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Mulheres do DF marcham por políticas públicas e contra o feminicídio

Mulheres e homens de cerca de 30 movimentos sociais, entidades e partidos políticos de esquerda do Distrito Federal marcharam, neste sábado (8), pedindo por políticas públicas que atendam as mulheres, em suas diversas necessidades, e, principalmente, um combate efetivo à violência contra a mulher e o feminicídio. O ato 8M Unificadas DF e Entorno ocorreu na área central de Brasília em celebração ao Dia Internacional da Mulher.
Para Rita Andrade, do Levante Feminista Contra o Feminicídio, é um dia de celebrar as conquistas, fortalecer os movimentos de mulheres e lembrar que “tem muita estrada pela frente”.
“A gente diz que, acima de tudo, é uma marcha pela vida de todas as mulheres, contra o machismo, o racismo e o fascismo, sem anistia. Esse é o mote deste ano”, disse.
Rita Andrade participa da Marcha no 8 de março, Dia Internacional da Mulher. José Cruz/Agência Brasil
Ana Paula Cusinato, militante da Marcha Mundial de Mulheres, reafirmou a necessidade de políticas públicas fortes, do combate à violência e lembrou que a luta feminista também é dos homens.
“O feminismo que a gente defende, que é o feminismo da classe trabalhadora, ele precisa ser abraçado também pelos homens que nos apoiam. Porque uma sociedade igual, com a igualdade entre homens e mulheres, ela será boa para todas as pessoas”, destacou.
A estudante Luiza Eineck, do movimento Pão e Rosas, pediu por políticas para as mulheres trabalhadoras, que, para ela, são as que mais sofrem com a precarização do trabalho, as jornadas duplas e triplas e a exploração.
O movimento defende o fim da escala de seis dias de trabalho por um de folga (escala 6×1) e a redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial.
Estudante Luiza Eineck, na marca do Dia Internacional da Mulher. Foto: José Cruz/Agência Brasil
“A grande questão é como essa geração [de mulheres] pode aprender com o passado para lutar por um futuro sem opressão e sem exploração e se fundir aos trabalhadores, porque eu acho que esse que é o caminho pra gente poder lutar”, disse Eineck, lembrando que o 8 de Março foi criado pelas mulheres socialistas que lutaram por direitos básico como o voto.
“Estamos colocando a necessidade de um movimento de mulheres que independente do governo e que a gente faça uma oposição de esquerda ao governo. O arcabouço fiscal renova o teto de gastos [política implementada no governo de Michel Temer] e limita os gastos com saúde, educação, assistência social. E quem são os mais oprimidos e vulneráveis que mais precisam do serviço público de qualidade? A gente sabe que são as mulheres trabalhadoras, as mulheres negras”, argumentou.
Andrea Medrado, da Frente Parlamentar pela Educação Inclusiva, levou para a marcha as reivindicações de mães atípicas, mães de pessoas com deficiência.
“Muitas de nós precisam sair do mercado de trabalho para poder cuidar do filho de forma integral. A gente também luta pela economia de cuidados, por esse olhar para as mães atípicas. Muitas de nós não têm um meio de ser remunerado, porque o cuidado não é visto como um trabalho. Então, nós estamos aqui para dizer que as mães atípicas existem, elas resistem”, disse.
Ela é mãe de uma criança com Pitt Hopkins (doença neurogenética que gera atraso no desenvolvimento e ausência de fala) e destacou que a luta é por direitos humanos como um todo.
“Existem várias intersecções. Quando você é mãe de uma criança com deficiência, ao seu filho é negado vários direitos. É negado o acesso à educação, à saúde, é negado o acesso ao mercado de trabalho, todos os direitos básicos e fundamentais do ser humano é negado a essas pessoas”, lembrou.
Mães de crianças atípicas na marcha do 8 de março em Brasília. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Feminicídios
Também presente no evento, a coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Adalgiza Aguiar, falou sobre a importância de escutar os movimentos e cobrar do poder público que as políticas públicas sejam cumpridas. Segundo ela, o controle do Ministério Público precisa ser feito em parceria com o controle social dos coletivos e da sociedade civil.
“Nós articulamos as políticas públicas, fomentamos, fiscalizamos as políticas públicas para que os poderes executivos e sistema de justiça façam valer os direitos das mulheres”, afirmou, lembrando que é essencial, ainda, combater a violência e garantir a segurança das mulheres.
Segundo ela, os ministérios públicos em todos os estados atuam de forma conjunta no enfrentamento à violência contra a mulher, para “tentar eliminar essas taxas, infelizmente, ainda altas de feminicídio”. Mas, para Adalgiza, esse combate deve ser feito com educação.
“O feminicídio, infelizmente, a gente precisa trabalhar da raiz. Então, a gente precisa sempre pensar na educação, educando sobre os direitos das mulheres, sobre a igualdade entre homens e mulheres. Então precisamos ir nas escolas, universidades, fazer campanhas de conscientização, porque educação é fundamental para acabar com essa discriminação e essa violência tão alta contra as mulheres”, acrescentou.
O ato contou com diversas atividades culturais e música. Thamy Frisselli, uma das organizadoras do evento, ressaltou que é preciso lutar “com muita alegria, sim”. “A gente está em luta e, mesmo em luta, nós estamos sorrindo, nós estamos felizes porque é assim que queremos, nos queremos vivas em busca de políticas públicas que nos atendam”, disse.
Outras
Defesa Civil do RJ avalia se casarão que desabou precisa ser demolido

O Corpo de Bombeiros encerrou no final da tarde desta quinta-feira (20) as buscas por vítimas em um casarão de três andares, da época do Rio Antigo, que desabou, na região central da cidade.
Um homem, que estava dentro de um carro estacionado na calçada do casarão, foi atingido na cabeça por destroços de tijolos e madeiras e morreu na hora. O nome da vítima não foi divulgado.
Nenhuma outra vítima foi localizada. No térreo, funcionava uma loja de venda de doces. Uma pessoa ficou ferida sem gravidade e foi encaminhada ao hospital.
A procura por vítimas foi realizada com a ajuda de cães farejadores.
Vistoria
Após a conclusão dos trabalhos de varredura no prédio, os bombeiros entregaram o prédio para a prefeitura. A Defesa Civil realiza neste momento vistoria para avaliar a necessidade de demolição do imóvel, por isso as ruas Senador Pompeu e Visconde da Gávea, onde ficava o casarão, permanecem parcialmente interditadas ao tráfego de veículos.
Por meio de nota, a prefeitura do Rio informou que “o imóvel é privado, estava abandonado e não havia moradores no local. O proprietário já havia recebido notificações e intimações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, desde 2014. No entanto, o responsável não tomou qualquer tipo de providência”.
A Defesa Civil fez duas vistorias no local, em 2023 e 2024, e notificou o proprietário. A última ocorreu em 17 de setembro do ano passado, em função da ameaça de desabamento da estrutura.
Na ocasião, o prédio apresentava acelerado estado de degradação, sem telhado, com quedas de revestimento e risco de desprendimento de rebocos da fachada.
Outras
MP vai apurar uso de câmeras por guardas municipais em São Paulo

Um inquérito do Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaesp), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), irá apurar medidas tomadas na implantação do programa de uso de câmeras corporais pela Guarda Civil Municipal (GCM) da capital paulista.
Com a possibilidade de as guardas municipais atuarem no policiamento ostensivo, estabelecida no último dia 20 de fevereiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), algumas cidades têm ampliado o uso das guardas para essa função, com os Poderes Executivos defendendo o uso da força de maneira direta na segurança pública.
Em São Paulo, a GCM é usada para este fim desde o final da década passada, principalmente no centro da cidade. Sua unidade de choque – Inspetoria de Operações Especiais (Iope) – é usada para revistar usuários em cenas abertas de uso, algumas vezes com uso de força, munições não letais e realização de prisões.
Segundo o MP, ” a Guarda Civil Metropolitana frequentemente se depara com situações de flagrante delito, em que o registro por imagens constitui um importante elemento probatório. ´
Proteção às vítimas
Para o Gaesp, “o uso de ferramentas tecnológicas, como câmeras corporais, pode contribuir para a melhoria das provas produzidas, garantindo maior proteção às vítimas e auxiliando na correção e no aperfeiçoamento dos procedimentos operacionais padrão”.
O uso dos equipamentos não entraria em choque com outros programas municipais, como o Smart Sampa, além de ter potencial de aproximar os agentes da sociedade e garantir a aplicação do princípio da simetria entre as forças de segurança no Brasil quanto ao uso de tecnologias de monitoramento.
Um grupo de promotores pediu que a prefeitura construa uma minuta de um Programa de Implementação de Câmeras Corporais na guarda, em um prazo de 30 dias, e que nele informe as principais necessidades operacionais para o uso do equipamento, como patrulhamento ostensivo, abordagens em áreas de risco e utilização na região da cracolândia e no Programa Guardiã Maria da Penha, além de indicar se a gravação será ininterrupta ou não, e apresentar um cronograma de implementação com a estimativa de duração da licitação.
Outras
Mega-Sena não tem ganhadores e prêmio fica acumulado em R$ 10 milhões
Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.842 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (20). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 10 milhões para o próximo sorteio.
Os números sorteados foram: 04 – 08 – 49 – 51 – 52 – 55.
A quina teve 20 apostas vencedoras, que irão receber R$ 85.292,36 cada. Outras 2.318 apostas tiveram quatro acertos e faturaram R$ 1.051,30.
Apostas
Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de sábado (22), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa Econômica Federal.
A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.