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Exposição

Conheça detalhes da exposição ‘Territórios’ pelo olhar do arquiteto Marcelo Salles em conversa aberta no MIS

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Conheça detalhes da exposição ‘Territórios’ pelo olhar do arquiteto Marcelo Salles em conversa aberta no MIS
Divulgação_Territórios

De que maneira o espaço físico se torna importante suporte na composição estética e conceitual de uma exposição de arte? O conjunto de cerca de 70 obras da mostra “Territórios”, da artista Marcia Gadioli, em cartaz no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), passou por um minucioso estudo em relação ao ambiente em que seria inserida. Para conhecer as particularidades e curiosidades desse processo chamado “expografia”, o público poderá participar da conversa aberta com o arquiteto responsável pela mostra, Marcelo Salles, no dia 19 de outubro, sábado, às 11h, no MIS. A entrada é gratuita.

‘Territórios’, com curadoria de Eder Ribeiro, reúne a produção dos últimos 10 anos da artista, desde sua primeira pesquisa sobre a paisagem urbana de São Paulo, até suas últimas experimentações com meios e processos fotográficos alternativos.

“Território” dentro dos territórios

Antes de chegar a Campinas, “Territórios” passou por outras duas cidades, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo. Apesar de ser basicamente a mesma, as adequações necessárias foram feitas pelo arquiteto Marcelo Salles, “onde pudemos pensar, discutir e resolver como as obras estariam no espaço físico”, conta.

“No meu processo de trabalho, reviso as informações obtidas com artista, curador e produtora, e de posse dessa informação, estudo a planta de cada local”, afirma.

Segundo ele, “no caso específico da exposição “Territórios” havia um dado importante: a proposta envolvia a criação de um trabalho inédito para cada cidade da itinerância onde a artista executava uma série de obras utilizando imagens do próprio local”.

“Apenas para ilustrar”, prossegue, “em Ribeirão Preto tínhamos um prédio histórico numa sala de formato quadrado, compacta, com um eixo de entrada-saída que cortava o espaço de forma oblíqua; em São Bernardo do Campo uma construção de caráter modernista composta de duas alas em formato de corredor, dispostas à direita e à esquerda de um foyer. Em Campinas o prédio histórico do MIS, com pé direito alto, acesso de entrada-saída que forma um corredor à princípio estreito e que se abre em duas alas laterais. Na parte estreita, colocamos informações básicas (texto e ficha técnica) e no lado oposto um vídeo. Tirando partido da altura do local foram instalados tecidos impressos em três pontos do corredor para demarcar início e fim da exposição”, detalha. 

O arquiteto         

Marcelo Oliveira Salles formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie em 1993. A partir daí desenvolve pesquisas de forma autônoma em teoria da arquitetura, artes visuais e curadoria. Coordena e organiza projetos próprios ou propostos por outros artistas, além de acompanhamentos individuais de artistas, orientação e formação de grupos de estudos e produção. Curador de várias exposições individuais e coletivas, criou e dirige, desde 2009, em parceria com a artista Marcia Gadioli, o espaço independente Casa Contemporânea voltado para exposições, cursos e pesquisa. Nasceu em São Paulo onde vive e trabalha.

Exposição

As obras em cartaz foram produzidas em diferentes meios: vídeos, fotografia analógica e livros de artista. “O olhar apurado da Marcia e os vários tipos de suportes que ela utiliza tornam a exposição dinâmica e instigante para o público. As pessoas podem ter contato com trabalhos diversos, em variados suportes, que buscam transformar de maneira sutil o espaço da mostra”, comenta o arquiteto.

Conversas com o público

Além de conhecer a criativa produção de Marcia Gadioli, o público tem oportunidade de participar das conversas abertas.

No dia 19 de outubro, a partir das 11h, o arquiteto Marcelo Salles abordará as relações entre as obras e o espaço expositivo. E no encerramento, 31 de outubro, as 17h, será a vez de Marcia Gadioli ter esse contato mais próximo com os visitantes numa troca de informações sobre criação, percepções e olhares.

Sobre a artista 

Marcia Gadioli é artista visual e pesquisa as consequências das alterações urbanas na memória do indivíduo. Utiliza a fotografia como linguagem principal, assim como a captura digital, a apropriação de imagens do jornal, de fotografias antigas do acervo familiar e vernaculares para estabelecer conexões entre a memória pessoal e a coletiva. Atualmente integra grupo de estudos com orientação de Sylvia Wernek. Participou da Residência Artística Internacional ACHO com orientação de Fabiana Bruno e Óscar Guarín Martinéz, da Imersão de Verão em Poéticas Visuais com Renato de Cara, na Gare Cultural e do Coletivo Forma, com orientação de Nancy Betts, em São Paulo.

Formada no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, expõe em salões de arte contemporânea, galerias e espaços culturais desde 2005. Criou e dirige, em parceria com o curador e crítico de arte Marcelo Salles, a Casa Contemporânea, espaço cultural independente localizado em São Paulo onde vive e trabalha.

“Territórios” foi premiada pelo edital PROAC nº 13/2023 – Artes visuais – Circulação de Exposição. Encerra, em Campinas, a circulação realizada no Centro Cultural Correios, em São Paulo; na Pinacoteca de São Bernardo do Campo, e no MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto.

Serviço

Exposição “Territórios”, de Marcia Gadioli

Quando: até 31 de outubro de 2024

Conversas com o público:

19 de outubro, sábado às 11h – conversa com o arquiteto Marcelo Salles

31 de outubro, encerramento, quinta às 17h – Conversa com a artista Marcia Gadioli

Onde: Museu da Imagem e do Som (MIS) – Rua Regente Feijó, 859 – Centro, Campinas. Telefone: (19) 2515-7261

Dias e horários de funcionamento: de terça a sexta, das 12h às 18h30 / Sábados: das 10h às 16h / Visitas Guiadas: das 10h às 12h ou das 14 às 16h

Datas em que o MIS não funcionará: 12/10 (feriados nacionais) e 28/10 (dia do servidor público)

 

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Exposição

Feira Made PE recebe novos artesãos até esta quarta-feira no RioMar Recife

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Arte Circulando, Arteiras Bordadeiras, Concredarte, Cor e Nós, Daniel Patu e Praiana são os novos expositores que estão integrando, até esta quarta-feira (16/04), a Feira Made (Mostra de Arte e Design de Pernambuco), montada no piso L1 do RioMar Recife. Nesta 15ª edição, a feira tem como tema “Pernambuco meu Amor!” Culturas e grandezas de todos nós”. O evento oferece produções de empreendedores pernambucanos, entre expositores, artesãos e artistas. Sendo a maior parte de peças produzidas à mão, as obras são sustentáveis e apresentam traços culturais, contemporâneos e tradicionais, além de preços acessíveis a partir de R$ 20.
Ao total, 60 expositores estão expondo no evento que faz homenagem ao estado de Pernambuco. A mostra oferece opções para todas as idades, estilos e preferências, entre os segmentos, reciclados, madeira, papel, metal, cerâmica, porcelana, telas, artigos para crianças, acessórios, vestuário e calçados.
“Nesta edição estamos celebrando Pernambuco, um estado amado pelas riquezas, força cultural e de uma história arretada. A Mostra Made se destaca pela qualidade e criatividade dos artesãos, cuidadosamente selecionados por pela curadoria. A nossa expectativa é que nos dias de evento, seja movimentado cerca de R$1 milhão de reais em negócios”, conta a organizadora da MADE, Tacy Pontual, que é designer e artesã.
Podem ser encontradas peças decorativas; esculturas em metal e madeira, vestidos pintados à mão, brinquedos artesanais, bonecos de pano, acessórios, bolsas e biojoias; móveis em madeira e resina; calçados em couro, joias em prata; acessórios e objetos feitos de quenga de coco, luminárias e esculturas em papel machê. E, ainda, artes em papel reciclado, telas, cerâmica utilitária e decorativa, porcelanas, peças de barro e objetos religiosos.
Conheça os expositores que fazem parte desta 15ª edição: Acessórios Ramifica, Algo Atelier, Anna Fregapane, Arnaldo Lopes, Arte Circulando, As Home, Ateliana, Baudoin Design, B Up Bolsas, Brinqueco, Cabrera, Cerâmica do Cabo, Claudia Couto, Cláudia Pontual, Concredarte, Cor e Nos, Cotidianas, Cristine de Holanda, Daniel Patu, Davison Valdevino, Dengo da Mamãe, Dona Chica, D’UNIR, Eliane Mello, Essa Sujeita, Eu Q Fiz, Fada Madrinha, Fag Bolsas, Fernanda Pinto, Frutu do Mosaico, Honorato Ateliê, Jailson Marcos, JP Design, Karlotinha, Kefi, Lauz, Lavand’alma, Leandro Loureiro, Léo Pinheiro, Lu Pontual, Luz de Girassol, Manga Presunto, Marcelo Tavares, Marize França, Nunes e Falcão, Oficina de Formas, Omaia, Palmeiral, Panos e Cores, Pau e Corda, Paulette Maranhão, Petit Poá, Praiana, Regina Cavalcanti, Retalhos da Ana, Ronaldo Fonseca, Saad Decorações, Simone Andrade, Tacy Pontual, TC Couros, Tramandoarte, Vânia Coutinho.

SERVIÇO:
Feira Made Pernambuco
LOCAL: shopping RioMar Recife, Av. República do Líbano, 251 – Pina, Recife-PE
QUANDO: até 16 de abril de 2025
ENTRADA: gratuita
HORÁRIO: horário de funcionamento do shopping

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Exposição

Exposição do pernambucano Cícero Dias, com obras inéditas no Brasil, entra no último mês no Farol Santander São Paulo

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A exposição Cícero Dias – com açúcar, com afeto chega à sua reta final no Farol Santander São Paulo, centro de cultura, lazer, turismo e gastronomia. Com 42 obras, a mostra, que tem curadoria de Denise Mattar, produção de MG Produções e consultoria de Sylvia Dias (filha do artista), foi a primeira de 2025 – iniciou em 24 de janeiro – e faz parte da programação comemorativa pelos sete anos do Farol Santander São Paulo. O público poderá visitar a exposição que ocupa toda a galeria do 22º andar até 27 de abril (domingo).

“O Farol Santander tem orgulho em apresentar ao público a obra de Cícero Dias, artista emblemático do modernismo brasileiro, cujo trabalho transcende fronteiras e dialoga com as vanguardas internacionais. Sua arte, marcada por uma paleta de cores vibrante, reflete as paisagens e a cultura nordestina, evocando a essência lírica do Estado de Pernambuco”, comenta Maitê Leite, Vice-presidente Executiva Institucional Santander.

A exposição sustenta como proposta realçar a trajetória do artista, contextualizando sua história e evidenciando sua profunda relação às origens pernambucanas. Embora tenha vivido a maior parte de sua vida em Paris, onde foi amigo de Pablo Picasso, Paul Éluard, Alexander Calder entre outros, Cícero Dias nunca deixou de fato o Engenho Jundiá, onde nasceu.

O percurso circular da mostra apresenta as aquarelas oníricas da década de 1920. Exibe também as pinturas memorialistas dos anos 1930, atravessa o surrealismo dos anos 1940, aponta a abstração da década de 1950, e traz sua produção dos anos 1960 a 1990, quando ele retorna à figuração, incorporando toques nostálgicos dos anos 1930, acentos surrealistas da década de 1920 e as conquistas estruturais da abstração.

“Lírico, agressivo, caótico, sensual, poético e emocionante, o trabalho de Cícero Dias, no final dos anos 1920, era muito diverso de tudo o que se produzia na época. Ele sacudiu os nossos incipientes modernistas, estonteados pela força, a estranheza e a espontaneidade de sua obra”, diz Denise Mattar curadora da mostra.

Um dos destaques da exposição é a obra inédita Cabaré, déc.1920, uma aquarela sobre papel com dimensões de 49,5 x 29,5 cm. Este trabalho foi adquirido por um colecionador francês nos anos 1930, após uma exposição de Cícero Dias em Paris, permanecendo na Europa desde então. Recentemente, a obra foi adquirida pelos colecionadores brasileiros que a cederam para esta mostra.

Outro significativo trabalho de Cícero Dias exibido nesta exposição é a tela aquarelada Casa grande do Engenho Noruega (1933). Esta obra é uma das principais da carreira do artista e ilustrou a capa de diversas edições do livro Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, um marco na literatura brasileira.

O ambiente também contará com duas obras táteis, com recurso de acessibilidade, incluindo Baile no Campo (1937), da Coleção Santander Brasil, e Sem Título (s.d.), da Coleção Marcos Ribeiro Simon, São Paulo, SP.

Entre as telas que integram o espaço, há peças provenientes de algumas das principais instituições, como o Santander Brasil, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ), o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Brasileira da FAAP (SP), o Instituto São Fernando (RJ), além de colecionadores particulares, como Gilberto Chateaubriand (RJ), Waldir Simões de Assis (PR), Marta e Paulo Kuczynski (SP), Leonel Kaz (RJ), Marcos Simon (SP), entre outros.

 

A exposição

A curadoria e a expografia organizaram a exposição em núcleos, mantendo a circularidade e criando assim uma leitura que não é estanque, mas simultânea e entrecruzada. A mostra não se apresenta como uma retrospectiva, mas sim como um recorte que evoca o aspecto doce e afetuoso do trabalho do menino de engenho.

“Sonhos”:

Em 1928, Cícero Dias, com apenas 21 anos, realizou uma exposição de aquarelas na Policlínica, no Rio de Janeiro, que atraiu a atenção de toda a intelectualidade carioca. O artista apresentou um trabalho que rompia com as correntes estéticas da época, sem seguir os estilos cubista, impressionista ou expressionista.

O núcleo reúne nove obras produzidas entre 1925 e 1933. Dentre as peças, destacam-se as aquarelas Bagunça, 1928 (coleção particular), Jogos, 1928 (acervo Museu de Arte Brasileira – MAB/FAAP) e Cabaré, tela inédita, 1920 (coleção particular).

Também como destaque deste conjunto há o Retrato de Manuel Bandeira, s.d. (coleção Gilberto Chateaubriand, MAM Rio), que carrega uma curiosidade importante: Cícero Dias e o poeta Manuel Bandeira foram grandes amigos. Em um de seus escritos, Bandeira fez uma homenagem ao artista, evidenciando a relação próxima entre ambos e a admiração mútua que existia entre eles.

O Rio não deve ter esquecido aquele estranho rapaz que um dia expôs na sala térrea do derrubado edifício da Policlínica, à Av. Rio Branco, uma abracadante coleção de aquarelas diante das quais o visitante incauto era desde logo tomado por uma impressão de atropelamento (…). Manuel Bandeira

“Recordações”:

Esta ala engloba os anos entre 1930 e 1939, quando a produção de Cícero Dias torna-se mais lírica, centrada nas suas lembranças de infância no Engenho Jundiá. A transição da aquarela para o óleo altera a dinâmica de sua produção, tornando-a mais narrativa, estática e construída. Durante esse período, ele também cria um contraponto às suas memórias rurais, retratando as recordações urbanas de sua juventude no Recife, com suas casas coloniais à beira-mar, sobrados, interiores e jardins com casais românticos.

Composto por 16 obras, em sua maioria óleos, são exibidas as aquarelas Os Senhores das Terras, 1920 (Coleção Tuiuiú, Rio de Janeiro, RJ), Freiras e Meninas, 1920 (Coleção particular, Rio de Janeiro, RJ), além da famosa litografia aquarelada que ilustrou a primeira versão de Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, com quem Cícero Dias mantinha uma grande amizade.

Dentre as obras de destaque, estão os óleos Canavial, 1927 (Coleção particular, Curitiba, PR), Baile no Campo, 1937 (Coleção Santander Brasil) e Casal com Criança, 1930 (Acervo Museu de Arte Brasileira da FAAP).

“Cronologia”:

Seguindo para o espaço da “Cronologia”, destaca-se a mudança de Cícero Dias para Paris, em 1937, motivada pela perseguição política na Era Vargas. Em Paris, sua arte surrealista ganhou destaque e sucesso imediato a partir da exposição na Galerie Jeanne Castel.

Esse momento será apresentado por uma cronologia dinâmica, exibida digitalmente, com fotos extraordinárias do artista ao lado de personalidades como Picasso, Max Bill, Paul Éluard, Di Cavalcanti, entre outros.

“Novos Caminhos”:

O núcleo aponta o momento em que Cícero Dias segue para Lisboa. De lá, ele deveria partir para o Brasil, mas decide casar-se com sua então companheira Raymonde e permanecer em Portugal. Durante essa fase, sua obra passa por uma transformação radical, com o uso de desenhos simplificados, pinceladas brutas, cores inusitadas e intensas.

Em 1948, Cícero Dias executa no Brasil uma série de pinturas murais abstratas, consideradas as primeiras da América Latina, realizadas na sede da Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco, no Recife. Essa produção abstrata foi acolhida com entusiasmo na Europa, e o artista passou a integrar o Grupo Espace, expondo na importante galeria francesa Denise René.

Este período da exposição, conta com cinco obras: Mulher na praia, c. 1944 (Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio), Pássaro, 1940 (Coleção particular), obra inédita que pertenceu a Gilberto Freyre, Sem título, déc. 1940 (Coleção particular), Musicalidade, 1949 (Coleção particular) e Abstrato, 1964 (Coleção Marcos Simon).

 

“Reminiscências”:

“Reminiscências” retrata o final dos anos 1950, quando Cícero Dias retomou a figuração, voltando às suas origens e resgatando o imaginário lírico de sua terra natal. Incorporando suas descobertas ao longo da vida, trouxe de volta a delicadeza das mulheres sonhadoras dos anos 1920, mantendo os traços largos e a audácia colorística dos anos anteriores. Suas novas obras foram sustentadas pela estrutura geométrica de sua abstração. Essa fase seguiria até o final de sua vida, com um tom mais suave e doce.

O núcleo reúne 11 obras produzidas entre os anos 1950 e 1980. O conjunto reúne obras bastante significativas dentro desse momento, como: Nostalgia, 1950 (Coleção Instituto São Fernando, Vassouras, RJ), Caminho da vida, 1950 (Coleção Leonel Kaz, Rio de Janeiro, RJ), Vaso de Flor, Figuras e Casario, 1960, (Coleção Ivani e Jorge Yunes, São Paulo, SP), Sem título, s.d. (Coleção Marcos Ribeiro Simon, São Paulo, SP), Canoeiro, 1980. (Coleção particular, Curitiba, PR).

 

Cícero Dias

Nascido em 1907, no Engenho Jundiá, Pernambuco, Cícero Dias ingressou nos cursos de Arquitetura e Belas Artes no Rio de Janeiro, mas não os concluiu. Em 1937, mudou-se para Paris, onde viveu até o fim da vida, integrando-se plenamente à vanguarda artística europeia. Apesar da distância, o Brasil permaneceu presente em sua obra, assim como ele nunca foi esquecido por seu país natal.

Em 1938, durante sua primeira exposição em Paris, o crítico francês André Salmon descreveu Cícero Dias como um “selvagem esplendidamente civilizado”, uma definição que acompanhou toda a carreira do artista, de sua estreia em 1928 até seu falecimento em 2003. Com uma trajetória longa e prolífica, Cícero Dias manteve uma fidelidade rara a si mesmo, sempre ousando criar livremente, sem temer críticas.

Sobre Denise Mattar

Foi diretora do Museu da Casa Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Yutaka Toyota (Prêmio APCA), entre outras. E mostras temáticas como: Traço, Humor e Cia, O Olhar Modernista de JK, O Preço da Sedução, O Brasil, Homo Ludens, Nippon, Brasília – Síntese das Artes, Tékhne, Memórias Reveladas, (Prêmio ABCA) e Prêmio Governador do Estado pela exposição um presente para Ciccillo, FAMA, Itu.

 

Sobre o Farol Santander São Paulo – @farolsantander

Desde sua inauguração em janeiro de 2018, o Farol Santander São Paulo – centro de cultura, turismo, lazer e gastronomia – já recebeu mais de 1,8 milhão de visitantes e chega a sua 58ª exposição, sempre nos eixos temáticos e imersivos, especialmente pensados para o público.

Construído para preservar o passado, iluminar o presente e transformar o futuro, o Farol Santander tem atrações que ocupam 18 dos 35 andares do edifício de 161 metros de altura que, por décadas, foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul.

As visitas começam pelo Hall do térreo, que surpreende com o famoso lustre de 13 metros de altura, pesando mais de 1,5 tonelada, passando pela Loja da Cidade e seguindo até o 26° andar. No Mirante do 26, o visitante poderá apreciar deliciosos cafés por Mag Café, enquanto admira uma das vistas mais famosas de São Paulo.

Entre os andares 25º e 26º, arte e natureza se encontram em uma instalação encantadora. Assinada por Vic Meirelles, o espaço traz uma homenagem ao Verão. Do 24° ao 19° andar estão as galerias de arte que recebem exposições temporárias, apresentando trabalhos de diversos artistas nacionais e internacionais.

Do 6º ao 2º andar, nos Espaços Memória, os visitantes podem conhecer a história do prédio e da própria cidade de São Paulo. Esses andares preservam mobiliário original, executado pelo Liceu de Artes e Ofícios, expostos nas salas de reuniões, diretoria e presidência, ambientadas sonoramente para simular o funcionamento de uma instituição bancária na primeira metade do século XX. Na galeria do 4º andar fica a obra Vista 360°, feita pelo artista brasileiro Vik Muniz exclusivamente para o Farol Santander São Paulo.

A recém-inaugurada galeria Memória do 6 (sexto andar) foi projetada em diferentes núcleos. São pinturas, fotografias, mapas, desenhos, gravuras, mobiliários bancários, moedas e instalações artísticas. Além disso, foram construídas três salas de reunião para eventos e atividades diversas, ampliando ainda mais a oferta do Farol Santander como um ponto de encontro para arte, negócios e cultura. A sala Sabiá-Laranjeira, localizada no 6º andar, tem entrada exclusiva e comporta até 22 pessoas sentadas, já a sala Beija-flor, também no mesmo andar, tem entrada pela galeria de arte e comporta 10 pessoas. Por fim, a sala Bem-te-vi, também localizada no 6º andar, com entrada independente, pode receber até 12 pessoas sentadas.

No subsolo do edifício, onde funcionava o cofre do Banco, está instalado o Bar do Cofre por SubAstor. O bar é ambientado com as características da época e pitadas contemporâneas em design e mobiliários, com carta de drinks especiais e aperitivos.

Outro espaço conectado à gastronomia é a Cozinha do 31 por Accademia Gastronomica. E no 28º andar, o Boteco do 28 por Bar da Cidade, com um menu em referência à culinária da antiga paulistânia, nascida da união entre ingredientes e costumes indígenas e portugueses.

Mais um diferencial da instituição é a inusitada Pista do 21 por Rajas Skatepark, com instrutores homologados pela Federação Paulista da modalidade indoor. A pista de skate fica localizada no 21º andar do edifício e pode ser reservada para livre circuito de até sete skatistas por bateria, além de oferecer agendamento de aulas.

Além dos andares culturais e gastronômicos, o prédio possui dois espaços exclusivos para eventos. No 25° andar, um incrível ambiente de 400m² decorado com elegante design, o Loft do 25, é um local sofisticado e contemporâneo que se adapta a diversos formatos de eventos, de casamentos a comemorações, passando por locação de filmes e novelas. E, no 8° andar, a Arena do 8 é o espaço ideal para palestras, encontros e debates, oferecendo equipamentos de áudio e vídeo, além da linda vista para o Vale do Anhangabaú e Avenida São João.

 

Santander Brasil e Cultura

O Santander Brasil acredita, investe e promove o acesso às mais distintas manifestações culturais e a oferta da cultura para a sociedade. Em 2023, o Banco entrou oficialmente no universo da música, patrocinando grandes shows internacionais.

Além de patrocinar e promover parcerias com instituições e iniciativas culturais, como Museu do Amanhã (RJ), Festival de Música em Trancoso (BA) e a restauração do Mural Batalha dos Guararapes (PE) e do Museu do Ipiranga (SP), o Santander mantém seus próprios empreendimentos, como os Farois Santander São Paulo e Porto Alegre, além do Teatro Santander e 033 Rooftop, na capital paulista.

Sobre a Emdia

A Emdia é uma empresa do Santander Brasil que oferece serviços de recuperação de crédito, relacionamento, atendimento ao cliente, retenção, fidelização e BPO (Business Process Outsourcing) utilizando o que há de melhor em atendimento humanizado, inteligência e tecnologia. Como intermediadora da relação entre credores e consumidores, o papel da Emdia é conciliar a recuperação do crédito e facilitar a reorganização financeira das famílias que buscam quitar suas dívidas. O portal Emdia possui mais de oito milhões de cadastros para renegociação de débitos.

 

Serviço: Cícero Dias – com açúcar, com afeto

Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)

Site Farol Santander: farolsantander.com.br

Telefone Farol Santander: (11) 3553-5627

Funcionamento: terça-feira a domingo

Horários: 09h às 20h

Ingressos: R$ 45,00 (R$ 22,50, meia-entrada)

Cliente Santander: 10% de desconto comprando com o cartão Santander (em até 8 ingressos).

Cliente Santander Select: 10% de desconto comprando com o cartão Santander Select (em até 8 ingressos), e prioridade na fila de entrada para o Farol.

Compra online:  https://www.farolsantander.com.br/#/sp (vendas também na bilheteria local)

Classificação: livre

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Exposição

Últimos dias da temporada da exposição “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso” no RioMar Recife

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Exposição que retrata vida e obra do escritor segue até o próximo domingo no RioMar Recife. Crédito: Arnaldo Carvalho/Especial para o RioMar Recife.

Chega ao final neste domingo, 23 de março, a temporada recifense da exposição “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso”. Quatro meses, milhares de visitas e muita emoção depois, a atração se despede convidando o público a conhecer (ou reviver) a essência de um dos maiores escritores do País, mergulhando, assim, na arte e na cultura popular nordestina. Com ingressos a partir de R$ 25, a mostra funciona das 9h às 22h até o sábado e, no domingo, das 12h às 21h, no RioMar Recife.

Através de 13 ambientes, o visitante é conduzido para uma experiência pelos universos artístico e humano de Ariano Suassuna. Uma combinação precisa de cenografia detalhada, tecnologia de ponta e elementos legítimos do protagonista, como manuscritos, fotos raras, trechos de peças teatrais e vídeos, leva a uma viagem pela vida e obra do escritor, filósofo, poeta, dramaturgo e o aclamado autor do “Auto da Compadecida”, clássico da literatura e do cinema nacional. É a última oportunidade para explorar, de maneira inovadora e sensorial, as diversas facetas da trajetória de Ariano pelos aspectos criativo e emocional.

Criação conjunta entre o espaço Luzzco e o historiador João Suassuna (neto mais velho de Ariano), “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso” traz importantes nomes em sua ficha técnica, como Eric Tavares, diretor criativo que, com sua equipe, criou e produziu cada detalhe da rica cenografia que emociona o visitante. Trilha sonora e sonorização, incluindo da sala de projeções, onde, entre riso e choro, o público vivencia histórias e grandes momentos de Ariano, têm a assinatura do Estúdio Muzak. O patrocínio é do RioMar Recife, Banco do Nordeste, Grupo Parvi, Kroma Energia e Suassuna Fernandes Engenharia.

Sobre Ariano Suassuna – Nasceu na Paraíba em 16 de junho de 1927 e faleceu no Recife em 23 de julho de 2014, deixando um legado que transcende fronteiras culturais e linguísticas, com obras icônicas que emocionam públicos de diferentes gerações. Entre as principais obras do autor, poeta e dramaturgo estão “Auto da Compadecida”, que ganhou adaptação para o cinema, e “O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta“, que inspirou uma série televisiva, ambas retratando as tradições nordestinas e exaltando a cultura popular. Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, em 1970, que tinha como objetivo criar uma arte erudita com base e valorização da cultura popular.

Sobre o Luzzco – O primeiro espaço imersivo de arte, cultura e inovação da Paraíba vai além das molduras convencionais e proporciona uma experiência única e envolvente para toda a família. O Luzzco utiliza a mesma tecnologia das maiores exposições imersivas do mundo e é equipado com recursos audiovisuais que permitem a criação de obras que se modificam de acordo com o movimento, o som e o toque das pessoas. No local, as paredes, o chão e o público se tornam parte integrante das obras.

SERVIÇO

Exposição “O Auto de Ariano, o Realista Esperançoso”

RioMar Recife – Av. República do Líbano, 251, Pina – Recife

No Espaço de Eventos – Piso L3 (mesmo nível da Praça de Alimentação)

Em cartaz até o dia 23 de março de 2025

 

Horário:

Segunda a sábado, das 9h às 22h

Domingos e feriados, das 12h às 21h

 

Ingressos:

Segunda a quinta: oferta especial de dois ingressos por R$ 49,90

[Valores regulares: R$ 35 (meia), R$ 70 (inteira), R$ 175 (Combo Família)]

Sexta a domingo: R$ 40 (meia), R$ 80 (inteira), R$ 200 (Combo Família)

 

* Crianças até 2 anos e 11 meses não pagam

 

À venda na plataforma Fever (http://bit.ly/4evXSJD) e no app RioMar Recife

 

Classificação etária: livre.

*Menores de 12 anos devem estar acompanhados por responsável

 

Mais informações:

No Instagram: @autoarianoimersivo | @luzzco | @riomar_recife

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