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Frente fria chega com avisos de chuvas fortes pelo país

Uma frente fria que sobe da Região Sul para o Sudeste deve amenizar as altas temperaturas das últimas semanas nessas regiões e no Centro-Oeste. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o avanço da frente fria vai favorecer a ocorrência de chuvas intensas neste início de semana em áreas do Rio de Janeiro, do sul de Minas Gerais e da região metropolitana da capital.
No Sul, em áreas da faixa leste de Santa Catarina, como a região metropolitana de Florianópolis e do Vale do Itajaí, juntamente com o leste do Paraná, as condições do tempo também apontam para chuvas intensas, de 50 milímetros (mm) a 100 mm. O Inmet emitiu para esses locais o aviso laranja (perigo), ou seja, há risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios.
Na Região Nordeste, a atuação da zona de convergência intertropical (ZCIT), principalmente em áreas do Maranhão ao Ceará, também estão sob o mesmo aviso laranja. Assim como parte do centro-norte do Tocantins, no Centro-Oeste.
No Norte do país, as instabilidades aliadas ao calor e à alta umidade seguem com pancadas de chuva ao longo da semana, que devem ser mais intensas no Amapá e nordeste do Pará.
No Centro-Oeste, as áreas de maior instabilidade estão em Mato Grosso e no noroeste de Goiás, com pancadas de chuva durante a semana. Ao sul e leste de Goiás e parte de Mato Grosso do Sul, a tendência é de chuvas irregulares a partir de amanhã (12).
Outras
Em 2024, 63% dos brasileiros usaram o PIX ao menos uma vez por mês

Seis em cada dez brasileiros usaram o Pix – sistema de pagamento instantâneo do Banco Central – ao menos uma vez por mês, durante todo o ano passado, para pagar contas ou transferir alguma quantia em dinheiro.
A constatação de técnicos do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV) é parte do estudo Geografia do Pix, divulgado nesta quarta-feira (12).
A partir da análise dos dados de transações de pagamentos feitos por pessoas físicas em 2024, os pesquisadores identificaram uma taxa de adesão nacional média ao sistema de pagamentos instantâneos da ordem de 63%. Como divulgado anteriormente pelo Banco Central (BC), em dezembro de 2024, o serviço já era, na época, a forma de pagamento mais utilizada pelos brasileiros.
A unidade federativa com a mais alta taxa de adesão foi o Distrito Federal, onde 78% da população residente utilizaram o PIX ao menos uma vez ao mês no ano passado. O estado com menor adesão foi o Piauí, com quase 55%. Em termos regionais, a taxa mais alta foi a do Sudeste (67%). Na sequência vieram as regiões centro-oeste (65%); Sul (61%); Norte (60,5%) e Nordeste (58%).
Para os técnicos da FGV, qualquer que seja o caso, as taxas verificadas demonstram que a adesão ao Pix é alta tanto nas unidades federativas relativamente mais ricas, quanto nos estados cuja população, comparativamente, tem um menor poder aquisitivo.
Operações
Segundo o estudo, cada usuário do Pix realizou, em média, 32 transações mensais. Em 2024, os amazonenses foram os que mais usaram o serviço, realizando, em média, 48 transações mensais. Já o estado com menor frequência de uso foi Santa Catarina (25).
A partir dos resultados, os pesquisadores sugerem que quem adere ao Pix nas regiões de menor renda per capta tende a usá-lo mais frequentemente. Em termos regionais, Norte (41) e Nordeste (37) encabeçaram o ranking de transações por usuário, seguidos pelo centro-oeste (34); Sudeste (30) e Sul (27).
O valor médio das transações feitas em todo o país foi de R$ 190,57, mas, na média, habitantes das regiões Centro-Oeste (R$ 240,37); Sul (R$ 223,84) e Sudeste (R$ 208,80) movimentaram cifras maiores, enquanto no Nordeste e no Norte, os montantes não superaram R$ 151 e R$ 147, respectivamente.
“Essa diferença pode ser reflexo das desigualdades regionais: usuários de áreas de maior renda tendem a realizar transações de maior valor”, sustentam os técnicos da FGV, apontando o que classificam como uma “diferença entre acesso e uso” do sistema.
“O estado do Amazonas ilustra a diferença entre acesso e uso. Nesse estado, verifica-se o maior número [48] de transações por usuário do país e, ao mesmo tempo, o menor valor médio das transações (R$ 120). Isso sugere um uso incorporado aos hábitos cotidianos, com transações frequentes e de baixo valor”, concluem.
Outro caso destacado pelos técnicos da FGV foi o de Pacaraima (RR), município fronteiriço com um número de usuários (106.104) cinco vezes maior que o de habitantes (19.305) registrados no Censo Demográfico de 2022.
“A cidade, localizada na fronteira com a Venezuela, possui mais de cinco usuários do Pix para cada habitante registrado no Censo, estatística provavelmente associada ao fluxo migratório na região”, informaram os pesquisadores.
O dado foi classificado como “estatística curiosa”. Na cidade, os usuários realizaram, em média, 31 transações mensais ao longo do ano passado, movimentando, em média, R$ 119 por operação.
Outras
BH, DF e Curitiba ganham Selo Betinho por ações contra a fome

A Ação da Cidadania, uma organização não governamental (ONG), premiou as capitais de três unidades federativas do país com o Selo Betinho: Belo Horizonte, Curitiba e Brasília, que foram reconhecidas pelo conjunto de ações e políticas no combate à fome.
Nove capitais não reuniram condições mínimas para ganhar o selo: Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, João Pessoa, Fortaleza, Recife, Maceió e Goiânia. E 14 sequer enviaram documentos para a avaliação. Porto Alegre foi excluída do processo, porque ainda se recupera das enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul em 2024.
Para receber o Selo Betinho, as cidades deveriam cumprir pelo menos 70% das 36 metas estabelecidas em parceria com o Instituto Comida do Amanhã. Entre as propostas, estão a adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan); a criação dos Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea); a destinação de recursos para um Fundo Emergencial de Combate à Fome, além de investimentos em pesquisas e orçamento próprio para o Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae).
O propósito maior é indicar para a população quais capitais estão cumprindo as metas determinadas para que o Brasil saia do Mapa da Fome. As premiadas se tornam, assim, também referência para as demais.
“Como sociedade civil, estamos cumprindo com nosso exercício da cidadania ativa em contribuir com propostas efetivas de combate à fome e estimular o trabalho desenvolvido nessas capitais. Nosso objetivo é garantir que a população tenha acesso à alimentação adequada e saudável e que as políticas de segurança alimentar sejam fortalecidas e cumpridas”, diz Ana Paula Souza, gerente de Participação Social da Ação da Cidadania.
O Selo Betinho será atualizado anualmente, sem custos para as cidades. A ONG informou que o objetivo é incluir, em breve, municípios menores na avaliação.
“Nosso foco está em colaborar com todos os municípios para que realizem um diagnóstico de como estão atuando para acabar com a fome e como podem melhorar esse processo através de ações integradas e não isoladas. Agir com transparência não apenas fortalece o controle social, mas também promove maior engajamento da sociedade, que, informada sobre a atuação de seu município e seus direitos, pode cobrar resultados de políticas públicas mais eficazes e permanentes”, diz o diretor executivo da Ação da Cidadania, Rodrigo “Kiko” Afonso.
Premiadas de 2025
De acordo com a Ação da Cidadania, Belo Horizonte apresentou um conjunto de práticas implementadas no combate à insegurança alimentar e exemplos de transparência. Entre os destaques, estão a garantia de orçamento próprio para aumento de recursos per capita do Programa Nacional da Alimentação Escolar e a disponibilização de informações sobre dados de segurança alimentar e nutricional.
Curitiba se destacou por ter um plano de segurança alimentar e nutricional elaborado com previsão orçamentária e por ter demonstrado compromisso com o fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
O Distrito Federal foi bem avaliado por ter garantido o desenvolvimento da agricultura, com assistência técnica e capacitações, e por investir em ambientes alimentares escolares saudáveis, com proibição de bebidas açucaradas e ultraprocessados na alimentação escolar.
Mais informações sobre o Selo Betinho podem ser encontradas neste neste site.
Outras
Operação prende suspeitos de ataques a provedores de internet no CE

A Polícia Civil do Ceará prendeu, nesta quarta-feira (12), 12 pessoas suspeitas de envolvimento em ataques a empresas de internet no estado. A ação policial ocorreu, simultaneamente, em Fortaleza e nas cidades de Caucaia, Horizonte e São Gonçalo do Amarante. A Operação Strike cumpriu 12 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão, e apreendeu três pistolas.
A operação é uma resposta às ações de grupos criminosos que estão atacando empresas provedoras de internet no estado. Desde o final de fevereiro, diversos ataques a empresas provedoras resultaram na suspensão de serviços, como visitas técnicas e o próprio fornecimento de internet, devido à violência dos criminosos.
As investigações apuram se os ataques estão sendo praticados contra as empresas que recusaram o pagamento de uma taxa a uma facção criminosa para poder ofertar o serviço. Essas empresas são alvos de represália, como destruição de cabos, incêndio a veículos e tiros disparados na fachada.
O secretário de Segurança Pública do Ceará, Roberto Sá, informou que a polícia já vinha investigando essas organizações, inclusive com a criação de um grupo especial formado por várias unidades, como a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e as Coordenadorias de Inteligência (Coin) e Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).
“Prendemos hoje 12 pessoas envolvidas com organizações criminosas e com longa e extensa ficha criminal. Alguns inclusive já haviam sido presos por crimes muito violentos”, disse o secretário.
Dois presos foram apontados pela polícia como participantes diretos nos atos de violência. Um deles é considerado uma espécie de “braço técnico” da organização criminosa, operando um serviço provedor de internet irregular. O outro atuava diretamente na articulação dos ataques e das atividades de extorsão.
“Um criminoso era o articulador, e essa pessoa está envolvida nos crimes de dano às empresas provedoras, tanto de Caucaia como em São Gonçalo do Amarante”, informou o secretário.
Uma parte dos 37 mandados de busca e apreensão foi direcionado para empresas fornecedoras de serviços de internet, que estariam funcionando de maneira irregular.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez, as investigações vão esclarecer se os ilícitos encontrados são ilícitos administrativos ou se há algum grau de envolvimento desses provedores com a organização criminosa.
“Uma parte desses provedores são totalmente clandestinos. São provedores totalmente irregulares, que não têm qualquer tipo de autorização, de cadastro para funcionar, e as investigações vão nos dizer qual o grau de comprometimento deles, se estão comprometidos com o grupo criminosos ou se estavam sendo utilizados por eles”, explicou.
De acordo com o delegado, a operação é uma primeira grande resposta aos ataques. Ele disse que a perícia nos materiais apreendidos poderá resultar em novas prisões.
“Nós não vamos dar trégua a esses criminosos e vamos buscar um a um. Vamos atuar em várias frentes, em vários eixos, tanto para tirar de circulação esses criminosos perigosos, violentos, que trazem intranquilidade para a nossa sociedade, mas também para promover a asfixia financeira desses grupos. Nós vamos buscar o patrimônio deles”, disse Gutiérrez.
O delegado titular da Draco, Alisson Gomes, disse que as investigações tiveram início ainda em fevereiro, para combater criminosos envolvidos nos episódios de violência a provedores de internet na região metropolitana de Fortalezas, mais precisamente em Caucaia e São Gonçalo do Amarante, como extorsões em alguns bairros da capital, como Pirambu, Carlito Pamplona, Sapiranga, Quintino Cunha, dente outros bairros.
“As investigações foram avançando e conseguimos identificar as pessoas responsáveis tanto por organizar tecnicamente os provedores, se favorecendo dessa atuação criminosa, como os executores que ameaçavam os provedores de boa-fé, como danificando o patrimônio dessas empresas visando obter lucro para a organização criminosa”, apontou.
“Em uma só ação, atacamos não só o braço operacional quanto o braço de articulação desses grupos criminosos que tentam, mas não vão conseguir, ter o monopólio dessas empresas provedoras de internet”, afirmou.