Saúde
Hospital Vitória suspende medicação e alimentação de paciente com Alzheimer
Denúncia foi feita pela filha que acompanha a mãe idosa
Ermínia Sanches, de 85 anos com Alzheimer, problemas cardíacos e pulmonares, encontra-se no epicentro desta perturbadora situação, vítima de uma série de decisões médicas questionáveis que ameaçam sua saúde e integridade biopsicossocial no Hospital Vitória.
Segundo denúncia da família, o hospital suspendeu abruptamente toda medicação e alimentação da Sra. Sanches, atendida pelo convênio Amil, submetendo-a a um perigoso jejum absoluto, inclusive com privação de água, sem apresentar justificativa médica plausível, suspendendo até o soro. Esta ação não apenas contradiz as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), a Lei 10.741/2003, e o art. 41 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 2.217/2018), que proíbe a abreviação da vida do paciente, mesmo a pedido. Uma das filhas denunciantes, Silvia Sanches, questiona o fato do hospital ter o selo da agência certificadora Joint Commission International que promete dignidade, qualidade,conforto, atendimento de excelência. Silvia relata que após o final de semana em jejum as condições são: “minha mãe continua em jejum absoluto, só que agora com soro o que amenisa mais não resolve, já tive várias reuniões eles reconhecem o erro mas não resolvem, e fiquei sabendo que a intenção era desospitalização… A que ponto chegamos”, lamenta a filha em tom de angústia e desespero.
A gravidade da situação é exacerbada pela aparente ausência de supervisão médica adequada e pela substituição da equipe de cuidados paliativos por uma abordagem mais invasiva da clínica médica. Os familiares relatam a indisponibilidade de profissionais médicos para atendimento ou esclarecimentos, configurando um quadro de negligência assistencial. Esta prática não só transgride os princípios da beneficência e não-maleficência da bioética médica, mas também desconsidera as particularidades fisiopatológicas de uma paciente geriátrica com múltiplas comorbidades.
Práticas como o jejum absoluto prolongado podem culminar em consequências severas, especialmente em pacientes idosos com condições preexistentes. No caso da Sra. Sanches, uma octogenária fragilizada, os riscos são alarmantes e multifacetados. A privação de alimentos e líquidos pode resultar em desidratação crítica, hipoglicemia e desnutrição severa, comprometendo seu sistema imunológico já debilitado. Essas condições podem desencadear problemas renais e cardiovasculares agudos, além de causar confusão, desmaios e possíveis danos cerebrais irreversíveis. O estresse físico imposto por essa privação também pode exacerbar suas condições cardíacas e pulmonares preexistentes, potencialmente levando a complicações fatais.
É imperativa, no caso em tela, a imediata retomada da terapêutica apropriada, incluindo suporte nutricional e hidratação, sob supervisão de uma equipe multidisciplinar especializada em cuidados geriátricos e paliativos. Ademais, a diretoria clínica do Hospital Vitória deve prestar esclarecimentos formais sobre as razões que motivaram a interrupção do tratamento e a mudança na abordagem terapêutica. Este caso levanta questões críticas sobre os protocolos de cuidados e assistência geriátricos, ética médica e respeito à dignidade humana no âmbito institucional.
Face a este cenário crítico, faz-se necessária a instauração de uma sindicância interna no hospital para apuração de responsabilidades, com posterior encaminhamento dos resultados ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) e ao Ministério Público do Estado de São Paulo. As autoridades de saúde são convocadas a investigar imediatamente estas práticas preocupantes e implementar medidas para garantir a segurança e o bem-estar não apenas da Sra. Sanches, mas de todos os pacientes sob os cuidados da instituição. Paralelamente, urge a revisão e atualização dos protocolos de atendimento a pacientes idosos e em cuidados paliativos, em conformidade com as diretrizes nacionais e internacionais de geriatria e gerontologia.
A sociedade paulistana e brasileira não pode tolerar que instituições de saúde operem à margem da lei e da ética, comprometendo a integridade e a vida daqueles que deveriam proteger e assistir, e conclama as autoridades competentes para investigar e coibir práticas que coloquem em risco a vida e a dignidade dos pacientes, especialmente aqueles em situação de maior vulnerabilidade.
Saúde
Gestantes de áreas vulneráveis tem risco maior de perder bebê
O risco de um bebê morrer durante a gestação ou parto é até 68% maior em municípios com situação socioeconômica mais vulnerável. 

Os dados são de uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em conjunto com a London School of Hygiene and Tropical Medicine, Universidade de São Paulo (USP) e Western University, no Canadá.
Além disso, os pesquisadores verificaram que ao longo de 18 anos, a taxa de natimortalidade ficou relativamente estável nas cidades com maior vulnerabilidade, apesar de ter caído naquelas com melhores condições.
O estudo analisou nascimentos no Brasil entre 2000 e 2018, com base em registros oficiais do Ministério da Saúde e relacionou ao Índice Brasileiro de Privação – que classifica os municípios em níveis de privação, considerando renda, escolaridade e condições de moradia.
Conforme artigo publicado na revista BMC Pregnancy and Childbirth, o objetivo foi verificar se o declínio nacional no risco de natimortalidade foi semelhante entre os municípios com diferentes níveis de privação para “identificar áreas que necessitam de maior apoio e desenvolver estratégias específicas para diminuir a natimortalidade nessas regiões mais afetadas”.
Dados anteriores já mostravam que a taxa de natimortalidade, no Brasil, caiu 30,7% em 2019, na comparação com o ano 2000, passando de 10,1 a cada 1 mil nascimentos para 7, mas nenhum estudo tinha investigado de forma abrangente as diferenças internas, a nível municipal.
“Agora, as evidências mostram claramente que essa diferença existe e tem impacto real nas taxas de natimortalidade”, enfatiza a pesquisadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia, Enny Paixão.
Em 2018, último ano com dados incluídos na análise, o Brasil registrou 28,6 casos de fetos que morreram após a 20ª semana de gestação, ou bebês que faleceram durante o parto.
Isso equivale a uma taxa de 9,6 natimortos a cada mil nascimentos. Mas essa mesma taxa cai para 7,5 nos municípios com melhores condições socioeconômicas e sobe para 11,8 nas cidades com maior nível de privação.
Os pesquisadores acreditam que melhorias gerais nas políticas de saúde e em outras áreas como educação e saneamento básico podem explicar a diminuição da taxa média do país.
“Não está claro por que essas intervenções foram relativamente menos eficazes (…) nos municípios mais carentes”, diz Enny.
Uma das hipóteses é que esses municípios concentram maior proporção de populações rurais vivendo em áreas remotas, que precisam percorrer grandes distância para acessar serviços de saúde, especialmente os de maior complexidade.
A pesquisadora Enny Paixão reforça a contribuição de problemas característicos da desigualdade, “incluindo falta de serviços ou dificuldade de acesso e baixa qualidade dos serviços de saúde disponíveis nessas áreas, o que pode fazer com que a atenção pré-natal e durante o parto não seja ideal”.
A pesquisadora também pontua que investigar a natimortalidade entre municípios segundo o nível de privação “é fundamental” para identificar áreas que demandam melhorias no acesso e na qualidade da atenção perinatal.
Saúde
Sociedade pediátrica é contra projeto que dificulta aborto legal
A Sociedade Brasileira de Pediatria manifestou em uma nota pública “grande preocupação” com o Projeto de Decreto Legislativo 3/2025, aprovado na Câmara dos Deputados, que suspende uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) sobre o atendimento às vítimas de violência sexual. A resolução prevê o aborto decorrente de estupro, previsto em lei desde 1940.

Na nota, a entidade se posiciona contra a aprovação do projeto e defende que as discussões sobre o tema sejam ampliadas.
A sociedade médica diz ainda que a resolução do Conanda “não altera as hipóteses legais de interrupção da gestação, mas busca garantir acolhimento humanizado, proteção integral e atendimento célere, conforme os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da Constituição Federal”.
A entidade faz um apelo aos senadores, que ainda irão votar o projeto, para que ouçam especialistas, profissionais de saúde, famílias e representantes da sociedade civil antes de qualquer decisão.
“A vida, a saúde e a dignidade de crianças e adolescentes devem estar no centro das discussões e das políticas públicas, considerando que as inequidades aumentam as vulnerabilidades de grupos de adolescentes sob risco de violência sexual, em diferentes contextos de suas vidas. Não podemos aceitar o retrocesso representado pelo cerceamento dos direitos de adolescentes que mais sofrem com essas desigualdades, motivo pelo qual reafirmamos nossa luta pela preservação dos princípios do ECA”, conclui a nota.
Resolução
A resolução do Conanda prevê que uma vítima de estupro ou estupro de vulnerável que tenha engravidado em decorrência da violência não precisa apresentar boletim de ocorrência nem decisão judicial para ter direito ao aborto legal. A resolução orienta também que os casos de violência sexual só precisam ser notificados, com a identificação da vítima, ao Conselho Tutelar, a quem cabe procurar o sistema de Justiça, salvo exceções específicas.
Ainda de acordo com as disposições do texto, a criança ou adolescente vitima deve ser adequadamente informada sobre seus direitos, e sua vontade expressa deve ser priorizada, em casos de divergência com os pais ou representantes legais.
Os deputados favoráveis ao projeto de lei alegam que essas orientações extrapolam a função do Conanda.
Em entrevista à Agência Brasil, a vice-presidente do Conselho, Marina de Pol Poniwas, que assina a resolução, afirmou que todos os itens do documento estão de acordo com a legislação vigente. Segundo ela, o objetivo da resolução foi reforçar as orientações para todos os entes do sistema de atendimento às vítimas, para combater “barreiras ilegais” impostas as crianças e adolescentes que buscam atendimento.
Saúde
De volta a sorrir: inovação na odontologia muda a rotina e a confiança de pacientes
Voltar a sorrir sem medo, comer o que quiser e se olhar no espelho com confiança. Essa é a realidade de muitos brasileiros que encontraram na odontologia moderna uma nova chance de recuperar a autoestima e o prazer de viver.
De acordo com dados do IBGE, cerca de 39 milhões de pessoas utilizam algum tipo de prótese dentária no país. A perda dos dentes, além de prejudicar a mastigação e a fala, afeta diretamente o convívio social, levando muitos pacientes a se isolarem por vergonha do sorriso.
Mas o cenário vem mudando com a chegada de novas tecnologias. Entre as inovações mais transformadoras está o implante zigomático, uma técnica avançada que possibilita o retorno de dentes fixos em até 72 horas, mesmo em pacientes com perda óssea severa — casos em que os implantes convencionais ou enxertos ósseos não são mais possíveis.
Em Nova Iguaçu, a Coimbra Odontologia, sob direção do Dr. Emerson Coimbra, tornou-se referência nesse tipo de reabilitação oral. Com uma estrutura moderna e equipe especializada, a clínica tem devolvido não apenas sorrisos, mas também autoestima, conforto e qualidade de vida.
“O implante zigomático representa o que há de mais moderno em reabilitação oral. Com ele, conseguimos devolver dentes fixos em até 72 horas, com segurança, conforto e previsibilidade”, explica o Dr. Emerson Coimbra, cirurgião-dentista e diretor clínico da Coimbra Odontologia.
A técnica utiliza o osso zigomático, localizado na região da “maçã do rosto”, como base de ancoragem dos implantes. Essa abordagem dispensa enxertos ósseos e proporciona um resultado imediato e duradouro.
“É um divisor de águas. Pacientes que antes viviam com dentaduras agora voltam a sorrir e mastigar com confiança em poucos dias”, ressalta o especialista.
A clínica também se destaca pela estrutura tecnológica de ponta, que inclui planejamento digital do sorriso, centro cirúrgico completo, raio-X digital e sedação consciente — recursos que garantem precisão cirúrgica e conforto ao paciente.
“Cada caso é planejado individualmente. Usamos tecnologia para estudar a anatomia e desenhar o sorriso ideal para cada pessoa”, acrescenta o Dr. Emerson.
Com mais de dez anos de experiência e uma equipe multidisciplinar, a Coimbra Odontologia se consolida como uma das clínicas mais completas do estado do Rio de Janeiro. O trabalho realizado em Nova Iguaçu tem chamado atenção não apenas pela excelência técnica, mas também pelo acolhimento humano que marca cada atendimento.
“Nosso propósito é devolver ao paciente não apenas o sorriso, mas a confiança e a alegria de viver. Quando a pessoa volta a sorrir, tudo muda — o olhar, a postura, a vida”, conclui o Dr. Emerson Coimbra.
Coimbra Odontologia
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