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Economia

Renan espera que 2025 seja o mais exitoso da história em concessões

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© Rovena Rosa/Agência Brasil

Com a expectativa de realizar 15 leilões em 2025, o Ministério dos Transportes espera obter o melhor ano em concessões rodoviárias de sua história

“Esperamos que 2025 seja o ano mais exitoso para leilões de concessão rodoviária da história do país”, disse nesta quinta-feira (27) o ministro Renan Filho.

O ministro conversou com jornalistas logo após o primeiro leilão de concessão rodoviária federal da Região Norte, na B3, em São Paulo. O leilão da rodovia BR-364 recebeu uma única proposta do consórcio formado pela empresa 4UM Investimentos e o Banco Opportunity.

Foi o décimo leilão da área de transportes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Segundo o ministro, os leilões já significaram R$ 123 bilhões em investimentos e infraestrutura

“Isso dá condição ao Brasil de garantir avanço de qualidade rodoviária, garantir o escoamento da produção, somando esforços com o aumento do investimento público”, disse.

“Nós mais do que dobramos os investimentos públicos e também estamos ampliando bastante a capacidade do país de atrair os investimentos privados, com leilões transparentes e que garantem justiça tarifária para o cidadão, além de responsabilidade do ponto de vista ambiental”, disse o ministro.

Único concorrente

Para Renan Filho, o governo não viu problemas em haver apenas uma concorrente para o leilão da BR 364.

“Leilão é assim mesmo. A iniciativa privada precisa se organizar para competir. Houve alguns pedidos ao ministério para que a gente adiasse por alguns dias o edital para outros concorrentes entrarem. Nós não vamos adiar a agenda. A agenda é pública, ela é garantida no edital, então não adianta solicitar para a ANTT [Agência Nacional de Transporte Terrestre] ou ao Ministério dos Transportes o adiamento de edital para participar de leilão”, afirmou.

“No passado, os leilões tinham só 30 dias entre a publicação do edital e a realização do próprio leilão. Agora, a gente ampliou isso para 100 dias. Então dá tempo de todo mundo estudar. Desde o ano passado já está publicada a carteira de leilões que vão ser realizados neste ano. A gente espera garantir leilões competitivos, como já garantimos em outros leilões, mas o importante é ter capacidade de atrair o investimento privado e com justiça tarifária”, ressaltou.

De acordo com o ministro, o importante para o governo é ter conseguido atrair novos players para as concessões. “Essas duas empresas que ganharam hoje nunca tinham participado de leilões antes do governo do presidente Lula. A gente conseguiu atrair novos competidores”.

Já para os próximos leilões, Renan Filho disse que a expectativa do governo é de ter concorrência ampla. “A gente teve vários leilões com ampla concorrência. Os próximos também terão”, garantiu.

Lei de Concessões

Na conversa com  os jornalistas, o ministro também comentou sobre a Lei de Concessões, que vem sendo modernizada pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com Renan, a lei atual é boa, mas será melhorada para reduzir riscos e atrair investimento internacional. “Nós, do Ministério dos Transportes, vamos ajudar no diálogo com o Congresso Nacional para a aprovação da modernização das leis de concessões e de PPP no Brasil, porque esse é um caminho que o país precisa percorrer para fortalecer os investimentos em infraestrutura”, disse.

O leilão

O consórcio formado pela 4Um Investimentos, gestora de recursos com sede em Curitiba e mais de R$ 7 bilhões em ativos sob gestão, e o banco Opportunity, venceu nesta quinta-feira (27) o leilão de concessão da BR-364, que liga Porto Velho, capital de Rondônia, a Vilhena, município na divisa com o estado do Mato Grosso. Ele foi o único concorrente do certame, que buscou a oferta de melhor desconto sobre a tarifa de pedágio.

Segundo o Ministério dos Transportes, o trecho concedido tem 686,70 quilômetros de extensão e é um importante corredor logístico, facilitando o escoamento de grãos entre a Região Centro-Oeste e os portos da Região Norte do país.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que a concessão prevê avanços na rodovia, com investimentos ultrapassando R$ 10,23 bilhões ao longo de 30 anos de contrato. “Estamos entregando aos nossos usuários o que há de melhor em concessão de infraestrutura, o que vai permitir eficiência energética e diminuir o custo logístico”, disse Guilherme Theo Sampaio, diretor-geral da ANTT. “O projeto tem o que há de melhor em sustentabilidade. É um projeto carbono-zero que proporciona integração multimodal, ligando rodovia e hidrovia”, completou.

Procurado pela Agência Brasil, o consórcio informou que dentre as obras previstas neste trecho estão a duplicação de 107 quilômetros da rodovia e 190 quilômetros de faixas adicionais. “Estamos satisfeitos em vencer este que é o primeiro leilão de uma rodovia federal na Região Norte do Brasil, especialmente em um trecho estratégico para a distribuição de produtos e a exportação pelos portos locais. Ampliaremos nossa atuação no país e vamos levar nossa capacidade técnica para os projetos de melhoria da rodovia”, disse Leonardo Boguszewski CEO da 4Um Investimentos.

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Economia

Bolsa cai após 15 altas seguidas e interrompe sequência de recordes

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© B3/Divulgação

Após uma série de dias de otimismo, o mercado financeiro teve um dia de ajustes. A bolsa teve leve queda após 15 altas seguidas, interrompendo a sequência de recordes.

O dólar subiu quase R$ 0,02 e aproximou-se de R$ 5,30, após atingir o menor valor em quase um ano e meio na véspera.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta quarta-feira (12) aos 157.633 pontos, com queda de apenas 0,07%. O indicador chegou a abrir acima dos 158 mil pontos, mas recuou até o início da tarde, com queda de 0,74% às 14h23. A bolsa recuperou-se nas horas seguintes e quase anulou a queda.

Com 12 recordes seguidos, a bolsa brasileira encerrou 15 pregões consecutivos de alta. Essa foi a maior sequência de valorização da bolsa brasileira desde dezembro de 1993 e janeiro de 1994, quando o Ibovespa subiu por 19 sessões.

A bolsa subiu 9,48% desde 21 de outubro, quando se iniciou a sequência de altas, e acumula ganho de 31,15% em 2025.

O principal fator que fez a bolsa cair nesta quarta foram as ações da Petrobras, as mais negociadas, que recuaram por causa da queda do preço internacional do petróleo. Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) caíram 2,99%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) perderam 2,56%.

O mercado de câmbio também teve um dia de ajustes. O dólar comercial fechou esta quarta vendido a R$ 5,29, com alta de R$ 0,019 (+0,37%). A cotação chegou a cair para R$ 5,26 às 10h, mas reverteu o movimento e passou a subir, pressionada pelo exterior, com moedas de países emergentes também desvalorizando-se.

A moeda estadunidense tinha caído por cinco sessões consecutivas. Na terça-feira (11), fechou em R$ 5,27, no menor valor desde 6 de junho do ano passado. Com o desempenho desta quarta, a divisa acumula queda de 1,64% em novembro e de 14,34% em 2025.

* Com informações da Reuters

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Economia

BB tem lucro de R$ 3,78 bi no terceiro trimestre, queda de 60,2%

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© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pressionado por novas regras contábeis e pelo aumento da inadimplência, o lucro do Banco do Brasil (BB) caiu no terceiro trimestre. De julho a setembro, a instituição financeira teve lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado na noite desta quarta-feira (12) pela instituição.

Nos nove primeiros meses do ano, o BB lucrou R$ 14,943 bilhões, recuo de 47,2% em relação ao mesmo período de 2024. Em todo o ano passado, o banco teve lucro recorde de R$ 37,9 bilhões.

Na comparação com o terceiro trimestre deste ano, o lucro ficou estável. De abril a junho, a instituição financeira lucrou R$ 3,784 bilhões.

Em nota, o BB destacou que a geração de receitas está aumentando, apesar das pressões provocadas pela inadimplência. Segundo o banco, o Programa Crédito do Trabalhador, que unifica a contratação de crédito consignado de trabalhadores de empresas privadas.

“O crescimento da margem [financeira bruta] no trimestre foi calcado principalmente em negócios com clientes, com destaque para as receitas com operações de crédito, influenciadas positivamente pelo desempenho no Crédito do Trabalhador, que contribui para a melhoria de mix e do retorno ajustado ao risco, além da boa gestão da liquidez”, informou o BB.

Em janeiro, entrou em vigor uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que alterou a contabilidade das instituições financeiras interferiu no resultado. Aprovadas em 2021, as novas regras só entraram em vigor neste ano.

A resolução muda o modelo de provisões (reservas financeiras para cobrir possíveis calotes) para perda esperada, feita com base em estimativas. Isso afetou a maneira como algumas despesas e receitas são reconhecidas.

Pelas novas regras, o reconhecimento das receitas de juros das operações consideradas estágio 3 (com atrasos acima de 90 dias) pelo regime de caixa fez com que o banco deixasse de reconhecer R$ 1 bilhão em receitas de crédito. O regime de caixa só permite o reconhecimento de receitas quando o dinheiro efetivamente entra no caixa da instituição financeira.

Inadimplência

O índice de inadimplência, que considera atrasos de mais de 90 dias, subiu para 4,93% no terceiro trimestre, contra 4,21% no terceiro trimestre de 2024 e 3,33% no terceiro trimestre do ano passado. O resultado é influenciado principalmente pelo agronegócio, segmento onde o banco lidera na concessão de crédito, e na linha de cartões de crédito.

Revisão das projeções

Com a queda no lucro, o BB revisou as projeções para 2025. Os novos números são os seguintes:

  • Lucro líquido ajustado: R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões; contra estimativa anterior de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões.
  •  Custo do crédito (perdas esperadas com inadimplência e outros riscos): R$ 59 bilhões a R$ 62 bilhões; conta estimativa anterior de R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões;

Crescimento do crédito

Com o aumento dos juros, o BB emprestou menos no terceiro trimestre, puxado principalmente pela retração no crédito às empresas. A carteira de crédito ampliada encerrou setembro em R$ 1,279 trilhão, queda de 1,2% no trimestre, mas alta de 7,5% em 12 meses.

Na distribuição por segmentos de crédito, os resultados foram os seguintes:

Pessoa Física: R$ 350,51 bilhões no fim de setembro, alta de 2,3% no trimestre e de 7,5% em um ano, com destaque para a nova modalidade de crédito consignado para CLT, destinado a trabalhadores da iniciativa privada, com R$ 9,2 bilhões emprestados.

Pessoa Jurídica: R$ 452,97 bilhões, queda 3,2% no trimestre, mas alta de 10,4% em um ano. A carteira para grandes empresas totalizou R$ 258,9 bilhões, com redução de 4,6% no trimestre, enquanto a carteira para micro, pequenas e médias empresas somou R$ 118,5 bilhões, recuo de 2,7% no trimestre.

Agronegócios: R$ 398,79 bilhões, queda de 1,5% em relação ao trimestre anterior, mas alta de 3,2% em um ano. 

Carteira de Crédito Sustentável: R$ 399 bilhões, financiando atividades que geram impactos sociais e ambientais positivos, com alta de 8% em 12 meses. Essa carteira corresponde a 32,9% do crédito total do banco.

Receitas e despesas

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,863 bilhões no terceiro trimestre. O valor representa alta de 1,3% em relação ao trimestre anterior, mas queda de 2,6% em relação a setembro do ano passado. Segundo o BB, os destaques na comparação trimestral são as receitas com linhas de administração de fundos (+7,1%); seguros, previdência e capitalização (+5,8%) e consórcios (+6,3%).

As despesas administrativas totalizaram R$ 9,812 bilhões no terceiro trimestre, alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre e de 4,7% em relação a setembro de 2024. O BB justificou a elevação com base no reajuste salarial de 4,6% em setembro do ano passado e nos investimentos em tecnologia, inteligência artificial e cybersegurança.

Dividendos

Em julho, o Banco do Brasil tinha reduzido de 40% para 30% a parcela do lucro distribuídas aos acionistas. Em julho, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento, reduziu a projeção de dividendos de estatais para 2025 de R$ 43,4 bilhões para R$ 41,9 bilhões.

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Economia

Governo amplia acesso de empresas ao Plano Brasil Soberano

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© REUTERS/China Daily/Proibida reprodução

Os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicaram nesta quarta-feira (12) a Portaria 21, que amplia o Plano Brasil Soberano, de socorro às empresas afetadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Com a nova medida, empresas que tenham 1% do faturamento das exportações para os Estados Unidos, entre julho de 2024 e junho de 2025, impactado pelas tarifas poderão ter acesso ao programa

Na regra anterior, poderiam buscar as linhas de financiamento emergencial empresas, microempreendedores individuais e produtores rurais que comprovassem impacto de mais de 5% do faturamento bruto nas exportações para os Estados Unidos.

As linhas de crédito somam R$ 30 bilhões e são operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os governos brasileiro e dos Estados Unidos seguem em negociação acerca das taxas. 

“Enquanto negocia com os EUA, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua atento para as necessidades do setor produtivo”, disse o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em nota. “Ampliamos o critério de faturamento e, como já havíamos previsto no Plano, aumentamos a abrangência setorial para contemplar também os fornecedores”, complementou.  

A portaria ampliou também o tipo de empresa que pode buscar o apoio, incluindo empresas que fornecem para exportadores, também com o critério de 1% do faturamento bruto como impacto mínimo.

Negociações

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se nesta quarta-feira (12) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo. 

Segundo o Itamaraty, os dois conversaram sobre o andamento das negociações bilaterais envolvendo tarifas comerciais.

Mauro Vieira informou que o Brasil encaminhou, no último dia 4 de novembro, uma proposta de negociação aos Estados Unidos, após reunião virtual entre as equipes técnicas dos dois países.

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