Economia
Conheça Wallet e Exchange para saber em qual guardar suas criptomoedas

Futokens lista as diferenças e dicas de segurança para os usuários
Para o usuário que está adentrando no mundo das criptomoedas, alguns termos com Exchange ou Wallet podem ainda soar um pouco desconhecidos. Por isso, a Futokens, empresa brasileira inovadora no cenário de criptomoedas e tokenização, traz explicações do que significa cada um deles, suas diferenças e dicas de segurança para que se escolha o melhor caminho.
O primeiro passo é saber o que é a Wallet e o que é a Exchange. As Wallets ou carteiras (em português) são para você guardar suas criptomoedas. Em seu celular, por exemplo, você encontra as e-wallets, na Apple ou Google Play.
Wallets são como contas bancárias, mas com a diferença que você é responsável por todo o sistema e precisa cuidar da segurança e posse dos seus ativos. Você faz todas as transações sem a presença de intermediários, no caso o banco.
“O primeiro passo é acessar o software e criar “sua conta”. O sistema vai fornecer uma senha ou seed, como é mais conhecida, é uma sequência de 12 a 24 letras que não pode ser compartilhada com ninguém. Depois disso, o usuário vai receber algumas chaves: uma pública (que é como se fosse a sua conta bancária onde as criptos ficam guardadas); uma privada (a senha da sua conta bancária) e um endereço. Esse endereço é o número da conta que você pode passar as pessoas para as transações. É uma versão simplificada da pública. Também pode ser comparado a chave PIX, que utilizamos no dia a dia”, conta o CEO da Futokens, Matheus Medeiros.
E dentro das wallets, o usuário terá várias opções para guardar seus ativos, como as hot e cold (quente e frias).
Classificam-se como Hot Wallet àquelas que estão diretamente conectadas na internet, podendo ser utilizadas em dispositivos móveis e nos desktops também. São exemplos: Meta Mask, Phantom, Exudus e Trust Wallets.
Já as Cold são as carteiras offline, ou seja, 99% do tempo ficam desconectadas da internet. Conectam apenas quando vão assinar algum contrato e quando tem alguma atualização. São dispositivos físicos que armazenam suas chaves de acesso a criptomoedas no Blockchain. Se parecem com um pen drive. Alguns tipos como a Paper Wallet, Deep Cold Storage e Hardware Wallet. Dentro dos tipos há opções como Ledger Nano X, Keep Key, BitBox02 e Trezor One.
Mesmo não utilizando a internet, é preciso ficar atento à segurança dos dois sistemas.
Muitos utilizam a Cold Wallet para armazenar um alto valor. Já a Hot Wallet pode ser utilizada em valores menores, para diversificar os investimentos e para uso o dia a dia em estabelecimentos que já utilizam as criptos como moeda de pagamento. É recomendado sempre ter atenção com relação a vírus dos dispositivos e aos aplicativos escolhidos, suas comunidades, projetos e seriedade no mercado.
Agora que você já sabe o que são as Wallets, vale conhecer também a Exchange e o que ela pode fazer pelo usuário que opta pelos seus serviços.
As Exchanges, como Mercado Bitcoin, são os locais nos quais as pessoas fazem as negociações de seus ativos. São plataformas seguras e que também oferecem wallets aos usuários, porém, nesses casos não há o controle direto sobre as criptomoedas, ou seja, o investidor não tem acesso às chaves pública e privada da conta. Esses dados ficam de posse da corretora, e como há muita movimentação financeira, corre-se o risco de perda de ativos, como o caso da Coinbase, em 2021, por conta de ataques hackers.
“As corretoras investem pesado em segurança e em profissionais capacitados, então, os sistemas estão cada vez mais reforçados. As Exchagens podem ser uma boa opção para o usuário que ainda não tem familiaridade com todo o processo para cuidar sozinha de seus ativos. Deixando em uma corretora séria e que tem boa reputação, ele terá alguém que cuide desses trâmites”, explica o especialista da Futokens.
“Tanto a Exchange como as Wallets são bons caminhos, tudo depende da vontade e objetivos dos investidores. Para os criptos de negociações diárias, a Exchange pode ser uma alternativa positiva, mas para investimento em longo prazo, a Wallet é melhor, já que o próprio usuário tem a custódia, podendo optar por um Hardare wallet e outros métodos de proteção”, finaliza.
Independentemente da escolha, recomenda-se a diversificação e também que o usuário fique sempre atento nas escolhas das plataformas e oscilações do mercado, estude as empresas, veja o plano de negócios, se estão compatíveis com blockchains. Além disso, atentar-se aos golpes para não perder suas criptomoedas, conferindo sempre a URL (endereço do site) e também se está baixando os aplicativos verdadeiros. Nas redes sociais, como o X, atentar-se a robôs e Fake News, leia bastante antes de aceitar ofertas que chegam via e-mail, que podem ser falsas, então, analise todos os detalhes.
Economia
Montadoras credenciam carros compactos para obter IPI Zero

As montadoras brasileiras General Motors (Chevrolet), Renault, Volkswagem, Hyundai e Stellants (Fiat) enviaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nessa sexta-feira (11), um pedido de credenciamento de cinco modelos de veículos de entrada para o programa Carro Sustentável, que garante isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis mais econômicos, sustentáveis e com fabricação no Brasil.
Para ter direito ao Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) zero, o carro sustentável deve atender a quatro requisitos: emitir menos de 83 gramas de gás carbônico (CO₂) por quilômetro, conter mais de 80% de materiais recicláveis, ser fabricado no Brasil (etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem) e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto (veículo de entrada das marcas).
Os modelos credenciados pelas montadoras incluem diferentes versões: Chevrolet Onix, Renault Kwid, Volkswagen Polo, Hyundai HB20, Fiat Argo e Fiat Mobi. Veja a lista detalhada.
O lançamento da iniciativa ocorreu durante uma cerimônia, no Palácio do Planalto, com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, além de ministros, parlamentares e representantes do setor automotivo do país.
Decreto assinado pelo presidente Lula redefiniu a tabela do IPI, construída como um mecanismo de soma zero, em relação ao total de carros vendidos no Brasil. Com validade até dezembro de 2026, o decreto antecede os efeitos da reforma tributária, informou o Palácio do Planalto.
IPI Verde
Além do IPI zero, válido apenas para carros compactos de entrada fabricados no Brasil, o IPI Verde estabeleceu uma alíquota base de 6,3% para veículos de passageiros e de 3,9% para comerciais leves, que será ajustada por um sistema de acréscimos e decréscimos. O cálculo levará em conta critérios como eficiência energética, tecnologia de propulsão, potência, nível de segurança e índice de reciclabilidade.
Segundo o governo, os veículos com melhores indicadores receberão bônus (descontos no imposto), enquanto os com piores avaliações sofrerão um acréscimo.
Dessa forma, não haverá déficit fiscal na cobrança do imposto. Um carro de passeio híbrido-flex pode ter a alíquota reduzida em 1,5 ponto percentual, segundo a nova tabela.
Se também atender ao critério de eficiência do programa Mover, perde mais um ponto, e se cumprir o nível 1 de reciclabilidade, perde outro. Com isso, o IPI desse veículo cai de 6,3% para 2,8%.
Redução de imposto
A estimativa do governo é de redução do IPI para 60% dos veículos comercializados no Brasil, com base no número de carros vendidos em 2024, sem impacto fiscal.
O Carro Sustentável com IPI zero e o IPI Verde integra o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), lançado no ano passado, que visa à descarbonização da frota automotiva do país, por meio de incentivos fiscais, especialmente em relação às alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
O Mover prevê R$ 19,3 bilhões de créditos financeiros entre 2024 e 2028. A previsão da cadeia produtiva do setor, entre fabricantes, setor de autopeças e concessionárias, é que os investimentos associados ao programa atinjam até R$ 190 bilhões nos próximos anos.
Economia
BC só publicará nova carta em abril, caso IPCA continue acima do teto

O Banco Central (BC) só voltará a publicar uma carta aberta no início de abril de 2026, caso a inflação oficial em 12 meses encerre março acima do teto da meta, de 4,5%. A autoridade monetária esclareceu nesta sexta-feira (11) o prazo de divulgação do documento.
No fim da tarde de quinta-feira (10), o BC divulgou uma carta aberta para justificar o fato de a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter fechado o primeiro semestre em 5,35% no acumulado de 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%. Segundo a autoridade monetária, o aquecimento da economia, o preço do café e a bandeira vermelha de energia impulsionaram a inflação na primeira metade de 2025.
A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) está em 3% no sistema de metas contínuas, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Na prática, o IPCA em 12 meses pode variar de 1,5% a 4,5%, até o fim do prazo determinado pelo BC.
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Expectativa
Inicialmente, havia a expectativa de que o BC tivesse de explicar o descumprimento do intervalo da meta de inflação a cada seis meses, mas o BC esclareceu nesta sexta que a obrigação vale apenas para a primeira carta após a instituição do modelo de metas contínuas. As demais cartas só serão divulgadas depois do prazo determinado pelo BC.
“Como a carta divulgada em 10/07/2025 indicou o primeiro trimestre de 2026 como prazo para o retorno da inflação ao intervalo de tolerância (1,5% a 4,5%), será necessário publicar nova nota e carta caso esse retorno não se concretize nesse horizonte, ou se o Banco Central considerar necessário atualizar as medidas ou o prazo estipulado”, informou o BC em nota.
Dessa forma, uma eventual carta só será divulgada no início de abril do próximo ano, caso a inflação oficial feche o primeiro trimestre (março) acima de 4,5% no acumulado de 12 meses. Eventualmente, o documento poderá ser antecipado ou adiado, caso o Conselho Monetário Nacional fixe uma nova meta ou o BC decida mudar o prazo estabelecido.
Centro da meta
Na carta publicada nesta quinta, o BC não informou quando espera que a inflação retorne ao centro da meta, de 3%. Na nota divulgada nesta sexta, a autoridade monetária informou que a previsão é que a convergência para o centro da meta ocorra no quarto trimestre de 2026, que é o horizonte relevante da política monetária, de 18 meses.
As projeções do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras e usadas como cenário de referência pelo Banco Central, indicam que o IPCA deve permanecer acima de 3% no fim do próximo ano. Apesar disso, o BC esclareceu que as trajetórias de juros usadas pela autarquia ao definir a Taxa Selic (juros básicos da economia) não necessariamente seguem o cenário-base, determinado pelo Focus.
“Conforme mencionado no parágrafo 22 da carta, se espera que a inflação convirja para a meta de 3% em 2026T4 [quatro trimestre de 2026]. O BC mantém postura monetária que coloque a inflação na meta no horizonte relevante: as trajetórias de juros utilizadas internamente pelo Copom nas decisões de política monetária (que visam garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante) não coincidem, necessariamente, com a trajetória da Selic do cenário de referência, que é extraída da pesquisa Focus”, explicou o BC na nota.
Economia
Dólar fecha praticamente estável, a R$ 5,54, mas sobe 2,26% na semana

Ainda sob reflexo das ameaças de tarifaço pelo governo Donald Trump, o mercado financeiro teve mais um dia de perdas, com reversão parcial do quadro durante a tarde. O dólar, que subiu na maior parte da sessão, encerrou praticamente estável. A bolsa de valores caiu pela quinta vez seguida e teve o pior desempenho semanal desde 2022.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (11) vendido a R$ 5,548, com alta de 0,1%. Por volta das 11h, a cotação chegou a R$ 5,58, mas desacelerou durante a tarde. Investidores aproveitaram a subida dos últimos dias para venderem moeda e embolsar os ganhos.
A moeda norte-americana subiu 2,26% na semana. A divisa acumula alta de 2,1% em julho e queda de 10,23% em 2025.
Bolsa
O mercado de ações teve um dia mais turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sexta-feira aos 136.171 pontos, com queda de 0,42%. O indicador chegou a cair 0,89% às 13h26, mas reagiu durante a tarde, embalado pela recuperação das commodities (bens primários com cotação internacional), que impulsionaram ações de petroleiras e mineradoras.
Em queda pela quinta sessão consecutiva, a bolsa de valores teve a pior semana desde dezembro de 2022, acumulando perda de 3,59%.
No mercado internacional, o dólar valorizou-se após Trump impor uma tarifa de 35% sobre os produtos canadenses a partir de 1º de agosto. O movimento ajudou a diminuir a diferença de alta da moeda norte-americana perante o real, acumulada nos últimos dias, e a valorização do dólar perante a maior parte das moedas do planeta.
* Com informações da Reuters