Internacional
Brasil encerra presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU
O mandato do Brasil na presidência rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) encerrou nesta terça-feira (31). Ao fazer um balanço da gestão brasileira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, voltou a cobrar uma posição do colegiado sobre a situação no Oriente Médio.
Segundo o ministro, durante o mandato do Brasil, foram feitas várias tentativas de aprovar uma resolução sobre a situação em Gaza, mas que foram rejeitadas pelo Conselho de Segurança.
“O Brasil liderou os esforços para negociar uma nova minuta de resolução exigindo a urgência de pausas humanitárias. Enquanto continuarmos no Conselho de Segurança, continuaremos trabalhando para uma resposta responsável à dramática crise humanitária que se desenrola em Israel e em Gaza. O mundo aguarda por uma decisão inequívoca do Conselho que peça o fim do sofrimento humano”, disse.
Vieira acrescentou que, como presidente do conselho, o Brasil trabalhou para evitar a escalada do conflito, proteger os civis e aliviar a dramática situação humanitária na Faixa de Gaza. Ontem (30), o ministro já havia feito duras críticas à demora do Conselho de Segurança em aprovar uma resolução sobre o conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas.
Vieira desejou sucesso para a China, que presidirá o Conselho de Segurança a partir de quarta-feira (1º) e disse que o Brasil, como membro não permanente até o dia 31 de dezembro, vai continuar trabalhando para encontrar um ponto de consenso.
Fonte: Agência Brasil
Internacional
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Internacional
Trump intensifica combate à imigração ilegal
Em apenas 10 dias, governo republicano já implementa suas primeiras medidas de impacto global
Nos primeiros dias do novo governo dos Estados Unidos, fica evidente que a imigração ilegal é uma das principais prioridades da administração Trump. As primeiras deportações já estão em andamento, e é essencial compreender o contexto dessa política.
Embora três quartos dos americanos sejam favoráveis à imigração, um quarto se opõe, segundo pesquisas recentes. Um levantamento do New York Times, publicado em 18 de janeiro, revelou que 87% da população apoia a deportação de imigrantes ilegais com antecedentes criminais. Esse dado reflete um sentimento amplamente compartilhado: a imigração é vista como fundamental para os EUA, desde que ocorra de forma legal e ordenada.
A primeira medida do governo Trump foi intensificar a deportação de imigrantes com histórico criminal. “Essa prioridade visa remover indivíduos que cometeram crimes graves, fortalecendo o controle migratório”, destaca o Dr. Vinicius Bicalho, advogado especialista em imigração e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA). Além disso, Trump busca acelerar os processos de deportação por meio da Expedited Removal, mecanismo que permite a remoção rápida de imigrantes ilegais que estão no país há menos de dois anos, sem necessidade de um trâmite judicial prolongado. Essa estratégia tem o objetivo de desestimular a entrada irregular e manter os imigrantes em situação vulnerável nos primeiros anos.
Essas políticas, no entanto, geram efeitos colaterais. O aumento das deportações tem causado medo e insegurança entre comunidades imigrantes, especialmente nas regiões com alta concentração de indocumentados. Questões migratórias vão além de burocracias e documentos; envolvem famílias, sonhos e desafios humanitários complexos.
“O endurecimento das regras migratórias também surge como resposta às críticas à gestão anterior. Durante o governo Biden, a vice-presidente Kamala Harris foi responsabilizada pela crise na fronteira sul, o que, para muitos analistas, contribuiu para a derrota democrata nas eleições”, analisa o Dr. Bicalho que completa: “Nos últimos meses de seu mandato, Biden tentou endurecer as políticas migratórias, aumentando as deportações, mas a iniciativa veio tarde demais para alterar o cenário político”.
O que se observa agora é um governo Trump agindo com rigor no combate à imigração ilegal, concentrando-se em duas frentes principais: a remoção de imigrantes com histórico criminal e a aplicação do Expedited Removal para aqueles que estão no país há menos de dois anos. A tendência é que essa postura continue moldando o debate migratório nos próximos dias.
Internacional
Donald Trump inicia seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos
Nesta segunda-feira (20), Donald Trump tomou posse para um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Em seu discurso de 30 minutos, o republicano reforçou seu compromisso com medidas legislativas contra a imigração ilegal, prometendo priorizar a segurança das fronteiras e uma política migratória mais controlada.
Durante a cerimônia no Capitólio, Trump cumprimentou o ex-presidente Joe Biden antes de assumir o cargo. O evento marca o início de mais quatro anos de governo, com foco em temas como imigração e economia, dois pontos centrais de sua campanha.
Foco na imigração e segurança
Logo após a posse, Trump anunciou que aprovaria decretos presidenciais ainda hoje. Entre as medidas previstas está a declaração de emergência nacional na fronteira sul, buscando conter a entrada de imigrantes irregulares.
“Hoje, vamos começar a restaurar a segurança e o bom senso nos Estados Unidos. A primeira ação será a declaração de emergência nacional na nossa fronteira ao sul”, afirmou o presidente.
Os especialistas acreditam que, embora as novas políticas perdurem o controle migratório, o impacto sobre a entrada de trabalhadores contratados deverá ser limitado. O advogado Dr. Vinicius Bicalho, membro da American Immigration Lawyers Association (AILA), destaca:
“A imigração é parte essencial da economia americana. O governo parece estar focado em medidas de combate a práticas ilegais, mas mantendo espaço para imigrantes que apresentam características do país.”
Desafios pela frente
Com mais de 100 ordens executivas planejadas, o governo Trump busca implementar rapidamente suas prioridades. Apesar disso, o presidente enfrentará o desafio de equilibrar suas promessas de campanha com a necessidade de manter uma economia fortalecida e atender demandas de diversos setores.
O novo mandato já desperta a atenção global, com líderes e mercados acompanhando de perto os desdobramentos das ações do governo. Trump começa seu segundo mandato sob forte expectativa, tanto de apoiadores quanto de críticos, com decisões que podem influenciar o futuro do país e sua relação com o resto do mundo.