Internacional
Brasileiros repatriados de Gaza já estão a caminho do Brasil

O avião VC-2 (Embraer 190), cedido pela Presidência da República para atuar na Operação Voltando em Paz, decolou na manhã desta segunda-feira (13), do Cairo, no Egito, com 32 repatriados, e está a caminho do Brasil.
Antes, a aeronave fará uma parada técnica em Las Palmas, na Espanha, e, em seguida, já no território brasileiro, fará outra na Base Aérea do Recife, de onde decola para a Base Aérea de Brasília, com previsão de chegada às 23h30.
O governo federal já tem uma operação de acolhimento pronta para receber os brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a Faixa de Gaza. Os repatriados receberão apoio psicológico, cuidados médicos e imunização e terão um período de repouso em Brasília, em alojamento da Força Aérea Brasileira (FAB), antes de seguir para outras cidades brasileiras.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo mobilizada para oferecer aos repatriados os cuidados de saúde necessários logo que chegarem a Brasília.
“A oferta, no momento da recepção, envolve cuidados psicológicos e clínicos, incluindo urgências e emergências que possam surgir. A equipe será formada por cinco profissionais da saúde: um médico, um enfermeiro e três psicólogos. Além disso, será disponibilizada uma ambulância do Samu/DF, tipo UTI móvel, com médico e enfermeiro, se houver necessidade de atendimento especializado em unidade da rede de saúde”, explicou a pasta, em resposta à Agência Brasil.
O grupo a caminho do país tem 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos. Dos 32 repatriados, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens.
Fonte: Agência Brasil
Internacional
Cúpula aproxima América Latina da China em meio à disputa com EUA

A Cúpula dos países latino-americanos e caribenhos com a China, nesta terça-feira (12), aproxima o gigante asiático dos países da região em meio à disputa comercial de Pequim com os Estados Unidos (EUA). Nesta segunda-feira (12), a guerra comercial teve uma trégua após acordo entre as principais potências do planeta.
A Cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) terá a participação do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da China, Xi Jinping, além dos chefes do Chile, da Colômbia, e de outros países da região.
É esperada a apresentação de um plano de ação para o triênio 2025-2028, além da publicação de declaração conjunta China-Celac. A Celac é o único fórum que reúne os 33 países da América Latina e do Caribe.
O professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Robson Valdez, avalia que a América Latina ganhou maior importância geopolítica por causa da disputa comercial e tecnológica travada entre China e EUA.
“A China, através da sua força econômica, acaba trazendo para perto de si atores importantes da região. E essa influência chinesa incomoda bastante os EUA. Nesses últimos 10 a 15 anos, a China tornou-se um contraponto pragmático para os países da região. Enquanto os EUA eram o principal parceiro comercial, não havia possibilidade de os latino-americanos barganharem nada a favor dos próprios interesses”, disse.
Como exemplo dessa disputa, o especialista citou as ameaças de sanções a quem usar o Porto de Chancay, no Peru, construído com capital chinês e inaugurado em novembro de 2024, com a presença de Xi Jinping.
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Quintal
O professor Valdez explica que, como os EUA sempre viram a América Latina como seu “quintal”, a região não teve tanta importância geopolítica como agora. Com a influência chinesa, Washington busca se reposicionar no continente.
“Os EUA sempre tiveram outras preocupações prioritárias no Oriente Médio e na Ásia. Agora, com essa interação com a China, a América Latina se torna mais estratégica”, comentou.
No início de abril, o atual secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, chamou a América do Sul e Central de “quintal” dos estadunidenses.
“Obama tirou os olhos da bola e deixou a China tomar toda América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fazendo acordos com governos locais de infraestrutura ruim, vigilância e endividamento. Presidente Trump disse não mais, vamos recuperar o nosso quintal”, disse Hegseth em entrevista à Fox News.
Na Rússia, neste final de semana, o presidente Lula comentou a fala de Hegseth. “O Brasil não quer ser melhor do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser pior do que ninguém. O Brasil, no mínimo, quer ser tratado em igualdade de condições. O Brasil será quintal do Brasil, um país livre e soberano”, disse.
O professor de relações internacionais do IDP, Robson Valdez, avalia que o Brasil está em uma posição favorável ao servir de interlocutor privilegiado entre o ocidente e o oriente.
“Uma das grandes preocupações do governo norte-americano era evitar que o Brasil firmasse acordo da Nova Rota da Seda. O Brasil não assinou e manteve uma equidistância entre EUA e China. Eu acredito que os EUA enxergam a importância do Brasil nesse sentido e, para os EUA, perder a influência sobre o Brasil seria extremamente negativo”, comentou.
A Nova Rota da Seda é o projeto do governo chinês para integração comercial e de infraestrutura com países de todo o mundo.
Pressão
Para Robson Valdez, os EUA poderão fazer pressão individualmente em cima de cada país da região para frear a expansão comercial no continente em um momento que a coesão e integração da América Latina e do Caribe estão mais fragilizadas.
“Uma característica dos Estados Unidos é dividir para conquistar. Acho que bilateralmente a pressão vai ser muito forte. Eles podem exercer uma pressão em cada país, como o Panamá, para conquistar seus objetivos. Isso será ainda mais fácil em países já alinhados, como Argentina, Peru e Paraguai”, completou.
Internacional
O Lado Inusitado do Mercado Imobiliário dos EUA:

O mercado imobiliário americano, um dos mais dinâmicos e influentes do mundo, reúne uma série de tendências modernas, comportamentos de consumo inusitados e fatos históricos curiosos que ajudam a entender seu apelo e sua complexidade.
Ao contrário do que muitos imaginam, a geração do milênio (millennials, nascidos entre 1981 e 1996) é uma das principais forças no mercado de compra de imóveis nos Estados Unidos. Grande parte desses compradores vê o imóvel como um investimento mais seguro do que ações. Já a geração X (1965–1980) também se mantém ativa, especialmente em segmentos voltados à estabilidade e ao espaço familiar.
Ambas as gerações compartilham preferências semelhantes: buscam casas com áreas externas amplas e valorizam o acesso à infraestrutura urbana, boas escolas e oportunidades de emprego. De acordo com a National Association of Realtors (NAR), mais de dois terços dos entrevistados dessas faixas etárias priorizam quintais generosos e espaços ao ar livre ao escolher um imóvel.
Na era digital, os millennials estão redefinindo o processo de compra de imóveis. Segundo a NAR, 44% deles afirmam estar dispostos a adquirir um imóvel com base apenas nas fotos do anúncio, o que ressalta o poder do conteúdo visual na tomada de decisão. Paralelamente, dispositivos de automação residencial e casas inteligentes se tornaram diferenciais atrativos, sinalizando uma mudança de paradigma no que se entende por “casa ideal”.
A estética também influencia diretamente o valor dos imóveis. Casas decoradas por profissionais tendem a ser vendidas mais rapidamente e por valores mais altos. Detalhes aparentemente simples, como a cor da porta de entrada, podem fazer diferença: tons escuros como preto ou carvão estão associados a preços de venda mais elevados. Outro símbolo curioso é a figura de uma águia na porta da frente — o chamado “Freedom Flyer” — tradicionalmente usada para indicar que a hipoteca da casa foi totalmente quitada.
O mantra do setor — “localização é tudo” — continua sendo uma das verdades mais sólidas do mercado. “A presença de infraestrutura urbana, boas escolas e oportunidades de emprego nas proximidades exerce forte impacto sobre a valorização dos imóveis”, afirma Paulo Schneider, empresário do ramo nos EUA há mais de 3 décadas. Uma curiosidade: casas localizadas a até 1,6 km de uma cafeteria Starbucks tendem a se valorizar mais rapidamente, segundo estudos recentes — um indicativo de que a presença de marcas e serviços reconhecidos influencia positivamente a demanda imobiliária.
Alguns elementos menos convencionais também interferem no mercado. Um dado curioso: cerca de 1 em cada 10 americanos já vendeu uma casa alegando experiências paranormais. O tema foi levado a sério em Nova York, onde a Suprema Corte estadual determinou que imóveis tidos como “assombrados” exigem uma declaração separada dos vendedores — decisão que ficou conhecida como Ghostbusters Ruling (“Decisão dos Caça-Fantasmas”).
Ao longo da história, o setor imobiliário esteve por trás de algumas decisões estratégicas notáveis. Um exemplo surpreendente é o modelo de negócios do McDonald ‘s: embora conhecido por seus hambúrgueres, a rede fatura bilhões com a posse dos terrenos onde suas franquias operam. Estima-se que seus imóveis estejam avaliados em mais de US$ 42 bilhões, com os aluguéis respondendo por 36% de sua receita anual.
Outro marco foi a compra do Alasca pelos Estados Unidos em 1867 por apenas US$ 7,2 milhões (cerca de US$ 126,5 milhões em valores atuais). À época, o custo por acre foi de apenas dois centavos — um valor irrisório, considerando a posterior descoberta de enormes reservas de petróleo na região.
Há ainda histórias inusitadas como a da FOX e da Pepsi, que promoveram um concurso oferecendo como prêmio uma réplica em tamanho real da casa dos Simpsons — totalmente funcional e mobiliada como no desenho animado. A residência segue localizada nos arredores de Henderson, Nevada.
Paulo Schneider, lembra que o setor imobiliário é amplamente reconhecido como um dos caminhos mais sólidos para a construção de patrimônio. Estimativas indicam que cerca de 90% dos milionários globais alcançaram sua fortuna por meio de investimentos em imóveis — seja com locações, compra e revenda, ou simplesmente valorização ao longo do tempo. Embora não haja garantias de sucesso, a história mostra que o investimento imobiliário permanece como uma das formas mais seguras de alcançar estabilidade financeira de longo prazo.
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Internacional
Papa pede fim da guerra de palavras e libertação de jornalistas presos

Em sua primeira entrevista coletiva, o papa Leão XIV fez um apelo aos profissionais da imprensa pelo compromisso com uma comunicação “que não busque o consenso a todo custo, não se revista de palavras agressivas, não abrace o modelo da competição, não separe nunca a busca da verdade do amor com que devemos humildemente buscá-la”.
“A paz começa em cada um de nós: no modo como olhamos os outros, ouvimos os outros, falamos dos outros. Neste sentido, o modo como comunicamos é de fundamental importância: devemos dizer não à guerra das palavras e das imagens, devemos rejeitar o paradigma da guerra”, disse, conforme informou o Vaticano.
O pontífice recém-eleito lembrou jornalistas presos em todo o mundo “por terem buscado e relatado a verdade” e pediu pela libertação de cada um dos profissionais.
“A Igreja reconhece nessas testemunhas. Penso naqueles que relatam a guerra mesmo à custa da própria vida, a coragem de quem defende a dignidade, a justiça e o direito dos povos à informação. Porque só os povos informados podem fazer escolhas livres. O sofrimento desses jornalistas presos interpela a consciência das nações e da comunidade internacional, chamando-nos a todos a salvaguardar o bem precioso da liberdade de expressão e de imprensa.”
Em conversa com os jornalistas, Leão XIV citou ainda que “vivemos tempos difíceis de percorrer e contar, que são um desafio para todos nós e dos quais não devemos fugir”.
“Pelo contrário, pedem a cada um de nós, em nossos diferentes papéis e serviços, para nunca ceder à mediocridade”.
“A Igreja deve aceitar o desafio dos tempos e, da mesma forma, não pode haver comunicação e jornalismo fora do tempo e da história. Como nos lembra Santo Agostinho: ‘Vivamos bem e os tempos serão bons. Nós somos os tempos’.”
Ao final, o papa avaliou que um dos desafios mais importantes para os profissionais da imprensa na atualidade consiste em promover uma comunicação “capaz de nos tirar da torre de Babel em que, às vezes, nos encontramos, da confusão de linguagens sem amor, muitas vezes ideológicas ou tendenciosas”.
“Por isso, o seu serviço, com as palavras que vocês usam e o estilo que vocês adotam, é importante”.