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Inspirado no livro de Yukiko Sugihara, Desobediência estreia dia 2 de novembro no Teatro Arthur Azevedo

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Crédito: Joelma Do Couto

Com texto de Renata Mizrahi, espetáculo narra trajetória de japonês que salvou mais de 6 mil vidas de refugiados judeus em plena Segunda Guerra Mundial

Um ato heroico e humanitário em plena Segunda Guerra Mundial é retratado pela peça Desobediência, texto inédito de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “Passaporte para a Vida”, de Yukiko Sugihara. O espetáculo, dirigido por Regina Galdino, estreia no dia 2 de novembro, às 21h no Teatro Arthur de Azevedo.


A peça foi idealizada por Rogério Nagai, que também está no elenco ao lado de Beatriz Diaféria, Carla Passos e Ricardo Oshiro.


A montagem faz parte do projeto do Coletivo Oriente-se, em coprodução com a Nagai Produções Artísticas e Culturais.


A trama narra de forma não-linear a jornada de Chiune Sugihara, um representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 2 mil vistos para judeus refugiados da Polônia ao longo de 20 dias, desobedecendo às ordens do Japão – que participava do Eixo, aliança com a Alemanha nazista e a Itália fascista.


Esses documentos se transformaram em mais de 6 mil vidas judias salvas durante a guerra. A história é contada pelo ponto de vista de Yukiko, a esposa do representante, que narra a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, o nascimento dos filhos, os privilégios que tiveram na guerra, o episódio da desobediência, a derrota, a fuga, a prisão, a volta à terra-natal e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida.


“Acho que o texto discute como, às vezes, seguimos na vida de forma automática, sem olhar para o lado, e acabamos naturalizando barbaridades, como o fato de alguém estar morrendo de fome na rua enquanto outra pessoa ostenta por aí uma vida milionária. Acredito que a voz da Yukiko é muito importante. Já naquela época, ela falava de empoderamento, de machismo, de sexismo e de xenofobia”, comenta a autora Renata Mizrahi.


Já a diretora Regina Galdino acredita que o Desobediência é importante para nos mostrar caminhos em que o humanismo venceu o autoritarismo, sobretudo quando vivemos um retorno da extrema direita em todo o mundo. “Temas como as intolerâncias religiosa e étnica, a perseguição ideológica, as guerras pelo poder e territórios, a desumanidade, os refugiados e as crises econômicas, a desobediência a regras desumanas e a liberdade feminina estão presentes nesta história de esperança e obstinação na luta pela vida, com um elenco de nipo-brasileiros”, complementa.


Ela ainda conta que a peça passeia pelo tempo e espaço de forma dinâmica, sem seguir a ordem cronológica, “em um jogo de aproximações e choques entre as culturas japonesa, judaica e europeia”.
“O casal Chiune e Yukiko Sugihara contracena com diversas personagens interpretadas por um ator e uma atriz e optamos por figurinos atemporais, que ampliam a atualidade da história. O cenário e os elementos de cena são sintéticos e não-realistas estabelecendo, de forma abstrata, com a ajuda da iluminação, todas as cidades pelas quais o casal passou, desde Helsink, na Finlândia, até o retorno ao Japão, passando por Kaunas, na Lituânia; Berlim, na Alemanha; Praga, na então Tchecoslováquia; Konigsberg, na antiga Prússia, e Bucareste, na Romênia”, revela Galdino sobre a encenação.


A encenadora conta inda que o grupo pesquisou como despertar a imaginação do público com imagens abstratas, não-realistas e inusitadas por meio de um cenário surrealista e de tecidos vermelhos utilizados no lugar de objetos.


“A expressão corporal e a interpretação dos atores e atrizes convidarão o público, de forma sintética, a imaginar trens, florestas, praias, navios, salões de baile, consulados, prisões, máquinas de escrever e fuzis, além dos vistos emitidos para os judeus. Misturando drama e humor, contamos essa história pouco conhecida pelo público usando figurinos atemporais cinzas, “manchados” por tecidos vermelhos, com diferentes funções; um painel de fundo preto e branco com imagem surrealista; projeções abstratas; e a música original, com um tema e variações para passear por diferentes países e culturas”, acrescenta.


Sinopse
Desobediência é uma peça inédita de Renata Mizrahi livremente inspirada no livro “Passaporte Para a Vida”, de Yukiko Sugihara. A peça conta, de forma não-linear, a jornada de Chiune Sugihara, representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 2 mil vistos para judeus refugiados da Polônia, desobedecendo às ordens do Japão, aliado da Alemanha e Itália. Os 2 mil vistos se transformaram em mais de 6 mil vidas judias salvas na guerra. A história é contada pelo ponto de vista da esposa Yukiko: a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, os filhos, os privilégios que tiveram na guerra, a desobediência ao consulado japonês, a derrota, a fuga, a prisão, a volta ao Japão e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. O texto é um drama, com doses de humor.


Ficha Técnica
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Regina Galdino
Elenco: Beatriz Diaféria, Carla Passocs, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai
Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen
Vídeo mapping e operação de som: Alexandre Mercki
Música original: Daniel Grajew e Bruno Menegatti
Iluminação: Paula da Selva
Operação de luz: Paula da Selva e Fábio Ferretti.
Produção executiva: Amanda Andrade
Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai
Assistência de Direção: Edson Kameda
Fotografia: Joelma Do Couto
Mídias sociais: Lol Digital
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Comunicação visual: Pethra Ubarana
Realização: Coletivo Oriente-se, Nagai Produções e Secretaria Municipal de Cultural – Lei de Fomento ao Teatro

Serviço
Desobediência, de Renata Mizrahi

Teatro Arthur Azevedo
2 a 5 de novembro
Horários: quinta, sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 19h
Av. Paes de Barros, 955, Alto da Mooca

Céu São Miguel
8 de novembro, às 16h e às 20h
R. Joaquim Moreira, S/N – Parque Sao Miguel

Centro Cultural da Diversidade
7 e 8 de dezembro, às 20h
R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi

Grátis
12 anos
75 minutos
@nagaiproducoes

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Entretenimento

Cantor Eric Carvalho se apresenta no Bahia Gospel Festival em Camaçari

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Foto Divulgação
Foto Divulgação

 

 

 

O artista se prepara para gravar mais um projeto audiovisual ainda em 2025

 

Natural de Camaçari, o cantor Eric Carvalho se apresenta no maior evento de música cristã do Brasil, Bahia Gospel Festival, encontro que promete reunir milhares de pessoas em dois dias de muita música, fé e celebração. O festival acontece nos dias 21 e 22 de novembro, no Espaço Camaçari 2000, com entrada gratuita.

 

Contando os dias para se apresentar em sua cidade natal, Eric destaca a emoção de participar de um evento que fortalece a música cristã no estado.

 

“Voltar ao meu povo e louvar a Deus aqui, onde tudo começou, é uma honra enorme. Quero entregar o meu melhor e viver com Camaçari uma noite marcada pela presença de Deus”, afirma o cantor.

 

Além da expectativa para sua apresentação no festival, Eric Carvalho celebra um novo momento em sua carreira. O cantor se prepara para a gravação de mais um projeto audiovisual, previsto para ainda em 2025. O trabalho marcará uma nova fase artística, reunindo canções autorais e participações especiais. 

 

“Esse novo projeto tem sido um presente de Deus na minha vida. Estou vivendo um tempo de muita inspiração e quero registrar tudo isso de forma especial para o público”, destaca Eric.

 

O Bahia Gospel Festival deve movimentar a Região Metropolitana, reunindo artistas de destaque nacional e bandas locais em uma grande festa de louvor.

 

O evento é uma realização do Governo do Estado da Bahia, por meio da Sufotur, e conta com o apoio das Igrejas Evangélicas da Bahia, da Prefeitura de Camaçari, do Programa Bahia Sem Fome e de outras instituições parceiras, reforçando o compromisso conjunto de promover cultura, espiritualidade e entretenimento com responsabilidade social.

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Cultura

Semana da Consciência Negra: Lucas Popeta chega ao Centro Cultural Justiça Federal com o aclamado monólogo “Quebrando Paradigmas”

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Lucas Popeta em Quebrando Paradigmas - Crédito fotográfico Ariel Santos
Lucas Popeta em Quebrando Paradigmas - Crédito fotográfico Ariel Santos

Aclamado por público e crítica, espetáculo apresenta, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil  

Lucas Popeta está de volta aos palcos com seu aclamado espetáculo “Quebrando Paradigmas”. Após o sucesso das apresentações no Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa, o monólogo chega ao Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no Centro do Rio, com sessões de sexta a domingo, às 19h, até 30 de novembro, e de quinta a domingo, às 19h, de 04 a 21 de dezembro.

A peça reflete sobre resistência, arte e representatividade, apresentando, sob o ponto de vista teatral, a trajetória da identidade negra no Brasil. Em cena, Popeta narra a história do país por meio da arte dramática, vista pelos olhos de um jovem negro de 23 anos. Inspirado na vida e no legado de Abdias Nascimento e do Teatro Experimental do Negro (TEN), o projeto destaca figuras históricas fundamentais, como Maria do Nascimento, Arinda Serafim e Marina Gonçalves, ressaltando o protagonismo de mulheres negras na formação cultural do país.

Para o ator Lucas Popeta, contar essa história é muito importante para nossa identidade, porque cada vez mais estamos conhecendo quem realmente construiu o país onde a gente vive e cresce. “Dar nome e voz a essas pessoas é reencontrar a história que não nos ensinaram nas escolas e que agora temos autonomia pra descobrir. É entender de onde viemos e poder escolher, com consciência, pra onde queremos ir. Isso é muito novo, porque há 50 anos atrás a gente não tinha essa mentalidade. Vivemos num país jovem, que ainda está se entendendo enquanto nação. Mas é através da história recuperada que a gente alimenta a esperança de construir um futuro com mais dignidade, mais consciência e condições melhores do que as que os nossos ancestrais tiveram”, explica.

O monólogo é idealizado pelo ator, que também assina o texto. A produção é totalmente independente e conta com a direção geral de Gizelly de Paula, a direção musical de Beà Ayòóla, a direção de movimento de Marili Stefany, a direção de produção de Gabriela Nascimento, figurino de Carla Costa, preparação vocal de Adriana Micarelli e assistência dramatúrgica de Gabriela Nascimento e Patrícia Regina.

Ficha técnica:

Idealização, dramaturgia e atuação: Lucas Popeta

Direção: Gizelly de Paula

Direção de Produção: Gabriela Nascimento

Direção Musical: Beà Ayòóla

Direção de Movimento: Marili Stefany

Figurino: Carla Costa

Iluminação: Domingos e Wladimir Alves

Preparação Vocal: Adriana Micarelli

Assistência Dramatúrgica: Gabriela Nascimento e Patrícia Regina 

Fotografia: Ariel Santos e Kelly Trindade

Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho

Grupo/Proponente: Popeta Produções Artísticas

Produção: Independente (sem lei de incentivo)

Serviço:

Temporada:

– De 14 a 30 de novembro, de sexta a domingo, às 19h

– De 04 a 21 de dezembro, de quinta a domingo, às 19h  

Local: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), vendas pelo link https://www.sympla.com.br/evento/quebrando-paradigmas/3210898

Classificação etária: livre

Duração: 60 minutos

Gênero: Drama contemporâneo

Lotação: 200 lugares

Redes sociais: 

https://www.instagram.com/lucaspopeta
https://www.instagram.com/popetaproducoes

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Cultura

Pioneiro no Jazz Rap, Mental Abstrato faz últimos shows no RJ pelo projeto SESC Pulsar

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MENTAL ABSTRATO - CRÉDITO - FELIPE GIUBILEI
MENTAL ABSTRATO - CRÉDITO - FELIPE GIUBILEI

Grupo se apresenta em São João de Meriti e São Gonçalo

Referência e precursora do Jazz Rap da periferia de São Paulo para o mundo, a banda Mental Abstrato apresenta o álbum “Uzoma” em série de shows no estado do Rio de Janeiro, dentro do projeto SESC Pulsar 2025. Com 4 discos lançados com exclusividade no Japão, EUA e diversos singles por selos europeus, o grupo construiu uma trajetória internacional sem perder o vínculo com a cultura periférica que o inspira desde 2005. A mini tour, que já passou por Teresópolis e pela capital, se encerra na unidade do SESC em São João de Meriti na sexta-feira, dia 21 de novembro, às 19h, e na de São Gonçalo no sábado, 22 de novembro, às 18h.

Uzoma — palavra de origem africana que significa “bom caminho” — traduz uma fusão de jazz contemporâneo, hip hop instrumental, soul e ritmos afro-brasileiros, propondo uma viagem sonora entre ancestralidade e modernidade. O trio formado por Omig (percussão), Calmão (MPC) e Guimas Santos (baixo) vem acompanhado de Marcelo Monteiro (sax e flauta), Thiago Duar (guitarra), Mauricio Orsolini (teclados) e Gil Duarte (trombone e flauta), criando uma atmosfera musical cinematográfica e sensorial que reafirma o Mental Abstrato como um dos nomes mais inovadores da cena instrumental e urbana contemporânea.

Este projeto é realizado através do Edital de Cultura SESC RJ Pulsar, iniciativa do SESC Rio que incentiva a produção artística e cultural em suas diversas manifestações.

Mental Abstrato

A essência do jazz contemporâneo e do Hip Hop se encontram em perfeita harmonia com as raridades da música brasileira dentro desse projeto. Formado pelos músicos e produtores Omig One, Calmão Tranquis e Guimas Santos, desde 2005 o Mental Abstrato já acumula na bagagem 4 discos lançados com exclusividade no Japão, Estados Unidos e diversos singles lançados por selos europeus, com grande reconhecimento internacional sendo precursores do estilo Jazz Rap no Brasil, representando a música brasileira contemporânea, dos subúrbios de São Paulo para o mundo.

Mental Abstrato vem ganhando destaque nos últimos anos, realizando shows em festivais de música pelo Brasil e mundo afora, tocando junto ou no mesmo palco que Elza Soares, João Donato, Azymuth, Duofel, Bocato e os americanos Robert Glasper, Joey Bada$$ os italianos Nu Guinea, entre outros. Já participaram de seus shows artistas convidados como a lendária cantora Claudya, Bocato, Tássia Reis, Rincon Sapiência, Karol Conka, Rico Dalasam, Di Melo, Karla da Silva, Rashid, Xênia França, Izzy Gordon e muitos outros.

Serviço:

SESC São João de Meriti – 21/11 (sexta-feira), 19h

Av. Automóvel Clube, 66 – Centro, São João de Meriti – RJ

SESC São Gonçalo – 22/11 (sábado), 18h

Av. Pres. Kennedy, 755 – Estrela do Norte, São Gonçalo – RJ

Ingressos: R$ 15 (inteira), R$ 7,50 (meia entrada para casos previstos por lei, estendida a professores e classe artística mediante apresentação de registro profissional e programa Mesa Brasil), R$ 7,50 (convênio), R$ 5 (credencial plena), gratuito (público PCG)

Rede social:

https://www.instagram.com/mental_abstrato
https://www.instagram.com/sescrio

Assessoria de imprensa: Carlos Pinho

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