Siga-nos nas Redes Sociais

Saúde

Perda auditiva: conheça as causas e os principais tratamentos

Publicado

em

woman wearing blue stud earring
Photo by Mark Paton on Unsplash

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 500 milhões de pessoas apresentam diminuição da audição em grau moderado ou severo e a previsão é de que até 2050, 900 milhões de pessoas poderão ter algum grau de perda auditiva. A condição afeta as pessoas de diferentes modos, causando redução de desempenho acadêmico, alterações emocionais, como depressão e isolamento social e, até mesmo, demência em idade mais precoce e aumento do índice de quedas em idosos.

Para o otorrinolaringologista cooperado da Unimed-BH, Eduardo Rossi, a perda auditiva é um processo natural e irreversível que ocorre com o envelhecimento. “Ela é esperada, e sua incidência aumenta após os 65 anos de idade. Geralmente, a perda da audição ocorre de forma gradual e muitas vezes o paciente não a percebe até que se torne um problema”, ressalta. “Uma informação válida para todas as idades, especialmente para os jovens, é que sons altos também promovem diminuição da audição e devem ser evitados”, completa.

Rossi alerta, ainda, para alguns cuidados necessários que ajudam a evitar um agravamento da perda auditiva. “Doenças que alteram o metabolismo como diabetes, também podem agravar a perda auditiva. Dessa forma, é imprescindível o adequado acompanhamento e tratamento dessas doenças”, orienta o especialista.  

O médico explica que a perda auditiva pode variar de leve a profunda e, assim que identificada, o tratamento deve ser iniciado. “O tratamento da surdez é diverso e depende tanto da intensidade, quanto da causa da perda. Assim, ele pode envolver desde cirurgias para reconstrução de estruturas do ouvido até o uso de aparelhos de audição”.

O diagnóstico da perda auditiva na fase adulta é realizado por meio do exame de audiometria, no qual o indivíduo entra em uma cabine e levanta a mão ao escutar os sons. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido a intervenção e o tratamento, tornando o resultado mais eficaz. “Quando se fala em saúde auditiva, deve-se frisar que, onde há um ouvido, há uma pessoa, um corpo e uma mente. Desta forma, é importante se cuidar física e mentalmente, praticando atividades físicas, mantendo uma alimentação balanceada e preservando os períodos de descanso para a mente. Quando o assunto são os ouvidos, o principal cuidado é evitar a exposição a sons intensos e por períodos prolongados. Quando não for possível, a utilização de equipamentos de proteção individual (abafadores) é indispensável”, alerta.

Perda de audição tem tratamento

Pessoas com deficiência auditiva podem se beneficiar do uso de aparelhos de amplificação sonora, que podem ser posicionados dentro ou atrás do conduto da orelha – canal constituído de osso e cartilagem que começa na parte externa da orelha e vai até a membrana do tímpano. Esses aparelhos amplificam o som e permitem que a pessoa escute com maior clareza.

Já os pacientes que apresentam perda profunda e não se beneficiam desses aparelhos também podem restabelecer a audição com diferentes soluções existentes no mercado. “O implante coclear é uma delas. Ele exerce a função de um órgão do interior do ouvido chamado cóclea. O implante é composto de uma parte removível, que fica do lado de fora da cabeça e capta o som por meio de um microfone, e de uma parte que fica embaixo da pele, que transforma o som em ondas elétricas e o transmite ao nervo da audição, permitindo que a pessoa implantada escute novamente, inclusive sons complexos como músicas”, explica.

Teste da orelhinha para crianças

Atualmente, seja na rede pública ou particular, é realizado o teste da orelhinha em todo recém-nascido. O exame, vigente em todo território nacional, faz parte da triagem auditiva neonatal, que avalia de modo objetivo se a criança apresenta alguma deficiência auditiva. O intuito do teste é diagnosticar precocemente a perda e permitir que sejam iniciados terapias e tratamentos também de modo precoce, melhorando os resultados para aquisição de fala e desenvolvimento da criança. “Como todo teste, o exame da orelhinha também pode apresentar resultados imprecisos, sendo necessário o acompanhamento da criança com profissional adequado”, ressalta. 

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Cafeína: o que é, para que serve e como usar com segurança no dia a dia

Publicado

em

freepik.com/free-photo/top-view-coffee-beans-marble-surface_5180326.htm#fromView=search&page=1&position=4&uuid=2c827037-a330-438e-967a-45a2eff59743&query=Cafeina+pura
freepik.com/free-photo/top-view-coffee-beans-marble-surface_5180326.htm#fromView=search&page=1&position=4&uuid=2c827037-a330-438e-967a-45a2eff59743&query=Cafeina+pura

O que é a cafeína, afinal?

A cafeína é uma substância estimulante naturalmente encontrada em alimentos e bebidas que você provavelmente consome todos os dias: café, chá, cacau, refrigerantes à base de cola e alguns tipos de energéticos. Do ponto de vista técnico, ela é um alcaloide que age diretamente no sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta, reduzindo a sensação de sono e melhorando a concentração em muitas pessoas.

Além das fontes naturais, a cafeína também está presente em suplementos alimentares – em cápsulas, comprimidos, líquidos ou cafeína em pó, muito usada por praticantes de atividade física e por quem busca mais foco em estudos e trabalho.

Na prática, a pergunta que a maioria das pessoas faz é simples:

“Como eu posso usar cafeína para ter mais energia, mas sem prejudicar minha saúde?”

É exatamente isso que você vai entender ao longo deste artigo.

Como a cafeína funciona no organismo

Quando você consome cafeína, ela é absorvida pelo trato gastrointestinal e chega rapidamente à corrente sanguínea. Em pouco tempo, atravessa a barreira hematoencefálica e chega ao cérebro. É lá que acontece o principal efeito.

A cafeína age bloqueando os receptores de adenosina, uma substância que o corpo produz e que está ligada à sensação de cansaço e sonolência. Ao bloquear essa ação, a cafeína “tira o pé do freio” do sistema nervoso, deixando você mais desperto, atento e, em muitos casos, mais disposto.

Esse efeito, porém, não é igual para todos. Há pessoas mais sensíveis à cafeína, que sentem palpitação, ansiedade ou insônia com doses pequenas. Outras toleram doses mais altas sem grandes efeitos colaterais. Por isso, entender a dose segura para o seu organismo é essencial.

Para que serve a cafeína no dia a dia

A cafeína pode ter várias funções, dependendo de como e quando é utilizada. Entre as principais:

1. Mais foco e concentração

Muita gente usa cafeína para estudar, trabalhar ou realizar tarefas que exigem atenção. Em doses moderadas, a substância pode:

  • Melhorar a concentração

  • Aumentar o estado de alerta

  • Diminuir a sensação de fadiga mental

Isso explica por que o famoso “cafezinho” é quase um ritual em escritórios, consultórios e home offices.

2. Mais disposição para treinar

No universo do esporte e da musculação, a cafeína é um dos ergogênicos (recursos que melhoram performance) mais estudados. Em muitos casos, ela pode:

  • Aumentar a resistência em exercícios de longa duração

  • Melhorar a percepção de esforço (o exercício parece “menos pesado”)

  • Ajudar na explosão em alguns tipos de treino

Não é por acaso que muitos pré-treinos têm cafeína pura ou associada a outros ingredientes.

3. Redução da sensação de cansaço

Dias longos, noites mal dormidas, rotina intensa… em momentos assim, é comum recorrer ao café, chás ou suplementos com cafeína para “dar um gás” e atravessar o dia. A cafeína não substitui o sono nem uma boa alimentação, mas pode ser uma aliada pontual.

Quanta cafeína por dia é considerada segura?

Para um adulto saudável, a maior parte das autoridades em saúde considera que até 400 mg de cafeína por dia é uma quantidade segura, desde que dividida ao longo do dia e sem exageros pontuais.

Alguns exemplos aproximados:

  • 1 xícara de café coado: 70–120 mg

  • 1 lata de refrigerante tipo cola: 30–50 mg

  • 1 lata de energético comum (250 ml): ~80 mg

  • 1 cápsula de suplemento de cafeína: normalmente 200 mg (varia conforme o produto)

Para gestantes, mulheres que estão amamentando ou tentando engravidar, as recomendações são mais conservadoras, geralmente até 200 mg por dia somando todas as fontes de cafeína.

Já para crianças e adolescentes, o ideal é que o consumo seja bem limitado e sempre avaliado por um profissional de saúde.

Principais fontes de cafeína no seu dia a dia

Você pode estar consumindo cafeína sem perceber. Ela está em:

  • Café (filtrado, expresso, solúvel)

  • Chás (preto, verde, mate)

  • Refrigerantes de cola

  • Energéticos

  • Chocolate e cacau

  • Suplementos (cápsulas, comprimidos, líquidos, pré-treinos, termogênicos)

  • Cafeína em pó para diluir em líquidos ou fórmulas personalizadas

Por isso, quando pensamos em uso seguro, não basta olhar apenas para o suplemento: é preciso somar tudo o que você consome ao longo do dia.

Como usar cafeína com segurança

Agora vem a parte prática: como usar a cafeína para ter mais energia, mas sem prejudicar o corpo?

1. Comece com doses baixas

Se você nunca usou cafeína pura ou cafeína em pó, não é boa ideia começar com doses altas. Cada organismo reage de um jeito. Começar com uma dose menor e observar sintomas é uma forma inteligente de testar sua tolerância.

2. Evite consumir muito tarde

A cafeína pode atrapalhar o sono, especialmente se for consumida nas últimas horas do dia. Em muitas pessoas, tomar café ou suplementos com cafeína após o meio da tarde já é suficiente para:

  • Demorar para pegar no sono

  • Ter um sono superficial

  • Acordar várias vezes na noite

Se você já tem insônia ou sono leve, o cuidado precisa ser ainda maior.

3. Cuidado com a soma de fontes

Tomar café da manhã, energético à tarde e ainda um pré-treino com alta dose de cafeína pode fazer você ultrapassar facilmente os 400 mg diários.

Por isso, sempre leia os rótulos e faça as contas aproximadas.

4. Não use para “compensar” noites mal dormidas

Usar cafeína todos os dias para encobrir a falta de sono pode criar um ciclo de:

  • Sono ruim

  • Mais café ou suplementos

  • Mais dificuldade para dormir

  • Cansaço acumulado

A cafeína é um recurso pontual, não um substituto de descanso.

Quem deve ter cuidado redobrado com a cafeína

Alguns grupos precisam de mais cautela:

  • Pessoas com hipertensão ou problemas cardíacos

  • Pessoas com ansiedade, síndrome do pânico ou insônia

  • Gestantes e lactantes

  • Pessoas que usam medicamentos que podem interagir com a cafeína

  • Adolescentes e crianças

Nesses casos, o ideal é conversar com um médico ou nutricionista antes de usar cafeína pura, cafeína em pó ou suplementos com doses elevadas.

Efeitos colaterais mais comuns do uso excessivo de cafeína

Quando a dose é alta ou a pessoa é muito sensível, alguns efeitos podem aparecer:

  • Tremores

  • Ansiedade, inquietação, sensação de “estar acelerado”

  • Taquicardia ou palpitações

  • Dor de cabeça

  • Azia, desconforto gástrico

  • Dificuldade para dormir

Em consumos muito altos (acima de 400–600 mg por dia em adultos, e principalmente com cafeína em pó altamente concentrada), o risco de efeitos adversos aumenta significativamente e podem ocorrer eventos graves.PMC+1

Como saber se a cafeína está passando do ponto

Alguns sinais de que você pode estar exagerando:

  • Precisa de cada vez mais café ou suplemento para sentir o mesmo efeito

  • Fica irritado ou com dor de cabeça quando não toma

  • Sente o coração disparar com frequência após consumir bebidas energéticas ou pré-treino

  • Percebe que o sono piorou claramente depois que aumentou a dose

Se isso acontece com você, vale repensar a quantidade e, se possível, fazer uma redução gradual.

Comprar Cafeína em cápsulas, em pó ou no café: o que é melhor?

Depende do seu objetivo.

  • Café e chás: costumam trazer outros compostos interessantes, como antioxidantes, além de serem parte de um ritual prazeroso no dia.

  • Suplementos em cápsulas: geralmente trazem doses mais padronizadas (ex.: 200 mg por cápsula), facilitando o controle da ingestão.

  • Cafeína em pó: permite ajustar doses com precisão, mas exige muito cuidado, principalmente se for uma forma concentrada.

Independentemente da forma, a regra é a mesma: olhar a dose total de cafeína consumida ao longo do dia e respeitar seus limites pessoais.

Dicas práticas para usar cafeína de forma inteligente

  • Use a cafeína como uma ferramenta estratégica, não como muleta diária para sobreviver ao cansaço crônico.

  • Evite depender de grandes doses para treinar; foque também em sono, alimentação e hidratação.

  • Se vai usar suplementos, dê preferência a marcas que mostrem claramente a quantidade de cafeína por porção, tenham CNPJ, lote e informações claras no rótulo.

  • Em caso de dúvida, converse com um profissional de saúde.

FAQ – Perguntas frequentes sobre cafeína

  1. Cafeína vicia?
    A cafeína pode gerar dependência leve em algumas pessoas. Quando o consumo é alto e constante, interromper de uma vez pode causar dor de cabeça, irritação e cansaço intenso por alguns dias.
  2. Tomar café todo dia faz mal?
    Para a maioria dos adultos saudáveis, consumir café dentro de limites moderados (até cerca de 3–4 xícaras por dia) é bem tolerado. O problema costuma estar em doses excessivas ou em pessoas com condições específicas.
  3. Cafeína em pó é mais perigosa?
    Ela pode ser mais arriscada porque é muito concentrada. Pequenos erros de medição podem resultar em doses muito altas. Por isso, o cuidado deve ser redobrado.
  4. Posso tomar cafeína à noite?
    Pode, mas provavelmente isso vai atrapalhar seu sono. A maioria das pessoas se beneficia de evitar cafeína nas horas finais do dia.
  5. Cafeína ajuda a emagrecer?
    Ela pode aumentar levemente o gasto calórico e a disposição para treinar, mas não é solução milagrosa. Sem alimentação adequada e atividade física, a cafeína sozinha não traz resultados significativos.
Continue Lendo

Saúde

Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil divulga orientações atualizadas para o TEA

Publicado

em

Pixabay
Pixabay
Diretrizes reforçam práticas de diagnóstico, intervenção e inclusão escolar, com destaque para a atuação de profissionais capacitados 
 
A Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil (SBNI) acaba de acender uma luz para famílias e profissionais que atuam com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com a publicação de novas diretrizes, a SBNI reafirma seu compromisso com práticas baseadas em evidências, abrindo um caminho mais claro para o diagnóstico, a intervenção e o apoio ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. 
Para a Dra. Renata Haddad, pedagoga, neuroeducadora e especialista em educação inclusiva, essas orientações são mais do que um avanço; são um chamado à ação. “É fundamental que profissionais da educação e da saúde estejam atualizados sobre o TEA. Essas recomendações auxiliam não apenas no diagnóstico, mas também na implementação de práticas pedagógicas inclusivas e eficazes, garantindo que cada criança tenha oportunidade de se desenvolver plenamente”, enfatiza Renata, que também é diretora clínica e idealizadora da Pluralità, uma clínica multidisciplinar, uma assessoria escolar e capacitação de professores e gestores escolares. 
As diretrizes da SBNI trazem pontos cruciais que merecem destaque, moldando uma abordagem mais coesa e humanizada: 
Prioridade ao Diagnóstico Clínico Precoce:  
A SBNI ressalta a grande importância do diagnóstico do TEA ser essencialmente clínico. Isso significa que ele se baseia na observação atenta do comportamento da criança e em conversas detalhadas com os responsáveis, seguindo critérios bem definidos. A ideia é identificar o TEA o mais cedo possível para iniciar as intervenções adequadas, pois não existem exames de laboratório que comprovem o diagnóstico. 
Avaliação abrangente e Multiprofissional:  
Um olhar cuidadoso e completo sobre o desenvolvimento neuropsicomotor da criança é indispensável. Isso inclui considerar seu histórico desde a gestação e o ambiente familiar. Ferramentas de rastreio como M-CHAT, CARS-2, ADI-R e ADOS-2, são aliadas importantes, mas sempre como complemento à avaliação de especialistas. 
Terapias baseadas em evidências:  
O Impacto Transformador da Intervenção Precoce: As diretrizes apontam para a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e modelos naturalísticos dela derivados como as abordagens com maior eficácia comprovada. Mais do que isso, a SBNI sublinha que a intervenção precoce é um elemento determinante para um bom prognóstico da qualidade de vida do indivíduo. Por isso, mesmo que ainda não se tenha um diagnóstico fechado de TEA, é de vital importância que a criança inicie as intervenções o quanto antes. A chave para o sucesso é uma terapia individualizada, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e, fundamentalmente, com o engajamento e treinamento ativo de pais e cuidadores. 
Alerta contra terapias sem comprovação:  
Em um movimento de proteção às famílias, a SBNI adverte severamente contra intervenções que não possuem respaldo científico. Dietas restritivas, ozonioterapia, uso indiscriminado de suplementos ou canabidiol (sem indicação médica específica) e terapias com células-tronco são citadas como práticas que podem trazer mais riscos financeiros e físicos do que benefícios reais. 
Tratamento medicamentoso para comorbidades, não para o TEA em si:  
É esclarecido que não há medicação que trate os sintomas centrais do TEA. No entanto, fármacos podem ser importantes aliados no manejo de comorbidades frequentemente associadas, como irritabilidade, TDAH, distúrbios do sono e ansiedade, sempre sob acompanhamento médico rigoroso. 
Evitando confusões: Fatores que podem confundir os sinais do TEA: 
Profissionais são incentivados a estarem atentos a elementos externos, como a vulnerabilidade social e o uso excessivo de telas. Esses fatores podem, por vezes, confundir com sintomas do TEA, e uma análise cuidadosa ajuda a evitar diagnósticos equivocados, garantindo que cada criança receba o suporte correto para suas reais necessidades. Renata Haddad, com sua experiência em planejamento educacional e elaboração de projetos pedagógicos, salienta que a disseminação dessas diretrizes é um pilar para uma educação inclusiva de qualidade. Ao conectar o conhecimento científico às práticas diárias, a SBNI e profissionais como Renata estão pavimentando um caminho para que escolas, famílias e profissionais da saúde construam um ambiente mais acolhedor, estruturado e eficiente. O objetivo é claro: assegurar que cada criança com TEA tenha a oportunidade de florescer e desenvolver todo o seu potencial. 
 
Sobre Renata Haddad  
Renata Haddad é pedagoga, Neuroeducadora, Neuropsicopedagoga, especialista em educação inclusiva, analista do comportamento, mestranda em Neurociência. É diretora clínica e idealizadora da Pluralità, clínica multidisciplinar e assessoria em educação inclusiva – área voltada para a capacitação de professores e gestores escolares em inclusão escolar. É palestrante com experiência em planejamentos, monitoria e orientação de alunos. É responsável ainda pela elaboração de atividades interdisciplinares e desenvolvimento e implementação de projetos educacionais e pedagógicos.  
Sobre a pluralità:  
A Pluralità Assessoria Educacional e Inclusiva, fundada e dirigida pela pedagoga, neuroeducadora e neuropsicopedagoga Renata Gonzalez Cecato Haddad, é uma empresa especializada em formação de profissionais, atendimento clínico multidisciplinar e consultoria escolar voltada para a educação inclusiva. Com sede em São Paulo (Ipiranga), a Pluralità oferece uma solução integrada e única no mercado brasileiro: une a formação continuada de educadores, o atendimento terapêutico individualizado e a assessoria para implementação de práticas inclusivas em escolas públicas e privadas. Os serviços da Pluralità incluem cursos de formação continuada para professores e gestores escolares, com foco em Transtorno do Espectro Autista (TEA), desenvolvimento de funções executivas, elaboração de Planos Educacionais Individualizados (PEI/PDI) e estratégias de inclusão baseadas em evidências científicas. A pluralità oferece também atendimento clínico multidisciplinar com psicologia, fonoaudiologia, terapia ABA, terapia ocupacional, psicopedagogia, neuropsicopedagogia e orientação familiar. Na consultoria, apoia escolas na adequação de espaços, formação de equipes e implementação de políticas inclusivas eficazes.  
Continue Lendo

Saúde

Obesidade é o principal fator de risco para diabetes tipo 2

Publicado

em

Por

Pexels/Pavel Danilyuk
Pexels/Pavel Danilyuk

No Dia Mundial do Diabetes, EMS e Sociedade Brasileira de Diabetes esclarecem mitos e unem esforços para ampliar o diagnóstico precoce e combater a desinformação

O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reforçar a importância da prevenção, estimular hábitos saudáveis e combater os mitos que ainda cercam o tema. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 500 milhões de pessoas convivem com a doença no mundo, e o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking global, com cerca de 15 milhões de pessoas diagnosticadas, número que pode ser ainda maior, já que muitos desconhecem o próprio diagnóstico.

Com os avanços da medicina e a chegada de novos tratamentos, o controle do diabetes tipo 2 se tornou mais eficaz e acessível. Ainda assim, a informação continua sendo a ferramenta mais poderosa para mudar o curso da doença. A seguir, o endocrinologista Dr. João Salles, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), explica os principais mitos e verdades sobre o diabetes tipo 2 e orienta como agir diante dos fatores de risco.

  1. O diabetes tipo 2 é causado pelo consumo de doces. MITO

Muita gente ainda associa o diabetes diretamente ao açúcar, mas o principal fator de risco é a obesidade, uma condição complexa e multifatorial. O consumo de doces pode contribuir para o diabetes, ganho de peso e o descontrole alimentar, mas não é, por si só, o causador da doença.   “O maior mito que encontramos nos consultórios é quando o paciente diz: ‘Não tenho diabetes porque não como doce’. O que realmente preocupa é o conjunto de fatores, como o excesso de peso, o sedentarismo e a má alimentação”, explica o endocrinologista Dr. João Salles.

  1. O diagnóstico precoce faz diferença no tratamento. VERDADE

O diabetes tipo 2 pode evoluir silenciosamente por anos. Por isso, fazer exames de glicemia a partir dos 35 anos ou antes, se houver fatores de risco, é fundamental. O diagnóstico precoce permite intervenções eficazes e previne complicações graves, como doenças cardiovasculares e renais. “Quando o diagnóstico vem cedo, temos a chance de intervir com mudanças no estilo de vida e terapias que realmente controlam a glicose e protegem o organismo”, reforça o Dr. João Salles.

  1. O uso de medicamentos injetáveis significa que o tratamento falhou. MITO

No diabetes tipo 2, o tratamento costuma começar com mudanças no estilo de vida e, quando necessário, com medicamentos orais. Com o tempo, o corpo pode responder de forma diferente, e o uso de medicamentos injetáveis se torna parte natural da evolução terapêutica. “O diabetes tipo 2 é uma doença progressiva. À medida que o organismo muda, o tratamento precisa acompanhar essas mudanças. Iniciar o uso de medicamentos injetáveis não é um sinal de fracasso, e sim de cuidado e adaptação para garantir um melhor controle da glicemia e proteger o paciente de complicações”, explica o Dr. João Salles.

  1. Os análogos de GLP1, as famosas canetas emagrecedoras, também podem ser usadas para o controle do diabetes tipo 2 sem obesidade. VERDADE

Hoje temos a liraglutida, a semaglutida e a tirzepatida que atuam no controle da glicose e contribui para a redução de peso, quando aliada a mudanças de estilo de vida. A liraglutida foi a primeira a chegar nesse mercado e a entrada da EMS possibilita o alcance de mais pessoas ao tratamento ideal, sempre com acompanhamento médico. “Hoje temos mais opções de ferramentas terapêuticas que permitem um controle glicêmico mais estável, para um tratamento individualizado com benefícios adicionais para o peso e o coração. Elas representam um avanço importante no cuidado do paciente com diabetes tipo 2”, afirma o Dr. João Salles.

  1. Quem tem diabetes tipo 2 deve eliminar completamente os carboidratos. MITO

Cortar carboidratos de forma radical pode causar desequilíbrio nutricional e dificultar o controle da glicemia. O ideal é aprender a escolher os tipos certos e equilibrar as porções. “Carboidratos são parte importante da alimentação. O segredo está na qualidade e na quantidade: priorizar grãos integrais, vegetais e frutas com moderação faz toda a diferença”, orienta o médico.

  1. O excesso de peso é o principal fator de risco para o diabetes tipo 2. VERDADE

A obesidade está diretamente ligada à resistência à insulina, mecanismo central no desenvolvimento da doença. Manter o peso adequado e praticar exercícios regularmente são as medidas mais eficazes de prevenção. “O acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal, faz com que o corpo tenha dificuldade de usar a insulina de forma correta. Isso leva ao aumento da glicose no sangue e, com o tempo, ao diabetes”, afirma o Dr. João Salles.

  1. Pessoas magras não correm risco de ter diabetes tipo 2. MITO

Embora mais frequente em pessoas com excesso de peso, o diabetes também pode atingir indivíduos magros. Histórico familiar, alimentação inadequada e sedentarismo são fatores que elevam o risco independentemente do peso.  “Ter um corpo magro não significa estar livre da doença. Existem pessoas com acúmulo de gordura visceral ou predisposição genética que também podem desenvolver diabetes tipo 2”, destaca o endocrinologista.

  1. O diabetes tipo 2 não tem cura, mas pode ser muito bem controlado. VERDADE

Com acompanhamento médico, alimentação equilibrada e atividade física, é possível viver com qualidade e evitar complicações. O controle adequado também reduz o risco de doenças cardiovasculares e renais.  “O diabetes tipo 2 exige disciplina, mas não impede uma vida plena. O paciente bem orientado pode alcançar excelente controle glicêmico e manter energia e disposição”, conclui o Dr. João Salles.

Prevenção transformada em ação e inovação no cuidado

Em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a EMS apoia a disseminação da calculadora de risco FINDRISC, ferramenta internacional que ajuda na identificação precoce do risco de desenvolver diabetes tipo 2. A iniciativa integra o movimento #SimplesmenteFaça, criado pela companhia para incentivar o diagnóstico precoce e o engajamento na jornada de saúde. A nova versão da calculadora recomenda a triagem a partir dos 35 anos, dez anos antes da diretriz anterior.“Com o movimento, estamos levando a calculadora de risco a mais profissionais e pacientes, tornando o rastreamento precoce mais acessível e efetivo. É a prevenção transformada em ação”, destaca o Dr. João Salles.

Líder em inovação farmacêutica, a EMS foi a primeira empresa brasileira a desenvolver e produzir canetas de análogos de GLP-1 à base de liraglutida, com os produtos Olire® e Lirux®, voltados ao tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. “Nosso compromisso é ampliar o acesso a terapias modernas e eficazes, produzidas no Brasil com tecnologia de ponta e padrões internacionais de qualidade”, afirma o Dr. Iran Gonçalves Jr., diretor médico da EMS.

Com investimento superior a R$ 1 bilhão e capacidade de 20 milhões de canetas por ano, a companhia reforça sua missão de unir inovação e acesso, ampliando o tratamento e transformando a vida de pacientes em todo o país. Segundo o vice-presidente Marcus Sanchez, os investimentos da EMS impactam positivamente a saúde pública e fortalecem a indústria nacional. “Inovar é gerar valor para o sistema de saúde e para os pacientes. Queremos competir globalmente sem perder o foco em cuidar das pessoas do nosso país”, afirma.

Continue Lendo