Música
Racionais MC’s e o Rap Nacional: Histórias de Luta e Resistência
O rap e o hip-hop no Brasil emergiram como movimentos culturais e sociais poderosos, especialmente a partir dos anos 1980, dando voz às periferias e comunidades marginalizadas. O surgimento do gênero no país esteve diretamente ligado à luta contra a desigualdade social, o racismo e a opressão. Ao longo das décadas, o rap evoluiu, adquirindo novas camadas de complexidade e uma hierarquia própria dentro do movimento.
Os anos 1980 marcaram o início da cena hip-hop brasileira, especialmente em São Paulo, onde figuras como Thaíde e DJ Hum começaram a realizar os primeiros shows de rap. O movimento, nascido nas periferias de São Paulo, especialmente nos bairros do centro da cidade, encontrou um lar no Largo São Bento, um espaço urbano onde b-boys, grafiteiros e rappers se reuniam para expressar sua arte e trocar ideias. Essa época marcou o nascimento do rap nacional como uma ferramenta para expor as realidades das comunidades negras e periféricas.
Reprodução/Internet: Thaíde e DJ Hum
Nomes como Racionais MC’s foram fundamentais para consolidar o movimento nos anos 1990. Liderado por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay, o grupo representou e ainda representa um dos maiores símbolos do rap no país. Suas letras, recheadas de crítica social, abordam temas como o racismo, a desigualdade, a brutalidade policial e o abandono das periferias pelo Estado. O álbum “Sobrevivendo no Inferno” (1997) foi um marco, consagrando o rap como uma voz poderosa da periferia e sendo estudado como literatura contemporânea.
Racionais MC’s (Reprodução Internet)
Nos anos 2000, o rap brasileiro começou a expandir sua audiência e diversificar suas temáticas. Durante esse período, nomes como MV Bill, do Rio de Janeiro, e Facção Central, de São Paulo, ganharam destaque. As letras de MV Bill denunciavam a violência e o abandono das favelas cariocas, enquanto o Facção Central se especializou em um estilo cru, descrevendo a realidade da violência urbana.
Nessa época, também emergiram novos estilos dentro do hip-hop. Sabotage, considerado o “maestro do Canão”, tornou-se um dos grandes nomes dessa fase, com um estilo próprio que mesclava letras fortes e complexas. Sabotage trouxe uma nova estética ao rap nacional, mas sua carreira foi interrompida tragicamente em 2003, com seu assassinato. Ainda assim, ele se tornou uma lenda e sua influência perdura até hoje.
Anos 2010: A Era do Rap Mainstream
Nos anos 2010, o rap brasileiro começou a entrar definitivamente no mainstream, alcançando uma popularidade jamais vista. Grupos como ConeCrewDiretoria e artistas como Projota e Emicida ganharam espaço no cenário nacional e trouxeram uma nova sonoridade, misturando o rap com outros gêneros, como o samba, o reggae e o funk.
Emicida teve um papel importante em popularizar o rap brasileiro para um público mais amplo, abordando temas que vão além das questões de violência urbana, trazendo discussões sobre identidade e ancestralidade. Seu álbum “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa…” (2015) consolidou sua presença na cena musical e o transformou em uma figura influente, especialmente nas questões raciais e de inclusão.
Reprodução/Internet
Ao mesmo tempo, Karol Conka e Rincon Sapiência trouxeram novos debates para o rap brasileiro, com uma abordagem estética e lírica mais voltada à exaltação da negritude, à crítica ao racismo estrutural e ao empoderamento negro. Karol Conka abordou a vivência feminina no rap e na sociedade, enquanto Rincon misturou o rap com o afrobeat, resgatando suas raízes africanas.
A Revolução Digital e o Novo Rap Brasileiro (2020-2024)
Nos anos 2020, a popularidade do rap só aumentou, consolidando-se como um dos gêneros mais ouvidos no país. A revolução digital, com plataformas de streaming como Spotify e YouTube, permitiu que novos talentos surgissem e alcançassem visibilidade. Artistas como Djonga de Belo Horizonte e Baco Exu do Blues da Bahia se destacaram por letras impactantes e cheias de crítica social, atingindo milhões de visualizações e ouvintes em plataformas digitais.
Djonga: Reprodução/Internet
Djonga trouxe uma nova voz ao rap nacional com letras que abordam as vivências negras e periféricas, enquanto Baco Exu do Blues explorou temas de sexualidade, racismo e identidade, rompendo barreiras temáticas e estilísticas. Outro nome que ganhou relevância foi BK‘, com letras que exploram a complexidade das vivências nas periferias e uma habilidade lírica marcante.
O rapper carioca Filipe Ret e a artista Tássia Reis também se destacaram ao longo dessa década. Tássia, além de sua carreira solo, é uma voz forte no movimento de representatividade feminina e negra no rap, trazendo discussões sobre feminismo e racismo.
Hierarquia no Movimento Hip-Hop no Brasil
A hierarquia dentro do hip-hop brasileiro tem como base o respeito aos pioneiros e àqueles que contribuíram para a construção do movimento. Os artistas mais antigos, como Racionais MC’s, Thaíde, DJ Hum e GOG, são considerados lendas e influências fundamentais. Essa reverência aos pioneiros é uma marca cultural no rap brasileiro, onde os artistas que ajudaram a construir o gênero recebem um respeito especial.
Nos últimos anos, essa hierarquia se mantém, mas é cada vez mais flexível, especialmente com a ascensão de artistas independentes e com a influência das redes sociais. O rap brasileiro atualmente possui uma estrutura descentralizada, onde novos artistas conseguem reconhecimento sem necessariamente passar pelos circuitos convencionais. Entretanto, os grandes nomes da velha escola, como Mano Brown e MV Bill, ainda são referências de autoridade e são respeitados pela nova geração.
O Cenário Atual e Perspectivas para o Futuro (2024)
Em 2024, o rap brasileiro continua a evoluir e a expandir suas fronteiras, com cada vez mais artistas rompendo os limites entre gêneros musicais. A força do hip-hop segue presente tanto nas questões sociais quanto no entretenimento, com novos artistas emergindo a cada ano, trazendo inovação e diferentes perspectivas. A agenda do rap nacional agora inclui debates sobre saúde mental, liberdade de expressão, diversidade de gênero e sexualidade, mostrando que o gênero é um espelho das demandas e lutas sociais contemporâneas.
Tasha & Tracie: Reprodução/Internet
Artistas como Tasha & Tracie e Febem representam essa nova onda que mescla as origens do rap com influências do trap, drill e outros estilos internacionais, mantendo viva a tradição crítica e questionadora do hip-hop. Em 2024, o rap é um dos gêneros mais consumidos e respeitados no Brasil, mostrando que a resistência das periferias não apenas ecoa como se fortalece, dando voz a uma nova geração que carrega o legado dos pioneiros e segue construindo novos caminhos para o futuro.
Texto: revistabx.com
A Setedias lança nesta terça-feira (10) pelo selo Nova Fase Music, o single autoral “Amnésia”. Com uma sonoridade indie/folk e uma abordagem poética e emocional, a música marca o início de um EP que promete trazer canções românticas com uma identidade cristã fora dos padrões tradicionais do gospel. Ouça agora por meio do link a seguir: https://ouca.nvfase.com/amnesia1
Escrita por Iuri Dias, vocalista e fundador da Setedias, “Amnésia” é inspirada em uma história real de amor, espera e reconexão. A letra narra o conflito de um homem apaixonado que tenta esquecer um sentimento persistente, sem sucesso. “Escrevê-la foi como abrir um diário que eu nem sabia que tinha guardado”, conta Iuri. “Hoje, vejo que até a dor tinha propósito”, coloca.
Amor, fé e tempo: a história por trás da canção
A música carrega a memória do início da história de amor entre Iuri e sua atual esposa. Jovens cristãos na época, os dois sentiram que não era o tempo certo para o relacionamento e decidiram se afastar. Foram quase dois anos sem contato, mesmo ainda nutrindo amor um pelo outro. Nesse tempo de silêncio e amadurecimento, nasceu “Amnésia”, uma canção sobre não conseguir esquecer quem se ama.
Com versos marcantes como “Atravessei toda a cidade, só pra passar em frente ao seu apê”, Iuri traduz em música o dilema vivido por muitos: o entre-lugar entre seguir em frente e esperar. A canção é uma espécie de tributo à espera, que no caso de Iuri e sua esposa teve final feliz: hoje, o casal é casado e tem três filhos.
Uma nova proposta de música cristã contemporânea
A Setedias nasce com uma proposta ousada: criar canções que unam espiritualidade, sensibilidade e arte, sem seguir os moldes tradicionais da música gospel. “Queremos falar de sentimentos humanos com alma cristã, mas também com poesia, vulnerabilidade e beleza”, explica Iuri. Ainda serão lançadas ao longo do ano outras faixas autorais nesse mesmo espírito.
“Amnésia” não é apenas uma canção romântica: é também um manifesto artístico que dialoga com quem viveu uma paixão não correspondida, um término recente ou está em um momento de espera. Coincidentemente (ou não), o lançamento acontece próximo ao Dia dos Namorados, o que pode intensificar ainda mais a identificação do público com a mensagem.
Produção independente
Gravada de forma independente, a faixa tem produção de Juanjo Ferreira, que também assume os arranjos de guitarra, baixo, banjo e teclados. Iuri assina a voz e o violão, enquanto Jonas Fagundes completa a formação na bateria. Juntos, os músicos constroem uma atmosfera íntima e envolvente, onde cada nota reforça a emoção da letra.
A escolha do indie/folk como estilo musical se conecta à proposta da banda de criar um som autoral, autêntico e que fuja do lugar-comum. A combinação de elementos acústicos, melodias suaves e letras intensas posiciona a Setedias como um nome promissor na cena alternativa cristã.
Com o lançamento de “Amnésia”, a Setedias promete conquistar tanto o público cristão quanto quem busca músicas com sentimento e profundidade. O single estará disponível em todas as plataformas digitais.
Siga a Setedias no Instagram:
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Acompanhe os próximos lançamentos da Nova Fase Music:
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Com informações da assessoria de imprensa Nova Fase Music
Pecastro e “Skate”, hip hop com propósito alcançando corações com o amor de Deus
Uma canção espontânea, inspirada pelo Espírito Santo, que fala sobre a importância de Deus na vida das pessoas, uma conscientização principalmente para os jovens.
Há três anos, em uma conversão de 360 graus, o cantor e compositor Pedro de Castro, o Pecastro, entregou a sua vida ao Senhorio de Jesus Cristo. Depois da sua caminhada na música secular, Pecastro ressurge com “Skate”, seu primeiro lançamento cristão, que sai pelo Grupo Show Gospel. O single autoral foi criado de forma espontânea com o Espírito Santo, “não foi escrita”. A canção foi gravada no home estúdio do artista. O videoclipe, captado na icônica praça Sopa de Letras, localizada na Zona Norte de São Paulo (SP), muito conhecida pelos skatistas, onde também acontece uma famosa batalha de rima chamada “Batalha da Norte”. A música carrega uma mensagem direta: “Sem Deus, você até pode ir longe, mas, na verdade, não chega a lugar nenhum.”
Mais do que um trap, “Skate” é uma ponte entre o urbano e o eterno. Uma entrega sincera, feita para alcançar jovens onde eles estão, com arte, verdade e evangelismo sutil. O lançamento conta com o desejo real de impactar corações. “Skate” é o começo de uma nova jornada para o rapper Pecastro e uma chance de transformação para quem a ouve.
A canção já estava em stand-by há muito tempo, então, “o Senhor me levou a resgatá-la e trabalhar nela principalmente para fazer o clipe. A estratégia não foi minha, mas sim de Jesus, para alcançar os jovens”.
Pecastro resume assim a mensagem central: “Como jovens, podemos ir muito longe neste mundo, mas sem a Palavra do Senhor, na verdade não vamos a lugar algum. Resumindo: o que verdadeiramente importa é Deus e o que Ele diz.”
O cantor e compositor desse trap diz que esta canção o toca de modo especial, pois, com sua mensagem, ele pôde sentir o amor de Deus pelos jovens e por esta geração e a aprovação dEle por este evangelismo sútil e sincero: “Para mim, ela significa o início da minha carreira no segmento cristão, caminhando para o fim dessa fase sonora de hip hop/trap, rumo ao amadurecimento musical.”
Como forma de reativar um dom, o Senhor mandou que Pecastro rimasse em uma batida da internet. Assim surgiu a música “Skate” e muitas outras, porém, ela ficou guardada. Muitos meses depois, veio-lhe o anseio por trabalhar nisso novamente e lançar especificamente a canção “Skate”: “Não via nada demais, porém, me veio uma visão do impacto que isso geraria como evangelismo e propagação da Palavra, além de conscientização e edificação. O clipe da música também foi ofertado em minha vida.”
Os profissionais que trabalharam neste projeto foram: HeyRick na produção musical, Pedro de Castro na mixagem e masterização. Na direção do clipe, filmagem e edição: Lucas Lobeu (@twinsfilmes), arte da capa: Guilherme Sueth. Elenco/participações: Matheus Constante e Luis Fernando Zanatelli. Fotógrafo: Lucas Lobeu.
“Com as coisas que anseia e que estão disponíveis neste mundo, você realmente pode ir muito longe. Entretanto, sem Deus, isso não é nada, pois, na realidade, você não irá a lugar algum. Você pode alcançar o trabalho dos sonhos, conquistas materiais, mas, espiritualmente falando, sem Deus, isso não é nada e pode gerar um enorme vazio em você, o vazio que somente Deus pode preencher. Tudo o que importa é Ele. Tudo com o Senhor é maravilhoso, porque Ele é maravilhoso! E estando com a Palavra, sendo exortado, aprendendo, conhecendo muito mais quem o Senhor é, quem verdadeiramente você é com Ele, aí sim você vai longe!” (Pecastro)
Assista ao videoclipe da canção “Skate”: https://youtu.be/NERl4FB5n4w?si=JOxNOKsy2o0jZ1nC
Ouça na sua plataforma digital preferida a canção “Skate”: https://onerpm.link/223038193523
Siga o cantor Pecastro no Instagram: https://www.instagram.com/pecastrooo
Acompanhe as novidades da Revista Show Gospel no Instagram: https://www.instagram.com/showgospel
Em um cenário musical em constante evolução, a dupla sertaneja Tiago e Zé Felipe se destaca não apenas por suas vozes marcantes, mas também pela ousadia de seus projetos. Com um novo projeto audiovisual intimista em andamento, os artistas prometem levar aos fãs uma experiência única e emocionante, que pode se tornar um marco na música sertaneja nacional.
O projeto, que está sendo desenvolvido com um enfoque na autenticidade e na conexão emocional com o público, busca retratar a essência da música sertaneja através de histórias pessoais e vivências que ressoam com a plateia. “Queremos que as pessoas se sintam parte da nossa jornada, que possam se identificar com as músicas e os momentos que vamos compartilhar”, explica Tiago.
Além da proposta intimista, Tiago e Zé Felipe revelaram que o projeto contará com a participação de grandes nomes do cenário artístico brasileiro. Embora os detalhes ainda sejam mantidos em sigilo, especulações apontam para colaborações com artistas renomados, que trarão novas sonoridades e enriquecerão ainda mais o repertório da dupla.
Os fãs podem esperar uma mistura de universos que vão além do sertanejo tradicional, com influências de outros gêneros musicais, refletindo a versatilidade dos artistas e a diversidade cultural do Brasil. “A música é uma linguagem universal, e queremos explorar isso ao máximo”, afirma Zé Felipe.
Tiago e Zé Felipe têm se mostrado cada vez mais conectados às novas plataformas digitais, e o projeto audiovisual promete ser uma experiência interativa, permitindo que os fãs acompanhem o processo de criação e se envolvam de maneira mais próxima. Lives, documentários e conteúdos exclusivos nas redes sociais estão entre as estratégias que a dupla pretende adotar.
Com uma trajetória marcada por sucessos e uma base de fãs sólida, Tiago e Zé Felipe estão prontos para surpreender o Brasil com este novo capítulo de suas carreiras. O lançamento do projeto está previsto para o próximo semestre, e os artistas prometem que será uma experiência inesquecível.
Fique atento às redes sociais da dupla e prepare-se para embarcar nessa viagem musical que promete emocionar e encantar todos os amantes da música sertaneja. A expectativa é alta, e a certeza é que Tiago e Zé Felipe sempre conseguem inovar e tocar o coração do público.
https://www.instagram.com/tiagoezefelipe?igsh=NDI0M2RtZndmOXg4
Imprensa @silvio_maia_