Economia
Dólar sobe a R$ 5,85 com temor de recessão nos EUA

Num dia de turbulência no mercado global, o dólar teve forte alta e voltou a fechar acima de R$ 5,80 com temor de recessão nos Estados Unidos. A bolsa de valores acompanhou a movimentação global e caiu após três altas seguidas.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (10) vendido a R$ 5,852, com alta de R$ 0,061 (+1,06%). A cotação chegou a cair durante a manhã, chegando a R$ 5,77 na mínima do dia, por volta das 12h, mas inverteu a trajetória e passou a subir em reação a declarações do presidente Donald Trump.
Na máxima do dia, por volta das 16h10, chegou a R$ 5,87.
Apesar da alta desta segunda-feira, a moeda norte-americana cai 5,3% em 2025. Em março, a divisa registra queda de 1,08%.
Bolsa de Valores
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.519 pontos, com recuo de 0,41%.
Mesmo com a queda, a bolsa brasileira saiu-se melhor que as bolsas norte-americanas. Em Nova York, o índice Dow Jones, das empresas industriais, caiu 2,08%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, perdeu 4%. O S&P 500, das 500 maiores empresas, recuou 2,7%.
Apesar de alguns fatores domésticos, o cenário global pesou mais.
O receio de que os Estados Unidos, a maior economia do planeta, entre em recessão intensificou-se após Donald Trump afirmar no domingo (9), em entrevista à televisão, que os Estados Unidos podem passar por um “período de transição” por causa de medidas como a imposição de tarifas comerciais e a falta de mão de obra decorrente da menor imigração.
Outro fator que prejudicou os países emergentes foi a divulgação de dados de deflação na China, provocada pelo menor consumo interno e pela estagnação do mercado de trabalho. Como o país asiático é o maior consumidor de bens primários do planeta, a notícia fez cair o preço das commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional).
No Brasil, o mercado aumentou a previsão de inflação para este ano. O boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, elevou para 5,68% a estimativa de inflação para 2025 <>.
*Com informações da Reuters
Economia
No Amapá, novos empréstimos com garantia de imóvel crescem 12,4%

O Santander Brasil registrou aumento de 12,4% no Amapá na produção do Use Casa, linha de crédito com garantia de imóvel, em 2024. A elevação reflete a popularidade da modalidade para quem busca recursos para empreender, reformar ou quitar dívidas, em condições competitivas de juros e prazos. A Região Norte alcançou, no mesmo período, uma expansão de 17,2% no volume de recursos, totalizando cerca de R$ 34,9 milhões no ano passado.
No Brasil, o mercado de home equity continua com forte expansão. Em 2024, cresceu 53,5%, comparado ao ano anterior, alcançando R$ 10,9 bilhões em contratações, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O Santander registrou aumento de 26% no ano passado, se comparado a 2023, somando mais de R$ 1,3 bilhão em contratações e 7.523 novos contratos. O ticket médio foi de R$ 169 mil.
Para quem deseja fazer a contratação, o Banco oferece crédito de até 60% do valor do imóvel ou terreno, com taxas a partir de 1,12% ao mês – média de 1,60% ao mês – e parcelamento em até 240 meses. O processo de aprovação de crédito, a análise de documentos e até a emissão do contrato ocorre de forma digital, e o cliente tem os suportes necessários por meio de chat e telefone, sendo necessário ir à agência do Banco para assinatura do contrato e ao cartório para registro.
“O home equity é a linha de crédito mais barata e com maior prazo disponível, podendo chegar a até 20 anos. É possível utilizar para quitar dívidas com custo maior ou com prazos mais apertados e ganhar fôlego financeiro. Além disso, pode ser utilizado para reformar seu imóvel atual, empreender, abrir uma filial nova ou adquirir bens, como um terreno, por exemplo. No entanto, é essencial que o crédito seja tomado de forma consciente, com planejamento financeiro e uma avaliação criteriosa dos custos mensais e da real necessidade do recurso. Uma outra grande facilidade, é permitir usar o mesmo imóvel que você já tem financiado no Crédito Imobiliário para tomar recursos adicionais, desde que o valor total não ultrapasse 60% do valor de avaliação do imóvel”, afirma Paulo Duailibi, diretor de Negócios Imobiliários do Santander.
Economia
Consignado para CLT busca proteger trabalhador de juros, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (20), que o programa de crédito consignado para quem trabalha com carteira assinada (CLT) é uma forma de proteger esses trabalhadores dos juros altos praticados pelo mercado. Além disso, segundo ele, visa inibir o superendividamento dos cidadãos.
“Apesar do aumento da Selic, nós estamos abrindo um caminho para permitir que você renegocie suas dívidas a taxas mais civilizadas”, disse, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov.
Haddad comentou a elevação da taxa básica de juros, a Selic, para 14,25% ao ano, e afirmou que os bancos cobram dos clientes muito mais do que a taxa de captação do crédito, que é pouco maior que a Selic.
“É justamente porque o juro está alto e nós temos um Banco Central independente, que fixa o juro, que nós temos que tomar medidas como essa [do consignado para CLT] para proteger o trabalhador”, disse.
“O trabalhador que vai a um banco hoje, sem garantia, e pede um crédito pessoal,está pagando entre 5% e 6% ao mês. […] Vamos supor que o banco pague 15% ao ano ou 16% ao ano, e ele empresta para o trabalhador, no crédito pessoal, a 6% ao mês. Então, em dois meses, em três meses, o trabalhador pagou todo o juro que o banco está pagando para captar. E, no entanto, o banco tem os outros nove meses para receber juro do trabalhador”, explicou Haddad.
Com o Programa Crédito do Trabalhador, os clientes bancários terão a opção de migrar para o crédito mais barato. O crédito consignado é um empréstimo que tem as parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor.
Para o ministro, a medida também visa conter o alto endividamento da população. “Muitas vezes, o super endividamento é uma decorrência do juro alto e não do fato de que o cara tomou muito dinheiro. Porque o pouco dinheiro a juro alto se transforma num montante impagável. Agora, se você dá condições para o trabalhador administrar a sua carteira, os créditos que ele está tomando a um juro razoável, você impede o super endividamento”, explicou.
Adesão
A partir de amanhã (21), por meio do aplicativo da carteira de trabalho digital (CTPS Digital), o trabalhador terá a opção de requerer proposta de crédito diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo governo federal. Os empréstimos terão como garantia os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para isso, o empregado autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A partir daí, ele receberá ofertas em até 24 horas, analisará a melhor opção e fará a contratação no canal do banco, comparando as taxas de juros.
A partir de 25 de abril, os bancos também poderão operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais.
“Você que tem uma dívida, hoje, com o banco no crédito pessoal, fale calmamente com o seu gerente, pergunte quanto você está pagando de taxa de juros nessa linha de crédito, você vai encontrar um número alto, acima de 5%, acima de 6% ao mês”, alertou o ministro.
Haddad explicou que a taxa de juro dessa modalidade de crédito pode ser ainda menor, a depender do tempo em que o trabalhador está empregado e de que setor da economia está empregado. Com juro menor, cai o preço da prestação, acrescentou.
“Então, imagine uma empregada doméstica, que, às vezes, tem cinco, dez anos de serviço junto a um empregador. Ela ia no banco e tinha um crédito pessoal caro, mesmo tendo um histórico relevante para ter um crédito barato. Agora, essa pessoa vai poder ter um crédito barato”, completou Haddad.
Juros básicos
O ministro Fernando Haddad lembrou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar os juros básicos da economia de 13,25% para 14,25% ao ano estava prevista desde dezembro de 2024, ainda na gestão do ex-presidente da autarquia Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Você contratou, como dizem, três aumentos bastante pesados na Selic, na última reunião do ano passado. Você não pode ir na presidência do Banco Central dar um cavalo de pau depois que se assumiu. Isso é uma coisa muito delicada. Quer dizer, o novo presidente, com os novos diretores, eles têm aí uma herança a administrar”, disse Haddad sobre os desafios do atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, indicado pelo presidente Lula.
A taxa Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação, definida em 3% pelo Conselho Monetário Nacional. Hoje, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, soma 5,06% no acumulado em 12 meses.
Haddad lembrou ainda que o governo federal também vem trabalhando para cumprir o marco fiscal e equilibrar as contas públicas. O resultado das contas impacta a expectativa de inflação, que é um fator considerado pelo BC na decisão sobre a taxa básica de juros. “Nós vamos, neste ano, cumprir os nossos compromissos de meta [fiscal], e o Banco Central tem a meta de inflação para cumprir também”, afirmou.
“Nós temos uma tarefa que é debelar esse aumento de preços que houve. Isso tem que ser feito pelo Executivo e pelo Banco Central independente, e nós vamos buscar esse resultado. Tudo o que a gente quer é crescer com sustentabilidade. O Brasil não cresceu durante muitos e muitos anos. Eu não acredito que você precisa de uma recessão para baixar a inflação no Brasil. Eu acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável sem que que a inflação saia do controle”, defendeu o ministro.
Economia
Santander reúne empreendedoras femininas em Feira de Santana para estimular lideranças e seus negócios

Como parte da programação do Mês das Mulheres, o Santander reuniu dezenas de empreendedoras femininas de Feira de Santana para uma mesa redonda, em que o tema central foi “As mulheres que transformam: liderança e empreendedorismo”. O evento ocorreu na última segunda-feira, no Hotel Íbis da cidade.
“Estes encontros são sempre enriquecedores. Pudemos conectar histórias, experiências, trocar insights que poderão ajudar a impactar na liderança e nos negócios de mulheres incríveis”, destacou Gilneide Lamar, head Santander Empresas no Nordeste.
A mesa redonda também contou com a participação de outras duas importantes lideranças femininas: a mentora de mulheres Jamilly Pink, diretora da Mulher da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS); e Keu Soares, CEO Ousa Brasil.
Gilneide e Priscila Gracie, head Santander Salvador, ainda apresentaram o Programa Avançar, solução não financeira do Banco que oferece gratuitamente cursos, mentorias, eventos, salas para reuniões e outros suportes necessários para apoiar os empreendedores na gestão e crescimento de seus negócios. Também destacaram o programa de microcrédito Prospera, que tem bastante inserção nos estados nordestinos, impulsionando a economia local, e ofertas para o segmento empresas, para quem se encaixa neste perfil.