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Saúde

Campanha lança álbum de figurinhas com histórias reais de pessoas com atrofia muscular espinhal

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Campanha lança álbum de figurinhas com histórias reais de pessoas com atrofia muscular espinhal
André Porto

Essa é a principal ação da campanha AME Cada Conquista, iniciativa de conscientização sobre a AME em jovens e adultos

A biofarmacêutica Biogen, em parceria com associações de pacientes, médicos, fisioterapeutas e pessoas com AME, lançou nesta semana o álbum de figurinhas AME Cada Conquista. Com histórias reais de quatro pessoas que convivem com a AME, o álbum traz 50 figurinhas que contam um pouco da trajetória e das conquistas de cada um dos protagonistas. O livreto também traz conteúdo informativo sobre a AME e depoimentos de médicos, fisioterapeutas e associações de pacientes sobre o manejo e a convivência com condição.

“Foi uma honra ter sido chamada para dividir minha história nesse álbum”, conta Laissa Guerreira, atleta paralímpica campeã mundial da seleção brasileira da bocha, que convive com AME e é embaixadora da campanha AME Cada Conquista. “O jeito que eu encontrei de enfrentar a AME se dá falando sobre a causa. Ppra mim é muito importante estar engajada e ocupar espaços de visibilidade como esse”.

Além de Laissa, participam do álbum a influenciadora digital Roberta Oliveira, o estudante de letras Gabriel Serafim e a consultora de acessibilidade e artista musical Amanda Lyra. “Participar do álbum é dividir com outras pessoas com AME um pouco do que eu acredito: todos nós temos talentos e habilidades individuais que podem e devem ser aprimoradas e desenvolvidas, para que possamos fazer parte da sociedade como força produtiva, artistas, profissionais. Cidadãos que devem ocupar todos os espaços”, conta Amanda.

A iniciativa é a principal ação do movimento AME Cada Conquista, campanha de conscientização sobre a AME em jovens e adultos que reúne diversos entes engajados na causa. O álbum não estará à venda, mas será distribuído para associações de pacientes, consultórios médicos e pessoas com AME.

AME Cada Conquista quer inspirar outras pessoas com AME

O movimento AME Cada Conquista foi idealizado para alcançar, acolher e inspirar pessoas com AME por meio de histórias reais de jovens e adultos que convivem com a condição e que colecionam conquistas de vida. Por meio dessas histórias, debates e conversas geradas pela campanha, a ideia é mudar o paradigma da doença: a AME é um diagnóstico sem cura, mas não determina um destino. Com o manejo precoce e adequado, os pacientes podem conviver com a condição com mais qualidade de vida, autonomia e independência para trilharem seus caminhos e seguirem seus sonhos.

Grandes desafios não são endereçados sozinhos. Por isso, AME Cada Conquista une diversos entes envolvidos no universo da AME: associações de pacientes, médicos, fisioterapeutas e, claro, as próprias pessoas com AME, protagonistas da campanha.

“O interesse das pessoas com AME é o nosso interesse também. Convivemos com essas pessoas, auxiliamos em suas demandas, enxergamos como elas lidam com a condição. Por isso é tão importante que a gente esteja nessa campanha, que a gente endosse um movimento que dê visibilidade para elas e para a causa da AME”, diz Fátima Braga, presidente da Abrame, associação de pacientes de AME. “Uma coisa que temos em comum com todas as outras associações de pacientes é a luta por visibilidade, dignidade e qualidade de vida para todas as pessoas que vivem com a condição”.

A ambição é que juntos, todos possam contribuir para inspirar outros jovens e adultos com a condição a entenderem o potencial dos cuidados com a AME e a importância de cada conquista alcançada a partir disso, como qualidade de vida, bem-estar, independência, movimentos etc.

Sobre a AME

A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença genética neuromuscular rara que afeta a função dos neurônios motores e leva à fraqueza muscular progressiva . “O paciente acometido apresenta essa fraqueza progressiva dos músculos que pode afetar a capacidade dele se mover, respirar adequadamente e mesmo realizar atividades diárias”, explica o Dr. Edmar Zanoteli, neurologista e Professor Associado do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP. Os cuidados que envolvem a AME vão muito além de um tratamento medicamentoso: é preciso o envolvimento de outros profissionais da saúde, como fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos .

Isso porque, em geral, as pessoas com a AME enfrentam muitos desafios ligados não só aos sintomas e ao avanço da condição, como aqueles relacionados à falta de conhecimento sobre a doença, à desinformação e a demora no diagnóstico e início do tratamento. “É uma condição que pode gerar algumas complicações psicossociais, sim. Sem o manejo correto da AME, o paciente pode ter limitações na vida social, o que pode gerar estresse, ansiedade, sobrecarga emocional para o próprio paciente e para eventuais cuidadores”, explica o especialista.

Apesar de não ter cura, a AME tem tratamento. Com o manejo adequado, envolvendo também os cuidados multidisciplinares, existe a possibilidade de estabilização da progressão da doença, manutenção ou mesmo recuperação de movimentos e, consequentemente, conquista de mais autonomia e independência . “Na maioria das vezes esse é o primeiro passo para que essas pessoas consigam ter mais qualidade de vida e capacidade de irem atrás de seus objetivos, metas e sonhos. A AME é um diagnóstico, mas não é um destino fadado a limitações”, completa o médico.

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Saúde

Estado do Rio tem postos volantes para ampliar vacinação contra gripe

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© Joédson Alves/Agência Brasil

Com a finalidade de aumentar a imunização contra a gripe nos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, a vacinação volante estará terça-feira (1º) e quarta-feira (2) na Praça Nossa Senhora da Conceição, em Queimados, na Baixada Fluminense. No dia 3, o posto volante estacionará na Praça Garcia e, no dia seguinte (4), na Praça José da Motta Vizeu, ambas em Paraíba do Sul, região do Médio Paraíba.

A campanha anual de imunização contra a gripe começou em abril e, para aumentar a cobertura vacinal, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) tem apoiado os municípios com as unidades móveis.

“Com a chegada da estação mais fria do ano, temos observado um aumento na circulação da gripe. Nossa preocupação tem sido a gravidade desses casos, o que pode ser evitado com a vacinação. Os imunizantes são seguros, não causam efeitos colaterais, e estão disponíveis de graça no SUS [Sistema Único de Saúde]. Por isso, convocamos a população a ir e levar seus familiares para se vacinar”, diz a secretária de Saúde, Claudia Mello. 

Pouca adesão

Há uma semana, a SES fez novo alerta sobre a baixa cobertura vacinal contra a Influenza. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90% do público-alvo, mas, no dia 23 deste mês, apenas 25,32% do público-alvo estava protegido contra a doença. Até 18 de junho, foram registradas 9.482 internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 693 óbitos.

A estratégia de vacinação contra a gripe no estado teve início em 2 de abril, com a meta de imunizar em torno de 4,4 milhões de pessoas dos grupos prioritários (crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos).

Até o momento, foram aplicadas cerca de 2,3 milhões de doses, das quais, pouco mais de 1 milhão destinadas ao público prioritário, que é o mais suscetível a desenvolver casos graves.

Calendário 

Dias 1º e 2 de julho, Praça Nossa Senhora da Conceição, em Queimados;

Dia 3, Praça Garcia, s/n, Centro, Paraíba do Sul;

Dia 4, Praça José da Motta Vizeu, Werneck, Paraíba do Sul 

Público-alvo

Apesar de estar liberada para pessoas a partir de 6 meses, o público-alvo da vacinação contra a gripe é composto por crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas e pessoas com 60 anos de idade ou mais, povos indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua. 

Também fazem parte do público-alvo, trabalhadores da saúde, professores do ensino básico e superior, profissionais de segurança e salvamento, das Forças Armadas, e pessoas com deficiências permanentes.

Caminhoneiros, portuários, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário e servidores dos Correios, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema penitenciário também fazem parte do grupo a ser imunizado, bem como adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativa.

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Saúde

Cansaço da mente: Dr. Roberto Roni explica os sinais que você não deve ignorar

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Psicólogo e especialista em neurociência e comportamento fala sobre os limites entre estresse e ansiedade – e alerta para os riscos de ignorar os sinais do corpo e da mente

A rotina intensa, os prazos que se acumulam, a necessidade constante de dar conta de tudo e todos. Em meio a esse turbilhão moderno, muitas pessoas vivem em um estado de alerta contínuo, sem perceber o quanto isso está drenando sua saúde mental. E aí surge a pergunta: o que estou sentindo é estresse ou ansiedade?

“O estresse é uma resposta fisiológica do corpo diante de uma situação desafiadora. Ele nos prepara para agir, resolver, reagir. Mas ele tem começo, meio e fim. Já a ansiedade é mais difusa, é um medo antecipado, uma sensação de que algo ruim vai acontecer, mesmo que não exista um motivo concreto. Quando essa sensação é constante, estamos diante de um quadro que precisa de atenção”, explica o Dr. Roberto Roni, psicólogo e especialista em neurociência e comportamento.
De forma prática, o estresse está ligado a um evento externo — uma reunião, uma dívida, um problema familiar. Já a ansiedade está mais relacionada à forma como o cérebro interpreta e antecipa essas situações. E, com o tempo, os efeitos no corpo se acumulam.

“A ansiedade crônica pode se manifestar com sintomas físicos intensos: taquicardia, sudorese, falta de ar, aperto no peito, tensão muscular. Muitas pessoas chegam ao consultório achando que estão tendo um problema cardíaco, quando, na verdade, é o emocional pedindo socorro. O estresse, por sua vez, quando contínuo, pode desencadear inflamações, desequilíbrios hormonais e até adoecer o sistema imunológico”, alerta o especialista. Segundo o Dr. Roberto, o problema não é sentir estresse ou ansiedade — isso faz parte da vida. O perigo está em viver nesse estado como se fosse o novo normal.

“O corpo fala, e ele sempre dá sinais. Mas a gente aprendeu a silenciar esses sinais em nome da produtividade. A dor de cabeça vira ‘coisa da rotina’. A insônia vira ‘fase’. A falta de vontade de viver vira ‘preguiça’. E, assim, vamos empurrando até que o colapso chega. Cuidar da saúde mental é uma forma de autocuidado que vai muito além do emocional — ela protege todo o organismo”, enfatiza.
O caminho para o equilíbrio começa pelo reconhecimento e pela busca de ajuda profissional. A psicoterapia, combinada com mudanças no estilo de vida, tem um papel essencial nesse processo.

“É preciso romper com a ideia de que procurar um psicólogo é sinal de fraqueza. Na verdade, é exatamente o oposto: é um ato de coragem. Terapia é um espaço de escuta, de construção, de recomeço. Não é só sobre tratar sintomas, é sobre recuperar o controle da própria vida”, conclui o Dr. Roberto Roni.

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Saúde

Goiás decreta emergência por Síndrome Respiratória Aguda Grave

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© Tony Winston/Agência Brasília

O governo de Goiás decretou, nesta segunda-feira (30), estado de emergência em razão da síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Dados da secretaria de saúde indicam que o estado atingiu, por sete semanas consecutivas, taxa de incidência de casos acima do limite esperado. Até o momento, são 6.743 casos de SRAG, sendo 1.117 por influenza; 306 por covid-19; 1.486 por vírus sincicial respiratório; e 680 por rinovírus.

“Como reflexo direto do aumento de casos, houve crescimento nas solicitações de internação hospitalar por SRAG, o que tem provocado impacto significativo nas taxas de ocupação dos leitos clínicos e de unidades de terapia intensiva (UTI), tanto nas unidades públicas quanto nas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS)”, informou a secretaria em nota.

De acordo com a pasta, o decreto de emergência possibilita a implantação imediata de leitos destinados ao atendimento de pacientes com SRAG, “ação imprescindível diante do aumento expressivo da demanda por internações hospitalares associadas a quadros respiratórios graves, verificado de forma progressiva nos últimos meses”.

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Números

De janeiro a junho de 2024, Goiás registrou 8.011 solicitações de internação por SRAG. Em 2025, no mesmo período, o número chega a 10.676 solicitações – um aumento de 33,27%. Em maio de 2024, por exemplo, o número de solicitações foi de 1.767. Já em maio deste ano, foram 2.406 solicitações.

Além do governo do estado, pelo menos 24 municípios goianos já solicitaram ao Ministério da Saúde recursos financeiros para conversão dos leitos de terapia intensiva adulto para atendimento de casos de SRAG.

Durante todo o ano de 2024, foram registrados 7.477 casos da síndrome, sendo 905 por influenza e 960 por covid-19. Dados referentes ao ano de 2025 mostram aumento de casos a partir do final de março, com pico entre o final de abril e o início de junho (semanas epidemiológicas 17 a 21).

Vacinação

A vacinação contra a gripe no estado começou em 1º de abril e, após 45 dias de campanha voltada para grupos prioritários, a imunização foi aberta para toda a população a partir de 6 meses. A cobertura vacinal para a gripe em Goiás, neste momento, é de 38,96%, com 1.499.062 doses aplicadas.

“A secretaria alerta que a baixa vacinação aumenta a chance de grupos de risco desenvolverem as formas graves da doença, o que pode comprometer a capacidade de resposta do sistema de saúde. Quando se observa os dados por faixa etária, a maior parte ocorre em crianças. Já em relação aos óbitos, a maioria é de idosos.”

Dos 6.743 casos de SRAG contabilizados no estado até o momento, 2.654 são em menores de 2 anos; 754, em crianças de 2 a 4 anos; 659, em crianças de 5 a 9 anos; e 1.414, em maiores de 60 anos.

Em relação aos óbitos, dos 402 registrados até o momento, 256 são em maiores de 60 anos; 40, em menores de 2 anos; 35, em pessoas de 50 a 59 anos; e 29, em pessoas de 40 a 49 anos.

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