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Cultura

Clássico da televisão, “O Cravo e a Rosa” ganha adaptação para o teatro

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Dudu Azevedo como Petruchio e Isabella Santoni como Catarina - O Cravo e a Rosa O Espetáculo - Crédito fotográfico Rodrigo Lopes
Dudu Azevedo como Petruchio e Isabella Santoni como Catarina - O Cravo e a Rosa O Espetáculo - Crédito fotográfico Rodrigo Lopes

Com direção de Pedro Vasconcelos e protagonizado por Isabella Santoni e Dudu Azevedo, “O Cravo e a Rosa – O Espetáculo” estreia temporada nacional no Teatro Prio, no Rio de Janeiro

Uma das novelas mais amadas e marcantes da teledramaturgia brasileira, “O Cravo e a Rosa”, de Walcyr Carrasco, ganha adaptação inédita para o teatro. Com direção de Pedro Vasconcelos e direção de produção de Marcelo Faria, “O Cravo e a Rosa – O Espetáculo” faz sua estreia nacional no Teatro Prio, no Jockey Club da Gávea, em temporada de 06 de setembro a 27 de outubro, com sessões nas sextas e sábados às 20h e domingos, às 19h. Os ingressos estão disponíveis pela plataforma Sympla.

Se na televisão o casal protagonista foi interpretado por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, nos palcos, Catarina e Petruchio ganharão vida com Isabella Santoni e Dudu Azevedo. O elenco também conta com João Camargo (como Batista), Catarina de Carvalho (como Bianca), Rosana Dias (como Mimosa), Marcello Gonçalves (como Seu Calixto), Carlos Félix (como Seu Etevaldo Praxedes, o cobrador) e John Garita (como Seu Venceslau Torres).

Elenco completo de O Cravo e a Rosa – O Espetáculo – Crédito fotográfico Rodrigo Lopes

A montagem é apresentada e patrocinada pela Brasilcap, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização da FV Produções e associação ao Grupo Globo. Após a temporada carioca, a peça passará por São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba.

A história

Ambientada na São Paulo do final da década de 1920, “O Cravo e a Rosa” conta a história do relacionamento tumultuado de Petruchio, um rude fazendeiro em dificuldades financeiras, e Catarina, uma temperamental jovem rica e feminista, conhecida pelo apelido de “fera” por afugentar seus pretendentes. Com o desenrolar de uma trama hilária e emocionante, ele precisa conquistá-la para pegar seu dote e pagar suas dívidas. No entanto, entre tapas e beijos, ambos se apaixonam perdidamente.

A obra é inspirada em “A Megera Domada”, uma das peças mais famosas do dramaturgo inglês William Shakespeare, e transporta o público para uma época em meio a questões importantes como o voto feminino e a igualdade de gênero, tema esse ainda relevante para o nosso país. 

Na ordem, Marcelo Faria, Isabella Santoni, Dudu Azevedo e Pedro Vasconcelos - O Cravo e a Rosa O Espetáculo - Crédito fotográfico Rodrigo Lopes
Na ordem, Marcelo Faria, Isabella Santoni, Dudu Azevedo e Pedro Vasconcelos – O Cravo e a Rosa O Espetáculo – Crédito fotográfico Rodrigo Lopes

– O amor que nasce das diferenças, da aceitação do outro com suas características diversas, as dores humanas retidas em nossos corações que fazem a gente cair em ciladas emocionais e comportamentais. Vem daí o humor de Catarina e Petruchio. Comportamentos que sublimam nossa individualidade e causam conflitos de relações. A obra é leve, divertida, porém profunda na questão dos relacionamentos. Eu estou muito feliz por juntar em um único projeto duas das minhas grandes paixões profissionais: a novela e o teatro – conta o diretor Pedro Vasconcelos.

Fenômeno na telinha

Exibida de 2000 a 2001 com grande sucesso de audiência pela TV Globo, a novela é uma das mais reprisadas, seja pela emissora como pelo Canal Viva, conquistando diferentes gerações ao longo das últimas duas décadas, chegando inclusive a Portugal. Para se ter uma ideia do quanto ela foi arrebatadora, um único episódio chegou reunir mais de 50 milhões de espectadores simultaneamente. A produção também marcou a estreia de Walcyr Carrasco na Globo. 

Walcyr Carrasco 

Nascido no interior de São Paulo em 01 de dezembro de 1951, formou-se em jornalismo pela Universidade de São Paulo e atuou em vários órgãos importantes de imprensa. É autor de livros, peças de teatro, além de novelas e séries de televisão, a maior parte delas exibida pela Rede Globo. Recebeu o prêmio Jabuti pela tradução e adaptação de “Romeu e Julieta” para jovens. No teatro, ganhou o Prêmio Shell por “Êxtase”. Na televisão, entre muitos prêmios, destaca-se o Emmy, maior conquista do segmento no mundo, por “Verdades Secretas”, além de ser o autor de “O Cravo e a Rosa”, uma das novelas mais reprisadas da TV.

Equipe

Isabella Santoni

Iniciou a carreira de atriz em 2013, quando foi a protagonista Bel no longa-metragem “Visceral”. Em 2014, participou da série “As Canalhas” e protagonizou “Malhação Sonhos”, vivendo a lutadora Karina. Em 2016, interpretou Isabel, na minissérie “Ligações Perigosas”. Estreou no horário nobre como Leticia na novela “A Lei do Amor”, e fez a peça a “5ª Júlia”. Em 2018, voltou ao cinema como Rita em “Missão Cupido”, além de fazer a novela “Orgulho e Paixão” como Charlotte. Já em 22 fez a série “A Divisão”, do Globoplay, e “Dom”, da Amazon Prime Video.

– Temos um grande sucesso da televisão nas mãos, uma história que está na memória do público com muito carinho. É uma grande responsabilidade e oportunidade. Não pensei duas vezes em aceitar dar vida a Catarina Batista, que é uma personagem que mexe comigo. Primeiro, por ser inspirada na “Megera Domada”, mesmo arquétipo da Karina que fiz em “Malhação Sonhos”. Depois, por ser uma mulher à frente de seu tempo, ousada e fora dos ditos “padrões”. Estou completando 10 anos de carreira neste ano e voltar aos palcos, ainda mais com essa personagem, é me reconectar com o início de tudo – destaca a atriz. 

Dudu Azevedo

Fez sua estreia aos 14 anos em um dos clássicos da TV dos anos 90: o seriado “Confissões de Adolescente”, dirigido pelo cineasta Daniel Filho. Dez anos depois, fez “Cazuza – O Tempo não Para”, protagoniza o filme “Odiquê?” e o longa “Pode Crer!”, se tornando um dos atores mais talentosos de sua geração. Após participar de diversas novelas e do seriado “JK”, debuta no horário nobre da Globo em 2008, na novela Duas Caras. Em 2011, protagoniza um dos episódios da série “Amor em Quatro Atos”. Já em 2016, assina um contrato com a TV Record e atua em “Os Dez Mandamentos” e “Jesus”, personagem marcante na sua carreira.

– Fazer no teatro um clássico da TV é desafiador e é também um precioso exercício de refinamento de boas escolhas. Está sendo novo, emocionante e surpreendente, como se fosse a primeira vez. Petruchio é um personagem saboroso e catártico, rico em muitos sentidos e um prato cheio para saborear com calma. Esse convite veio de amigos que eu amo, respeito e com quem quero estar junto. Encontro feliz! E fazer teatro é mágico. O palco é o lugar onde está a verdadeira essência do nosso trabalho, onde tudo se fundamenta – revela o ator.

Pedro Vasconcelos

Começou a carreira como ator ainda na adolescência na novela Top Model (1989), na TV Globo. Na sequência, tornou-se figura marcante em várias produções da emissora, como Riacho Doce (1990), Vamp (1991), Fera Ferida (1993), A Próxima Vítima (1995) e Malhação (protagonista na temporada de 1997). Passou a se dedicar à direção a partir dos anos 2000, colecionando uma galeria de grandes sucessos, como Sítio do Picapau Amarelo, Alma Gêmea (2005), A Favorita (2008), Paraíso (2009), Escrito nas Estrelas (2010), Morde & Assopra (2011), Amor Eterno Amor (2012), A Teia (2014), Império (2014), Além do Tempo (2015), A Força do Querer (2017) e Espelho da Vida (2018). Além dos projetos na TV, também fez trabalhos como ator e diretor no cinema e no teatro, conquistando o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo e Direção com “Dona Flor e seus Dois Maridos”.  

Marcelo Faria

Ator e produtor. Entre novelas, filmes e peças de teatro, coleciona mais de 40 trabalhos. Desde 1993, também está à frente da sua produtora, a FV Produções Artísticas, ao lado do amigo diretor Pedro Vasconcelos. De lá para cá, foram mais de 10 espetáculos produzidos, levando mais de 1 milhão de espectadores para o teatro, além do longa-metragem “Dona Flor e seus Dois Maridos”. O ator também se consolida como um grande produtor cultural no mercado brasileiro.

Sobre a Brasilcap

Desde 1995, a Brasilcap já distribuiu mais de R$ 2,5 bilhões em prêmios, que abrangem aproximadamente 700 mil títulos contemplados. Atualmente, a Companhia conta com mais de 2,5 milhões de clientes e um portfólio diferenciado de soluções de capitalização. Como referência de mercado, a Brasilcap entende que é seu papel transformar a realidade da sociedade. Por isso, a Companhia incentiva projetos socioambientais, educacionais e esportivos, e de desenvolvimento, divulgação e preservação da cultura brasileira, tanto por meio das leis de incentivo como de forma direta. 

Ficha técnica:

Autoria – Walcyr Carrasco

Direção e adaptação – Pedro Vasconcelos

Direção de Produção – Marcelo Faria

Elenco – Isabella Santoni (Catarina), Dudu Azevedo (Petruchio), João Camargo (Batista), Catarina de Carvalho (Bianca Batista), Rosana Dias (Mimosa), Marcello Gonçalves (como Seu Calixto), Carlos Félix (como Seu Etevaldo Praxedes, o cobrador) e John Garita (como Venceslau Torres)

Assistente de direção: Marcello Gonçalves

Produção Executiva – Renata Costa Pereira

Cenografia e Figurino – Ronald Teixeira

Desenho luz – Luciano Xavier

Iluminação e som – Leonardo Diniz

Visagismo – Fabiola Gomez

Trilha Sonora – Bruno Marques

Pianista convidada: Cleo Boechat

Fotografia – Rodrigo Lopes

Assessoria de imprensa – Carlos Pinho

Serviço:

Temporada: de 06 de setembro a 27 de outubro   

Local: Teatro Prio – Jockey Club Brasileiro – Av. Bartolomeu Mitre, 1110 – Gávea, Rio de Janeiro – RJ 

Sessões: sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h

Ingressos: R$ 120,00 (inteira) // R$ 60,00 (meia-entrada)

Vendas e mais informações: https://bileto.sympla.com.br/event/97424/d/273611/s/1868494

Duração: 110 min

Gênero: comédia

Classificação: livre

Rede social: https://www.instagram.com/ocravoearosaumespetaculo/ 

Cultura

Lançamento do livro Para Todas as Mulheres do Mundo reúne protagonistas femininas e celebra o sucesso em São Paulo

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Na noite de ontem, quinta-feira, 09 de maio, São Paulo foi palco de uma celebração marcante com o lançamento oficial do livro Para Todas as Mulheres do Mundo. O evento, realizado na Livraria Leitura do Shopping Market Place, reuniu coautoras, convidados e admiradores para homenagear a força, coragem e o protagonismo feminino.

Com coordenação editorial de Valéria Bolsonaro, atual Secretária da Mulher, e publicação da Literare Books, a obra coletiva reúne histórias inspiradoras de mulheres que vêm transformando suas realidades com talento e determinação.

“Acreditar nas mulheres é transformar o presente e construir um futuro mais justo para todos” — destacou Valéria Bolsonaro, reafirmando o propósito do livro em dar visibilidade às vozes femininas que fazem a diferença no Brasil e no mundo.

Entre as coautoras, a empresária e escritora Sophia Martins celebrou a emoção de fazer parte da obra:

“Fazer parte de Para Todas as Mulheres do Mundo é mais do que uma conquista profissional — é uma celebração da força coletiva que move tantas mulheres ao redor do mundo. É uma honra contribuir com uma obra que inspira, acolhe e transforma.”

Ela acrescentou:

“Mais do que um livro, é um chamado global para que mulheres se reconheçam como protagonistas da própria jornada. Tenho muito orgulho de fazer parte desse movimento de transformação.”

O lançamento foi um sucesso, marcado por momentos de emoção, trocas enriquecedoras e conexões autênticas entre mulheres que constroem, juntas, um novo capítulo de representatividade e força no Brasil.

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Cultura

Projeto Sr. Souls estreia espetáculo contra o capacitismo e denuncia invisibilidade de artistas PCDs na cultura

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Show gratuito no Sesc Centro de Goiânia marca lançamento oficial do projeto que une música autoral e ativismo por inclusão

Segundo dados do IBGE, mais de 18,6 milhões de pessoas vivem com algum tipo de deficiência no Brasil, representando 8,9% da população. No entanto, a representatividade cultural ainda é extremamente baixa, principalmente em produções artísticas de grande visibilidade. Em iniciativas públicas de cultura, apenas 1% dos projetos contemplam protagonismo de artistas PCDs.

Dentro de uma proposta que busca impactar esse cenário, entra em cena o projeto Sr. Souls, que tem seu lançamento oficial programado para 14 de maio, no Teatro do Sesc Centro, em Goiânia. Com entrada gratuita, o show apresenta composições autorais que transitam entre MPB, rock, blues e country, em uma estética definida pelos integrantes como MPB experimental.

Idealizado por Silvio Soũls, o Sr. Souls é composto por três músicos com deficiência — Silvio Soũls (teclado, voz e violão), Pedro Fleury (baixo) e W. Micena (bateria) — além do guitarrista convidado Marcos Paulo. O projeto busca romper estereótipos e desafiar estruturas culturais tradicionais, promovendo o protagonismo de artistas PCDs (Pessoas com Deficiência) nos palcos e produções artísticas.

Cada integrante do Sr. Souls traz em sua trajetória pessoal a vivência com diferentes deficiências:
Silvio Soũls convive com as sequelas da poliomielite e a síndrome pós-pólio, que afetam sua mobilidade e resistência física.

W. Micena também é sobrevivente da poliomielite, enfrentando desafios motores decorrentes da doença.

Pedro Fleury é autista, trazendo para o grupo uma perspectiva neurodivergente que enriquece a diversidade e a sensibilidade artística do projeto.

“Combatemos principalmente o capacitismo cultural, que exclui pessoas com deficiência dos grandes palcos e dos espaços de protagonismo na música. Nosso objetivo é mostrar que o talento e a competência não têm limitações físicas”, afirma Silvio Soũls.
O concerto apresentará músicas do álbum Poemas em Canções, com letras que abordam o amor, a luta social, a espiritualidade e a experiência de viver com deficiência em uma sociedade ainda excludente. Entre os destaques do repertório estão “Amor Feudal”, “Deusa da Encruzilhada”, “Carta aos Mistérios” e “Somos Todos Brasil”.

O lançamento conta com apoio de lei de incentivo à cultura e integra uma nova fase do movimento iniciado pelo Sr. Souls: levar para o palco não apenas música de qualidade, mas também uma mensagem urgente de transformação social.

“Subir ao palco é celebrar a vida. Somos músicos, somos artistas, somos seres humanos capazes de tocar corações e provocar transformações. A música é nossa voz contra o silêncio imposto pela exclusão”, reforça Silvio.

O projeto conta com recursos do edital de Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Música – PNAB, do Estado de Goiás.

SERVIÇO
Evento: Lançamento Oficial do Projeto Sr. Souls
Data: 14 de maio de 2025
Horário: 20h
Local: Teatro do Sesc Centro – Rua 15, nº 239, Setor Central, Goiânia (GO)
Entrada: Gratuita / Retirada na plataforma Sympla
Classificação indicativa: Livre
Realização: Sr. Souls – Edital de Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Música – PNAB, do Estado de Goiás.
Instagram: @bandasrsouls

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Cultura

Kung Fu na infância: como a arte marcial milenar fortalece corpo, mente e caráter das crianças

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Praticado por milhões no mundo, o Kung Fu vem conquistando pais e educadores por seu impacto direto no desenvolvimento emocional, motor e cognitivo de crianças. Em Goiânia, o professor Hygor Johnson explica por que essa arte vai muito além da luta.

Disciplina, equilíbrio emocional, foco e respeito. Esses são alguns dos valores que crianças a partir dos 4 anos de idade começam a desenvolver com o Kung Fu, arte marcial chinesa que está ganhando força como instrumento pedagógico em escolas, projetos sociais e academias. Em Goiânia, o professor Hygor Johnson acompanha de perto essa transformação e garante: “Não é sobre brigar. É sobre se conhecer e se controlar”.

Vivemos em um tempo de estímulos excessivos, telas onipresentes, sedentarismo precoce e diagnósticos crescentes de ansiedade e déficit de atenção em crianças. Nesse cenário, muitos pais têm buscado alternativas que unam atividade física, desenvolvimento emocional e formação de valores. O Kung Fu aparece como uma das práticas mais completas nesse sentido.

“Quando a criança começa o Kung Fu, ela entra em contato com uma filosofia de vida baseada no equilíbrio e na disciplina”, explica Hygor Johnson, professor e praticante há mais de uma década. “Ela aprende que cada movimento tem um propósito, que o silêncio tem valor, e que o respeito é inegociável.”

BENEFÍCIOS COMPROVADOS

Estudos conduzidos por universidades americanas e europeias mostram que a prática regular de artes marciais na infância:

  • Reduz sintomas de hiperatividade em até 30%;

  • Melhora a coordenação motora fina e ampla;

  • Aumenta a capacidade de concentração em tarefas escolares;

  • Diminui episódios de agressividade e melhora a convivência social.

Para Hygor, que já formou dezenas de pequenos alunos em Goiânia, o mais impressionante é ver a transformação comportamental. “Tinha um aluno de 7 anos que sofria bullying na escola e evitava qualquer atividade em grupo. Hoje, ele lidera os alongamentos da turma, tem amigos e participa das apresentações com orgulho.”

APRENDIZADO ALÉM DO TATAME

Um dos diferenciais do Kung Fu em relação a outras modalidades esportivas é o seu enraizamento cultural e filosófico. A criança aprende sobre a história da China, os princípios do Tao, o valor da paciência e do esforço contínuo. “É uma formação para a vida, não só para o corpo”, afirma o professor.

Além disso, o sistema de graduações — por meio das trocas de faixas — ajuda as crianças a construírem metas reais e a reconhecerem o próprio esforço. “Cada nova faixa representa um degrau emocional. A criança aprende que tudo exige prática, humildade e constância.”

INCLUSÃO E DIVERSIDADE

O Kung Fu também é uma prática inclusiva. Pode ser adaptado a crianças com limitações motoras leves, dificuldades emocionais e até mesmo autismo leve. “A gente personaliza o ensino para cada aluno. Já tive crianças com ansiedade severa que encontraram no Kung Fu um espaço seguro para extravasar e construir confiança”, relata Hygor.

UMA ESCOLHA CONSCIENTE

Para os pais que pensam em matricular os filhos, Hygor sugere uma aula experimental e diálogo constante com o instrutor. “Não é só deixar e buscar. É participar do processo, acompanhar os avanços e reforçar em casa os mesmos valores trabalhados nas aulas.”

Ele também alerta que o sucesso da prática está na frequência e na continuidade. “Kung Fu não é fórmula mágica. Mas, com paciência e presença, ele muda tudo — da postura ao coração.”

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