Economia
Artesanato de Talentos inaugura loja colaborativa de Carnaval no RioMar Recife

No espaço colaborativo artesãs e artesãos do Pina e Brasília Teimosa comercializam fantasias e adereços para quem já quer entrar no clima da festa
Com as prévias já movimentando a programação do Recife e Olinda neste mês de janeiro, aumenta a procura por fantasias e adereços para quem já quer entrar no clima da folia. Para atender a essa demanda, foi inaugurada no RioMar Recife a loja colaborativa Artesanato de Talentos edição Carnaval, com peças produzidas por 17 artesãs e artesãos das comunidades do Pina e Brasília Teimosa. No espaço, empreendedorismo comunitário e sustentabilidade estão na vitrine, traduzidos em itens exclusivos, cheios de cores e criatividade.
Em uma parceria entre RioMar Recife, Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social e Instituto Fecomércio, desde 2015 a iniciativa capacita os pequenos empreendedores da região, oferece curadoria e o espaço sem custo para comercialização das produções, com lojas sazonais em grandes datas comemorativas, que incluem também São João e Natal.
Nesta edição, a loja está localizada no piso L1, próximo à Preçolandia, e fica em funcionamento até o dia 1º de março, Sábado de Zé Pereira, com expectativa de gerar cerca de R$ 100 mil em vendas. São mais de 1 mil itens expostos para venda, com valores a partir de R$ 10,00. Entre as opções estão brincos, tiaras, hot pants, sombrinhas personalizadas, máscaras e fantasias, para crianças e adultos.
Moradora de Brasília Teimosa, a artesã Neide Pessoa, de 60 anos, está animada para as vendas. “Como o Carnaval este ano só é em março, terão muitas prévias até lá e muitas oportunidades para faturarmos. Com o projeto comercializamos nossa arte em um ambiente de grande movimentação, por onde circulam diferentes públicos. Além da renda extra conquistada na loja, os clientes ficam com nossos contatos e fazem encomendas durante o ano todo”, conta a artesã.
Para a diretora de Desenvolvimento Social do Grupo JCPM, Lúcia Pontes, somado à qualidade e originalidade, o que agrega ainda mais valor às peças é o atributo social de geração de impacto positivo para a comunidade.“Com a ação incentivamos práticas sustentáveis, com a confecção com materiais reaproveitáveis, e fortalecemos sobretudo o empreendedorismo feminino”, destaca Lúcia.
Com a parceria com a Fecomércio, os participantes recebem capacitações sobre gestão, montagem de vitrine, precificação, atendimento ao cliente, marketing digital, entre outras. “Todos os itens passaram por uma curadoria especial, priorizando excelência e diversidade para atender às necessidades e desejos de quem nos visita. O grande diferencial da nossa loja é a experiência de ser atendido pelo próprio artesão, que, além de apresentar as peças, compartilha as histórias por trás de cada criação”, pontua a secretária-executiva do Instituto Fecomércio, Wilma Fonseca.
SERVIÇO:
Loja Artesanato de Talentos
Até 1º de Março de 2025 (Sábado de Zé Pereira)
Piso L1 (próximo à Preçolandia) do RioMar Recife – Av. República do Libado, 251, no Pina.
Economia
Febraban projeta crescimento do crédito para 8,5% em 2025

Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que a carteira de crédito no país deverá crescer 8,5% em 2025. Em dezembro passado, a expectativa da entidade era de um crescimento de 9% do crédito no ano corrente. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17).
Em 2024, o crescimento do crédito foi de 10,9%, segundo o Banco Central.
“O resultado reflete a piora do cenário econômico, com expectativa de uma inflação maior e, consequentemente, juros mais altos também ao longo do ano. O desempenho efetivo do crédito dependerá do cenário fiscal e de outras variáveis relevantes, que poderão alterar a perspectiva atual”, destacou o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.
O levantamento, feito com executivos de 21 bancos, entre os dias 5 e 10 de fevereiro, aponta ainda que a maioria dos entrevistados (76,2%) disse esperar que a taxa Selic suba além de 14,25% em 2025.
Já a expectativa para a taxa de câmbio é de ligeira depreciação ao longo do ano, com o dólar atingindo R$ 5,95 até setembro. Na pesquisa anterior, os entrevistados enxergavam que o câmbio ficaria próximo do nível de R$ 6.
Quanto à inflação, a maioria (47,6%) dos entrevistados entende que a inflação deve ficar próxima a 5,5%. Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB), pouco mais da metade (52,4%) dos participantes segue projetando alta em torno de 2% em 2025.
Economia
Inflação entre 4% e 5% é relativamente normal, diz Haddad

O atual nível de inflação do Brasil está relativamente dentro da normalidade para o Plano Real, disse nesta segunda-feira (17) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Arábia Saudita, o ministro avaliou que o Brasil deixou para trás o período em que a inflação estava em torno de dois dígitos.
“O Brasil tem feito um trabalho, tentando encontrar um caminho de equilíbrio e sustentabilidade, mesmo em fase de um ajuste importante. O Brasil deixou uma inflação de dois dígitos há três anos. Hoje, temos uma inflação em torno de 4% a 5%, que é uma inflação relativamente normal para o Brasil desde o Plano Real, há 26 anos”, declarou o ministro no painel “Um caminho para a resiliência dos mercados emergentes”.
Apesar de estar em um dígito, a inflação estourou o teto da meta em 2024 e deve fazer o mesmo neste ano, de acordo com o mercado financeiro. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) com instituições financeiras, a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2025 em 5,6%, mais de um ponto percentual acima do teto da meta, de 4,5%.
No ano passado, o IPCA ficou em 4,83%, também acima do teto de 4,5%. Com base na legislação, o BC enviou uma carta em que justificou o estouro da meta com base na alta do dólar, problemas climáticos e aquecimento da economia.
Pelo sistema de metas contínuas de inflação, a cada seis meses, o BC terá de enviar uma carta caso a inflação em 12 meses supere a meta de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.
No encontro do FMI, que ocorre na cidade saudita de Al-Ula, Haddad reafirmou as justificativas da carta do BC. O ministro atribuiu o repique inflacionário à alta do dólar em todo o planeta no segundo semestre do ano passado, período marcado pelas eleições presidenciais norte-americanas.
“Por volta de 12 a 30 anos, a inflação se manteve abaixo dos 5%, o que acontece neste momento. Com o fortalecimento do dólar pelo mundo, acabou fazendo com que nós tivéssemos um repique inflacionário no segundo semestre do ano passado; por isso, o Banco Central teve de intervir [com altas de juros] para garantir que a inflação fosse controlada”, justificou Haddad.
Câmbio
Com a valorização do real nas últimas semanas, afirmou o ministro, os preços devem se estabilizar. “O aumento das taxas será no curto prazo. O dólar voltou a um nível adequado e caiu 10% nos últimos 60 dias. Eu acho que isso vai fazer com que a inflação se estabilize”, destacou.
Atualmente em 13,25% ao ano, a Taxa Selic deverá subir para 14,25% na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, como informou a própria instituição financeira no início do mês.
G20
Haddad destacou a reforma tributária sobre o consumo, regulamentada no fim do ano passado e que deverá gerar crescimento econômico nos próximos anos. Segundo o ministro, o Brasil trabalha para ter equilíbrio e sustentabilidade, mesmo em meio a um ajuste fiscal importante e com fortes incertezas externas.
O ministro relembrou a presidência do Brasil no G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana). Segundo Haddad, o Brasil deixou um legado de busca pela reglobalização sustentável, capaz de conciliar interesses de mercado, combate às desigualdades e transição para fontes de energia limpas.
Mediadora do debate, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, defendeu a capacidade de as economias se adaptarem a choques globais, que aumentaram nos últimos anos com incidentes como a pandemia de Covid-19 e a intensificação das mudanças climáticas. Segundo ela, as economias emergentes devem pautar-se na “resiliência”, antecipando-se e absorvendo parte dos efeitos da geopolítica e das crises externas.
Economia
Petrobras lança nova licitação para ampliação de frota

A Petrobras lança, nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, uma licitação para a compra de oito navios gaseiros. Essa é a segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação de Frota, que prevê a aquisição de cinco navios gaseiros do tipo pressurizado para transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP) e três navios do tipo semirrefrigerado capazes de transportar GLP e amônia.
Segundo a Petrobras, a licitação é pública e internacional e inclui dois lotes (um para os pressurizados e outro para os semirrefrigerados). Um mesmo estaleiro ou consórcio não poderá participar da concorrência nos dois lotes.
Dos navios pressurizados, três terão capacidade de transportar sete milhões de litros e dois, 14 milhões de litros. Os semirrefrigerados podem transportar 10 milhões de litros.
Com essa contratação, a frota de navios gaseiros da Transpetro passará de seis para 14, ampliando a capacidade de transporte de 36 milhões para até 108 milhões de litros.
Os gaseiros serão até 20% mais eficientes em termos de consumo e estarão aptos a atuar em portos eletrificados. Segundo a Petrobras, a nova frota permitirá uma redução de 30% nas emissões de gases do efeito estufa.
Ampliação da frota
O Programa de Renovação e Ampliação da Frota faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e já fez a contratação, em janeiro deste ano, de quatro navios da classe handy.
No final do ano passado, a Petrobras contratou 12 novas embarcações de apoio marítimo (do tipo PSV), que serão construídas nos estaleiros próprios das empresas vencedoras, localizados em Santa Catarina.
A estatal ainda prevê contratar mais 20 novas embarcações – sendo dez de apoio e resposta a emergências (as chamadas OSRVs), oito para inspeção e intervenções em sistemas submarinos (RSVs) e duas para ancoragem de plataformas (AHTS).
A Petrobras também assinará nesta segunda-feira protocolos de intenção com o objetivo de viabilizar o reaproveitamento de plataformas que serão desmobilizadas. Até 2029, serão desmobilizadas dez plataformas.