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Saúde

Prevenção contra a dengue em Mato Grosso: a importância da vacinação em crianças e adolescentes

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Prevenção contra a dengue em Mato Grosso: a importância da vacinação em crianças e adolescentes
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A vacinação tem um papel fundamental no controle de epidemias, com os esforços globais de imunização responsáveis por salvar mais de 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)2. Entre os imunizantes recomendados pela OMS está a vacina contra a dengue, desenvolvida pela Takeda. Ela também conta com a recomendação das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunizações, Infectologia, Medicina Tropical, Diabetes, Reumatologia, Ginecologia & Obstetrícia (FEBRASGO) e Alergia e Imunologia (ASBAI).

A dengue é uma doença que pode ser prevenida por meio da vacinação, que já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para o público elegível, conforme as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde3. A adesão à vacinação é essencial para evitar novos surtos da doença, que continua sendo um problema de saúde pública no Brasil.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil enfrenta o pior recorde histórico de dengue este ano, com mais 6,5 milhões de casos (aproximadamente 4 vezes mais do que em todo o ano de 2023), mais de 5.600 óbitos (mais de 5 vezes do que em todo o ano de 2023), e é responsável por 80% dos casos de dengue no mundo1. O PNI já distribuiu 4,7 milhões de doses da vacina contra a dengue para todo o país. No entanto, há apenas 738 mil registros de segundas doses, o que significa que menos da metade do público elegível vacinado contra a dengue retornou para tomar a segunda dose4.

Em Mato Grosso, a situação também merece atenção: das 17,8 mil primeiras doses aplicadas, apenas pouco mais de mil pessoas voltaram para a segunda dose, o que corresponde a 30% do público elegível para completar o esquema vacinal de duas doses5.

“Esse cenário é preocupante, pois a baixa adesão à campanha de vacinação pode gerar novos surtos entre o público elegível, especialmente durante os meses mais quentes, quando a proliferação do Aedes aegypti se intensifica”, alerta a Dra. Rosana Richtmann, infectologista.

Mais de 15 anos de estudos

A vacina contra a dengue da Takeda disponível no SUS é eficaz e segura. Desenvolvida ao longo de 15 anos, em um programa clínico robusto envolvendo mais de 28 mil indivíduos em 13 países, incluindo o estudo TIDES com duração de 4,5 anos e com mais de 20 mil crianças e adolescentes de 4 a 16 anos, a vacina demonstrou 80,2% de eficácia na redução dos casos da doença e 90,4% na redução das hospitalizações por dengue após 18 meses da segunda dose.6,7,8

Importância da segunda dose

O imunizante contra a dengue oferecido no SUS requer duas doses para garantir proteção completa. A Dra. Rosana enfatiza a necessidade de que o público elegível retorne para a segunda dose: “É fundamental que os responsáveis fiquem atentos e garantam que crianças e adolescentes completem o esquema vacinal com as duas doses”.

Ela também destaca que a dengue pode causar complicações graves. “A vacinação é uma ferramenta eficaz para prevenir quadros graves, especialmente em crianças e adolescentes, que são particularmente vulneráveis”, acrescenta.

Além disso, a doença pode sobrecarregar os sistemas de saúde com casos que requerem hospitalização e cuidados intensivos. A vacinação pode reduzir significativamente os casos de hospitalização pela doença, aliviando a pressão sobre os serviços de saúde.

“A vacinação contra a dengue representa um avanço crucial na luta contra a doença, especialmente em regiões endêmicas. Seguir as recomendações de imunização e implementar medidas de controle do mosquito são passos essenciais para garantir a proteção individual e coletiva”, conclui a Dra. Rosana.

Pesquisa “O impacto da Dengue no Brasil”

O aumento dos casos e o avanço da dengue em todo o país estão refletidos nos resultados de uma pesquisa realizada com 2 mil pessoas pela IPSOS, a pedido da biofarmacêutica Takeda e com a coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). 

O estudo mostrou que a dengue está presente na vida do brasileiro de alguma forma, seja porque já tiveram a doença, conhecem alguém que teve ou porque estão preocupados com o risco de infecção. Três em cada 10 brasileiros relataram ter tido dengue e 69% conhecem alguém que já teve a doença. Quando questionados, 99% dos brasileiros afirmam conhecer a doença.

Ao mesmo tempo, 40% acreditam que o número de casos entre 2022 e 2023 se manteve e 23% que diminuiu, enquanto 36% dizem que houve um aumento.

Quanto às novas formas de combate à dengue, a possibilidade da vacinação contra a doença ainda é desconhecida pela maioria dos entrevistados (73%), mas entre aqueles que já ouviram falar do tema (27%), 86% acreditam na sua eficácia e se mostram favoráveis à vacinação.

A pesquisa também identificou mitos relacionados à dengue, que devem ser esclarecidos, como: “42% acreditam que a dengue ocorre exclusivamente no verão”, quando se sabe que a dengue tem pico no verão, mas pode ocorrer em qualquer época do ano, e “24% pensam que a doença só atinge pessoas das classes sociais mais baixas”, quando os dados de incidência mostram que a dengue é uma doença democrática, que está presente em todo o Brasil, seja em localidades de clima quente ou frio, e atinge todas as classes sociais.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de junho a 31 de julho de 2023, com 2 mil pessoas, acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, por telefone. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Acesse a pesquisa completa aqui.

Dados complementares da pesquisa IPSOS na região Centro-oeste:

  1. 39% disseram que já tiveram dengue e 78% conhecem alguém que teve a doença.
  2. Entre os que tiveram dengue, 80% fizeram alguma alteração na sua casa ou sua rotina após pegarem a doença.
  3. 65% lembraram da dengue quando questionados sobre quais surtos de doenças são recorrentes no Brasil, mas somente 40% acreditam que o número de casos aumentou entre 2022 e 2023.
  4. Em relação às formas de contágio, 81% dos entrevistados associam a transmissão da doença à picada do mosquito.
  5. 39% não se sentem seguros quanto à possibilidade de contrair a dengue.
  6. 70% não sabem quantas vezes uma pessoa pode pegar dengue.
  7. 97% acreditam que a dengue pode ser evitada.

Sobre a Takeda

A Takeda está focada em criar uma saúde melhor para as pessoas e um futuro melhor para o mundo. Nosso objetivo é descobrir e oferecer tratamentos que transformem vidas em nossas principais áreas terapêuticas e de negócios, incluindo gastrointestinal e inflamação, doenças raras, terapias derivadas de plasma, neurociência, oncologia e vacinas. Junto com nossos parceiros, visamos melhorar a experiência do paciente e avançar uma nova Fronteira de opções de tratamento por meio de nosso pipeline dinâmico e diverso. Como uma empresa biofarmacêutica líder baseada em valores e orientada por Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com sede no Japão, somos guiados por nosso compromisso com os pacientes, nossas pessoas e o planeta. Nossos funcionários em aproximadamente 80 Países e regiões são movidos por nosso propósito e fundamentados nos valores que nos definem há mais de dois séculos. Para mais informações, visite https://www.takeda.com.

Referências

  1. SAÚDE, Ministério da. Saúde de A a Z. Aedes Aegypti. Painel de Monitoramento de Arboviroses. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aedes-aegypti/monitoramento-das-arboviroses. Acesso em setembro de 2024.
  2. UNICEF. Esforços globais de imunização salvaram pelo menos 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/esforcos-globais-de-imunizacao-salvaram-pelo-menos-154-milhoes-de-vidas. Acesso em setembro de 2024.
  3. SAÚDE, Ministério da. Em novo passo na luta contra a dengue, Brasil inicia vacinação em crianças. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/fevereiro/em-novo-passo-na-luta-contra-a-dengue-brasil-inicia-vacinacao-de-criancas>. Acesso em setembro de 2024.
  4. SAÚDE, Ministério da. Menos da metade dos adolescentes que vacinaram contra a dengue tomaram a segunda dose. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/setembro/menos-da-metade-dos-adolescentes-que-vacinaram-contra-a-dengue-tomaram-a-segunda-dose. Acesso em outubro de 2024. 
  5. SAÚDE, Ministério da. Apenas 30% dos adolescentes em Mato Grosso receberam a segunda dose da vacina contra a dengue. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias >. Acesso em outubro de 2024
  6. Biswal S, et al. Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in healthy children and adolescents. N Engl J Med. 2019; 2019;381:2009-2019.
  7. Biswal S, et al. Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in healthy children aged 4-16 years: a randomized, placebo controlled, phase 3 trial. Lancet. 2020. 2020;395:1423-1433.
  8. Vianney T., Delia Y., Humberto R., et al. Longterm efficacy and safety of a tetravalent dengue vaccine (TAK-003): 4·5-year results from a phase 3, randomised, double-blind, placebocontrolled trial. Lancet Glob Health 2024:12:e257-70.
  9. Climate chang, thermal anormalies, and the recent progression of dengue in Brazil. Barcellos C at al. www.nature.com/scientificreports (2024) 14:5948

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Saúde

Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta

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© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas diferentes, por apresentarem resultados insatisfatórios em laudos emitidos por laboratórios públicos.

Além disso, foi identificada a comercialização de um azeite de origem desconhecida e fora dos padrões estabelecidos, com ordem pela apreensão e suspensão total da vendas.

As medidas sanitárias constam em uma resolução publicada nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU).

A polpa de fruta de morango da marca De Marchi teve o lote 09437-181 (com validade até 01/11/2026) recolhido, após o resultado inconsistente no ensaio pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo de análise emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).

Também por resultado insatisfatório sobre quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, a Anvisa pediu o recolhimento de um lote do Champignon inteiro em conserva, da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote em questão é o 241023CHI, com data de validade de 10/2026. O laudo foi emitido pelo Lacen-DF.

O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve um lote recolhido, por resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre, que se encontra acima do limite permitido, conforme laudo também emitido pelo Lacen-DF. A medida abrange o lote 29, com data de validade de 01/2026.

No caso do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos, a determinação da Anvisa é pela apreensão total e proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.

Além do produto ter origem desconhecida, segundo a agência, o laudo de análise apresentou resultado insatisfatório, estando em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente nos ensaios de rotulagem e físico-químico.

A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pelo produto, consta com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistência nos registros da Receita Federal.

A reportagem busca contato com as marcas citadas para obter um posicionamento e incluir na matéria.

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Saúde

Anvisa alerta sobre uso do formol como alisante de cabelos

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (7), um informe de segurança alertando sobre os riscos à saúde e aos cabelos relacionados ao uso de alisantes capilares, especialmente os que contêm substâncias proibidas, como o formol, ou formaldeído, e o ácido glioxílico. Os produtos irregulares podem causar desde irritações na pele até problemas respiratórios e danos irreversíveis à estrutura capilar. 

O documento destaca que, atualmente, o formol é permitido em produtos cosméticos no Brasil apenas como conservante, em concentrações de até 0,2%, e como endurecedor de unhas, até 5%. Seu uso como agente alisante é proibido e representa sérios riscos à saúde. 

A Anvisa chama a atenção que “o ácido glioxílico, também proibido para essa finalidade, pode causar severos danos quando aquecido, sendo especialmente perigoso quando combinado com outros procedimentos, como a descoloração dos fios capilares”. 

O informe traz orientações detalhadas para consumidores e profissionais de salões de beleza:

  • consumidores devem verificar se o produto é regularizado junto à Anvisa; 
  • evitar produtos sem rótulo ou com promessas enganosas; 
  • seguir corretamente as instruções de uso; 
  • ficar atento a sinais como coceira, ardência ou dificuldades respiratórias. 

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Os profissionais devem utilizar apenas produtos regularizados e devem recusar o uso de substâncias proibidas, mesmo que a pedido do cliente. A Anvisa alerta ainda que os profissionais adotem medidas de proteção individual e mantenham os ambientes ventilados. 

A Anvisa esclarece também que “a adição de formol a cosméticos é considerada infração sanitária grave e pode configurar crime hediondo, conforme o artigo 273 do Código Penal”. 

A agência reforça a importância do monitoramento e da avaliação de produtos cosméticos após a sua comercialização para prevenir riscos e proteger a saúde pública.

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Saúde

O bem e o mal de estalar a coluna: você costuma fazer isso? – Por Dra. Dejayne Avelino

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Foto: divulgação
Foto: divulgação

Para alguns, estalar a coluna é sinônimo de alívio e relaxamento; para outros, gera sensação de medo e agonia. O que vemos é o quanto essa prática pode ser comum, realizada sozinho, por um profissional da saúde ou mesmo por aquele colega que acha bacana gerar o barulho do estalo no outro.

Você já passou por essa experiência? Se a resposta foi sim, fica o questionamento: houve uma avaliação do seu caso antes?
Essa é a pergunta-chave para entender o bem e o mal de estalar a coluna — prática que pode ser extremamente benéfica no alívio das tensões na região, mas que também pode causar danos, por vezes, irreversíveis.

A coluna é uma região forte, com muitas estruturas musculares, articulações móveis e grande área de inervação, que sai da coluna e é distribuída para as demais áreas do corpo, como pernas e braços. Ela é a grande responsável pela sustentação do corpo, assim como atua diretamente nos movimentos de flexão, extensão, inclinação e rotação do tronco. Entre as articulações da coluna, também encontramos importantes vasos sanguíneos ligados ao cérebro.

Antes de realizar a manobra de estalar a coluna — que se chama manipulação vertebral e, inclusive, nem sempre gera o famoso barulho —, é de suma relevância entender a técnica correta a ser utilizada, a área a ser manipulada e, principalmente, se há indicação ou contraindicação para que a pessoa se submeta à técnica. É aqui que mora o perigo!

A técnica mal executada ou aplicada em uma pessoa com situação de saúde incompatível com sua realização pode acarretar lesões graves, como o rompimento da artéria vertebral, piora do quadro de dor prévio e fraturas.

Evidências científicas apontam que, quando aplicada corretamente, com indicação plausível e por profissionais capacitados, a manipulação vertebral pode, sim, ter efeito positivo para a coluna. Sendo assim, se você está sentindo dores e incômodos nas costas, busque por ajuda especializada para que passe por uma avaliação detalhada e possa receber o melhor tratamento para o seu caso. Afinal, com saúde não se brinca.

Dra. Dejayne Avelino

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