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Cultura

Cláudia de Paula estreia a exposição “Feminino Fiolado” no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica

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Cláudia de Paula - Crédito fotográfico Bruna de Paula
Cláudia de Paula - Crédito fotográfico Bruna de Paula

Artista e psicanalista mergulha no universo feminino, suas violações e lutas em mostra que abre no dia 09 de novembro, sábado, das 10h às 18h

A dimensão do feminino em toda diversidade da sua trama de fios. A artista e psicanalista Cláudia de Paula apresenta a exposição “Feminino Fiolado”, que estreia no dia 09 de novembro, sábado, das 10h às 18h, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, no Centro do Rio de Janeiro.

Cláudia traz, a partir de sua experiência com pessoas em sofrimento psíquico intenso nas redes de Saúde Mental Pública brasileira, assim como no consultório de Psicanálise, uma série de obras que abordam o feminino e suas violações, sendo a principal destas a própria definição de “Mulher”, sustentada pela lógica patriarcal e, no Brasil, pelo processo Matriz-Colônia.

– Ter trabalhado e continuar trabalhando com habitantes de territórios periféricos atravessados pelas violências vinculadas à raça, gênero, e classe, inclusas nestas violências desde os feminicídios e abusos sexuais até os conceitos de família e maternidade, alicerça minha pesquisa como artista – destaca Cláudia, que também assina a curadoria com Marcelo Valle.

A exposição pretende instalar perguntas, tão fundamentais ao momento histórico estabelecido no país, principalmente nesta ressurgência da democracia, frente a arte e seu papel social. Perguntas que propõem, respondendo à responsabilidade aceita como artista, fazer furo, desmanchar véus, rasgar algo da alienação do olhar.

A artista instala estas perguntas espacializando um percurso que se pretende como uma rede de imagens a ser atravessada, cada participante como “coautor”, cada um deles com um fio na mão. Desenhos em nanquim sobre papel e pano, instalação de objetos vidráceos utilizando bonecas antigas e painéis de pinturas-poemas, interligados por uma grande trama de fios, o “fiolado”, formam um percurso pelo feminino, enquanto invenção imposta culturalmente.

– Abordar a dimensão do feminino enquanto estrutura cultural determinante de identificações e criação de conceitos, fixada sobre os corpos femininos, me permitiu que, ao seguir os fios desta ficção “mulher”, questionasse a espacialidade das linhas que compõem as formas desta ficção. O desenho e os objetos compostos “segmento a segmento”, são a materialidade desta pesquisa, proposta como intervenção – explica.

Dos mistérios da mente aos contornos do cotidiano

Cláudia de Paula é psicóloga desde 1990, psicanalista desde 2003, ao se autorizar nesta clínica de muitos estudos e tempos de escuta, e artista desde muito antes, ao começar a desenhar e escrever. Aos seis anos, ganha um concurso de desenho pela revista Recreio, aos dezesseis, nega a faculdade de Belas Artes e opta pela de Psicologia. Permanece, porém, tendo o desenho e a escrita como ferramentas de elaboração do cotidiano. A arte, como margem, marginal, mais aragem do que trabalho, manteve-se assim até impor seu lugar, como desejo de mundo e proposição de sentido, o que aconteceu nos últimos anos.

Cláudia de Paula - Crédito fotográfico Bruna de Paula
Cláudia de Paula – Crédito fotográfico Bruna de Paula

Ela é também autora de dois livros de poemas publicados, “prato” e “língua”, respectivamente em 1997 e 2001. Artista visual com produção própria em desenho e objetos desde 1980, participou de uma série de exposições/ocupações nos anos de 2022/2023/2024. É curadora, junto com Marcelo Valle, da Ocupação “Ainda não falamos sobre isso”, instalada no Espaço Cultural Travessia.

Atelier de Cláudia de Paula
Atelier de Cláudia de Paula

Ficha técnica:

Curadoria – Marcelo Valle e Cláudia de Paula

Expografia – Cláudia de Paula e Breno Barbosa

Textos – Cláudia de Paula

Design gráfico das peças – Breno Barbosa

Montagem – Fábio Omarcca, Cláudia de Paula, Breno Barbosa e Marcelo Valle

Assessoria de imprensa – Carlos Pinho

Serviço:

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica apresentam a exposição “Feminino Fiolado”

Abertura: dia 09 de novembro, sábado, das 10h às 18h

Local: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica – Rua Luís de Camões, 68, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro – RJ

Dias e horário: de segunda a sábado, das 10h às 18h  

Entrada: gratuita

Classificação indicativa: 16 anos

Redes sociais:

Cláudia de Paula – https://www.instagram.com/claudiadepaulasilva

Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica – https://www.instagram.com/cma.heliooiticica

Carlos Pinho é jornalista com mais de uma década de atuação abordando diversos temas, de cultura a economia. É diretor do Sindicato Nacional dos Compositores Musicais e ocupa cargos em diversos projetos de impacto social pelo país, como o Instituto LAR e a Tropa da Solidariedade.

Cultura

Espetáculo em tributo aos Bee Gees está de volta ao Teatro RioMar Recife

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Crédito: Divulgação.
Crédito: Divulgação.

Neste domingo, dia 16 de novembro, o Teatro RioMar Recife vai ser palco para um tributo que promete emocionar. Uma Noite com Os Bee Gees presta homenagens aos ícones da música que marcaram o imaginário de milhares de pessoas ao redor do mundo. A apresentação vai acontecer às 21h.

Com uma trajetória marcada por sucessos, o grupo Bee Gees se consagrou como um dos maiores da história da música mundial. Formado pelos irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb, o trio britânico conquistou o público com vozes encantadoras. Donos de hits como “Stayin’ Alive”, “How Deep Is Your Love” e “Night Fever”, os Bee Gees marcaram gerações e se tornaram ícones da era disco, acumulando prêmios, recordes de vendas e uma legião de fãs que atravessa décadas.

Para celebrar esse legado, o espetáculo “Uma Noite com Bee Gees” traz uma apresentação especial que revive os grandes sucessos do grupo em um show repleto de emoção e nostalgia. Com produção cuidadosa, arranjos fiéis e interpretações envolventes, o espetáculo recria a energia e o carisma dos irmãos Gibb no palco.

Os ingressos custam a partir de R$ 110, e estão disponíveis no site do Teatro RioMar Recife (www.teatroriomarrecife.com.br) ou na bilheteria, localizada no Piso L4 do RioMar Recife.

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Cultura

Instituto Periferia do Futuro inaugura nova sede na cidade de Salvador

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Projeto se consolida na formação, criação e valorização da cultura afro-brasileira via a promoção de ações voltadas à educação, tecnologia, arte e empreendedorismo social

O Instituto Periferia do Futuro, organização que passou a transformar a realidade da juventude negra e periférica de Salvador, na Bahia, celebra um marco histórico neste “Novembro Negro”: a inauguração de sua nova sede, situada no Edifício Brulio Xavier, no coração da capital baiana.

Com um pouco mais de uma ano e meio de atuação no campo da responsabilidade social, o Instituto se consolida como um espaço de formação, criação e valorização da cultura afro-brasileira, via a promoção de ações voltadas à educação, tecnologia, arte e empreendedorismo social.

Além das atividades na nova sede, o Instituto mantém suas formações semanais em outros espaços da cidade, como as Aulas na Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), aos sábados, e Oficinas no Boca de Brasa, às terças-feiras, às 16h.

Durante a inauguração do novo espaço, realizada na última semana, o Instituto fez o anúncio para o início da preparação para o Concurso de Beleza Negra Periferia do Futuro, que será realizado no próximo dezembro. O evento busca valorizar a estética, a identidade e o protagonismo da juventude negra, reafirmando o compromisso da instituição com a promoção da autoestima e da representatividade.

Com sede no centro histórico de Salvador, o Instituto Periferia do Futuro segue como um ponto de encontro, articulação e inspiração, com intuito de oferecer o papel das juventudes negras como protagonistas das transformações sociais. “Inaugurar nossa sala no mês da Consciência Negra é um marco simbólico. É a periferia ocupando o centro, afirmando que o futuro é negro, diverso e periférico”, destaca o presidente e idealizador do projeto Carlos Cruz.

Serviço:
Local: Edifício Brulio Xavier – Rua Chile, 22, Sala 1506, Centro, Salvador – BA
Aulas: FUNCEB (sábados) | Boca de Brasa (terças, às 16h)

 

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Cultura

Artista plástico Gerson Fogaça leva sua arte e talento aos salões do Museo Carlos Alonso, em Mendoza

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Goiano estreia no circuito cultural argentino com apresentação da mostra “Caos In Itinere”, que reúne 39 obras marcadas pelo expressionismo e abstracionismo

 

Na última sexta-feira (7), o Museo Carlos Alonso, localizado na região central do destino, inaugurou para visitação pública, a exposição “Caos In Itinere”, do artista plástico goiano Gerson Fogaça. Ao todo 39 obras compõem a mostra, sendo distribuídas nos três pisos do museu, que transitam pela produção artística de Fogaça, entre 2007 e 2025, evidenciando o diálogo constante entre gesto e cor, matéria e tempo — eixo poético que estrutura sua pesquisa.

“Estamos trabalhando nesta exposição há três anos e estou encantado com Mendoza. A cidade se parece muito com minha, bastante arborizada, com um povo muito feliz. Quero agradecer muito em poder estar neste belo museu e poder ter contado com a colaboração de todos os envolvidos para atingirmos o resultado deste projeto. Sou um artista autodidata e desde de pequeno me envolvi com a arte, mas quando cheguei à cidade de Goiânia, com 16 anos de idade, tive a oportunidade de entrar pela primeira vez em um museu e desde de então passei a pesquisar e a desenvolver arte. E hoje tenho muita sorte em poder estar aqui com vocês”, agradeceu o artista plástico Gerson Fogaça, durante a vernissage da mostra que marca sua estreia no circuito de artes plásticas da Argentina.

Com curadoria assinada pela franco-argentina Patrícia Avena Navarro, a mostra apresenta um recorte da trajetória do artista. “As pinturas de Fogaça são marcadas por energia e vitalidade e configuram um “balé urbano” em que as formas se libertam dos contornos e transitam entre o figurativo e o abstrato, tensionando o humano e o transitório. Sua poética combina espontaneidade do gesto e construção cromática rigorosa, compondo paisagens simbólicas situadas entre o real e o imaginário — entre o que passa e o que permanece”, pontua Patrícia.

Entre os destaques está a obra “La Sangre en la vasija” (O Sangue no Alguidá), apresentada em 2019, que compõe um diálogo com a literatura do escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez. “A obra foi censurada no Brasil e fizemos questão de apresentá-la aqui em Mendoza. Acho que o contexto apresentado reproduz nossa cidade, pela liberdade e direito de expressão. A obra reafirma essa liberdade existente em Mendoza. O povo mendocino está muito sensível à liberdade de expressão e espero que todos os visitantes apreciem este lindo trabalho”, completa a curadora.

A abertura especial para convidados contou com a presença do Cônsul Geral adjunto do Consulado-Geral do Brasil em Mendoza, José Gilberto Jungblut; da diretora de atividades artísticas de Mendoza, Laura Beningazza; da coordenadora de espaços culturais de Mendoza, Marcela Lucero, e apreciadores de artes plásticas. A produção da exposição conta assinatura de Malu da Cunha e da KA Produções Culturais, com realização do Instituto Cultural Urukum e a viabilização do Programa Goyazes do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.

Agenda internacional

Após Mendoza, o artista apresenta a mostra “Na Curva do Tempo”, com curadoria de Dayalis González Perdomo, no Centro Cultural Lecrac (Palência, Espanha). A mostra integra o circuito cultural que celebra a irmandade entre Palência e o Rio de Janeiro, simbolizada pelos monumentos Cristo del Otero e Cristo Redentor. A abertura oficial acontece no próximo dia 18 de novembro, com a presença de Gerson Fogaça e ficará aberta para visitação do público até 8 de dezembro de 2025.

Serviço
Exposição: Caos In Itinere – Gerson Fogaça
Curadoria: Patrícia Avena Navarro
Abertura: 7 de novembro de 2025, às 20h
Local: Museu Carlos Alonso
Endereço: Av. Emilio Civit, 348 – Mendoza, Argentina
Visitação:Até 30 de dezembro de 2025

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