Empresas & Negócios
Codificagov.br & Transformação Digital no Setor Público

Fruto de parceria técnica entre a Central de Compras da Secretaria de Gestão e a Secretaria de Governo Digital do MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos), o Codificagov.br (Contratação Centralizada de Serviços de Desenvolvimento, Sustentação e Manutenção de Software) é uma iniciativa do governo federal que estabelece padrões de desenvolvimento e manutenção de softwares e governança para projetos de tecnologia no setor público.
Com base nos pregões nº 7/2023 e nº 8/2023, o Codificagov prevê a contratação, sob demanda e por meio de licitação, de empresas e profissionais de Tecnologia da Informação (TI) especializados em desenvolvimento, manutenção, suporte, testes e controle de qualidade de software. O objetivo é assegurar e alavancar a transformação digital dos setores governamentais através de soluções tecnológicas criadas e desenvolvidas de forma eficaz, moderna e alinhada às melhores práticas de mercado.
O escopo de atividades inclui projeto, construção, testes, implantação, evolução e suporte de software. Os contratos são realizados sem necessidade de dedicação exclusiva de mão de obra e devem adotar rotinas e práticas ágeis para garantir a entrega de resultados de alta qualidade. O período inicial dos contratos é de 12 meses, podendo ser prorrogados por até cinco anos.
Segundo dados divulgados em junho de 2024 pelo Ministério da Gestão durante reunião da Comissão de Coordenação do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), os dois primeiros certames centralizadas do Codificagov.br para contratação de empresas e profissionais desenvolvedores de softwares chegou a gerar uma economia de R$ 250 milhões na comparação entre o valor estimado e o valor definido ao fim dos dois certames.
Em matéria publicada em 21 de junho no site https://www.gov.br/gestao/pt-br/assuntos/noticias/2024/junho/licitGoverno economiza R$ 250 milhões em duas primeiras licitações centralizadas, a diretora Lara Brainer, da Secretaria de Gestão e Inovação (Seges), informou que tal economia considerou apenas os custos que cada órgão teria ao organizar um processo licitatório, portanto o valor seria muito maior caso tivessem sido atribuídos os custos de logística. Já o secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, afirmou que o Codificagov.br proverá maior capacidade de entregas de soluções digitais com enfoque em qualidade, segurança e celeridade aos órgãos da Administração Pública federal, salientando que a iniciativa tem várias tecnologias e linguagens de programação aplicáveis também para dispositivos móveis e desenvolvimento de apps, sempre com foco em entrega de valor e no atendimento das expectativas e necessidades dos usuários de serviços públicos.
VANTAGENS, DESAFIOS E CONSIDERAÇÕES
A Transformação Digital é um dos principais desafios dos órgãos públicos brasileiros em um mundo cada vez mais conectado no qual a tecnologia tem um papel crucial para simplificação de processos e redução de burocracias. Por meio da Transformação Digital, a esfera pública pode alcançar uma administração eficiente e transparente, calcada em padrões regulatórios modernos e inovadores dentro das melhores práticas de governança.
De acordo com um estudo publicado pela empresa de consultoria estratégica global McKinsey & Company (https://www.mckinsey.com/industries/public-sector/our-insights/transforming-government-in-a-new-era), o uso eficaz de soluções digitais é imprescindível para governos que buscam implementar transformações relevantes em suas políticas, regulamentações e serviços aos cidadãos. A mesma pesquisa revelou ainda que, apesar de vários esforços, aproximadamente 80% das principais iniciativas de mudança no setor público não chegavam a atingir seus propósitos, enfatizando a importância e a premência urgente da digitalização enquanto fator chave nas transformações governamentais, possibilitando novas formas de comunicação, gestão e entrega de serviços.
Nesse cenário, o Codificagov surge como um programa essencial para elevar a eficiência e a qualidade dos serviços de programação contratados pelo governo. O programa estabelece diretrizes claras e padrões de qualidade para o desenvolvimento de softwares, contribuindo diretamente para a modernização da gestão pública e a melhor experiência/jornada digital dos cidadãos.
Empresas alinhadas ao Codificagov.br têm maior chance de sucesso em licitações e projetos governamentais, promovendo inúmeros benefícios tanto para o setor público como para o privado, a exemplo da padronização que aprimora a qualidade do software desenvolvido para o governo, facilitando igualmente a entrada de novas empresas no mercado público.
No entanto, é preciso que as empresas de TI promovam esforços para adequação às exigências técnicas e de conformidade da iniciativa federal, uma vez que os padrões regulatórios do Codificagov.br podem ser complexos, em especial para pequenas e médias empresas. Nesse sentido, o mercado oferece inúmeras ferramentas inovadoras que podem ser aliadas das PMEs a superar os desafios. São soluções que avaliam a qualidade do código-fonte, ajudando os contratantes e fornecedores de serviços de programação a identificar problemas técnicos, bugs, vulnerabilidades e aderências, desde padrões de qualidade à mitigação de riscos, em projetos, fazendo com que as empresas se tornem aptas a participar das licitações centralizadas do Codificagov.br, promovendo e ampliando tanto o crescimento do setor corporativo, da esfera pública e do Brasil como um todo por meio de uma redefinição sem precedentes da qualidade e do desenvolvimento de software em nosso país.
Com a pressão crescente por mais eficiência e menos desperdício de recursos públicos, o Codificagov.br e as tecnologias que auxiliam as companhias a entender e se adaptar às demandas da iniciativa federal deverão pavimentar com maestria a estrada rumo a uma nova era de governança digital, garantindo sistemas públicos desenvolvidos de forma escalável, segura e confiável.
A busca por soluções que contribuem para o conhecimento dos padrões de conformidade de forma automatizada tem crescido cada vez mais por quem deseja alinhar suas entregas às exigências do Codificagov.br, analisa Rodrigo Villar, empreendedor que soma 22 anos de atuação no mercado de tecnologia e é CEO da companhia paulista Software.com.br.
Segundo ele, softwares que apontam vulnerabilidades, problemas de performance e inconsistências no código permitem que tanto os órgãos públicos quanto seus fornecedores entreguem soluções tecnológicas mais robustas e de alta performance e qualidade.
“Essas soluções abrem o caminho para que as empresas possam usufruir de todas as vantagens do Codificagov.br para elevar a eficiência e a qualidade dos serviços de programação contratados pelo governo, promovendo a modernização e o desenvolvimento de maneira uniforme e progressiva por meio da inovação e da transformação digital”, conclui o executivo, graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas.
Empresas & Negócios
K’Dea Construtora firma parceria com Keystone no Casa Shopping, na Barra da Tijuca

A K’Dea Construtora anunciou uma nova parceria estratégica com a Keystone, renomado escritório de projetos e arquitetura fundado pelas irmãs e arquitetas Marta Mello e Suzana Violland, reforçando seu posicionamento no mercado de construções de alto padrão. O anúncio foi realizado no Casa Shopping, na Barra da Tijuca, referência nacional em arquitetura, design e decoração.
O encontro contou com a presença de Diogo Leones, diretor de engenharia da K’Dea Construtora, além das fundadoras da Keystone. O objetivo da parceria é integrar soluções construtivas inovadoras com projetos inovadores direitos autorais, criando experiências personalizadas para clientes residenciais e corporativos.
Segundo Diogo Leones, a união com a Keystone fortalece o compromisso da K’Dea em entregar obras que aliam eficiência construtiva, sustentabilidade e estética diferenciada. “Essa parceria amplia nossa capacidade de atender demandas cada vez mais sofisticadas, com a solidez e a confiança que já fazem parte do nosso DNA”, destacou o executivo.
Marta Mello, arquiteta e cofundadora da Keystone, reforça a importância de valores alinhados. Com formação técnica em Análise de Sistemas, Redes de Computadores e Design de Interiores, além de ampla experiência em gestão de obras e projetos, Marta se destaca pelo olhar apurado e pela abordagem estratégica. “Respeito às normativas e priorizo soluções eficazes. Para nós, é essencial que o parceiro compartilhe a mesma filosofia de qualidade e boas práticas”, afirmou.
Suzana Violland, arquiteta urbanista e também fundadora da Keystone, acrescentou sua visão de mercado. Com formação inicial em Administração e pós-graduação em Recursos Humanos, além da graduação posterior em Arquitetura, Suzana combina experiência de gestão e sensibilidade criativa, priorizando sempre a funcionalidade aliada à identidade dos espaços. “Acredito que juntos vamos propor soluções harmônicas, inteligentes e personalizadas, superando expectativas e transformando espaços em verdadeiras experiências”, pontual.
As duas empresas já planejam iniciar nos próximos meses obras iniciais e corporativas que devem ser referência em inovação, qualidade técnica e sustentabilidade. Podcast edinhotaon/ Edno Mariano
Empresas & Negócios
O futuro das agências digitais: por que só estratégia não basta mais

O mercado de agências digitais vive um ponto de inflexão. O amadurecimento dos clientes, o aumento da complexidade nas operações e a saturação de serviços avulsos exigem um novo perfil de agência. Em vez de criatividade solta e soluções pontuais, cresce a demanda por recorrência, estrutura e previsibilidade de resultados. No centro dessa transformação, a figura do estrategista cede espaço para o líder empresarial que entende de operação, cultura, finanças e performance. Para Robson V. Leite, mentor de agências e estrategista, é esse o divisor de águas entre agências que crescem e as que apenas sobrevivem.
“O erro começa na origem: a maioria das agências nasce de profissionais com alta capacidade técnica, mas sem formação em gestão, negócios ou operação. Isso gera um padrão claro no mercado: agências sem processos, sem previsibilidade, cobrando pouco, entregando muito e dependendo de sorte ou indicação para sobreviver”, explica Robson. Na prática, esse cenário resulta em negócios frágeis. Sem processos, sem time comercial e sem operação organizada, o faturamento oscila e o crescimento trava. A dependência total do dono é outro ponto crítico. Se o fundador para, o negócio para. Férias e doenças se tornam inviáveis. E mesmo quando há vendas, a operação não acompanha, o que compromete a experiência do cliente e eleva os cancelamentos.
Na visão de Robson, o modelo tradicional de agência não se sustenta mais. “Agências que vivem de vender serviços isolados sem uma visão de negócio já ficaram para trás. O mercado não compra mais posts bonitos, nem anúncios soltos. Compra solução, resultado, escala e crescimento.” Ele afirma que contratos pequenos e entregas sob demanda perderam espaço. “As empresas sabem que precisam de posicionamento, inteligência comercial e geração de demanda estruturada para crescer. Agências que não entendem isso não fazem mais sentido para os melhores clientes.”
Para ele, o novo papel da agência é claro: ela precisa ser parceira estratégica, comercial e operacional do cliente. “Em 2025, não há espaço para agência que não entrega crescimento real e previsível. O resto é commodity.” E os gargalos que impedem essa evolução, segundo Robson, começam no próprio dono. “No começo, ele faz tudo. Com o tempo, até delega, mas segue sendo o melhor vendedor, o melhor atendimento e o gestor de tudo. Isso o transforma no maior inimigo da própria escala.” Ele critica ainda o discurso comum no mercado de que o dono deve sair apenas de uma das frentes. “Em ambos os casos, ele continua no centro do negócio.
Outros obstáculos frequentes são a dependência de indicações e a falta de definição clara de nicho. “Agência profissional sabe quem atende, o que entrega e quanto vale. E, com isso, cobra mais, entrega melhor e cresce mais rápido.”
Robson define a estruturação profissional de uma agência em três pilares: modelo de negócios estruturado, sistema de demanda e gestão estratégica. Isso envolve desde escopo claro e precificação correta até processos documentados, protocolos de entrega, gestão de time, cultura organizacional e controle financeiro.
Ele enfatiza que o processo de escala deve ser simultâneo à estruturação. “Uma agência precisa primeiro implementar o modelo: cliente dos sonhos, escada de valor, sistema de sucesso, processo comercial. A partir daí, é validar tudo e, com isso, treinar o time e tirar o dono da linha de frente. Isso tira o dono do WhatsApp e agora ele tem tempo para focar na operação, enquanto a agência vende, recebe e atende sem depender dele.”
Robson conclui que performance real é consistência. “Não é uma campanha que deu certo ou um mês bom. Performance é processo, gestão e dados que garantem resultados mês após mês. Gerar um resultado pontual qualquer um faz. Performance, não. Performance é método.” E essa visão também se aplica às métricas. “No produto, olho para retenção, NPS, churn, evolução dos contratos. No marketing, CPL, CAC, leads qualificados. Na operação, produtividade, fluxo de caixa, inadimplência, margem. E no RH, turnover e desenvolvimento. Operação não é custo. É uma estrutura para escalar com segurança.”
Empresas & Negócios
A Revolução dos Chatbots e o Papel de Líderes como Amanda Guboglo na Transformação Digital

Com a crescente demanda por atendimento rápido, eficiente e acessível em múltiplos canais, os chatbots com inteligência artificial tornaram-se ferramentas essenciais para empresas que buscam oferecer uma experiência diferenciada ao cliente. Mas por trás de toda tecnologia eficaz, existem profissionais altamente capacitados que lideram esse processo com visão estratégica, conhecimento técnico e foco em resultados. É o caso de Amanda Andrade Bezerra Guboglo, especialista em transformação digital, inteligência artificial e gestão de Customer Experience.
O desenvolvimento de um chatbot: mais do que programação
Criar um chatbot eficiente vai muito além de configurar respostas automáticas. O processo envolve a definição de fluxos de conversa, entendimento profundo da jornada do cliente, curadoria de conteúdo, integração com sistemas e um ciclo contínuo de aprimoramento — baseado em dados, feedbacks e métricas.
Amanda Guboglo foi responsável pela concepção e implantação de um dos projetos mais bem-sucedidos nessa área: o chatbot “Theo”, que automatizou etapas fundamentais da jornada do consumidor em sua empresa. Sob sua liderança, o projeto foi estruturado desde a escolha do fornecedor até a elaboração dos conteúdos, com uma abordagem estratégica baseada no método PDCA (Planejar, Executar, Verificar e Agir). O sucesso foi tamanho que o case rendeu à empresa o Prêmio Smart Customer 2024, na categoria “Automação da Experiência do Cliente”.
Além do chatbot, Amanda também idealizou ferramentas complementares, como um Personal Shopper digital, que auxilia o cliente na escolha do produto ideal com base em suas necessidades específicas — uma solução que une tecnologia e empatia na busca por uma experiência mais assertiva e satisfatória.
Formada em Administração e com especialização em Psicologia Organizacional, Amanda Guboglo soma mais de 13 anos de experiência voltada ao desenvolvimento de colaboradores e parceiros de negócios, tendo atuado nas áreas de processos, qualidade, recursos humanos e, mais recentemente, como Head Customer Service. Com um histórico robusto em gestão de projetos, implantação de sistemas e reestruturação de equipes, ela representa uma nova geração de líderes que enxergam a tecnologia como meio, e não como fim.
A atuação de Amanda demonstra que o verdadeiro diferencial na transformação digital está na forma como os projetos são conduzidos. Sua gestão não apenas implementa tecnologias, mas transforma culturas organizacionais — como mostrou ao assumir a liderança de um time técnico com o objetivo de mudar o mindset da equipe e colocar o cliente no centro das decisões. O resultado: melhorias expressivas em indicadores como NPS, redução no tempo de atendimento e conquista de selos de excelência, como o RA1000 do Reclame Aqui.
Amanda também defende que a tecnologia só é eficaz quando caminha junto com a valorização humana. “O cuidado com o time reflete diretamente na experiência do consumidor. O chatbot pode automatizar etapas, mas a inteligência emocional ainda é nossa maior aliada”, afirma.
Com a evolução contínua da IA generativa e das soluções omnichannel, o papel de líderes como Amanda Andrade Bezerra Guboglo torna-se ainda mais estratégico. Eles são os responsáveis por garantir que, mesmo diante da automação, a experiência do cliente continue sendo acolhedora, eficiente e humana.
Sua trajetória comprova que a transformação digital bem-sucedida exige mais do que ferramentas tecnológicas — ela depende de visão, sensibilidade, planejamento e liderança.