://ingressosriocultura.com.br/riocultura/events/48510?sessionView=LIST&fbclid=PARlRTSANQy71leHRuA2FlbQIxMQABp7Pz5vXvXlQZh9QZR6WFHKtUXlOmqdY521oyJ4PKBT87r184xCd8CF4Rmegj_aem_FH3WtzWUL-l02mJ-FLYnOQ  

Classificação etária: livre

Duração: 60 minutos

Gênero: Drama contemporâneo

Lotação: 200 lugares

Redes sociais: 

https://www.instagram.com/lucaspopeta
https://www.instagram.com/popetaproducoes

Cultura

Raízes Daqui encerra outubro com oficinas de Frevo e prepara grande final com Bumba-meu-boi

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Mestre Beto Lemos na escola Municipal Nilo Peçanha - Foto: Howard Cappelletti / Divulgação Raízes Daqui
Mestre Beto Lemos na escola Municipal Nilo Peçanha - Foto: Howard Cappelletti / Divulgação Raízes Daqui

Projeto de educação patrimonial atinge cerca de 1.500 alunos em escolas públicas do Rio e ganha destaque na imprensa com iniciativa que vai além do forró

O projeto Raízes Daqui concluiu mais um mês de atividades com resultados expressivos. Em outubro, as oficinas de Frevo movimentaram escolas públicas do entorno da Feira de São Cristóvão, consolidando a proposta de ampliar a percepção da cultura nordestina no Rio de Janeiro. A iniciativa, que funciona de terça a quinta-feira, atende estudantes das escolas municipais Nilo Peçanha, Gonçalves Dias, Alice do Amaral Peixoto, Floriano Peixoto e do Colégio Pedro II.

Com mestres vindos de Pernambuco e Alagoas, além de integrantes do Grupo Frevo da Feira , as oficinas levaram para dentro das escolas a energia contagiante do ritmo pernambucano, reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O pernambucano Lucas dos Prazeres, mestre de cultura popular e guardião dos saberes do Quilombo dos Prazeres, foi um dos educadores que ensinou os passos tradicionais aos estudantes cariocas. Ao seu lado, trabalharam Beto Lemos, Negadeza, Romeu Silva, Josué Júnior, João Soares e Kira dos Prazeres .

Imprensa reconhece importância da iniciativa

A repercussão do projeto ultrapassou os muros das escolas. O jornalista Márcio Anastácio, da coluna Oxente, Rio! , do Jornal Extra, destacou o trabalho de Lucas dos Prazeres : “Mais do que ensinar uma dança, o trabalho de Lucas dos Prazeres representa a continuidade de uma pedagogia ancestral que valoriza os saberes populares. Ao difundir o Frevo no Rio de Janeiro, ele ajuda a fortalecer a presença cultural nordestina na cidade, que vai muito além do forró.”

Jorge Rodrigues, do portal Sopa Cultural, entrevistou Gilberto Teixeira, diretor e curador do Raízes Daqui , que explicou a proposta do projeto: “O Raízes Daqui nasceu da necessidade da gente realçar outras representações nordestinas no Rio. As pessoas só falam forró, forró pé de serra, forró de plástico… Mas a riqueza do Nordeste é um leque muito maior, é abrangente demais.” Teixeira comparou a diversidade cultural à variedade de sotaques da região, ressaltando que “é que nem achar que todo sotaque nordestino é igual. A diferença é assim, entre o Rio Grande do Norte, a Bahia, o Maranhão, o Ceará…”

Culminância de outubro reuniu 300 crianças em festa

No dia 24 de outubro, o Restaurante Asa Branca, dentro da Feira de São Cristóvão, recebeu a culminância do mês. Cerca de 300 crianças de todas as escolas participantes celebraram o aprendizado com apresentações, trio pé de serra e performance do grupo folclórico da feira.

O ator e influenciador Efraim Esmério, um dos convidados para o evento, definiu a experiência: “Poder vivenciar a cultura nordestina e ver crianças de todas as escolas do Rio de Janeiro e regiões recebendo informações sobre o Nordeste e misturando a cultura afro numa dança típica de mistura entre Frevo e capoeira foi algo surreal e inimaginável. Pois mostrar para crianças que todos são iguais e todas as culturas devem ser respeitadas é algo muito lindo de se viver.”

Para Efraim, a iniciativa deveria se expandir: “É algo extraordinário e deveria virar lei para todas as escolas do Rio de Janeiro participarem desse projeto.”

Mestre Beto Lemos celebra o trabalho coletivo

O mestre Beto Lemos, que conduziu várias oficinas ao longo do projeto, destacou a parceria com João Soares nas atividades de Frevo: “Nessa vivência do Frevo, eu tive o auxílio luxuoso do João, que tem como sua base multiartista e a dança, e aí, nossa, foi riquíssimo, porque ele tem uma vivência com o corpo que foi muito contagiante para as crianças ver um passista, de fato, um profissional dessa área ali na frente deles, fazendo, ensinando.”

Segundo Beto, o ritmo acelerado e festivo do Frevo favoreceu o engajamento dos estudantes: “O Frevo por si só já é uma festa. O ritmo é envolvente, é um pouquinho mais rápido do que as outras coisas que a gente vinha trabalhando, e mexe muito com o corpo naturalmente, então ferve, como a palavra já induz, e é muito festivo, é muito da brincadeira.”

O mestre também refletiu sobre a motivação de participar do Raízes Daqui : “O que mais me motiva nesse momento para fazer projetos como esse é justamente proporcionar um primeiro contato com uma das culturas do nosso Brasil, no caso nordestina, mas proporcionar esse primeiro contato para crianças. Eu acho fundamental, eu acho que era uma coisa que tinha que ter de forma regular na escola.”

Novembro fecha projeto com Bumba-meu-boi

Para o último mês do projeto piloto, novembro trará oficinas de Bumba-meu-boi, outra manifestação tradicional nordestina. As atividades já começaram no dia 27 de outubro e seguem até o dia 19, onde terá a última oficina, na escola Floriano Peixoto, mantendo a dinâmica de turmas da manhã e tarde com lanches integrados à programação. A culminância de novembro será no dia 28, no Restaurante Conexão Mandacaru, na Feira de São Cristóvão.

Gilberto Teixeira revelou que as perspectivas futuras são animadoras: “A própria prefeitura está observando e parece que no futuro a própria prefeitura pode absorver o projeto, porque a gente está levando isso para as escolas públicas. As perspectivas são as melhores.” O diretor do projeto também afirmou que, embora esta seja uma edição piloto, “a gente já sabe absolutamente que deu muito certo.”

O Raízes Daqui é uma realização do Instituto Cultural da Feira e Ministério da Cultura/Governo Federal, com apoio da Prefeitura do Rio/RioTur, viabilizado através de emendas parlamentares do deputado Chico Alencar e da deputada Jandira Feghali. A iniciativa comprova que a cultura nordestina no Rio de Janeiro é plural, rica e merece ser conhecida em toda sua diversidade pelas novas gerações.

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Cultura

Poetisa Isabelly Moreira promove oficina com mulheres do campo em São Paulo

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Ação será realizada por meio do projeto “A Voz da Poesia – Mulheres que Versam”, que já passou por Brasília, Recife e Rio de Janeiro

A poetisa pernambucana Isabelly Moreira, em circulação nacional com a oficina “A Voz da Poesia – Mulheres que Versam”, desembarca nesta quinta-feira (30) em São Paulo para realizar uma atividade no bairro Chácara Maria Trindade. Desta vez, a iniciativa, totalmente gratuita, contemplará mulheres do Território Cultural Okaracy, na Comuna da Terra Irmã Alberta.

Durante o encontro, Isabelly, natural de São José do Egito – conhecida como a capital nordestina da poesia -, conduzirá a oficina trabalhando textos e versos de autoras de diferentes estados do Nordeste. A proposta é promover um diálogo íntimo com a poética regional e integrar as vivências de cada participante. As mulheres terão ainda a oportunidade de se expressar por meio de uma produção coletiva.

Com temas que vão do cotidiano e dos afetos às questões ambientais, a oficina busca unir tradição e contemporaneidade, fazendo da poesia um caminho para a autonomia, o reconhecimento e a inclusão social. O encontro também estimula o pensamento crítico, fomenta reflexões sobre o papel da mulher na sociedade e reforça o cordel como Patrimônio Imaterial do Brasil.

Na prática, a metodologia envolverá leituras, declamações e experimentações de estilos poéticos, com destaque para quadras e sextilhas. “Mais do que falar sobre métricas e estruturas, buscamos estimular a voz interior das participantes, criando espaços de partilha, pertencimento e coletividade”, ressalta Isabelly.

O projeto responde ainda a uma demanda recorrente: levar experiências culturais a territórios distantes dos grandes centros, onde mulheres dificilmente têm acesso a iniciativas desse tipo. “Mais que formação, trata-se de um ato de valorização da identidade cultural e de empoderamento feminino em diversas regiões do país”, completa a poetisa.

Para garantir a participação plena, o projeto também oferecerá atividades lúdicas para os filhos das inscritas. A circulação nacional “A Voz da Poesia – Mulheres que Versam” conta com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.

Serviço:

Oficina “A Voz da Poesia – Mulheres que Versam”

Data: 30 de outubro – 15h
Local: Território Cultural Okaracy – Chácara Maria Trindade, São Paulo/SP.
Informações: @isabelly_moreiraa

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Cultura

Giuseppe Oristanio volta aos palcos como Guimarães Rosa em “Pormenor de Ausência”, no Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea

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GIUSEPPE ORISTANIO COMO GUIMARÃES ROSA - FOTO ALBERTO MAURICIO
GIUSEPPE ORISTANIO COMO GUIMARÃES ROSA - FOTO ALBERTO MAURICIO

Com direção de Ernesto Piccolo e texto de Lívia Baião, monólogo retrata os últimos anos de vida do escritor

Novembro de 1967, Guimarães Rosa está às voltas com problemas de saúde e se preparando para a sua posse na Academia Brasileira de Letras. É nesse contexto que são evocados os últimos anos de vida do escritor em “Pormenor de Ausência”, que retorna aos palcos cariocas para curta temporada no Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea, de 03 a 25 de novembro, segundas e terças-feiras, às 20h.

Com direção de Ernesto Piccolo, o monólogo é resultado de uma minuciosa pesquisa, realizada pela autora Lívia Baião, em seus acervos pessoais e suas obras. O texto é escrito em primeira pessoa e dissolve fronteiras entre biografia, ficção e ensaio historiográfico. Giuseppe Oristanio encarna um Rosa consciente de sua genialidade, obcecado pelo tema da morte e os desejos quase insuportáveis da imortalidade da Academia Brasileira de Letras. Um dilema pessoal que revela as fraquezas humanas raramente abordadas quando se pensa, se escreve ou se lê sobre o grande Rosa.

Apesar da saúde fragilizada, vemos ainda um escritor em franca atividade, criativo e de linguagem inovadora e exercendo suas funções de diplomata – muitas vezes com entusiasmo, outras tantas não – mas, e sempre, com o raciocínio afiado e comentários ferinos. Poliglota e erudito, Rosa viajava pelos sertões do Brasil no lombo de cavalos, conversando com os sertanejos, em busca de captar a linguagem e a forma brasileira de pensar e expressar seus pensamentos. Eleito para a Cadeira 2 da Academia, cujo patrono é Álvares de Azevedo, morreu 3 dias depois.

– Eu fiquei encantado quando Ernesto Piccolo me apresentou este texto porque a gente está falando da humanidade de um dos maiores escritores brasileiros. O espetáculo se propõe a mostrar uma figura próxima ao público, alguém com todas as fraquezas e emoções de um ser humano comum. A gente conhece muito das grandes figuras por meio dos seus feitos, mas, por trás de tudo isso, existe um ser humano como qualquer outro – revela Oristanio, que celebra mais de 50 anos de carreira em seu primeiro monólogo.

Serviço:

“Pormenor de Ausência”

Local: Teatro Vannucci – Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º Piso, Gávea, Rio de Janeiro – RJ

Temporada: de 03 a 25 de novembro

Dias e horários: segundas e terças-feiras, às 20h

Classificação: livre

Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)

Vendas e mais informações: https://bileto.sympla.com.br/event/111985

Instagram: @pormenor_de_ausencia

Ficha técnica:

Elenco: Giuseppe Oristanio  

Texto: Lívia Baião  

Direção: Ernesto Piccolo  

Cenário: José Dias  

Iluminação: Wilmar Olos e Celma Úngaro  

Trilha Sonora: Rodrigo Penna  

Figurino e adereço: Suely Gerhardt  

Fotografia: Alberto Mauricio   

Produção: Michelle Mathias

Assistente de direção: Rafael Queiroz

Assessoria de imprensa: Carlos Pinho

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