Finanças
Imposto de Renda 2024: Quais são as formas de deduzir o valor a ser pago?
Segundo a Receita Federal, este ano promete marcar um avanço significativo na forma como os contribuintes vão prestar contas ao Fisco. A expectativa é de receber aproximadamente 43 milhões de declarações, mas estima-se que 4 milhões de pessoas deixarão de declarar este ano.
Debora Correa Rebellato, contadora e diretora da Contax Contabilidade e Planejamento Tributário, explica que na hora de declarar o Imposto de Renda, as pessoas têm direito a deduções na base de cálculo do tributo do Imposto de Renda, com as despesas que são reconhecidas pela Receita Federal. Abaixo, ela explica o que exatamente pode ser deduzido:
“Em primeiro lugar, é importante saber que as despesas dedutíveis precisam ser comprovadas e só são aplicáveis na declaração completa. Se optar por essa modalidade, você pode deduzir despesas com educação infantil, fundamental, médio e técnico, superior e pós-graduação própria, dos dependentes e alimentandos se for determinado na sentença ou acordo homologado, além de gastos com saúde como planos de saúde, odontológicos, médicos, dentistas, previdência complementar PGBL (até 12% da renda bruta anual) e previdência social (já descontada automaticamente do salário)”, esclarece.
A contadora ainda destaca que também podem ser deduzidos gastos com dependentes, pensão alimentícia (com base em decisão judicial ou acordo homologado). “É importante notar que todas essas deduções são aplicáveis apenas na declaração completa. Se preferir o modelo simplificado, você tem uma dedução automática de até 20% na base de cálculo do Imposto de Renda devido ao fisco”, explica.
Entenda as novas regras da declaração do Imposto de Renda
De acordo com Debora, a principal mudança é o aumento do limite de rendimentos que requer a declaração, devido à alteração na faixa de isenção. “No ano passado, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2.640, equivalente a dois salários mínimos. Isso não afetou as outras faixas da tabela, apenas ampliou o limite de isenção. Isso causou uma série de efeitos que afetarão quem precisa declarar e os valores dedutíveis”, explica.
A contadora ainda revela que a Lei 14.663/2023 aumentou o limite de rendimentos isentos e não tributáveis, bem como o valor mínimo de patrimônio para declarar Imposto de Renda. “Os novos valores que exigem a declaração são: Limite de rendimentos tributáveis (de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90), limite de rendimentos isentos e não tributáveis (de R$ 40 mil para R$ 200 mil), receita bruta da atividade rural (de R$ 142.798,50 para R$ 153.199,50), patrimônio mínimo para declarar (de R$ 300 mil para R$ 800 mil). Outras mudanças incluem a obrigatoriedade de declarar fundos exclusivos e offshores, bem como informações adicionais sobre criptoativos e doações”, destaca.
Debora ainda ressalta que as deduções não foram alteradas. A tabela não afetou o valor por dependente (R$2.275,08), as despesas com instrução (R$3.561,50) e o desconto simplificado (R$16.754,34).
Por fim, Debora esclarece que a declaração do Imposto de Renda 2024 apresenta diversas oportunidades de deduções que podem reduzir significativamente o valor a ser pago ao Fisco. “Desde despesas com educação e saúde até gastos com dependentes e pensão alimentícia, os contribuintes têm a possibilidade de aliviar sua carga tributária, especialmente na modalidade de declaração completa. As recentes alterações nas faixas de isenção e nos limites de rendimentos e patrimônio também influenciam quem precisa realizar a declaração. No entanto, vale ressaltar que as deduções permanecem inalteradas, proporcionando aos contribuintes uma maneira importante de gerenciar suas obrigações fiscais. Compreender essas oportunidades e saber aproveitá-las pode fazer uma diferença significativa no resultado final do Imposto de Renda a ser pago”.
Finanças
Vale a pena considerar consórcio no planejamento das empresas para 2025?
Por Daniel Venancio
Com a proximidade do fim do ano, as empresas se preparam para definir suas estratégias e estabelecer seus orçamentos para 2025, a fim de alocar os recursos de maneira a garantir um crescimento sustentável. Embora métodos tradicionais de financiamento, como os empréstimos, continuem sendo opções, o consórcio cada vez mais desponta como uma alternativa mais estratégica e acessível, principalmente para empresas que buscam expandir operações ou adquirir ativos sem comprometer a saúde financeira.
Diferentemente dos créditos tradicionais, que costumam ser acompanhados de taxas de juros elevadas, o consórcio conta com apenas uma taxa de administração, significativamente inferior aos juros do mercado financeiro. Isso torna essa uma modalidade mais barata e previsível para empresas, que reduzem o custo do produto e podem se beneficiar com melhor preço ou maior rentabilidade.
Ao planejar a aquisição de um bem por meio de um consórcio, as empresas também podem se valer de uma previsibilidade financeira, pois o consórcio possui parcelas fixas com reajustes programados com base em indexadores de mercado ou em produtos de montadoras.
Além disso, uma vez estabelecido o cronograma de contemplações dentro das premissas possíveis, após a contemplação, o crédito é disponibilizado para que os ativos adquiridos comecem a gerar receita, resultando em um retorno sobre o investimento mais rápido e com menor impacto inicial no caixa.
Sustentabilidade financeira
A sustentabilidade financeira proporcionada pelo consórcio, que já tem 60 anos de mercado, se destaca ainda mais em momentos de instabilidade econômica, já que o produto não sofre influência do mercado externo, garantindo a solidez do valor investido. Com mais de 11 milhões de consorciados ativos no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, o segmento cresce de maneira sólida e é regulado pelo Banco Central, proporcionando transparência e segurança às empresas que optam pela modalidade.
Em um cenário em que o controle de despesas e o acesso a crédito mais barato são fundamentais para a competitividade, o consórcio emerge como uma estratégia diferenciada. Afinal, empresas que conseguem adquirir bens e ativos produtivos com um custo mais baixo tornam-se mais competitivas, seja pela possibilidade de oferecer preços mais atrativos ou por aumentar sua margem de rentabilidade.
Setores como transporte, construção civil e serviços já têm amplamente se beneficiado da modalidade, com destaque para a renovação de frotas e aquisição de imóveis por construtoras. Com um leque variado de ativos, o consórcio permite às empresas diversificarem suas aquisições e planejarem suas expansões de maneira estratégica, contando com a flexibilidade para adaptar os planejamentos ao fluxo de caixa e às necessidades operacionais.
Investimento estratégico
No momento atual, em que muitas empresas estão finalizando seus orçamentos para 2025, o consórcio deve ser considerado como parte do planejamento de capital. O produto tem crescido em popularidade não apenas como uma ferramenta de aquisição de bens, mas como parte de uma estratégia de longo prazo, que visa distribuir investimentos e garantir maior segurança na gestão de ativos.
A Resolução 285, recentemente divulgada pelo Banco Central, regulamenta pontos importantes para garantir a saúde financeira dos grupos de consórcio, reforçando ainda mais a segurança. Isso demonstra que a entidade reguladora está comprometida em qualificar o segmento, assegurando que o consórcio continue sendo uma opção viável e vantajosa para as empresas.
Diante de um cenário econômico instável e a necessidade de inovação nos métodos de aquisição de ativos, incluir o consórcio no planejamento estratégico de 2025 é uma decisão que pode trazer grandes benefícios às empresas. A previsibilidade de custos, o baixo impacto no caixa e a flexibilidade na aquisição fazem do consórcio uma ferramenta ideal para empresas que querem se manter competitivas e crescer de forma sustentável.
Daniel Venancio é Diretor Estratégico na Âncora Consórcios, uma das 15 maiores administradoras independentes de consórcios do Brasil.
Finanças
Oportunidades de fim de ano: veja como encontrar um trabalho temporário e garantir uma renda extra
Além de um dinheiro a mais, esses trabalhos podem representar uma chance de efetivação
O fim do ano é uma das épocas em que é possível conseguir um trabalho temporário, sendo uma ótima opção para aqueles que querem fazer um dinheiro extra ou estão desempregados. A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) prevê um número de 450 mil novos contratos de trabalho temporário no país entre os meses de outubro, novembro e dezembro de 2024.
Impulsionado pelas datas comemorativas da época, o comércio é um dos setores que geralmente concentra mais oportunidades. Contudo, é possível encontrar vagas temporárias em outras áreas, como logística, distribuição e na indústria.
Como conseguir?
A busca por uma vaga temporária deve englobar alguns aspectos importantes. Para isso, alguns passos são bem-vindos para tornar a candidatura mais atrativa aos olhos dos recrutadores:
Invista no currículo: use informações claras e objetivas, destacando as habilidades que mais correspondem ao perfil da vaga. O candidato ainda pode adaptar o objetivo, de modo que atenda aos diferentes requisitos das vagas disponíveis.
Não se esqueça das referências: esse ponto é muito valorizado quando se trata de oportunidades temporárias. O ideal é que a pessoa disponibilize o contato de gestores das suas experiências anteriores. Além disso, destacar essas experiências anteriores valoriza o currículo.
Esteja aberto para atuar em diferentes setores: para aqueles que estão precisando de uma oportunidade, é importante a disponibilidade e adaptabilidade para vagas em áreas diferentes. Nesse sentido, o candidato pode fazer um balanço daquilo que faz de melhor, selecionando as áreas possíveis para trabalhar.
Aposte na formação: é comum não exigir experiências anteriores para trabalhos temporários. Dessa forma, é possível destacar a formação e outros cursos, caso houver.
Como ser efetivado
As vagas temporárias podem representar uma porta de entrada para uma oportunidade fixa. Nesse sentido, é importante que o trabalhador esteja atento aos detalhes, demonstrando interesse em aprender, com atitude proativa e entregando resultados. Outra alternativa que pode ser utilizada é a conversa com o gestor ou supervisor para discutir possibilidades de efetivação.
A vaga ideal
Ao optar por um trabalho temporário, a busca pode ser feita por meio de plataformas digitais, utilizando filtros e cadastrando currículos gratuitamente. Uma delas é o buscador de vagas da Refuturiza, ecossistema que une educação e empregabilidade, no qual é possível encontrar oportunidades em todo o Brasil. A plataforma está disponível no link: https://vagas.refuturiza.com.br/.
Sobre a Refuturiza
Apoiada nos pilares de conexão, capacitação e gestão, a Refuturiza é a primeira plataforma digital brasileira a unir educação à empregabilidade, oferecendo mais 1.300 cursos com certificado, divulgando vagas de emprego e apoiando empresas e candidatos a realizarem processos seletivos de modo ágil e otimizado. Com mais de 1.000 empresas cadastradas e cerca de 200 mil talentos em sua base, a Refuturiza oferece serviços personalizados para os segmentos B2B e B2C, cujos planos de acesso saem a partir de R$ 12,99 por mês. A Refuturiza integra o Grupo Cartão de TODOS, enquanto braço de empregabilidade da marca, e é regida pelo modelo de gestão da Administração Solidária, onde o foco está na contribuição para o desenvolvimento social do país.
Finanças
Fiquei desempregado, e agora? Especialista em carreira lista ações que podem te ajudar a voltar para o mercado de trabalho
Para especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza, Renata Fonseca, o primeiro passo é o balanço do próprio desenvolvimento nas últimas experiências profissionais
O desemprego pode gerar muitas frustrações e ansiedade. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o número de pessoas desempregadas em 2024 é de 7,3 milhões. Pensar no caminho a seguir e recalcular a rota é um momento decisivo para partir em busca da nova oportunidade e se preparar para os processos seletivos que virão.
“Como em toda transição, esse momento pós desligamento é bastante propício para que o profissional faça um balanço do seu desenvolvimento profissional durante o tempo em que esteve na empresa”, pontua a psicóloga, especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza, Renata Fonseca. Para ela, se perguntar qual foi o crescimento profissional e os aprendizados obtidos até àquele momento, e o modo como foram alcançados, são formas positivas de autoavaliação.
No entanto, a recolocação pode ser um desafio, especialmente para aqueles profissionais que atuaram por muito tempo em uma mesma empresa. Assim, é essencial que haja um foco em se manter atualizado para atrair a atenção dos recrutadores. A especialista elenca algumas ações que podem ser tomadas na busca de um novo emprego.
1. Atualizar o currículo e o LinkedIn
O documento é a porta de entrada para os processos seletivos. Por isso, é essencial atualizá-lo, com informações relevantes e objetivas, deixando claro as suas soft e hard skills.
Além disso, a rede social pode render frutos e oportunidades. Dentre muitas funcionalidades, seus usuários podem pesquisar sobre as principais empresas do setor em que atua. “Muitas pessoas lembram do currículo, mas esquecem da importância do LinkedIn. Por se tratar de uma rede social, toda atualização que você faz fica imediatamente disponível para ser acessada por colegas e empresas. Então, é uma ferramenta rápida de divulgação do seu próprio trabalho”, sinaliza Renata.
Ela ainda sinaliza que a rede social é uma forte ferramenta para prospecção, mas também incorpora outras funções relevantes. “O LinkedIn tem uma funcionalidade muito bacana que é a indicação. Você pode pedir aos seus antigos colegas e líderes que escrevam uma recomendação, ressaltando seus pontos fortes. Isso é algo que agrega credibilidade e pode ser muito importante para entrar novamente no mercado de trabalho”, explica.
2. Aprimoramento das habilidades
As habilidades compreendem um pilar fundamental durante a recolocação no mercado de trabalho, pois determinam as competências para executar uma atividade, seja em grupo ou individual. “Cada vez mais, as empresas estão buscando profissionais que tenham em seu repertório as chamadas soft skills, que são as habilidades comportamentais. Em tempos de avanço da Inteligência Artificial, são elas que nos diferenciam das ‘máquinas’, porque são próprias do ser humano”, evidencia a especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza.
Ao passo que as habilidades se tornam gradualmente mais atrativas para os recrutadores, também é necessária uma autoavaliação constante por parte de quem está buscando a recolocação profissional. Isso permite a identificação de pontos fortes e pontos a melhorar, indica Renata. “Verifique quais cursos ou treinamentos podem ampliar seu acervo de hard e soft skills e faça um planejamento para alcançar essas metas”, frisa.
Segundo ela, inteligência emocional e comunicação não violenta são habilidades valiosas, pois influenciam as relações entre colegas e líderes. “Mas é importante que o profissional busque quais skills são mais relevantes ao seu cargo e à organização em que ele deseja trabalhar”, pontua.
3. Construir uma rede de contatos
Outro aspecto que otimiza a busca pela vaga ideal é a rede de contatos. De acordo com Renata, essa rede é construída ao longo das experiências profissionais. “Desenvolver uma boa rede de contatos, o chamado network, é fundamental para que o profissional construa boas oportunidades. O mercado de trabalho é feito de relações e são elas que costumam abrir portas para uma contratação”, expõe.
Ela salienta o quanto líderes e colegas são essenciais nesse processo, pois são pessoas que podem viabilizar uma indicação. Manter uma boa relação com esses sujeitos é uma forma de manter portas abertas mesmo após o desligamento. “Isso significa encarar o desligamento de uma forma madura, conservando o respeito pelas pessoas com as quais você trabalhou”, mostra.
4. Postura e erros durante a entrevista
O momento da entrevista é decisivo e pode gerar enganos quanto à forma de se portar. A psicóloga e sócia da Refuturiza enfatiza que um deles é criticar a experiência anterior. Esse tipo de postura pode causar dúvidas aos recrutadores e diminuir as chances de contratação.
“Além disso, falar mal do emprego anterior também imprime a sensação de imaturidade por parte do profissional, que não assume a sua parcela de responsabilidade nos problemas dessa relação de trabalho. Será que todo o problema recai sobre a empresa? O que será que de fato aconteceu para que a relação desandasse? São esses os questionamentos que podem surgir quando o profissional adota essa postura em uma entrevista”, acentua Renata.
Como manter a motivação e o bem-estar mental
Perder um emprego é um fator delicado e que pode fragilizar muitas pessoas, não só no aspecto material, como também mental, afetando a autoestima profissional. “O desligamento não significa que você é um profissional ruim. Significa que seu perfil profissional não é aquele que a empresa está buscando, mas certamente há uma organização que busca um colaborador com o seu perfil”, observa.
Renata frisa que a inteligência emocional nessas horas é fundamental, de modo que a pessoa esteja atenta à saúde mental. “É nessas horas que se deve construir o conhecimento de que vínculos profissionais são, antes de tudo, relações. E tal como na nossa vida pessoal, existem tentativas de relacionamento que, por incompatibilidade, não vão adiante. E isso não é um problema nem de uma parte, nem de outra. Simplesmente não houve o match, a conexão necessária para que o relacionamento funcionasse”, finaliza.
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