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Desigualdade é desafio para a “revolução da requalificação”

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Desigualdade é desafio para a “revolução da requalificação”
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Relatório sobre o futuro dos empregos (edição de 2025), publicado pelo Fórum Econômico Mundial, avalia que as tendências da tecnologia, economia, demografia e a transição verde “devem gerar 170 milhões de até 2030”, mas também devem eliminar 92 milhões de outras ocupações em todo o planeta.

A melhor parte do saldo de 78 milhões – os trabalhos de maior remuneração, menos extenuantes e com mais proteção social – vai ficar com os países que proporcionarem mais qualificação contínua à força de trabalho e mais geração de riqueza à economia.

Desta forma, a diferença de oportunidades em cada economia poderá ser decisiva para indicar se o país vai gerar mais empregos para desenvolvedores de aplicativos, o que exige conhecimento atualizado em tecnologia informacional, ou mais postos de trabalho como camponeses ou , atividades que produzem menos valor para a economia.

Ou seja, para participar da chamada “revolução da requalificação”, um fenômeno da segunda quadra século 21, países como o Brasil precisam ainda resolver um problema central do século 20, se não do século 19: a alta desigualdade socioeconômica.

Passos para trás 

“Infelizmente ainda há essas questões bastante importantes que não podemos negligenciar quando a gente está falando de futuro do trabalho. Pensamos nos robôs, no homem interagindo com as máquinas, mas ainda temos que dar alguns passos para trás no sentido de olhar para essas pessoas que não têm acesso ao mínimo, ao básico e que também vão estar ali disputando vagas e oportunidades de trabalho no futuro”, analisa a consultora Thais Requito, especialista em futuro do trabalho.

“Seria importante pensarmos em subsídios e políticas públicas que favorecessem o acesso à educação para as pessoas menos privilegiadas e que vão precisar de alguma forma ser absorvidas no mercado de trabalho nos próximos anos”, pondera a consultora, que trabalha na divulgação do relatório do Fórum Econômico Mundial.

“Precisamos olhar para essas pessoas menos favorecidas e que justamente ocupam os postos de trabalho que são facilmente substituíveis pela tecnologia. Precisamos estar com o olhar atento para pensar em políticas públicas que absorvam essa mão de obra. Internacionalmente, se discute muito a ideia da renda básica universal como forma de garantir subsistência e uma vida minimamente digna para as pessoas que não vão conseguir ter uma ocupação”, acrescenta Thais Requito.

Entraves

O cenário descrito no relatório e analisado pela consultora pode ser agravado com as “tensões geopolíticas” presentes, como conflitos armados e a ascensão da extrema direita nos Estados Unidos. “Isso tem a ver com os países fechando um pouco as suas fronteiras e ocorrência de mudanças econômicas, com as nações ficando mais focadas em si em detrimento das relações internacionais.”

Habilidades humanas 

A especialista ainda destaca que além do contexto geopolítico, é preciso considerar as mudanças demográficas em marcha que vão resultar em maior permanência no mercado de trabalho ao longo dos anos por causa do envelhecimento da população, fenômeno que já acarreta a necessidade de mais pessoas trabalhando como cuidadores.

Para Thais Requito, em um “mundo extremamente complexo em que as coisas vão se transformando numa velocidade muito grande, e o conhecimento vai se tornando obsoleto”, as carreiras vão deixar de ser “tão lineares como conhecemos no passado.”

As transformações em curso têm como um dos motores a substituição das pessoas por máquinas em diferentes atividades, mas há habilidades humanas que, calibradas com qualificação permanente, continuarão necessárias no mundo do trabalho, antevê a especialista.

“Imagine que você tem autoconsciência, capacidade de autorregulação. Você consegue escutar, tem empatia, se relaciona bem, consegue influenciar as pessoas. Tem um pensamento crítico e analítico, e é curioso. Essas habilidades vão seguir com você independente do que acontecer com o mundo. Então, se amanhã tiver que trabalhar numa padaria ou trabalhar como engenheiro ou virar um marceneiro, independente de para onde você for levado pelas mudanças do mundo, essas habilidades vão provavelmente garantir que você continue prosperando na sua carreira onde estiver.”

O documento sobre o futuro do emprego no planeta é baseado em estudos de 55 economias, inclusive a brasileira. O texto de cerca de 300 páginas está disponível na internet.

Segundo o site Agenciabrasil.ebc,

Com informações: Agenciabrasil.ebc

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Dia da Pizza: tradição centenária ganha ainda mais sabor e promoção especial em Fortaleza

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A pizza, um dos pratos mais famosos e consumidos ao redor do mundo, tem uma trajetória que começa há séculos e ainda hoje segue se reinventando. 

Embora existam registros de pães achatados cobertos com ingredientes desde a Antiguidade, foi em Nápoles, na Itália, no século XVIII, que a receita começou a tomar a forma que conhecemos hoje: redonda, assada em forno, com molho de tomate, queijo e os mais variados complementos. A clássica Pizza Margherita, criada em 1889 em homenagem à rainha Margherita de Sabóia, ficou conhecida por reunir as cores da bandeira italiana: vermelho (tomate), branco (mussarela) e verde (manjericão).

Desde então, a pizza percorreu o mundo, ganhou novas versões, como a deep dish americana, e chegou ao Brasil, onde encontrou um lugar especial à mesa. No Ceará, ela é sinônimo de união e muito sabor em torno da mesa. E, em Fortaleza essa paixão tem nome: Estela Pizza.

Criada em 2020, em meio à pandemia, a Estela nasceu como delivery e logo se destacou entre os cearenses. Comandada pelo empresário Marcelo Pimentel, a marca une a tradição italiana com a ousadia das receitas americanas, resultando em sabores autorais, massa artesanal e experiências criativas, como o famoso “salva-bordas”, potinhos doces que acompanham a pizza e transformam as extremidades da massa em sobremesa.

Neste mês de julho, para comemorar o Dia da Pizza, 10 de julho, a Estela promove uma ação especial para os amantes do prato: de 7 a 10 de julho, de segunda a quinta-feira, quem visitar as unidades Sul e Eusébio da Estela Pizza no formato presencial poderá aproveitar a promoção de Pizza em Dobro. Na unidade Sul na compra de uma pizza brotinho salgada, o cliente leva outra salgada de igual ou menor valor totalmente de graça. Na unidade Eusébio o cliente pode optar pelos tamanhos grandes para compartilhar nos sabores salgados, ou as tradicionais brotinhos salgadas, também ganhando outra pizza de igual ou menor valor.

“Mais do que uma data no calendário, o Dia da Pizza é uma comemoração de tudo o que ela representa: união, sabor, afeto. E nada mais justo do que comemorar oferecendo ainda mais pizza para os nossos clientes”, afirma Marcelo Pimentel, fundador da marca.

Hoje com unidades físicas e destaque entre as 10 melhores pizzarias do Ceará, a Estela ostenta o selo de Super Restaurante no iFood e mira a expansão de novas unidades, sempre mantendo o compromisso com a qualidade e a criatividade.

SERVIÇO

Promoção: PIZZA SALGADA EM DOBRO!

Local: Estela Pizza

Data: de 7 a 10 de julho (segunda a quinta)

Unidades: Estela Sul (R. Lourival Correia Pinho, 14A – Parque Manibura, Fortaleza – CE) e Estela Eusébio (Dentro do Shopping Buena Vista)

*Promoção Válida somente para consumo presencial

Instagram: @estelapizza

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Associações pedem reparação a LGBTQIA+ perseguidos na ditadura

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

Como forma de buscar reparação por violações de direitos humanos na ditadura militar, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) entraram, nesta segunda-feira (7), com pedido de anistia coletiva para pessoas do grupo perseguidas pelo regime. A repressão instalada por um golpe de Estado perdurou no país de 1964 até 1985.

O pedido foi apresentado à Comissão de Anistia, órgão do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Com ele, as entidades buscam anistiar, especialmente, as pessoas presas nas operações Tarântula e Rondão, na década de 1980, em São Paulo, além de artistas que tiveram a vida financeira afetada pela censura, com o pagamento de indenização por danos morais e materiais, entre outras ações.

A denúncia tem o objetivo de exigir o reconhecimento da perseguição política pelo Estado brasileiro, em especial, nas operações policiais Rondão, Sapatão e Tarântula, todas na década de 1980, em São Paulo, que prenderam, torturaram, levaram pessoas LGBTQIA+ ao exílio ou “ao profundo sofrimento”, além de terem feito vítimas. O foco da reparação são mulheres lésbicas, travestis e mulheres transexuais, as mais afetadas.

“Esta ação é pioneira em países onde houve ditadura e pode representar a quebra de um grande paradigma considerando o processo de criminalização de nossas identidades”, afirmou Bruna Benevides, presidente da Antra, que destacou que as perseguições policiais sofridas pelas travestis. Ela é autora da denúncia destinada à Comissão de Anistia elaborada em conjunto com alunos da Faculdade de Direitos da Universidade de Brasília (UnB), sob a orientação da professora Lívia Gimenes Dias da Fonseca. 

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A denúncia é amparada por farta documentação, análises históricas e jurídicas, além de depoimentos dos sobreviventes e vítimas. Ela descreve a operação Tarântula, em São Paulo, como uma “caça”, em sentido literal.

O documento também resgata a história do Brasil para mostrar as origens da marginalização e criminalização da população LGBTQIA+ em diversos momentos históricos. Na ditadura militar, descreve, a perseguição pelo Estado foi sofisticada com “novos métodos, lógicas e sistemas de opressão, de forma articulada com a ideologia de sustentação política do regime”.

Como forma de reparação, as entidades reivindicam 21 ações. Entre elas, o reconhecimento das responsabilidades do Estado, um pedido de desculpas, anistia coletiva, criação de espaço memorial em homenagem às vítimas, além de indenizações financeiras e a revisão  de legislações que embasaram os atos. Outro pedido é a renomeação da 1º Delegacia Seccional de Polícia Centro, retirando a denominação de “Dr. José Wilson Ricchetti”, um dos policiais acusados de atos homofóbicos. 

Perseguição

Em São Paulo, José Wilson Richetti, chefe da Seccional da Polícia da Zona Centro de São Paulo, iniciou a política de “Limpeza” ou “Rondão”, como ficou conhecida. A ação consistia em batidas em lugares frequentados por pessoas LGBTQIA+, que eram levadas arbitrariamente para averiguação nas delegacias, sob o fundamento de contravenção penal de vadiagem e prisão cautelar. Segundo declaração do próprio Richetti à imprensa, 300 a 500 pessoas em levadas diariamente para delegacias.

Na ditadura militar, a perseguição se refletiu também em censura aos produtos culturais que faziam menção a temas LGBTQIA+. Na denúncia, como exemplo, os autores citam o livro Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca, proibido e apreendido por ter contos com personagens LGBTQIA+, além da perseguição a autora Cassandra Rios, que teve 36 livros proibidos pelo regime.

Em entrevista à Revista Lampião, citada pela Antra, Cassandra desabafou: “Eu tinha um padrão de vida correspondente àquilo que recebia desses 36 livros. Já imaginaram o choque? Eu não senti na hora, só vim a sentir três anos depois”, declarou a escritora.

A denúncia da ANTRA e da ABLGT cita também os shows de travestis, “especialmente censuradas”, com proibição de se apresentarem sem autorização dos órgãos responsáveis por fazer a censura prévia. 

Discriminação na imprensa

O papel homofóbico da imprensa também é destacado, por associar as operações polícias contra os LGBTQIA+ à “limpeza”, sugerindo a ligação das vítimas com práticas ilícitas e à Aids.

“Essas matérias, ao documentarem ações repressivas e moldarem a opinião pública contra as travestis, contribuíram para um ambiente de hostilidade e violência cujos efeitos persistem até hoje.”, afirmam os autores.

Na avaliação das entidades que escreveram à denúncia à comissão, o ambiente hostil na época condenou à morte também o diretor de teatro Luís Antônio Martinez, irmão mais novo do dramaturgo, diretor e ator Zé Celso, do Teatro Oficina. O artista foi assassinado brutalmente com 107 facadas em seu apartamento, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Pela brutalidade do crime ─ Luís Antônio foi encontrado com pés e mãos amarrados ─ a análise do movimento é de que se tratou de homofobia.

Para Bruna Benevides, a ação tem relação direta com o tema da valorização do envelhecimento LGBTQIA+, que teve destaque no Mês do Orguilho LGBTQIA+ deste ano e na Parada LGBT+ de São Paulo, a maior do Brasil.

“A anistia pode ser um instrumento de justiça para as travestis presas injustamente, e a possibilidade de reparação para elas ─ e para nossa comunidade, que até hoje convive com os fantamas destes tempos sombrios e a macula que isso deixou contra nós no imaginário social. Tem tudo a ver com memória, envelhecimento e o reconhecimento das violacoes e prisões arbitrarias contra pessoas trans, em especial travestis e mulheres trans”.

 

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Governo federal reconhece situação de emergência em 11 cidades gaúchas

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© Beatriz Goncalves Pereira/Divulgação

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu a situação de emergência em 11 municípios afetados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês de junho. A portaria com os reconhecimentos foi publicada, nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU).

Estão na lista os municípios de Agudo, Faxinal do Soturno, General Câmara, Itaara, Liberato Salzano, Manoel Viana, Pinheiro Machado, Santa Maria, São João do Polêsine e Trindade do Sul, que obtiveram o reconhecimento federal por causa de chuvas intensas, e Santa Cruz do Sul, que registrou alagamentos.

Segundo o ministério, com o reconhecimento, as prefeituras ficam aptas a solicitar recursos do governo federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.

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A pasta informou ainda que, até o momento, o Rio Grande do Sul tem 358 reconhecimentos vigentes, dos quais 309 por estiagem, 36 por chuvas intensas, seis por vendaval, três por queda de granizo, três por enxurradas e um por alagamentos.

A solicitação de recursos federais para ações de defesa civil para as cidades com reconhecimento da situação de emergência ou de estado de calamidade pública deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.

“Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado”, explicou o ministério.

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