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Economia

Mercado financeiro eleva previsão da inflação pela 18ª semana seguida

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© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 5,58% para 5,6% este ano. Essa é a 18ª elevação seguida. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também subiu de 4,3% para 4,35%. Para 2027 e 2028, as previsões foram elevadas para 4% e 3,8%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Em janeiro, a inflação oficial perdeu força e ficou em 0,16%  de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor resultado para um mês de janeiro desde 1994, ou seja, desde antes do Plano Real, iniciado em julho daquele ano.

A explicação para a desaceleração do IPCA é o Bônus Itaipu, desconto que milhões de brasileiros tiveram na conta de luz do mês passado. Em dezembro de 2024, o IPCA tinha ficado em 0,52%. A desaceleração não significa que os preços ficaram mais baixos, e sim que, na média, subiram em menor velocidade.

No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 4,56%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A alta do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros, na reunião de janeiro. Esse foi o quarto aumento seguido da Selic e consolida um ciclo de contração na política monetária. Em relação às próximas reuniões, o Copom confirmou que elevará a Selic em 1 ponto percentual na reunião de março, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,03% para 2,01%. Para 2026, a expectativa para o PIB é de crescimento de 1,7%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,98% e 2%, respectivamente.

No terceiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) subiu 0,9% em comparação com o segundo trimestre. De acordo com o IBGE, a alta acumulada no ano – de janeiro a setembro do ano passado – é 3,3%.

O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado em 7 de março pelo IBGE. Em 2023, superando as projeções, a economia brasileira cresceu 3,2%. Em 2022, a taxa de expansão foi de 3%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 6 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique no mesmo patamar.

 

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Economia

Empresas podem reduzir custos sem comprometer a operação? Especialista ensina como

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Jorge Gonçalves, conselheiro empresarial, dá dicas de como reduzir custos de forma consciente

Diante do verdadeiro malabarismo para equilibrar as contas de uma empresa, cortar custos sem comprometer a operação se torna um desafio. Todo mês, a organização tem compromissos inadiáveis, como folha de pagamento, pró-labore, aluguel e contas de consumo. De acordo com o portal Contabilizei, os custos mensais de uma microempresa variam entre 4 a 30% do faturamento. O valor que a empresa precisa gastar para se manter ativa pode ser o marco entre lucro e prejuízo.

Mas como cortar gastos sem afetar a qualidade do produto ou serviço? Jorge Gonçalves, advogado, conselheiro empresarial e CEO da empresa Gonçalves Consultoria, dará 5 dicas para que essa redução de custos seja a mais benéfica possível para a companhia. “Empresas que simplesmente cortam despesas sem uma análise aprofundada podem comprometer sua capacidade produtiva e a experiência do cliente. O ideal é encontrar formas de otimizar gastos sem afetar a estrutura essencial do negócio”, comenta.

 – Análise de gastos
O primeiro passo para reduzir custos é entender exatamente onde o dinheiro está sendo gasto. Isso envolve a análise detalhada do fluxo de caixa, a categorização dos principais custos e a identificação de desperdícios. O especialista recomenda o uso de ferramentas de gestão financeira que permitam visualizar os gastos em tempo real e facilitar a tomada de decisão.

– Negociação com fornecedores
Renegociar contratos e buscar fornecedores com o melhor preço pode trazer uma redução significativa nos custos. “Muitos empresários não percebem que têm margem para negociar prazos, preços e condições mais vantajosas. É essencial avaliar constantemente os fornecedores e explorar alternativas mais econômicas”, sugere.

– Automação e tecnologia
A digitalização pode ser uma grande aliada na redução de custos. Softwares de gestão, automação de processos e soluções em nuvem ajudam a eliminar tarefas manuais, reduzir erros e aumentar a produtividade da equipe. Investir em tecnologia não é um custo, mas um caminho para economizar a longo prazo.

 – Revisão de processos internos
A eficiência operacional passa pela otimização de processos. Isso significa identificar atividades redundantes, eliminar burocracias desnecessárias e redistribuir funções para aumentar a produtividade. Pequenas mudanças podem gerar economias significativas, como a digitalização de documentos ou a adoção do home office para reduzir despesas com estrutura física.

– Cultura de economia na empresa
Os colaboradores também desempenham um papel fundamental na redução de custos. Criar uma cultura organizacional voltada para a economia e conscientizar a equipe sobre o impacto dos gastos pode fazer a diferença. “Pequenos hábitos, como evitar desperdício de materiais e energia, já trazem impacto positivo no orçamento”, ressalta o conselheiro.

Reduzir custos sem comprometer a operação exige planejamento e estratégia. O segredo está em analisar os gastos de forma detalhada, buscar renegociações, investir em tecnologia e envolver a equipe na otimização dos recursos. Para Jorge, empresas que adotam uma gestão financeira eficiente conseguem não apenas economizar, mas também se tornar mais competitivas no mercado.

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Economia

Presença feminina: como as mulheres transformam setores

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Empatia e escuta ativa, fortalecem o relacionamento com o cliente

 De acordo com dados divulgados pelo portal Você S/A, a força de trabalho feminina domina as áreas de atendimento ao cliente e telemarketing, representando expressivos 59,5%. Isso significa que, no Brasil, as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço no mercado de trabalho, especialmente nos setores de relacionamento, onde se destacam pela empatia e personalização de discursos.

Elas são capazes de se comunicar de forma clara e objetiva, consequência de uma ótima escuta ativa. Além disso, são multitarefas, onde conseguem, em curto espaço de tempo, resolver problemas com mais facilidade por olharem de vários ângulos, enxergando várias possibilidades.

“Especialmente no atendimento ativo de cobrança, tratar o cliente de forma humanizada é indispensável. As mulheres costumam ser empáticas e compreensivas, trazendo um conforto para quem está passando pelo momento difícil de endividamento, facilitando uma negociação nos termos que o consumidor consiga cumprir”, comenta Edemilson Koji Motoda, diretor do Grupo KSL, especialista em cobrança amigável e jurídica.

Esse comportamento, muitas vezes associado à habilidade natural de lidar com as emoções e necessidades dos outros, resulta em um atendimento mais acolhedor e eficaz, favorecendo a satisfação dos clientes, culminando na recuperação do crédito. Além do mais, mulheres têm uma melhor inteligência emocional, conseguindo permanecer no controle mesmo sob condições de pressão de um cliente irritado, por exemplo.

“Um consumidor com dívidas muitas vezes se sente envergonhado por não honrar seus compromissos. Ao ser cobrado de forma gentil e humanizada, ele se sente acolhido, aumentando a sua abertura para acordos e negociações”, complementa Edemilson. Todo esse conjunto de habilidades é um diferencial competitivo no mercado, especialmente em um cenário onde o consumidor a cada dia preza mais pela qualidade do atendimento.

Atualmente, o grupo KSL se destaca não somente pelo seu modelo de cobrança humanizada, mas também pela valorização da liderança feminina na empresa. Das posições de gestão, 47% são ocupadas por mulheres, refletindo seu compromisso em promover a igualdade de gênero e reconhecer o talento e a competência dessas profissionais.

Mulheres em cargos de liderança trazem novas perspectivas e estratégias para aprimorar o relacionamento com os clientes e a eficiência dos processos.

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Economia

Apostas on-line e Imposto de Renda: 7 dúvidas comuns sobre a declaração

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Crédito: Envato

Rendimentos provenientes de apostas on-line são considerados tributáveis pela Receita Federal; omissão pode gerar multas e outras penalidades

Se o número de gols em uma partida de futebol, o campeão de determinado torneio ou o nome do jogador que levaria cartão vermelho renderam dinheiro em 2024, chegou a hora de declarar oficialmente esses valores. E atenção: os ganhos com apostas on-line, sejam de qual natureza forem, devem ser declarados à Receita Federal independentemente do valor, porque são considerados tributáveis. Com os prazos do Imposto de Renda se aproximando, especialista explica como fazer a declaração e incluir os valores provenientes das bets.

A Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações em 2025, número quase 9% maior que o registrado no ano passado, que foi de 42,4 milhões. O prazo vai até 30 de maio e a penalidade para o contribuinte que não declarar o imposto é uma multa mínima de R$ 165,74 mais até 20% do imposto devido. E o dinheiro recebido em plataformas de apostas também entra na lista de rendimentos tributáveis com declaração obrigatória por parte do contribuinte, como explica o professor do MBA em Controladoria e Finanças da Universidade Positivo (UP) e controller do Grupo Positivo, Marco Aurélio Pitta.

  1. Quando os ganhos com bets precisam ser declarados?

“Ganhos obtidos com apostas esportivas e outros tipos de apostas, ainda que tenham sido feitas on-line, devem ser declarados, independentemente do valor. A omissão pode resultar em multas e outras penalidades”, esclarece.

  1. A partir de que valor é preciso declarar?

“Prêmios com apostas devem ser declarados anualmente, assim como outros rendimentos. Eles entram na seção ‘Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva’. Mesmo valores recebidos dentro da faixa de isenção precisarão ser informados no momento da declaração anual do IR.”

  1. Onde e como declarar esses ganhos no programa do IRPF?

“Informe os ganhos na ficha ‘Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva’, opção 12 – outros. Inclua o CNPJ da casa de apostas e o valor recebido”, ensina o especialista.

  1. É possível declarar também o que foi gasto com as bets?

“Não. A Receita Federal exige a declaração dos ganhos líquidos, ou seja, o valor total recebido menos o valor apostado. Portanto, os gastos com as apostas não são dedutíveis separadamente; apenas os ganhos líquidos devem ser informados.”

  1. Como identificar a fonte pagadora?

“Utilize o CNPJ e o nome da empresa responsável pela plataforma de apostas. Por isso, ter um documento com a formalização da aposta é muito importante”, aconselha.

  1. Dinheiro ganho em apostas e, posteriormente, reinvestido, será tributado duas vezes?

“Não. Os ganhos com apostas são tributados no momento em que são recebidos. Se esses valores forem posteriormente investidos, apenas os rendimentos desses investimentos serão tributados conforme as regras específicas de cada aplicação financeira.”

  1. Se, em vez de transferir o dinheiro ganho para o banco, o contribuinte deixar os valores na conta da plataforma de apostas, esses valores também precisam ser declarados?

“Sim. Mesmo que os valores não sejam transferidos para a conta bancária do contribuinte, os ganhos devem ser declarados no momento em que são creditados na conta da plataforma de apostas. A permanência dos valores na conta da casa de apostas não exime o contribuinte da obrigação de declarar e recolher o imposto devido. Tais saldos têm que ser lançados na ficha de Bens e Direitos”, completa Pitta.

Sobre a Universidade Positivo

A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR) e uma em Londrina (PR), e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, cinco programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/

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