Empresas & Negócios
O futuro do recrutamento: como a tecnologia está impactando o processo de seleção de talentos

Por Ary Gatto*
Como não poderia deixar de ser, o mundo do recrutamento também está passando por uma revolução impulsionada pela tecnologia. Com a necessidade constante de atrair os melhores talentos em um mercado altamente competitivo, as empresas estão recorrendo à inteligência artificial (IA) e à automação para otimizar seus processos. Pesquisas recentes revelam um aumento na utilização de ferramentas tecnológicas, apontando uma tendência interessante para o futuro da seleção de profissionais.
Segundo um levantamento divulgado pela Harvard Business Review (HBR) em parceria com o software de recrutamento por conversação Paradox, 97% das organizações que adotaram tecnologias automatizadas em seus processos conseguiram contratar pessoas com mais eficiência, agilizando o agendamento de entrevistas e reduzindo a desistência de candidatos. Além disso, 91% dos líderes de negócios e RH entrevistados pela pesquisa acreditam que a transformação digital nos processos de seleção é essencial para o sucesso empresarial em longo prazo.
O fato é que a IA está desempenhando um papel fundamental na triagem e avaliação de profissionais, tornando a seleção mais rápida e precisa. Nesse contexto, uma pesquisa realizada pelo software de currículos ResumeBuilder.com, que conversou com mais de mil profissionais envolvidos em recrutamento, apontou que quatro em cada dez empresas já adotam ou planejam adotar entrevistas com inteligência artificial até o próximo ano. É uma tendência que está ganhando impulso, embora ainda seja mais comum em organizações de grande porte e em funções de entrada ou menos qualificadas.
Vale lembrar, inclusive que, além da automação, as companhias estão usando a tecnologia para aprimorar suas práticas de diversidade e inclusão de pessoas. Plataformas de recrutamento baseadas em IA podem ajudar a identificar candidatos com base em critérios mais amplos, promovendo a igualdade de oportunidades e a diversidade na força de trabalho, que são fatores cada vez mais relevantes para as organizações.
O papel dos recrutadores
Mesmo com todo o avanço do cenário digital, os profissionais de recrutamento continuam sendo essenciais. Eles atuam na definição de estratégias, garantindo a ética no uso da tecnologia e oferecendo uma abordagem humana às interações com os candidatos.
Ainda de acordo com o estudo do ResumeBuilder.com, 15% dos entrevistados acreditam que a IA será usada para tomar decisões sobre candidatos sem intervenção humana. Mesmo que seja minoria, isso levanta preocupações sobre vieses e discriminação. Por mais que contribua para reduzir custos e aumentar a eficiência do recrutamento, o uso dessas ferramentas não está isento de limitações e desafios.
Nesse sentido, a importância do papel humano não apenas no processo de recrutamento, mas também para retenção dos talentos, é fundamental. São esses profissionais que analisam e interpretam os dados fornecidos pelos sistemas tecnológicos, contribuindo para que as empresas tomem decisões cada vez melhores e mais embasadas. Vale também lembrar que as pessoas são as responsáveis por tornar os ambientes de trabalho mais inclusivos e diversos, sendo as ferramentas digitais instrumentos estratégicos para apoiar a organização.
*Ary Gatto é sócio-fundador e CEO da Runtalent, empresa especializada em soluções de alocação de profissionais de TI, squads ágeis e serviços gerenciados que atende quase 100 clientes em mais de 12 segmentos.
Empresas & Negócios
Sheila Carvalho inspira empreendedores na Semana do MEI do Sebrae Amazonas

A empresária Sheila Carvalho, fundadora da Sheila Cintas, foi uma das palestrantes da Semana do MEI, evento promovido pelo Sebrae Amazonas. Ontem, em Manaus, ela compartilhou sua inspiradora trajetória com um público de mais de mil pessoas, destacando os desafios e conquistas que a levaram a transformar sua marca em um sucesso internacional.
Durante sua palestra, Sheila relembrou o início humilde de seu negócio, quando, com apenas R$ 500 emprestados da mãe, começou a vender cintas modeladoras pelas redes sociais. Com determinação e visão estratégica, ela expandiu sua empresa, montou sua própria fábrica e hoje exporta seus produtos para diversos países, consolidando-se como referência no setor de moda e autoestima feminina.
O evento, que reuniu microempreendedores de toda a região, teve como objetivo capacitar e inspirar novos negócios, oferecendo palestras, oficinas e consultorias especializadas. Sheila enfatizou a importância da inovação e do posicionamento estratégico para o crescimento sustentável de um empreendimento, além de reforçar seu compromisso com o empoderamento feminino, já que 98% de sua equipe é composta por mulheres.
A Semana do MEI segue com programação gratuita até o dia 30 de maio, trazendo conteúdos voltados para gestão, marketing digital e desenvolvimento empresarial.
Empresas & Negócios
Financiamento solar dispara no Rio Grande do Norte, e Santander registra alta de 124% nos pedidos

O Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 124% nos pedidos de financiamento de placas fotovoltaicas em 2024, segundo dados da Financeira do Santander, referência nacional em crédito para projetos de energia solar.
No Nordeste, região estratégica para o segmento, a expansão foi ainda mais expressiva: alta de 150% no volume de financiamentos. Já as simulações realizadas por parceiros e clientes no primeiro trimestre de 2025 cresceram 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A região concentra 7,23 GW de geração solar distribuída — 19,7% do total nacional — e 9,17 GW de geração centralizada, mais da metade da produção do país. A expectativa é que a capacidade de exportação de energia do Nordeste aumente 30% até 2029, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. “O aumento na busca por financiamento mostra que o brasileiro está atento às vantagens da energia limpa. Nosso papel é facilitar esse acesso com agilidade e segurança”, afirma Cezar Janikian, diretor da Financeira do Santander.
A Financeira do Santander financia toda a estrutura necessária para projetos solares, incluindo placas, baterias de armazenamento, sistemas de monitoramento e estruturas de montagem. A contratação é simples, digital e pode ser feita pelo site https://www.santander.com.br/hotsite/santanderfinanciamentos/.
Por meio de milhares de parceiros comerciais, o Santander oferece crédito facilitado para residências e empresas que querem investir em energia limpa e economia na conta de luz.
Empresas & Negócios
O erro no inovar e o diferencial na gestão corporativa

*Por Claudio Zini
Na busca constante por vantagem competitiva e relevância no mercado, as empresas frequentemente se encontram imersas em uma corrida pela inovação. Inovar é, sem dúvida, um dos pilares primordiais para o crescimento e o sucesso organizacional em um mundo em constante evolução. Paradoxalmente, o erro no processo de inovação diversas vezes se revela como o verdadeiro diferencial na gestão corporativa.
É importante reconhecer que a inovação está intrinsecamente ligada ao risco. No entanto, a aversão ao erro é uma característica marcante em muitas culturas organizacionais, onde o fracasso é frequentemente visto como algo a ser evitado a todo custo. Isso pode resultar em uma hesitação em experimentar, explorar novas ideias e adotar abordagens disruptivas.
A verdadeira inovação é alimentada pela experimentação, pela tentativa do erro e do acerto. Cada fracasso acompanha também valiosos insights e aprendizados que, quando bem aproveitados, podem levar a avanços significativos. Grandes inovadores, desde Thomas Edison até Steve Jobs, entenderam a importância de abraçar o fracasso como parte integrante do processo de inovação. A mentalidade de resiliência e perseverança é fundamental para transformar o erro em oportunidade e, consequentemente, em lucro.
No entanto, para que o erro se torne construtivo, é essencial que as empresas cultivem uma cultura que valorize a experimentação e a aprendizagem contínua. Isso requer liderança visionária que não apenas permita, mas também incentive a exploração de novas ideias, mesmo que isso signifique correr o risco de errar. É necessário, ainda, estabelecer processos ágeis e flexíveis que facilitem a rápida adaptação com base nos insights obtidos com os erros.
Uma das maiores barreiras à inovação é o medo do que está por vir. A maioria das empresas prefere permanecer no status quo e não está muito interessada em alterar as práticas estabelecidas. No entanto, é preciso entender que o mundo dos negócios está em um estado constante de mudança e o que era aplicável anteriormente pode não se sustentar no futuro.
Inovação não é apenas novos produtos ou tecnologias. Ela pode se manifestar em praticamente todas as dimensões, como operações, modelos de negócios, estratégias de marketing e até mesmo cultura organizacional. O fracasso do processo de inovação não deve causar medo, mas sim ser bem-vindo como parte da jornada em direção ao sucesso. As empresas que genuinamente apreciam e valorizam as falhas são as que serão mais capazes de se ajustar e prosperar em um mundo em rápida mudança e competitivo.
*Claudio Zini é CEO da Pormade Portas. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Engenharia do Paraná. Experiência de mais de 48 anos em empreendedorismo. Autor do livro “Comece errado. Mas, comece”.