Economia
Prazo de renegociação do Desenrola Brasil acaba nesta segunda

Os devedores de até R$ 20 mil que ganhem até dois salários mínimos ou sejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm até esta segunda-feira (20) para renegociar os débitos no Desenrola Brasil. O prazo de adesão para a Faixa 1 do programa havia sido prorrogado no fim de março.
Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 contempla pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. A etapa engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola).
Por meio do programa, inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas. Em algumas situações, segundo o ministério, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e em até 60 meses.
Fake News
Na reta final do prazo para renegociação das dívidas, a pasta desmentiu duas fake news que circulam sobre o programa. Uma delas diz que, ao negociar as dívidas pelo Desenrola, o cidadão não perde nenhum benefício social. Outra, que a pessoa não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.
“O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes.”
“Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.”
Entenda
Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, também podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. A plataforma do Desenrola permite parcelar a renegociação inclusive com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, permitindo escolher o que oferece a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.
Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou Pix ou financiando o valor total no banco de preferência.
Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas — bronze, prata e ouro — podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de uso da conta Gov.br
Fonte: Agência Brasil
Economia
Carnes bovina e de porco estão mais baratas em São Paulo

Levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra que o preço de cortes de carnes suína e bovina caiu em abril no estado.
De acordo com a pesquisa, a carne suína teve redução geral de 1,64%, e os cortes cujo preço mais caiu foram pernil com osso (-2,44%), lombo com osso (-2,22%) e costela suína (-0,44%).
Já a carne bovina atingiu deflação de 0,49% em abril, com uma maior participação de cortes nobres como o filé mignon (-8,25%) e a alcatra (-4,46%), além de opções mais populares como a fraldinha (-4,91%).
De acordo com a Apas, a queda nos preços ocorreu mesmo em um cenário de valorização das exportações brasileiras.
“A desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar norte-americano tem favorecido a competitividade das commodities nacionais no mercado internacional, impulsionando as exportações”, destacou o economista chefe da Apas, Felipe Queiroz.
Economia
Bolsa aproxima-se de recorde com recuo de prévia da inflação

A queda na prévia da inflação e o alívio das tensões no exterior favoreceram o mercado financeiro nesta terça-feira (27). A bolsa de valores subiu pouco mais de 1% e aproximou-se do recorde histórico atingido na semana passada. O dólar devolveu a alta da segunda-feira (26) e caiu.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 139.541 pontos, com alta de 1,02%, o terceiro avanço seguido. Por volta das 11h30, o indicador chegou a ultrapassar os 140,3 mil pontos e bateu o recorde histórico da bolsa brasileira, mas o indicador perdeu força durante a tarde, com investidores realizando lucros e vendendo ações para embolsarem ganhos.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou aos R$ 5,645, com queda de R$ 0,03 (-0,53%). A cotação ficou próxima da estabilidade durante boa parte da manhã, mas caiu nas horas finais de negociação, com o clima favorável no mercado internacional, fechando próxima da mínima do dia.
Em maio, a moeda norte-americana recua 0,54%. Em 2025, a divisa cai 8,65%.
Tanto fatores domésticos como externos contribuíram para a tranquilidade no mercado financeiro. No Brasil, a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, ficou abaixo das expectativas em maio animou os investidores. Isso porque a inflação em queda reduz as chances de o Banco Central (BC) elevar os juros básicos da economia em junho.
No cenário internacional, a reabertura dos mercados norte-americanos após o feriado da segunda-feira nos Estados Unidos favoreceu os países latino-americanos. No domingo (25) à noite, o presidente Donald Trump anunciou a prorrogação das negociações comerciais com a União Europeia até 5 de julho. Isso fez as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano cair nesta terça, beneficiando países emergentes, como o Brasil.
*Com informações da Reuters
Economia
Camex amplia número de tipos de aço com cotas de importação
Pelos próximos 12 meses, 23 produtos de aço estão submetidos a cotas de importação, pagando 25% para entrar no país quando os volumes forem superados.
O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) renovou por mais um ano as medidas de proteção da indústria siderúrgica nacional em vigor desde 2024.
Além de aprovar a renovação, o Gecex-Camex aprovou a extensão da alíquota de 25% para quatro tipos de aço, totalizando 23.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), esses quatro produtos foram incluídos porque foi identificado aumento expressivo nas importações no último ano, indicando que passaram a ser usados como substitutos dos itens originalmente tarifados.
Assim como no ano passado, o sistema de cotas foi mantido até determinados volumes de importação. Enquanto o limite de volume não for atingido, os produtos entram no país pagando de 9% a 16% de Imposto de Importação. Caso o teto seja superado, vigora a tarifa de 25%.
“O estabelecimento de cotas busca reduzir os impactos nos setores que usam o aço em sua cadeia produtiva – como construção civil, automóveis, bens de capital e eletroeletrônicos”, informou o Mdic em nota.
A pasta esclareceu que foram excluídas do cálculo as importações feitas com base em acordos comerciais ou por meio de regimes especiais.
Para renovar e ampliar os tipos de produtos de aço abrangidos pelo sistema de cotas, o Mdic aplicou os critérios técnicos usados nas decisões anteriores. A tarifa de 25% abrange os itens cujo volume de compras externas superou em 30% a média das compras ocorridas entre 2020 e 2022.
Os quatro novos tipos de produtos de aço submetidos às cotas de importação serão detalhados posteriormente pela Camex.