Empresas & Negócios
Cooperativismo é opção para quem busca empreender

Com o objetivo de compartilhar informações, tirar dúvidas e incentivar o cooperativismo, a Organização das Cooperativas do Estado de Sergipe (Sistema Ocese) brinda a população sergipana com a loja Bora Cooperar. Até o dia 5 de novembro, o visitante tem a oportunidade de conhecer os ramos de atuação do cooperativismo, saber como aderir a esse modelo de negócio e participar de atividades promovidas por cooperativas sergipanas no espaço instalado no Shopping Jardins, em Aracaju.
A loja está localizada próximo ao Magazine Luiza e o atendimento ao público acontece, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 14h às 20h. Quem visitar o espaço, no período de 25 a 27 de outubro, terá a oportunidade de aproveitar os seguintes serviços que a Unimed disponibilizará das 15h às 20h: aferição de pressão, teste de glicemia e orientações sobre alimentação saudável e atividade física.
Negócio competitivo e rentável
Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), existem 4.693 cooperativas no país, que reúnem quase 20,5 milhões de cooperados e geram mais de 524 mil empregos. Em Sergipe, a estimativa é que esse modelo de negócio conte com cerca de 23 mil cooperados.
A superintendente do Sistema Ocese, Shirllane Bispo, explica que o cooperativismo é um jeito de empreender de forma coletiva, que reúne pessoas com um mesmo propósito para crescerem juntas e atenderem a demandas da sociedade de maneira sustentável. “As cooperativas colocam as pessoas em primeiro lugar, adotam uma gestão democrática onde todos os associados são donos do negócio e as decisões são tomadas coletivamente. As coops são negócios competitivos e rentáveis e o lucro, conhecido como sobras, pode ser reinvestido ou distribuído entre os cooperados”, afirma.
Em 2022, as cooperativas brasileiras faturaram cerca de R$ 656 bilhões, representando 6% do PIB do país. Esse modelo de negócio está presente em diversos setores da economia e impacta positivamente a vida de toda a população. Para facilitar a representação, as coops são divididas em sete ramos: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.
Brasil é uma das referências mundiais
Sendo pioneiro no cooperativismo do ramo de saúde, o país tem o maior número de cooperativas voltadas à preservação e à promoção da saúde. Além de oferecer produtos e serviços de alta qualidade à população, esse modelo de negócio é um importante gerador de empregos e contribui com a qualificação profissional e o desenvolvimento sustentável da comunidade onde está inserido.
“A cooperativa é o primeiro trabalho de muita gente e abre muitas portas para o mercado de trabalho. Eu ingressei na Núcleo Saúde como estagiária e fui me encontrando na área de gestão. Na cooperativa, temos treinamentos constantes, de liderança, gerenciamento e até de oratória, além de cursos com simulações realísticas que contribuem muito para a nossa qualificação”, relata Lanna Lorrany, enfermeira supervisora da Núcleo Saúde.
A cooperativa de trabalho em saúde e qualidade onde Lanna atua foi criada em 2018 na capital sergipana e, hoje, está presente também em Lagarto, Simão Dias, Itaporanga, Itabaiana e na capital alagoana.
Saiba por onde começar
Para quem está interessado em empreender unindo produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo, o desenvolvimento econômico e o social, Shirllane Bispo destaca que criar uma cooperativa é bem fácil e o Sistema Ocese fornece toda orientação. “Basta reunir um grupo a partir de sete pessoas para atuar no ramo de trabalho ou a partir de 20 pessoas para uma cooperativa dos demais ramos; definir as regras e elaborar um estatuto; formalizar a cooperativa na Junta Comercial e solicitar o registro no Sistema Ocese”, explica.
A Ocese também disponibiliza às cooperativas uma série de cursos, programas de capacitação, materiais didáticos e serviços de consultoria com foco na profissionalização, gestão e aumento da competitividade no mercado.
Empresas & Negócios
FM Logistic cresce 22% na movimentação da Páscoa 2025

A FM Logistic, um dos principais operadores de logística e supply chain do mundo, tem se preparado para uma operação robusta na Páscoa de 2025, se consolidando como referência em logística e armazenagem para o setor de chocolates. Com foco em todo o Brasil, a empresa ampliou a capacidade de armazenagem para os produtos da época sazonal em quase 20 mil m², distribuídos entre as unidades de Anhanguera e Cajamar, em São Paulo.
De acordo com Pamela Martins, gerente sênior de desenvolvimento de negócios da FM Logistic, a expectativa é de um crescimento médio de 22% na movimentação em relação ao ano passado, com uma distribuição superior a 10 milhões de produtos diversos de chocolate.
“Para atender a essa demanda, a FM Logistic inicia seu planejamento com seis meses de antecedência, envolvendo todas as áreas da empresa, incluindo operações, recursos humanos, projetos, financeiro e TI. Além disso, a empresa conta com mais de 15 anos de experiência na operação de Páscoa, o que garante alta acuracidade de inventário e capacidade produtiva em curto prazo”, explica.
Segundo a executiva, a operação da Páscoa não se limita aos tradicionais ovos de chocolate, abrangendo também bombons, barras e kits diversos. O pico da movimentação ocorre em fevereiro, exigindo sinergia e rápida adaptabilidade para garantir que os produtos cheguem às gôndolas dos maiores varejistas em todo o território nacional.
“Para nossos clientes do segmento de chocolates e varejo, a Páscoa é a maior operação do ano. Com foco, expertise e dedicação conseguimos entregar uma logística eficiente e de alto desempenho, ano após ano”, destaca.
Este é o segundo ano consecutivo em que a FM Logistic realiza ampliações para atender às empresas fabricantes de chocolates. Investimentos constantes reafirmam o compromisso da empresa em oferecer soluções logísticas estratégicas que garantem eficiência e competitividade ao mercado.
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Universidade e Indústria: desafios e contradições na busca pela eficiência da inovação

por Ivan Ribeiro, Karini Borri e Diogo de Prince
Recentemente, tivemos um estudo publicado na revista britânica ‘Applied Economic Letters’. A pesquisa, desenvolvida como projeto do Centro de Estudos da Ordem Econômica (CEOE), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), trouxe à tona uma discussão fundamental sobre as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a eficiência da inovação — entendida como a relação entre a quantidade de patentes e recursos aplicados em pesquisa & desenvolvimento (P&D).

Mesmo que os investimentos sejam expressivos e o número de patentes cresça, ainda se gasta muito para cada nova ideia – ou seja, os resultados são limitados em termos de eficácia.
O estudo também sugere que ecossistemas com menor intervenção governamental e maior competitividade estão frequentemente associados ao aumento na quantidade de patentes registradas e a maiores montantes de P&D. A abertura de mercado, individualmente, é insuficiente para gerar eficiência na inovação. É como se os países estivessem fazendo um uso parcial e limitado do ‘ranking’ da OCDE, pois usam o modelo de concorrência, mas não conseguem converter todo o esforço em resultados proporcionais.

O caso do Brasil ilustra perfeitamente a contradição. O país ocupa a 24ª posição em número de registros de patentes e o 15º em capital de P&D, mas, quando se analisa a eficiência desses investimentos, o posicionamento cai drasticamente, para 45° lugar. Um sinal claro de que, apesar dos esforços e recursos investidos, o retorno em inovação é insatisfatório.
Existe certa resistência quanto à aproximação entre instituições acadêmicas e o empresariado, como se fosse algo ilegítimo. -É preciso que as pesquisas feitas dentro da universidade tragam progressos para a sociedade. Caso contrário, apesar do grande volume investido em P&D, o Brasil continuará atrás no próprio ranking.
Empresas & Negócios
Empreendedoras inovam e impulsionam economia do país apesar dos preconceitos

O empreendedorismo feminino avança no Brasil, mesmo diante de desafios persistentes, como o preconceito de gênero e o acesso desigual ao crédito. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empreass (SEBRAE), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34% dos negócios no país são liderados por mulheres, o que representa mais de 10 milhões de empreendedoras.
Grande parte dessas mulheres começaram a empreender por necessidade. Ainda assim, construíram negócios criativos, inovadores e com alto potencial de crescimento. Porém, as barreiras são inúmeras. Uma das principais está no acesso ao crédito. Estudo do SEBRAE, com dados do Banco Central, mostra que empresas com lideranças femininas pagam, em média, juros de 40,6% ao ano, contra 36,8% para os homens. De acordo com o Sebrae, essa diferença configura uma relação de consumo desigual, marcada por preconceitos que refletem uma forma de “violência econômica e social velada”.
Apesar de apresentarem maior nível de escolaridade que os homens, as mulheres ainda ganham 22% menos, mesmo como proprietárias de seus negócios. Segundo a análise do Sebrae, as dificuldades são estruturais e envolvem desde o machismo no mercado até a sobrecarga de responsabilidades dentro e fora do ambiente empresarial.
Mesmo diante desse cenário, histórias de sucesso inspiram outras mulheres a empreender. É o caso da consultora Lilian Aliprandini, CEO da Acceta, uma das empresas que mais cresce no Brasil. Ela destaca que é possível aumentar os lucros com estabilidade mesmo diante dos desafios “É comum iniciar com medo e insegurança, sem saber se terá resultados. Você precisa acreditar no seu potencial, investir em capacitação e buscar redes de apoio. O empreendedorismo feminino é a força que move a economia”, pontua Lilian.
A empresária também destaca a importância das parcerias e dos colaboradores, bem como da busca por conhecimento constante. ”Capacitação é a chave! Quanto mais você aprende, mais segura se sente para tomar decisões importantes. E, principalmente, não caminhar sozinha. Participar de redes de apoio e trocar experiências com outras mulheres empreendedoras faz toda a diferença”, aconselha.
Ela reforça que o empreendedorismo feminino é, atualmente, uma força fundamental na transformação da economia brasileira “Fato é que as mulheres atuam em pequenos e grandes negócios e são fontes de inovação, criatividade e produtividade. É preciso reconhecer isso com políticas públicas, crédito justo e mais visibilidade”. Os pequenos negócios representam 97% do total de empresas no Brasil e são responsáveis por 26,5% do PIB nacional, movimentando os principais setores da economia, como serviços, comércio e indústria leve.
O caminho é desafiador, mas o protagonismo feminino no empreendedorismo é uma realidade que cresce a cada dia. “Não é fácil, mas é possível. Se você tem um sonho, comece! O primeiro passo é fundamental!”, finaliza Lilian.