Saúde
Alan Barros fala sobre suicídio e Setembro Amarelo de forma única e transforma dor em amor

Empresário e palestrante conta sua história de vida e superação em livros, teatro e palestras
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está em oitavo dentre os países com maior número de suicídios, atrás da Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Paquistão.
Os altos índices de depressão têm um impacto significativo na sociedade brasileira, mas os adolescentes lideram as estatísticas, se estendendo até os 26 anos. De acordo com a Fiocruz, a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período.
O suicídio é um problema de saúde pública grave e complexo, com diversas causas. Falar abertamente sobre o tema é fundamental para desmistificar o assunto e mostrar que as pessoas não estão sozinhas. Ao abordar o suicídio de forma aberta e acolhedora, é possível identificar sinais de alerta e oferecer o apoio necessário.
E é nesse contexto que entra o Setembro Amarelo, campanha que busca conscientizar sobre a prevenção do suicídio. A iniciativa, que teve início em 2015, busca quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular a busca por ajuda.
O empresário e palestrante Alan Barros, que sentiu na pele o que é estar nessa situação, deu a volta por cima e lançou dois livros sobre o tema. “Fui diagnosticado com depressão por uma psicóloga familiar aos 15 anos. Tudo pra mim era muito novo, tão novo que eu não sabia nem o que pensar. Na época, não se falava sobre saúde mental, e muito menos sobre depressão. Lembro-me que o primeiro sintoma que eu pude vivenciar foi a baixa autoestima, e a partir daí, o olhar negativo para tudo, para todos e principalmente para a vida”, revela.
E assim como uma pessoa que não tinha tratamento, chegou a tentar suicídio. “Eu tinha muita resistência a ir à terapia, e a possibilidade de ir até o psiquiatra era algo fora de cogitação. E foi durante longos anos, por puro preconceito (ou falta de conhecimento) da minha parte, e claro, pelo fato de nunca ter tido a oportunidade de falar com alguém sobre saúde mental”, conta Barros.
Tema sensível, mas que deve ser falado
Alan ressalta que apesar de ser um tema delicado, escolheu falar de suicídio com cor, amor e humor. “Por isso, além de atuar intensamente no Setembro Amarelo e no Janeiro Branco, acabei trazendo a prevenção e ‘posvenção’ do suicídio como um dos meus grandes propósitos de vida. Decidi ir mais além, e estudar sobre o tema de forma mais profissional, e nesses estudos encontrei a Suicidologia, que é a ciência que estuda o comportamento suicida. Hoje em dia parte do meu trabalho é contribuir para que os números estarrecedores dos casos de suicídio diminuam, assim como formar ‘multiplicadores do bem e da luz’ para me ajudar”, revela.
Ele conta que quando decidiu expor a sua história na internet e esse conteúdo viralizou até chegar na imprensa, ele fez um acordo interno com ele mesmo de que jamais iria falar em público sobre três assuntos relacionados à saúde mental: religião, medicamentos e tentativas. Assim, mantem a religião que segue em segredo, não fala sobre os remédios que toma e nem fala das formas que tentou tirar a sua vida. “Detalhar, mesmo que seja de forma superficial, sobre os meus episódios de tentativas de suicídio, uma vez que me tornei um especialista na arte de ‘morrer’ e pelo fato de eu ser alguém exposto e que de alguma forma exerce influencia negativamente sobre o outro, ainda mais esse outro adoecido, prefiro não revelar”, pontua.
A virada de chave
Barros conta que ele tinha uma vontade e uma força para contar a sua história de dor e do seu processo de superação, porém, não sabia como e nem quando. Aos poucos essa vontade de compartilhar com outras pessoas as suas dificuldades foi crescendo, até que em um dado momento a ideia do livro se “materializou” em sua cabeça e ele pensou: vou publicar um livro.
A sua psicóloga da época foi contra, por conta da sua exposição, mas ainda assim ele seguiu adiante e nasceu o “Tenho Depressão. E Agora?”. “Todo o processo do livro foi literalmente ‘sobrenatural’ de tão especial, tudo para que o livro se materializasse foi acontecendo de forma surpreendente. E hoje posso dizer que o orgulho que sinto de ter publicado essa ‘obra de arte’ não cabe em mim. Ele tem a participação de pessoas muito especiais, que deram os seus depoimentos de dor e amor. E eu digo obra de arte porque o livro é todo ilustrado por um artista plástico genial da minha cidade, o Rafael Jonnier, e todas as obras nos levam ao encontro da espiritualidade”, comemora.
Inclusive, o livro fez tanto sucesso que virou peça teatral. O “To Off. E Agora?”, baseado na história de Alan Barros e com sua participação no espetáculo.
O gosto pela escrita continuou e ele lançou seu segundo título, o “Antes que a [sua] luz se apague”. Em linhas gerais, ele aborda a saúde mental, conta a sua própria história de superação, entretanto, de uma forma mais madura. “Esse é um livro que quis trazer a resiliência, mas principalmente e profundamente a esperança”, conta.
Para ele, um dos pontos altos do livro é quando ele traz o conceito inovador das quatro dimensões da saúde mental, pelo fato de incluir a tecnologia junto com o corpo, mente e espírito. “Gosto muito de falar sobre o tema ‘Dependência Tecnológica’ e, por isso, inclui a tecnologia nessa discussão. Uma das partes que mais me emociona é quando trago vários tipos de tratamentos que eu classifiquei como “Tratamentos Clínicos”, “Tratamentos Integrativos” e “Tratamentos Naturais”, em que eu trago de forma materializada diversos caminhos de ‘cura’ e sinto no coração que a minha contribuição social ganhou forma e fará a diferença na vida das pessoas”.
Palestras para perpetuar conhecimentos
Criando um jeito único de abordar a temática, o palestrante acredita que seu propósito é de “transformar dor em amor”.
“Como a minha missão é falar sobre temas complexos, tais como depressão, ansiedade, suicídio e bipolaridade, mas com cor, amor e humor, trazendo um jeito dinâmico para contar a minha própria história de dor e superação. Nas minhas palestras sobre Setembro Amarelo, por exemplo, não falo sobre morte, falo sobre vida e sua importância e principalmente do viver. Costumo fazer rir e chorar, e o segredo para gerar a conexão com a plateia é trazer sempre a verdade de forma franca e transparente”, ressalta.
Para os que estão passando pelo que ele passou, Barros aconselha antes de tudo que essa pessoa faça um esforço positivo de tirar a palavra “julgamento” do seu vocabulário, pois só assim irá se entregar verdadeiramente ao tratamento, seja com psicólogo ou psiquiatra, que são profissionais capacitados tecnicamente para diagnosticar um tratamento mental e transtorno emocional.
“Existe uma premissa que gosto muito de falar que é o ‘diagnóstico liberta’, ou seja, diferentemente do que a maioria das pessoas pensam, o diagnóstico liberta ao invés de rotular, prender ou se tornar um peso. E só a partir do diagnóstico que tudo começa a fazer sentido e a vida dessa pessoa começa a mudar, de fato, para melhor. Receber um diagnóstico nunca vai ser fácil, assim como não foi para mim, e pior, passar pelo processo de aceitação tende a ser mais complexo ainda. Falo isso com conhecimento de causa, mas posso te afirmar que é necessário e é o melhor caminho para a superação”, sugere.
Já para quem convive com pessoas que possam estar nesse cenário, ele indica observação e ação. “Se você perceber sinais como mudanças bruscas de humor, isolamento social, dificuldade em desenvolver atividades cotidianas, alterações de sono e apetite, expressões de desesperança e desvalorização, comportamento autodestrutivo e busca por meios de destruir a vida em alguém próximo, não hesite em procurar ajuda profissional. Converse com a pessoa de forma calma e empática, demonstre que se importa e ofereça apoio incondicional”, finaliza.
Saúde
Padilha reafirma que tarifaço não fará Ministério da Saúde retaliar

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reafirmou nesta sexta-feira (25), em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos contra o Brasil não fará com que o ministério haja contra a propriedade intelectual como forma de retaliação. Padilha disse que o país deve apostar na negociação e não se mover por “anúncios irracionais” do presidente Donald Trump.
“A nossa postura é essa, não vamos nos mover por anúncios irracionais porque já foram feitos aos montes e não necessariamente viraram realidade. Não vamos mudar qualquer tradição do Ministério da Saúde, de apostar na parceria público-privada, de apostar na atração de investimentos internacionais, no respeito à propriedade intelectual, nós somos signatários do dos Acordos da OMS [Organização Mundial da Saúde]”, disse.
Para o caso de uma eventual retaliação do Brasil contra os EUA, a lei brasileira de reciprocidade, já em vigor, estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.
Impacto
Alexandre Padilha reconheceu que, caso o tarifaço, de fato, entre em vigor no primeiro dia de agosto, a área da saúde do Brasil deverá ser afetada negativamente. Padilha afirmou, no entanto, que o país atualmente é menos dependente do comércio de insumos com o exterior do que era há alguns anos.
“Se essa irracionalidade [as tarifas anunciadas pelos EUA] virar uma realidade, é lógico que vai afetar a área da saúde. Qualquer coisa que vá contra o livre comércio, contra o ambiente de produção, o ambiente de cooperação, afeta a saúde”, disse.
“Mas o Brasil também é menos dependente hoje dos Estados Unidos do que já foi em anos anteriores, em relação aos produtos que possam ser adquiridos aqui no nosso país, incorporados no nosso país”, acrescentou.
O ministro ressaltou que o caminho brasileiro será o de continuar a fortalecer a produção nacional para diminuir a dependência externa. Ele citou recentes acordos feitos com a China e a índia, no contexto do Brics, para a produção nacional de insulina.
“A decisão do Brasil é cada vez mais fortalecer a capacidade de produção de insumos de medicamentos, tecnologias na área da saúde, serviço da saúde para não depender de ninguém. Nós vamos continuar a nossa trilha de fortalecimento da nossa capacidade de produção aqui no Brasil, de atração de investimentos”, afirmou..
Chamada Pública
Segundo Padilha, entre as ações de fortalecimento nacional, está o lançamento, realizado nesta sexta, na Fiesp, da chamada pública para credenciar o primeiro Centro de Competência em Tecnologias de RNA do país. Com foco em RNA mensageiro (mRNA), a iniciativa – que conta com uma das mais avançadas e seguras tecnologias para vacinas e terapias do mundo – integra um pacote de ações voltadas à soberania científica do Brasil, para as quais foram destinados R$ 450 milhões do governo federal.
Rio de Janeiro (RJ), 06/07/2025 – A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos Foto-arquivo:Tânia Rêgo/Agência Brasil – Tania Rego
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde e pela ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Luciana Santos, durante o evento Saúde Estratégica Brasil – Américas, organizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), na sede do sindicato das indústrias.
“Nós sentimos bem na pele o que significa a dependência. Sentimos isso de maneira aguda durante o período da covid-19. Embora nós tivéssemos no Brasil experimentos e produção de vacinas, como é o caso do Butantan e da Fiocruz, nós tivemos dependência, embora também produzíssemos, não foi o suficiente”, disse Luciana Santos.
O regulamento da seleção pública incentivará a execução de projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como parcerias com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) e a participação de mestres e doutores.
Entre os resultados esperados estão o aumento da produção nacional de tecnologias em saúde, a ampliação da oferta de terapias avançadas e produtos para o Sistema Único de Saúde (SUS), além do fortalecimento da capacidade nacional de pesquisa clínica.
“Com isso, esperamos aumentar a produção nacional de insumos, bens e tecnologias em saúde, ampliar a oferta de Terapias Avançadas no país e de produtos para o SUS, além de fortalecer estruturas brasileiras de pesquisa clínica”, disse a ministra Luciana Santos.
Saúde
Ministério da Saúde confirma nove casos de sarampo em Tocantins

Nove casos de sarampo foram confirmados no município de Campos Lindos, em Tocantins, cidade com cerca de 8,7 mil habitantes, que fica a 500 km da capital, Palmas. Outros dois casos ainda estão sendo investigados pelo Ministério da Saúde. Todos os infectados vivem em uma pequena comunidade, com cerca de 400 pessoas, “que por questões culturais não têm o hábito de se vacinarem”, informou a pasta.
A infecção pelo vírus foi atestada por exames feitos no laboratório de referência do Estado e refeitos pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Alguns dos infectados tem histórico de viagem recente à Bolívia, país que vive um surto da doença.
Técnicos do ministério estão no município desde segunda-feira (21), coordenando ações de bloqueio e varredura para impedir o avanço da doença. Até o momento, 660 pessoas estão sendo acompanhadas. Os profissionais já visitaram mais de 280 casas e aplicaram 644 doses da vacina, que previne contra a doença.
“Com os esforços contínuos do Ministério da Saúde e da secretaria estadual e municipal, é possível que, mesmo com o surgimento de novos casos, a disseminação seja controlada e a circulação do vírus interrompida”, declarou a pasta.
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Com a confirmação desses casos, o Brasil soma 14 registros da doença este ano. Os outros ocorreram no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Já na Região das Américas, somente este ano foram confirmados 7.132 casos de sarampo: 34 na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, cinco no Brasil, um na Costa Rica, 1.227 nos Estados Unidos, 2.597 no México e quatro no Peru. Além disso, 13 pessoas morreram por causa da doença, sendo nove no México, três nos Estados Unidos e um no Canadá.
O Brasil recuperou no ano passado o certificado de país livre do sarampo, concedido pela Organização Panamericana da Saúde (Opas). De acordo com o ministério, como os casos confirmados, apesar de numerosos, são importados e não demonstram transmissão sustentada da doença internamente, a certificação não foi comprometida. Mas, para evitar outras situações do tipo, as ações de bloqueio vacinal estão sendo intensificadas no Tocantins e em regiões que fazem fronteira com a Bolívia.
Dia D
No Acre, o Dia D de vacinação, realizado na semana passada, aplicou quase 5 mil doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Neste sábado (26), será a vez dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia receberem o Dia D de vacinação contra o sarampo.
A vacina tríplice viral faz parte do calendário básico infantil, aplicada em duas doses aos 12 e aos 15 meses de idade. No entanto, todas as pessoas de até 59 anos que não tiverem o comprovante de que foram vacinadas na infância, devem se imunizar. O esquema completo é de duas doses para quem tem até 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 59 anos.
A cobertura vacinal ideal é acima de 95%. Este ano, o Brasil conseguiu vacinar 91,74% do seu público infantil com a primeira dose, mas apenas 72,74% completaram o esquema até o momento. No Tocantins, a cobertura está abaixo da média nacional: 86% na primeira dose e 55% na segunda.
O sarampo é uma doença extremamente infecciosa: uma pessoa com o vírus pode transmitir para até 90% dos contatos não imunizados. Os principais sintomas são febre, mal-estar, tosse, coriza e as tradicionais manchas vermelhas pelo corpo. A doença pode evoluir para formas graves, especialmente em crianças pequenas, e deixar sequelas ou até mesmo levar à morte.
Saúde
Locação de Poltrona para Pós-Operatório em Salvador: Conforto e Segurança com a Conforte-se

A locação de poltrona para pós-operatório em Salvador vem ganhando destaque como uma solução essencial para quem passa por cirurgias plásticas ou reparadoras e busca um processo de recuperação mais confortável, seguro e eficiente. A Conforte-se, empresa reconhecida nacionalmente pela excelência no cuidado com o paciente pós-cirúrgico, agora oferece seus serviços exclusivos também na capital baiana.
As poltronas da Conforte-se são projetadas especialmente para atender às necessidades do período pós-operatório. Com design ergonômico, regulagens ajustáveis e materiais de alta resistência, elas oferecem suporte ideal para procedimentos como abdominoplastia, lipoaspiração, mamoplastia, entre outros. Isso faz da locação de poltrona para pós-operatório em Salvador uma alternativa inteligente para pacientes que valorizam o bem-estar durante a recuperação.
Além da qualidade dos equipamentos, a Conforte-se se destaca pelo atendimento humanizado, entrega ágil e orientações detalhadas sobre o uso correto das poltronas. Esse cuidado torna a experiência mais segura e personalizada, tanto para quem se recupera em casa quanto em clínicas e hospitais.
A chegada da Conforte-se a Salvador representa um novo padrão de excelência em serviços de apoio à saúde. A empresa reforça seu compromisso em proporcionar acolhimento e qualidade de vida aos pacientes, oferecendo um serviço de ponta em cada etapa do processo.
Se você está se preparando para um procedimento cirúrgico ou deseja oferecer mais conforto a alguém nesse momento delicado, a locação de poltrona para pós-operatório em Salvador com a Conforte-se é a escolha ideal para transformar a recuperação em um período mais leve e tranquilo.