Saúde
Consultas Públicas (CPs) da Conitec trazem novas perspectivas aos pacientes com câncer de pulmão ultrarraro
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec/SUS) abriu as Consultas Públicas nº 78 e nº 84, que dispõem sobre inibidores da tirosina quinase para o tratamento de câncer de pulmão não pequenas células com translocação ALK (CPNPC ALK+) em estágio localmente avançado ou metastático, como primeira e segunda linhas de tratamento. As sociedades civil e médica podem exercer seu direito e manifestar opiniões sobre a proposta até o dia 11/12, pelo site da Conitec1.
A iniciativa é uma oportunidade para que todos possam compartilhar informações e opiniões que contribuam para esse processo de avaliação de incorporação de novas tecnologias pela Comissão. Por meio da análise multidrogas foram avaliadas, simultaneamente, a eficácia das terapias disponíveis para o paciente, assim como o custo-benefício para o sistema de saúde. Assim, essas CPs são formas de promover mais equidade no acesso pela população, uma vez que existem tratamentos que já demonstraram aumento de sobrevida livre de progressão e do bem-estar dos pacientes com CPNPC ALK+ no mercado privado.
Sobre o Câncer de Pulmão Não Pequenas Células (CPNPC) ALK+
O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais diagnosticado no mundo e foi a principal causa de mortes por câncer em 2020.2 No Brasil, é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres, totalizando 32.560 novos casos em 2023, com uma taxa de sobrevida de 18% em cinco anos.3
Já o subtipo de câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) corresponde a 80% – 85% dos casos4, sendo que cerca de 5% desses pacientes apresentam a translocação ALK+ 5,6, uma mutação ultrarrara que acomete principalmente não-fumantes. Pela ausência de sintomas no início da doença, quem convive com o CPNPC geralmente recebe o diagnóstico em estágio avançado7,8 e, no caso dos pacientes com ALK+, cerca de 30% já apresentam metástases cerebrais9. Um verdadeiro desafio, pois a metástase cerebral é uma necessidade médica ainda não atendida totalmente pelos tratamentos disponíveis no SUS, que compromete e diminui a expectativa de vida.10,11
Impacto da doença
O impacto do CPNPC ALK+ na vida dos pacientes é expressivo. A doença reduz de forma significativa a qualidade de vida em comparação à população geral.12-13 Os sintomas, geralmente inespecíficos, como perda de peso, sangramentos e dificuldade respiratória, levam à deterioração progressiva da qualidade de vida relacionada à saúde.14-15
Pacientes com metástases cerebrais, em particular, enfrentam um declínio substancial na capacidade de realizar atividades diárias de 28% em um ano.16 Tal impacto torna ainda mais crucial a escolha de tratamentos eficazes que ofereçam uma resposta sustentável.
Sobre as Consultas Públicas
A consulta pública visa promover o diálogo entre a administração pública e o cidadão, em cumprimento aos Princípios da Legalidade, Moralidade, Eficiência, Publicidade, Transparência e Motivação. É um mecanismo de participação social, de caráter consultivo, realizado com prazo definido e aberto a qualquer interessado, com o objetivo de receber contribuições sobre determinado assunto. Incentiva a participação da sociedade na tomada de decisões relativas à formulação e definição de políticas públicas.17
Sobre a Takeda
A Takeda está focada em criar uma saúde melhor para as pessoas e um futuro melhor para o mundo. Nosso objetivo é descobrir e oferecer tratamentos que transformem vidas em nossas principais áreas terapêuticas e de negócios, incluindo gastrointestinal e inflamação, doenças raras, terapias derivadas de plasma, neurociência, oncologia e vacinas. Junto com nossos parceiros, visamos melhorar a experiência do paciente e avançar uma nova fronteira de opções de tratamento por meio de nosso pipeline dinâmico e diverso. Como uma empresa biofarmacêutica líder baseada em valores e orientada por Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com sede no Japão, somos guiados por nosso compromisso com os pacientes, nossas pessoas e o planeta. Nossos funcionários em aproximadamente 80 países e regiões são movidos por nosso propósito e fundamentados nos valores que nos definem há mais de dois séculos. Para mais informações, visite www.takeda.com.
Referências:
1. Participa+Brasil. Consultas Públicas. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/consultas-publicas. Acessado em 21/11/2024.
2. Ferlay J, Colombet M, Soerjomataram I, et al. Cancer statistics for the year 2020: An overview. Int J Cancer. 2021;10.1002/ijc.33588.
3. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Câncer de Pulmão. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao. Acessado em 14/10/2024.
4. The American Cancer Society medical and editorial content team. Key Statistics for Lung Cancer. 2023 Jan 12 [cited 2023 mar 30]. In: American Cancer Society. [Internet]. 2023. Available from: https://www.cancer.org/cancer/types/lung-cancer/about/key-statistics.html
5. Chan BA, Hughes BG. Targeted therapy for non-small cell lung cancer: current standards and the promise of the future. Transl Lung Cancer Res. 2015;4(1):36-54.)
6. Mascarenhas E, Gelatti AC, Araújo LH, Baldotto C, Mathias C, Zukin M, et al. Comprehensive genomic profiling of Brazilian non‐small cell lung cancer patients (GBOT 0118/LACOG0418). Thorac Cancer [Internet]. 2021 Mar 13;12(5):580–7.
7. Abbafati C, Abbas KM, Abbasi-Kangevari M, Abd-Allah F, Abdelalim A, Abdollahi M, et al. Global burden of 369 diseases and injuries in 204 countries and territories, 1990–2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet. 2020;396(10258):1204–22.
8. Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Cancer in Brazil: the patient’s journey in the healthcare system and its social and financial impacts. São Paulo: Interfarma; 88 p.
9. Johung KL, Yeh N, Desai NB, et al. Extended Survival and Prognostic Factors for Patients With ALK-Rearranged Non-Small-Cell Lung Cancer and Brain Metastasis. J Clin Oncol. 2016;34(2):123-129.
10. Griesinger F, et al. Brain metastases in ALK-positive NSCLC – time to adjust current treatment algorithms. Oncotarget. 2018;9(80):35181-35194.
11. Guérin A, et al. Brain metastases in patients with ALK+ non-small cell lung cancer: clinical symptoms, treatment patterns and economic burden. J Med Econ. 2015;18(4):312-322.
12. Blackhall, F et al., Prevalence and clinical outcomes for patients with ALK-positive resected stage I to III adenocarcinoma: results from the European Thoracic Oncology Platform Lungscape Project, 2014 Sep 1;32(25):2780-7.
13. Scott, N. et al., EORTC Quality of Life Group Website (2008).
14. Spiro SG, Gould MK, Colice GL. Initial evaluation of the patient with lung cancer: Symptoms, signs, laboratory tests, and paraneoplastic syndromes. ACCP evidenced-based clinical practice guidelines (2nd edition). Chest. 2007;132(3 SUPPL.).
15. Larsson M, Ljung L, Johansson B. Health-related quality of life in advanced non-small cell lung cancer: correlates and comparisons to normative data. Eur J Cancer Care (Engl). 2012;21(5):642–9.
16. Walker MS, Wong W, Ravelo A, Miller PJE, Schwartzberg LS. Effect of brain metastasis on patient-reported outcomes in advanced NSCLC treated in realworld community oncology settings. Value Health. 2016;19(3):[abstract PCN146]
17. Ministério da Saúde. Consultas Públicas. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/consultas-publicas#. Acessado em 14/10/2024.
Saúde
Reta final: dicas para evitar lesões e melhorar seu desempenho na Corrida de São Silvestre
Cuidados fundamentais para fortalecer o corpo, prevenir problemas e garantir uma performance segura durante a prova mais tradicional do Brasil
A 99ª edição da tradicional corrida São Silvestre, que ocorre no dia 31 de dezembro, é uma das provas mais emblemáticas do Brasil, com 15 km de distância e uma participação que, em 2023, contou com mais de 32 mil corredores. Para a edição de 2024, a expectativa é que esse número ultrapasse 35 mil atletas. Com tantas pessoas se preparando para a prova, é fundamental que os corredores adotem um treinamento adequado, não apenas para melhorar o desempenho, mas também para prevenir lesões comuns durante os treinos e na competição.
De acordo com o ortopedista Dr. Fábio Datti, do Hospital Santa Catarina – Paulista, a preparação para uma corrida como a São Silvestre exige cuidados especiais. “É uma prova de 15 km, o que exige um tipo de preparação mais focada. Existem protocolos específicos de treinamento que envolvem o aumento gradual da quilometragem nas semanas que antecedem a prova, além de treinos de força e exercícios corretivos. O treinamento adequado não se resume à corrida, mas inclui a musculação, que fortalece as articulações e prepara o corpo para os impactos da corrida”, explica. O médico também ressalta que a musculação contribui para a melhora do condicionamento cardiovascular e tem efeito anti-inflamatório, o que contribui para uma maior qualidade de vida e prevenção de lesões.
Entre as lesões mais frequentes nos corredores estão as afecções nos pés, tornozelos, lombar, coluna e joelhos, com destaque para problemas como tendinite, fascite plantar, inflamação na canela, joanetes e cãibras musculares. De acordo com o Dr. Datti, as lesões traumáticas são as mais comuns e estão geralmente ligadas ao uso inadequado de calçados e à falta de preparo físico. “Lesões como distensões musculares e contusões podem ser evitadas com um bom treinamento de força e alongamento”, esclarece.
Para evitar essas lesões e garantir uma preparação mais eficiente para a São Silvestre, o treinamento deve ser gradual e adaptado às condições físicas de cada corredor. “Quanto mais bem preparado você estiver, menores são os riscos de lesão. O ideal é aumentar a quilometragem de forma progressiva, a cada duas semanas, sempre respeitando os limites do corpo. Contar com o apoio de um treinador ou de uma assessoria esportiva pode fazer toda a diferença no aprimoramento dos treinos e na prevenção de lesões”, recomenda o especialista.
Além disso, é fundamental adotar uma rotina de cuidados antes e durante a corrida. Confira algumas dicas para se preparar da melhor forma possível e evitar lesões:
Dicas para uma preparação segura e eficiente para corridas de rua:
• Aumente a quilometragem gradualmente: Adapte o volume de corridas ao seu ritmo, aumentando a distância aos poucos para evitar sobrecarga.
• Inclua musculação na sua rotina: Exercícios de força ajudam a fortalecer as articulações e músculos, diminuindo o risco de lesões.
• Mantenha uma alimentação balanceada: Uma dieta rica em nutrientes essenciais, com foco em carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis, é fundamental para sustentar o treinamento intenso e promover a recuperação.
• Hidrate-se adequadamente: Manter-se bem hidratado antes, durante e após os treinos é essencial para prevenir cãibras e lesões.
• Escolha o tênis certo: O uso de um calçado adequado ao seu tipo de pé e à sua forma de correr é crucial para evitar problemas nos pés e nas articulações.
• Atenção ao treino de força: Exercícios específicos para fortalecer o core, as pernas e os músculos estabilizadores são essenciais para prevenir lesões durante a corrida.
• Faça alongamentos regularmente: Alongamentos após os treinos ajudam a manter a flexibilidade e evitar lesões musculares.
• Respeite seus limites: Não tente ultrapassar seus limites de forma abrupta. É importante ouvir o corpo e evitar o excesso de treinamento.
• Utilize equipamentos de qualidade: Além do tênis, meias de compressão e roupas adequadas podem ajudar a melhorar o conforto e a performance, além de prevenir lesões.
• Considere buscar orientação profissional: Se possível, conte com um treinador especializado ou uma assessoria esportiva para criar um plano de treinamento personalizado e adequado ao seu nível físico.
Segundo Dr. Fábio Datti, do Hospital Santa Catarina – Paulista, ao seguir essas orientações juntamente com um plano de treinamento bem estruturado, o corredor estará mais preparado. “O importante é fazer a corrida em segurança, minimizando o risco de lesões e aproveitando ao máximo o seu desempenho na prova”, finaliza.
Saúde
Alimentação e Saúde mental: O que você come afeta o seu humor
Dra. Amanda Ciaramicoli, nutrigeneticista esportiva, explica como nutrientes podem melhorar o bem-estar emocional e prevenir transtornos mentais.
A alimentação exerce um papel fundamental não apenas na saúde física, mas também no equilíbrio emocional e na prevenção de transtornos mentais. Estudos recentes indicam que nutrientes específicos podem influenciar diretamente a saúde mental, reforçando a importância de uma dieta balanceada para o bem-estar integral.
A nutrigeneticista esportiva Dra. Amanda Ciaramicoli destaca que a alimentação pode impactar a produção de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, responsáveis pelo humor e pela sensação de prazer. “Cerca de 90% da serotonina, conhecida como o ‘hormônio da felicidade’, é produzida no intestino. Isso reforça a conexão direta entre saúde intestinal e saúde mental. Alimentos ricos em triptofano, como nozes, ovos e banana, são essenciais para a produção desse neurotransmissor”, explica.
É que a serotonina produzida no intestino “em tese” não atravessa a barreira hematoencefálica. Ela comunica através do nervo vago e regula mais funções locais e periféricas. Ainda que essa comunicação seja mais aferente do que eferente, ela afeta o cérebro via moléculas sinalizadoras, metabólitos (que impactam de maneira indireta) e influência no humor.
Além disso, a especialista alerta para os efeitos negativos de uma dieta rica em alimentos ultraprocessados. “O consumo excessivo de açúcares e gorduras trans está associado a inflamações no organismo, que podem impactar negativamente o cérebro, favorecendo o desenvolvimento de transtornos como ansiedade e depressão”, ressalta Dra. Amanda.
Para quem busca melhorar o bem-estar mental através da nutrição, a dica é adotar uma dieta rica em alimentos integrais, vegetais, proteínas magras e gorduras saudáveis. “A inclusão de alimentos como peixes ricos em ômega-3, abacate e sementes pode auxiliar na redução de inflamações e no suporte às funções cognitivas”, orienta a especialista.
A nutrição também pode ser personalizada por meio da nutrigenética, que avalia como os genes de cada indivíduo respondem aos alimentos. “Com essa abordagem, conseguimos identificar as necessidades específicas de cada pessoa, potencializando os benefícios nutricionais para a saúde mental”, afirma Dra. Amanda.
Investir em uma alimentação equilibrada é, portanto, um passo essencial não apenas para o corpo, mas também para a mente. Como finaliza a especialista: “Cuidar do que comemos é cuidar de como nos sentimos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor”.
Saúde
Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano
Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o país contabiliza 6.590.575 casos prováveis de dengue ao longo de 2024. Pelo menos 5.872 mortes pela doença foram confirmadas e 1.136 seguem em investigação. O coeficiente de incidência brasileiro é de 3.245 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.
O estado de São Paulo lidera o ranking em números absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (653,8 mil) e Santa Catarina (348,5 mil). Já em relação ao coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar (9.876), seguido por Minas Gerais (8.233), Paraná (5.713) e São Paulo (4.841).
Monitoramento
O Ministério da Saúde informou ter intensificado ações de vigilância e controle de arboviroses em estados onde há aumento expressivo de casos. “Depois de Mato Grosso, chegou a vez de a pasta visitar Minas Gerais, e a previsão é que o trabalho chegue ao Espírito Santo na próxima semana, estado onde doenças como febre amarela e Oropouche preocupam as autoridades sanitárias.”
Em nota, o ministério destacou que o objetivo das ações é atualizar informações epidemiológicas, revisar estratégias de prevenção e controle e alinhar esforços com estados e municípios numa tentativa de conter a expansão das arboviroses.
“Os três estados enfrentam desafios específicos. Em Mato Grosso, os casos de chikungunya estão em alta, enquanto no Espírito Santo a arbovirose emergente febre do Oropouche teve aumento.”
“Minas Gerais, por sua vez, enfrenta o risco de aumento da febre amarela, com necessidade de ampliar a cobertura vacinal e reforçar a vigilância em primatas não humanos, que funcionam como sentinelas da circulação viral.”
Além do levantamento epidemiológico, a previsão é que as equipes técnicas atualizem dados sobre coberturas vacinais, estoques de vacinas e insumos laboratoriais, além de revisar métodos de análise de risco e identificar áreas prioritárias para ações de prevenção e controle.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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