A cantora, compositora e roteirista Ananda Jacques segue tecendo seu universo visual com referências à música negra, estética afrofuturista e doses generosas de afeto. Seu novo clipe, “Soul 70”, é uma ode à autoimagem, às divas e ao tempo. Um date consigo mesma ambientado num apartamento que flutua entre passado e presente.
Na produção, Ananda se vê atravessando décadas ao som de beats produzidos por Brum (também responsável pelo arranjo e mixagem), em um encontro imaginário com Diana Ross, Elza Soares e Mariah Carey. A artista aparece relaxando sozinha, em figurinos idealizados por ela e sua avó, Neusa Jacques, numa estética que funde referências retrô com toques de ficção científica tropical.
O clipe marca a quinta colaboração da artista com a diretora de arte Ella Vieira, expandindo o mapa onírico do apartamento em que seus últimos trabalhos audiovisuais se passam: já passamos pela cozinha em Amor de Cafeína, pelo banheiro em Coroa de Prata, pelo quarto (e jardim!) em Faxina e pelo conjunto do prédio em Macumba de Apartamento. Agora, é a vez da sala, iluminada por Maurício Matos e captada pela câmera sensível de Lu Bortoline, que também assina a direção de fotografia e o roteiro ao lado da própria Ananda.
Com edição de Fernanda Teka (também produtora executiva) e assistência de direção de Eduardo Floresta, o clipe tem estética caprichada e envolvente, exaltada pelas imagens de divulgação feitas por Géssica Morais e os frames assinados pela produtora Florim.
“Soul 70” não é apenas um clipe. É um lembrete: o passado está sempre no presente, e o amor próprio pode ser a viagem mais futurista que existe. Assista, sinta, e se quiser, dance de leve com a Ananda no sofá!