Tecnologia
Como a conectividade remota capacita ambientes de trabalho em constante evolução

* Por Georg Beyschlag – Presidente da TeamViewer Américas
Embora o índice de trabalhadores em esquema home office tenha diminuído em 2024, ele ainda é mais do que o triplo de antes da pandemia, quando apenas 7% dos dias de trabalho remunerados eram remotos. Os dados são da Pesquisa de Modelos e Posturas de Trabalho (The Survey of Working Arrangements and Attitudes – SWAA; em inglês) realizada mensalmente nos Estados Unidos pelo WFH Research, um grupo de pesquisa voltado para o trabalho remoto e liderado por Nicholas Bloom, professor da Universidade Stanford e especialista em teletrabalho, e demonstram que uma transformação progressiva vem ocorrendo na forma como o trabalho tem sido estruturado nas instituições modernas.
À medida que empregadores continuam a aprimorar as políticas internas de suas empresas e a experimentar diferentes regimes de trabalho, desde totalmente remotos até híbridos ou em dias específicos obrigatórios no escritório, o ambiente laboral segue em transição rumo a um modelo de maior flexibilidade, liberdade e qualidade de vida.
No Brasil, o estudo Anywhere Office: Novos Modelos de Trabalho no Mundo Pós-Pandemia, realizado pela KPMG com profissionais de Recursos Humanos e de áreas afins em corporações que atuam em aproximadamente 20 segmentos da economia, revela que 62% das empresas brasileiras têm intenção de manter o esquema de trabalho híbrido de forma permanente.
Expandindo o Ecossistema Digital
Para muitos, um ambiente de trabalho no qual 100% dos funcionários estão alocados na empresa é coisa do passado. Um caso interessante é o da Allstate Corporation, empresa fundada em abril de 1931 nos Estados Unidos e que é hoje uma das maiores fornecedoras de seguros de linhas pessoais de capital aberto do país, possuindo e operando mais de 19 companhias nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Índia. Só em solo norte-americano, a seguradora contabiliza aproximadamente 57 mil funcionários, dos quais 82% trabalham remotamente.
Esse é um movimento em curva ascendente e para dar apoio às equipes remotas e aos muitos dispositivos conectados que utilizam para trabalhar (desde equipamentos de pontos de venda e sistemas de quiosque de autoatendimento até máquinas operacionais), as empresas de todos os portes e segmentos estão ampliando seus ecossistemas digitais. A conectividade remota se tornou a pedra angular do mundo moderno e as empresas vêm apostando em sua expansão entre locais, fusos horários e dispositivos por meio de tecnologia avançada capaz de servir a configurações remotas e híbridas.
Por conta disso, o uso de uma plataforma centralizada de suporte e gerenciamento de dispositivos é de suma importância para organizações que buscam atender a todas as suas demandas com eficiência a partir de um único console e fornecer suporte remoto a qualquer pessoa. Esse tipo de tecnologia que conecta funcionários, dispositivos e sistemas de TI permite que as equipes de TI consigam resolver problemas sem a necessidade de se deslocar de prédio em prédio em grandes propriedades ou condomínios corporativos e igualmente ajuda na redução de custos com imóveis e viagens. A Dell Technologies, maior fabricante de sistemas de computador do mundo, é um exemplo disso e afirma que seus funcionários remotos reduziram suas viagens em impressionantes 218.871 milhões de quilômetros (ou 136 milhões de milhas) por ano.
A adoção do trabalho em formato híbrido exige que as empresas se mantenham cada vez mais preparadas e organizadas para garantir uma infraestrutura de TI e de tecnologia operacional (TO) segura e confiável. Além disso, o gerenciamento proativo dos sistemas é fundamental para operações tranquilas e seguras.
O Fator Humano
A tecnologia de conectividade e a expansão das empresas digitais oferecem benefícios significativos, entre eles aumento da produtividade, tranquilidade e conveniência, porém não estão isentas do risco de erros humanos acidentais que levam a possíveis desafios de segurança.
Estimativas da plataforma global de dados e business intelligence Statista apontam que o número de dispositivos da Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês para Internet of Things) em todo o mundo deve saltar de 15,9 bilhões em 2023 para mais de 32,1 bilhões em 2030, o que reforça a necessidade das empresas de manter uma visibilidade adequada desses dispositivos remotos para que todas as medidas de segurança estejam em pleno funcionamento a fim de prevenir problemas.
Segundo o relatório Violações de Dados e Ataques Cibernéticos Estados Unidos 2024, da IT Governance USA, fornecedora líder global de soluções de governança de TI e gerenciamento de risco e conformidade com especial foco em GDPR, proteção de dados, CPRA/CCPA, ISO 27001 e resiliência e segurança cibernética, mais de 2.700 incidentes de violação de dados divulgados publicamente foram aferidos no país desde novembro de 2023. Isso não acontece sem perdas e despesas. Só em 2020, o custo médio de um ataque cibernético para empresas europeias ou norte-americanas com mais de 1000 funcionários chegou a 504.000 dólares, ou cerca de R$ 2.842.660,30.
O Colonial Pipeline, um dos maiores e mais importantes oleodutos dos Estados Unidos, foi vítima de um ataque de ransomware em maio de 2021. O ataque afetou consumidores e companhias aéreas ao longo de toda a costa leste do país e foi considerado uma ameaça à segurança nacional. A companhia operava remotamente e os invasores entraram na rede por meio de uma senha exposta de uma conta VPN – situação que poderia ser facilmente mitigada com visibilidade adequada e medidas de segurança. Isso ressalta a importância de estabelecer uma postura de segurança em toda a empresa em relação à capacidade de definir, manter e monitorar regras e políticas para facilitar o acesso remoto em todo o patrimônio de TI, incluindo laptops, terminais de ponto de venda e sistemas de quiosque.
Visibilidade
Para enfrentar as ameaças de cibercriminosos e tornar a conectividade remota segura, a transparência em todo o ecossistema de TI é vital. As companhias precisam ter visibilidade de seus dispositivos remotos e de rede conectados para que suas forças de trabalho permaneçam produtivas de forma segura e escalável, independentemente de onde os funcionários estejam.
Se pensarmos na visibilidade de forma holística, é imprescindível que as empresas tenham uma estratégia de integração, que nada mais é do que o conjunto de planos, métodos e manobras que uma equipe de TI deve seguir para conectar efetivamente vários sistemas e aplicativos disponíveis de modo seguro para os usuários. Essa estratégia permite também que os profissionais de TI tenham visibilidade integral de todos os dispositivos conectados, garantindo que os protocolos de segurança sejam estritamente seguidos a fim de prover suporte técnico eficiente, a qualquer hora e de qualquer lugar, aos funcionários remotos.
Um exemplo disso é a Dole. A maior produtora e comercializadora de frutas frescas do mundo é cliente TeamViewer e possui mais de 5.000 dispositivos em toda a empresa, incluindo redes, servidores, laptops e telefones. Logo, um suporte de TI é fundamental para a empresa. Com uso de uma solução de conectividade remota de ponta que monitora e gerencia efetivamente todos os ativos, os técnicos podem resolver falhas de dispositivos instantaneamente, o que promoveu uma melhoria de 82% na eficiência operacional da Dole por meio de melhor gerenciamento de TI, monitoramento, visibilidade e aplicação de protocolos de segurança.
A Dole é um caso que explicita como um bom aproveitamento de soluções de gerenciamento remoto é fundamental para manter a eficiência operacional e a segurança em ambientes de trabalho híbridos.
Configurado para o Sucesso
Enquanto as empresas experimentam novos sistemas de trabalho, como semanas com quatro dias úteis ou sextas-feiras livres e navegam pelo atual cenário em constante evolução de políticas mais livres no escritório, a Transformação Digital se mantém ativa em um período de transição extremamente significativo.
Ao garantir que as equipes de TI estejam equipadas para lidar com as exigências do trabalho remoto, o mercado corporativo pode reduzir incertezas, proteger seus negócios e operações e seguir na vanguarda do que é estar melhor preparado para quaisquer mudanças que o futuro possa trazer. Isso se chama evolução – esse processo incrível de mudança e adaptação que estamos vivenciando nos tempos atuais e que vamos igualmente testemunhar no futuro.
Grandes, pequenas e médias empresas com presença na web e empresas menores ou mais tradicionais sem uma presença online marcante podem igualmente se beneficiar de modelos laborais mais livres como o remoto e o híbrido, que aumentam a produtividade, a satisfação e a qualidade de vida dos funcionários e mantém a saúde operacional dos negócios em ambientes de trabalho configurados para o sucesso.
Tecnologia
Positivo Casa Inteligente destaca como a automação residencial pode reforçar a segurança e reduzir gastos durante as férias

Com o uso de dispositivos conectados como câmeras, fechaduras, interruptores e plugues inteligentes, é possível proteger a casa, economizar energia e curtir as férias com tranquilidade e controle total pelo celular
Com a chegada das férias, cresce também a preocupação com a segurança durante períodos prolongados em que as residências ficam vazias. A boa notícia é que a tecnologia pode ser uma forte aliada nessa missão de proteger o lar e os bens materiais. Com soluções acessíveis de automação residencial, não é mais necessário fazer reformas ou grandes investimentos para transformar uma casa comum em um lar inteligente e seguro. A Positivo Casa Inteligente, plataforma da Positivo Tecnologia que oferece soluções baseadas em Internet das Coisas (IoT), destaca como produtos como câmeras, fechaduras, lâmpadas, plugues e interruptores smart podem ajudar na prevenção de invasões, no controle remoto de dispositivos e na economia de energia – tudo por meio de comandos via aplicativo e controle pelo celular à distância.
“O mercado de automação residencial deixou de ser exclusivo para entusiastas de tecnologia e, hoje, já faz parte da rotina de milhares de brasileiros. Com dispositivos intuitivos, acessíveis e fáceis de instalar, é possível monitorar a casa em tempo real, acionar luzes e aparelhos à distância, simular presença de pessoas e receber alertas instantâneos de movimentação”, explica Rafael Sczcepanik, gerente de produtos da Positivo Casa Inteligente. “Essa integração entre segurança, praticidade e economia se torna ainda mais valiosa durante o período de férias, quando muitas casas ficam vazias por dias ou semanas.”
Segundo estudos, 60% dos ladrões evitam residências com sistemas visíveis de segurança, como câmeras e alarmes. Uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte reforça que casas equipadas com esses dispositivos apresentam uma incidência significativamente menor de roubos. No Brasil, o mercado de automação residencial segue em plena expansão, impulsionado pela popularização de dispositivos inteligentes, conectividade 5G e demanda crescente por segurança e eficiência energética. De acordo com a Grand View Research, o setor de segurança residencial inteligente deve alcançar US$ 2,71 bilhões até 2030, com crescimento anual médio de 15,9%, entre 2025 e 2030.
Fechaduras, câmeras e lâmpadas inteligentes: segurança e controle na palma da mão
A automação residencial permite que o usuário, mesmo longe de casa, tenha controle total dos dispositivos instalados, com o simples uso de um celular. Um exemplo prático é o uso de fechaduras inteligentes, que permitem verificar o status da porta e trancá-la remotamente. Além disso, é possível liberar o acesso a familiares ou prestadores de serviço com senhas temporárias ou comandos pelo aplicativo.
“As fechaduras inteligentes oferecem uma camada extra de segurança e eliminam aquela dúvida comum durante viagens: ‘será que tranquei a porta?’. A possibilidade de gerenciar acessos à distância é especialmente útil em casos de imprevistos”, comenta Sczcepanik.
Com as smart câmeras, o monitoramento em tempo real da residência pode ser feito de qualquer lugar. Os dispositivos enviam alertas automáticos de movimento, e alguns modelos contam com sirene embutida e áudio bidirecional, permitindo interação com quem estiver no ambiente.
A combinação desses equipamentos com smart lâmpadas ou interruptores inteligentes permite criar rotinas automatizadas que simulam a presença de moradores, como, por exemplo, acender as luzes ao anoitecer ou ao detectar movimento. Essa estratégia, além de eficaz, contribui diretamente para inibir tentativas de invasão.
“Quando integramos dispositivos como câmeras, lâmpadas e fechaduras em rotinas inteligentes, criamos um ecossistema que transmite a sensação de que há pessoas na casa, o que é essencial para a prevenção de crimes”, reforça o executivo.
Automação acessível também para dispositivos não inteligentes
Para ampliar ainda mais o potencial da automação, o uso do smart plug se mostra uma solução versátil e econômica. O plugue inteligente permite controlar remotamente qualquer equipamento elétrico comum, como ventiladores, luminárias, rádios e até TVs.
Com o aplicativo mobile gratuito da Positivo Casa Inteligente, o usuário pode ligar ou desligar aparelhos com apenas um toque ou programar horários específicos de funcionamento. Isso ajuda a evitar consumo desnecessário, reduzindo a conta de luz ao fim das férias.
Controle remoto e compartilhado com poucos toques no app
Outro diferencial das soluções da Positivo Casa Inteligente é o controle remoto compartilhado. Com poucos toques no aplicativo, o usuário pode conceder acesso temporário a amigos, vizinhos ou familiares a dispositivos específicos ou mesmo ao gerenciamento completo da casa conectada – recurso que pode ser revogado a qualquer momento.
Além disso, os dispositivos são compatíveis com assistentes de voz como Alexa e Google Assistente, o que amplia ainda mais a praticidade do uso, mesmo à distância.
Tecnologia acessível e impacto real no cotidiano
Com instalação simples, preços acessíveis e operação descomplicada, os produtos da Positivo Casa Inteligente tornam a automação uma solução viável para todos os perfis de usuários. Mais do que segurança, as soluções contribuem para o uso consciente de energia e oferecem uma experiência de férias mais tranquila e confortável.
“Nosso objetivo é mostrar que a tecnologia está ao alcance de todos e que a automação residencial vai além da comodidade: ela representa economia, segurança e liberdade. É uma forma de aproveitar as férias com mais tranquilidade, sabendo que sua casa está protegida e sob controle, mesmo à distância”, finaliza Sczcepanik.
Para mais informações sobre a Positivo Casa Inteligente e seus produtos conectados, acesse o site.
Tecnologia
Capacitação em IA dispara e universidades brasileiras se adaptam a nova realidade

O interesse por cursos de inteligência artificial tem crescido de forma exponencial no Brasil. Segundo o Relatório de Impactos das Micro Credenciais 2025, houve um salto de 282% nas matrículas em IA generativa no país — uma das maiores taxas de crescimento no mundo. A tendência reflete a transformação digital acelerada no mercado de trabalho e nas universidades, que já começam a integrar micro-credenciais e conteúdos atualizados ao currículo.
Conversamos com Marnie Baker Stein, Chief Content Officer da Coursera, que explicou como a plataforma tem contribuído com esse movimento, especialmente no Brasil e na América Latina.
Imprensa BR: Marnie, a maioria dos empregadores brasileiros oferece recomendações únicas para candidatos com base em credenciais acadêmicas. Como os cursos da Coursera têm sido integrados ao currículo universitário?
Marnie: O relatório da Coursera mostra que 94% dos empregadores brasileiros oferecem salários mais altos para profissionais com micro-credenciais (isto é, certificações focadas no desenvolvimento de habilidades específicas e práticas, voltadas para as demandas do mercado de trabalho). Isso está ligado a mudanças profundas no mercado de trabalho. Hoje, os empregadores não estão mais focados só em diplomas. Eles querem habilidades comprovadas. Por isso, estão pressionando as universidades para que preparem seus formandos com competências em IA generativa e outras tecnologias emergentes. Na nossa pesquisa, 99% dos empregadores brasileiros dizem que as universidades precisam fazer essa mudança — e elas estão ouvindo. As micro-credenciais já estão sendo incorporadas aos currículos, inclusive em cursos de artes liberais, negócios e ciência da computação.
Imprensa BR: E falando da GenAI aplicada a áreas como marketing: como a Coursera garante que essas micro-credenciais acompanham a inovação tecnológica?
Marnie: Estamos em um momento muito acelerado. A tecnologia — especialmente a IA — muda mensalmente, até trimestralmente. Para acompanhar esse ritmo, cocriamos conteúdos com gigantes como Google, Microsoft, Adobe, Amazon, Meta, entre outros, além de universidades como Stanford e Yale.
Nossos cursos são atualizados em tempo real com o que há de mais recente em pesquisa e prática. E isso também exige agilidade de universidades e empresas parceiras, especialmente no Brasil, onde vemos uma forte sinergia com instituições e empresas locais.
Imprensa BR: Como vocês equilibram inovação com a necessidade de manter a relevância local em mercados como o Brasil e a América Latina?
Marnie: Começamos sempre com dados locais. Analisamos tanto o comportamento dos alunos brasileiros na plataforma quanto a demanda dos empregadores e os insights de parceiros no país. Isso nos ajuda a adaptar a curadoria de conteúdo de forma estratégica.
Hoje, priorizamos temas como IA generativa, desenvolvimento de software e áreas com lacunas críticas de talentos no Brasil. E, além disso, fazemos localização linguística completa: tradução de todos os materiais e agora estamos implementando dublagem em português brasileiro usando IA. Também queremos ampliar nossa rede de criadores locais — incluindo universidades e empresas brasileiras.
Imprensa BR: E como a Coursera decide quais áreas de conhecimento devem receber novos cursos ou certificados? Existe uma abordagem baseada na demanda regional?
Marnie: Com certeza. Temos uma equipe dedicada a analisar as demandas do mercado — global e regionalmente. Observamos sinais das universidades e empresas sobre o que estão buscando em alunos e colaboradores.
Além disso, usamos dados da nossa base de mais de 175 milhões de alunos. Só sobre IA generativa, temos de cinco a sete novas matrículas por minuto. Esses dados orientam o que priorizamos.
Tudo isso resulta em um processo muito dinâmico: lançamos centenas de novos cursos e programas todos os meses, sempre com base nessas análises, em parceria com empresas líderes e professores de destaque.
Com o avanço das tecnologias e a necessidade de requalificação constante, plataformas como a Coursera tornam-se aliados estratégicos tanto para universidades quanto para profissionais brasileiros. A revolução digital, especialmente com a IA, não é mais uma promessa futura — é uma exigência presente.
Tecnologia
Redes Cordiais e Agência Cuíca lançam guia de influência responsável para a COP30

Publicação inédita oferece orientações estratégicas e combate à desinformação para influenciadores na cobertura do mais relevante evento climático mundial
Com a Conferência das Partes da ONU sobre o Clima (COP30) se aproximando e com a realização pela primeira vez no Brasil, em Belém, temas de ESG tomam conta da internet. Para contribuir com um debate pautado em dados e contra a desinformação, a Agência Cuíca e o Redes Cordiais juntaram esforços para lançar o “Guia de Influência Responsável para a COP30”. O material pode ser acessado aqui e pretende apoiar criadores de conteúdo e ativistas que querem cobrir ou falar sobre o maior evento climático do planeta de forma consciente, estratégica e aprofundada.
Para marcar o lançamento, as organizações farão um live no Instagram no dia 2 de julho às 19h (acompanhe em @redescordiais @lailazaid e @observatoriodoclima), com a participação da ativista e influenciadora climática Laila Zaid; da diretora-executiva do Redes Cordiais, Clara Becker; e do Petroleco, o mascote infiltrado pelo lobby dos combustíveis fósseis na Central da COP, uma iniciativa do Observatório do Clima que fala das mudanças climáticas como se falasse de futebol.
Influência com propósito: como comunicar a crise climática com responsabilidade
A COP30 vai reunir representantes de quase 200 países, ativistas, cientistas, políticos, empresários e movimentos sociais para o debate sobre o futuro do planeta. O guia destaca que a COP não é um evento de turismo ecológico ou uma “feira de ONGs”, mas sim um espaço de disputa política, econômica e narrativa, onde o rumo das políticas climáticas mundiais é decidido. “Se queremos que os interesses dos povos do hemisfério Sul, da Amazônia, das periferias e dos territórios estejam em jogo, esse espaço precisa ser ocupado com estratégia”, afirma Laila Zaid, da Agência Cuíca, que reúne influenciadores climáticos.
O conteúdo foi organizado com orientações claras e dicas práticas sobre o que é e o que não é pauta da COP, sobre o combate à desinformação e sobre como se desviar das críticas superficiais. A colaboração do Redes Cordiais trouxe uma seção sobre os perigos da desinformação, que funciona como uma ferramenta de guerra política, apelando para a emoção, atacando soluções climáticas e explorando algoritmos de redes sociais. O guia incentiva os influenciadores a desenvolverem “ceticismo emocional”, checando fontes, buscando informações em sites confiáveis e utilizando ferramentas de verificação.
“Estar na COP30 é um privilégio e uma responsabilidade. Mais do que registrar o crachá, é preciso mergulhar no que não está nos holofotes e oferecer informações confiáveis, diversas e relacionadas ao que afeta a vida das pessoas diretamente”, enfatiza Clara Becker, diretora-executiva do Redes Cordiais.
A publicação também destaca a importância de conectar o local ao global, aprofundar-se em recortes específicos, ouvir vozes locais contextualizadas, usar dados e fontes confiáveis, e comunicar com emoção e embasamento. A cartilha propõe ideias de conteúdo para influenciadores, como debates sobre justiça climática, petróleo na Margem Equatorial, desmatamento e agronegócio no Pará, mineração e mercúrio, e financiamento climático.
Para além da cobertura na COP 30
Para influenciadores que não puderem estar presentes na COP de Belém, a cartilha sugere traduzir os debates, pressionar lideranças políticas locais, fortalecer vozes amazônicas e periféricas e usar a plataforma para furar bolhas. O material ressalta que o conteúdo é coletivo e que ninguém faz tudo sozinho, incentivando a amplificação de vozes de base e a colaboração com organizações, coletivos e jornalistas.
O “Guia para influência responsável na COP30” é um convite para influenciadores se prepararem com profundidade, estratégia e comunicarem com informações baseadas em dados, transformando a COP30 em uma oportunidade histórica para o debate climático.