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Saúde

Cerca de 26 milhões de brasileiros sofrem da síndrome do olho seco

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Cerca de 26 milhões de brasileiros sofrem da síndrome do olho seco
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Ressecamento dos olhos é motivado por fatores climáticos, uso intenso de telas e menor frequência de piscadas

Ao menos 26 milhões de brasileiros sofrem com a síndrome do olho seco, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Esses números levam os especialistas a concluir que as pessoas estão piscando menos.

Essa condição é caracterizada pelo ressecamento da superfície do olho, incluindo córnea e tecido conjuntivo, devido a falta de produção de lágrimas. Embora não seja considerada grave, é desconfortável e pode prejudicar a produtividade no cotidiano pessoal e profissional.

Sintomas da síndrome do olho seco

Os sintomas mais comuns do olho seco são:

  1. Olhos avermelhados
  2. Ardência e coceira
  3. Secura e incômodo nos olhos, como se houvesse areia ou outros corpos estranhos nos globos oculares
  4. Visão embaçada
  5. Sensibilidade à luz
  6. Olhos lacrimejantes
  7. Maior produção de muco (em casos mais graves)

É normal que esses sinais fiquem mais acentuados no final do dia, especialmente após exposição climática e utilização de telas.

O que causa a síndrome do olho seco?

A explosão de casos dos últimos tempos é atribuída principalmente a questões comportamentais, em especial o uso prolongado de telas (celular, computador, televisão). Como as pessoas ficam muito focadas nesses dispositivos, acabam piscando menos do que é considerado saudável – de 15 a 20 vezes por minuto, segundo médicos da área.

Ainda assim, existem outros motivos que afetam a lubrificação dos olhos:

  1. Doenças que comprometem as glândulas lacrimais, como lúpus, artrite reumatoide e outros distúrbios autoimunes ou sistêmicos
  2. Doenças neurológicas e paralisias
  3. Inflamações nos olhos, como a conjuntivites
  4. Anomalias nas pálpebras ou nas glândulas lacrimais
  5. Uso de medicamentos que prejudicam a produção de lágrimas, como certos antialérgicos e antidepressivos
  6. Uso constante de lentes de contato
  7. Fatores ambientais, como poluição, fumaça, tempo seco, vento forte e até mesmo o uso contínuo de ar-condicionado ou ventilador

Fatores de risco

Mesmo que qualquer um possa sofrer com a síndrome do olho seco, algumas pessoas são mais suscetíveis do que outras por causa de alguns fatores de risco:

  1. Idade (a partir dos 50 anos)
  2. Uso de lentes de contato
  3. Alterações hormonais motivadas pela menopausa ou gravidez
  4. Falta de vitamina A ou de ômega-3

Diagnóstico

Dr. Ricardo Filippo, especialista em oftalmologia e sócio da Clínica Oftalmológica em Campo Grande, Rio de Janeiro, afirma que existem alguns métodos de diagnóstico para o olho seco.

Todos são fundamentados no exame do filme lacrimal para avaliar o tempo de ruptura da lágrima, também conhecido como Break-up Time ou BUT. “Valores inferiores a 10 segundos são sugestivos de disfunção ou falha na qualidade da lágrima”, explica ele.

O diagnóstico também pode ser complementado com outros dois testes:

Teste Rosa Bengala ou Lisamina Verde

Ao aplicar um colírio com propriedades corantes, é possível analisar as respostas das estruturas externas do olho.

Os pontos secos e normais se comportam de maneira diferente, fazendo com que os corantes tinjam as células desvitalizadas do epitélio da córnea, ou seja, as áreas afetadas pela falta de lubrificação.

Teste de Schimer

Também conhecido como Teste do Olho Seco, o Teste de Schimer usa uma tira de papel de filtro no fundo do saco conjuntival inferior. Depois de cinco minutos, a umidade da tira é verificada.

Resultados inferiores a 15 milímetros são vistos como indicativos de patologias relacionadas ao olho seco.

Como funciona o tratamento da síndrome do olho seco?

O tratamento busca aumentar a produção natural de lágrimas, conservá-las por períodos mais longos e repor a lubrificação que não é produzida pelas glândulas.

Para isso, medicamentos que atuam como lágrimas artificiais são usados no globo ocular para lubrificá-los e reduzir qualquer tipo de desconforto.

No entanto, isso é apenas um tratamento paliativo. Para que o problema seja solucionado completamente, é preciso descobrir o motivo do ressecamento e tratá-lo de maneira apropriada. A consulta com um oftalmologista é imprescindível.

Como aliviar os sintomas do olho seco no dia a dia?

O Dr. Ricardo Filippo recomenda algumas medidas para aliviar o desconforto causado pela síndrome:

  1. Em casos de aplicação de medicamentos, opte por lágrimas artificiais, que servem apenas para a lubrificação dos olhos; nunca use colírios sem orientação médica
  2. Use máscaras sobre os olhos quando for dormir em ambientes com ar-condicionado ou ventilador
  3. Beba muita água para manter as mucosas hidratadas
  4. Evite o consumo de produtos que aumentam a secura nos olhos, como bebidas alcoólicas e cafeína
  5. Use umidificador ou vaporizador para regular a umidade do ar nos ambientes internos
  6. Proteja os olhos com óculos escuros que tenham lentes certificadas, com proteção de raios UVA e UVB
  7. Equilibre a hidratação das mucosas ao hidratar a pele e o nariz com loções e soluções salinas

Prevenção contra a síndrome do olho seco

A melhor forma de evitar o olho seco é cuidando da lubrificação. A lista de métodos para aliviar sintomas apresentados anteriormente também serve como prevenção.

Além disso, é importante prestar atenção no uso das telas. Hoje em dia, é quase impossível evitá-las, mas há boas práticas que são úteis para preservar a saúde dos olhos. Dr. Ricardo Filippo dá algumas dicas. “Uma das práticas mais eficazes para evitar o agravamento dos sintomas é a regra do 20-20-20: a cada 20 minutos em frente às telas, desvie o olhar por 20 segundos para um objeto a pelo menos 20 pés (cerca de 6 metros) de distância. Essa simples mudança de hábito ajuda a relaxar a musculatura ocular e estimula a frequência das piscadas, preservando a saúde dos olhos”.

Henrique Morgani é Especialista em Link Building, acumulando mais de 8 anos de experiência combinada em SEO e redação. Com formação em Direito, ele descobriu grande paixão no Marketing Digital.

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Saúde

Dra. Silvana Correa lança linha exclusiva de nutracêuticos com colágeno premium: conheça a BEAUTY CONCEPT by Sil

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A busca por saúde, beleza e bem-estar ganhou uma aliada de peso com o lançamento da linha de nutracêuticos BEAUTY CONCEPT by Sil, desenvolvida pela renomada Dra. Silvana Correa. Reconhecida por sua atuação na área da estética e saúde integrativa, Dra. Silvana une agora seu conhecimento clínico à inovação tecnológica, trazendo ao mercado um suplemento de colágeno diferenciado e altamente eficaz.

O produto carro-chefe da linha é o Colágeno Premium com Ácido Hialurônico, um suplemento alimentar em cápsulas que combina colágeno hidrolisado e vitamina C — dois ativos essenciais para a firmeza da pele, fortalecimento das unhas e cabelos, além de benefícios para articulações e saúde geral. Com fórmula zero açúcar e zero gordura, o uso diário oferece resultados visíveis sem comprometer a dieta.

Segundo a própria Dra. Silvana Correa, a criação da BEAUTY CONCEPT nasceu do desejo de oferecer aos seus pacientes e seguidores uma solução confiável e prática para manter a beleza de dentro para fora. “Queria algo que realmente fizesse a diferença no cotidiano das pessoas, com qualidade farmacêutica e formulação segura”, afirma.

A linha BEAUTY CONCEPT by Sil representa mais um passo na trajetória de sucesso da Dra. Silvana Correa, que há anos se dedica a transformar a autoestima e a saúde de milhares de pessoas. O suplemento já está disponível para venda e promete ser um novo aliado na rotina de cuidados de quem busca longevidade com qualidade de vida.

Dra. Silvana Correa reafirma seu compromisso com a beleza consciente, agora também na forma de cápsulas.

(Fotos: Divulgação)

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Saúde

Poltronas para locação de pós-operatório em Caxias do Sul: conforto e cuidado no momento em que você mais precisa

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Saúde

ACBG Brasil alerta para sinais do câncer de cabeça e pescoço e destaca diagnóstico precoce

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A ACBG Brasil – Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço promove a 9ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, com o tema “Da boca aos pulmões: inspire prevenção, expire saúde”.

A iniciativa reforça a importância de escolhas saudáveis, atenção aos sinais e sintomas iniciais e busca por diagnóstico precoce, fatores que podem fazer toda a diferença nos resultados do tratamento.

A campanha também convida a sociedade a integrar esforços em prol da prevenção, da informação de qualidade e da defesa de políticas públicas que garantam o cuidado integral aos pacientes.

Neste ano, as ações se estendem até o dia 5 de agosto e integram um movimento mais amplo de mobilização pela saúde. Além de marcar o 27 de julho, Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, a iniciativa também dialoga com o 1º de agosto, Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, reforçando a necessidade de atenção à metástase pulmonar decorrente de tumores de cabeça e pescoço.

“Receber um diagnóstico de câncer ainda assusta. Muita gente se desespera por causa do estigma que a doença ainda carrega na sociedade. Mas a medicina avançou bastante, e quando o câncer é descoberto no início, muitos casos podem ser curados.

O problema é que os tumores de cabeça e pescoço ainda chegam com frequência em estágios avançados, o que pode causar mutilações que seriam evitáveis”, destaca a fundadora e presidente voluntária da ACBG Brasil, Melissa Medeiros.

“Há 10 anos, a ACBG Brasil trabalha para mudar essa realidade, e esta 9ª edição da campanha é mais uma oportunidade de reforçar a importância da informação, do cuidado e do diagnóstico precoce”, afirma Melissa, que é sobrevivente de câncer de laringe, laringectomizada total e traqueostomizada definitiva, pessoa com deficiência física que demanda necessidades especiais.

Somados, os tumores de cabeça e pescoço ocupam o 4º lugar em incidência

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra, anualmente, cerca de 40 mil novos casos de tumores localizados na região da cabeça e pescoço. Esses cânceres afetam áreas das vias aéreo-digestivas superiores, como cavidade oral, glândula tireoide e laringe. O número reforça a necessidade de intensificar ações de prevenção, diagnóstico precoce e ampliação do acesso ao tratamento para milhares de brasileiros.

Atenção aos sinais e sintomas e fatores de risco

Os tumores de cabeça e pescoço podem demorar para apresentar sintomas e, muitas vezes, são diagnosticados em estágios avançados. O tratamento, que pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, tem a possibilidade de deixar sequelas irreversíveis, mexendo com a estética facial, com a deglutição e alimentação, com a fala e a voz.

Por isso, é importante conhecer e ficar atento aos sinais mais comuns destes tipos de tumores, como:

• Ferida no rosto ou boca que não cicatriza;
• Mancha avermelhada ou esbranquiçada nos lábios e cavidade oral
• Dor persistente na região da face;
• Obstrução persistente e sangramento nasal;
• Alterações oculares (movimentação ocular ou visão);
• Irritação ou dor na garganta;
• Perda de peso sem motivo aparente;
• Mau hálito frequente;
• Dentes moles ou dor em torno deles.

E também evitar os principais fatores de risco:
• Consumo de tabaco (cigarros, incluindo palha, seda e eletrônicos, narguilés, cachimbos e quaisquer outros derivados) e álcool;
• Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas (inclusive sexo oral);
• Consumo de bebidas quentes, principalmente as tradicionalmente servidas em temperaturas muito altas, como o chimarrão/mate;
• Exposição excessiva ao sol (câncer de lábios, couro cabeludo);
• Exposição durante o trabalho à poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno, produtos radioativos;
• Infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), que pode causar a mononucleose infecciosa, uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas.

Defesa dos direitos do paciente

Ao completar uma década de atuação, a ACBG Brasil reforça seu papel como protagonista na luta por políticas públicas e conscientização sobre a doença.

Desde o lançamento da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, a organização vem acumulando conquistas importantes, como a sanção da Lei 14.328, em abril de 2022, que instituiu julho como o Mês Nacional de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço.

A ACBG Brasil é integrante do Conselho Nacional de Saúde e também faz parte do Conselho Consultivo do INCA (Consinca), órgão que assessora o Ministério da Saúde nas propostas de formulação, regulamentação e supervisão das ações de oncologia no país. A ACBG Brasil também trabalha ativamente para que a nova Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), sancionada em dezembro de 2023, seja implementada, para melhorar a atenção integral ao paciente oncológico em nosso país.

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