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Rosas de Ouro encerra Desfile das Campeãs em São Paulo

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

Nove escolas voltaram ao Sambódromo do Anhembi para o Desfile das Campeãs do Carnaval de São Paulo de 2025. Com transmissão da TV Brasil a noite de comemorações começou às 20h e se estendeu madrugada afora, em nove horas e meia de transmissão ao vivo e no Youtube.

A primeira escola da noite foi a Camisa 12, que conquistou o acesso à segunda divisão, de onde estava afastada desde 2006, com um desfile sobre o Alafim de Oió, termo que se referia aos reis do povo Oió, no que hoje é território da Nigéria, e vem da cultura Iorubá. A comissão de frente representou, além dos alafins, as entidades Exú, Xangô e Aiole.

O diretor de carnaval, Demis Roberto, destacou a complexidade da preparação e os desafios enfrentados nos últimos anos: “É muito difícil porque já batemos na trave há algum tempo, sem conseguir o acesso por detalhes: carro que não entra, situações imprevistas… Desde 2020, no ‘ano do pão’, fomos vice-campeões, mas só subia uma escola. Perdemos por um décimo. Já começamos o planejamento amanhã: teremos reunião geral para estruturar nosso carnaval. Chegaremos ao Acesso I respeitando as co-irmãs, mas cientes do nosso potencial”.

Assista à transmissão completa do Desfile das Campeãs do Carnaval de São Paulo 2025:

 

Este ano, a divisão de Acesso II promove duas escolas. A campeã, Pérola Negra, foi a segunda na avenida. A escola volta ao Acesso I, de onde foi rebaixada no ano passado, com um desfile perfeito, coroado com a nota máxima, 270 pontos. A escola teve como tema Exu-mulher, a partir de uma tese de doutorado sobre o tema, defendida na USP. A vitória  já inspira a Pérola a buscar o Grupo Especial em 2027.

“O trabalho foi bem difícil e intenso, porque são poucos componentes no Grupo de Acesso II e é pouco dinheiro. Com o dinheiro, não dá para fazer o carnaval. A gente teve que trabalhar muito para conseguir colocar um carnaval digno na avenida. A gente pode esperar sempre o melhor. Eu sou guerreira, minha comunidade é guerreira. O próximo passo, aos poucos, com humildade, é a gente conseguir ir para o Grupo Especial novamente”, declarou Sheila Mônaco, presidente da agremiação.

 

Pérola Negra, por Paulo Pinto/Agência Brasil

A Mocidade Unida da Mooca foi a terceira a festejar neste sábado (08), após o segundo lugar no Acesso I com uma homenagem a um “recém imortal”, chegando pela primeira vez ao grupo especial. O samba-enredo “Krenak – O presente ancestral” festejou o escritor, eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 2023 e presente nas duas noites de desfile. A escola tentava a ascensão ao Grupo Especial desde 2019 e teve entre seus destaques a Comissão de Frente, que recebeu nota 10. Para a coreógrafa Sabrina Cassimiro, responsável pela comissão de frente, foi um desfile marcado pela entrega dos participantes. “Foi dessa forma que passamos aqui, de uma forma muito intensa, dando a vida, entregando tudo o que poderíamos entregar. Eu acredito que o resultado disso é até a galera ter chegado na dispersão passando um pouco mal, porque é muita energia, é muita vibração, é muita coisa, é muito intenso”.

A campeã do Acesso I, Tom Maior, teve sua redenção este ano. Após uma queda inesperada em 2024 conquistou o acesso ao perder apenas dois décimos, com o samba “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade!”, reeditando a abordagem da escola sobre Angola para unir a comunidade e retomar seu lugar na elite.

“ É de fato uma coreografia com elementos africanos e afro-brasileiros. A gente fez em 40 minutos, bastante tempo de pista dançando uma coreografia tão forte e eu espero que o público tenha gostado. Todos os elementos da comissão foram muito bem pensados para essa nova Angola, essa reconstrução, esse lugar de uma criança que morre na guerra e que se encontra em outro lugar para ver a sua nação reconstruída”, contou Yaskara Manzini, coreógrafa da Comissão de Frente.
 

Tom Maior no Desfile das Campeãs do Carnaval de São Paulo.  Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Coube à quinta colocada do grupo especial encerrar o sábado e adentrar na madrugada de domingo. A Camisa Verde e Branco cantou “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!” em seu retorno ao desfile das campeãs após 23 anos. Atores como Wagner Cittadini e Daniel de Oliveira estiveram presentes, caracterizados como o cantor, falecido em 1990. Sua mãe, Lucinha Araújo, também participou da homenagem.

A Mocidade Alegre, quarta colocada, trouxe o enredo “Quem não pode com mandinga não carrega patuá”. Sempre entre as primeiras colocadas, com 8 títulos em 20 anos, a escola esbanjou animação e fé, cantando ainda o respeito à liberdade religiosa. Ao repórter Lincoln Chaves, o carnavalesco Caio Araújo, que teve este ano sua estreia na agremiação, disse que o carnaval da Mocidade foi de muita alegria, de muita animação, entregando o visual que a comunidade esperava da escola. Saímos do carnaval maiores”

Terceira colocada, a Gaviões da Fiel surpreendeu o público no Anhembi em 2025 com o enredo “Irin Ajó Emi Ojisé – A Viagem do Espírito Mensageiro”, desenvolvido pelos carnavalescos Julio e Rayner. A escola mergulhou na visão de mundo dos povos africanos, trazendo um espetáculo grandioso, repleto de simbologia, cultura e emoção, e entregou um desfile belo e bastante elogiado, mesmo após ter alguns de seus carros impactados por um forte temporal, três dias antes do primeiro desfile.
 

Escola de Samba Gaviões da Fiel durante o Desfila das Campeãs. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A vice-campeã Acadêmicos do Tatuapé trouxe a Justiça como tema, no enredo  “Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar”. O desfile, quase perfeito, teve nota 269,8, a mesma da campeã Rosas de Ouro, com desconto de um décimo no último item, Evolução, justamente o critério de desempate. No quarto Desfile das Campeãs seguido, a Tatuapé comemorou o quarto lugar em 2022 e 2023 e terceiro no ano passado. O enredo trata de temas difíceis, como a desigualdade social, o racismo e a importância da justiça para todos.

Encerrando a noite, Rosas de Ouro comemorou o título ao cantar a história dos jogos, abrindo com seu “cassino Brasilândia” e diversas outras menções ao bairro de origem da escola da zona norte. O resultado surpreendeu um pouco, pois nos últimos anos a Rosas teve participações modestas. Com o título deste ano a Rosas apostou na nostalgia, falando de brincadeiras que atravessaram infâncias e, algumas, séculos. Esse foi o oitavo título da Rosas de Ouro. A escola já venceu em 1983, 1984, 1990, 1991, 1992, 1994 e 2010. A conquista mantém a Rosas na quinta colocação entre as escolas que mais venceram o carnaval em São Paulo. Ela está atrás da Vai-Vai, com 15 títulos, Mocidade Alegre, com 12, Nenê de Vila Matilde, com 11, Camisa Verde e Branco, com 9. Um detalhe interessante é que a fantasia da rainha da bateria retomou uma tradição da escola, a de trazer o cheiro de rosas perfumando a avenida.
 

Rosas de Ouro encerra Desfile das Campeãs. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasi

*Com informações da TV Brasil

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Daline Kennedy brilha em atrações de rádio e televisão no litoral paulista

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Daline Kennedy na sede da Record TV Litoral e Vale: Crédito: Divulgação/Claudia Knutsson Manager
Daline Kennedy na sede da Record TV Litoral e Vale: Crédito: Divulgação/Claudia Knutsson Manager

Executiva de Sertãozinho, radicada há muitos anos nos Estados Unidos, compartilha experiências sobre educação e amplia notoriedade em cenário internacional

Durante visita recente ao Brasil, Daline Kennedy esteve no “Balanço Geral“, da Record TV Litoral e Vale, em conversa conduzida por Alexandre Furtado. No encontro, falou acerca do projeto “Renascer“, voltado à educação financeira feminina.

A empresária, natural do interior paulista e atualmente estabelecida em Pensacola, na Flórida, também participou da Fly 99,1 FM, onde foi entrevistada no programa “Geração Mulher” pelas apresentadoras Eliane Corrêa e Rosangela Mouraria Santana. Na ocasião, ressaltou a relevância de orientar famílias e companhias em busca de equilíbrio.

Com 37 anos, a profissional e College Planning Advisor atua em parceria com a American College Foundation, sediada em Cambridge, Massachusetts. Sua proposta é oferecer suporte para diferentes perfis enfrentarem imprevistos e estruturarem um amanhã mais seguro.

Alexandre Furtado e Daline Kennedy: Crédito: Divulgação/Claudia Knutsson Manager

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#EP.33 do Soucast – Luzia Moraes: a mulher que transforma cultura em legado

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Ela é jornalista, escritora, produtora cultural e ativista ambiental. Já foi premiada, homenageada e aplaudida em palcos no Brasil e no exterior. Agora, lança seu primeiro livro infantil, A Sereia e o Urso, e compartilha com o Soulcast as raízes de sua missão e o poder de se reinventar com propósito.

Neste episódio o Soulcast que está sendo disponibilizado nesta quarta-feira, dia 17 de setembro, ao comando da competente apresentadora Nelma Cabral fala sobre:
A infância que moldou sua paixão por narrativas;
A experiência de levar cultura brasileira a países como França, Itália e EUA;
Os bastidores do seu livro infantil e sua conexão com o feminino e o imaginário;
A força de uma mulher que sabe exatamente o que está fazendo e por quê.

Prepare-se para se emocionar, inspirar e acreditar, mais uma vez, que histórias têm o poder de mudar o mundo.

Assista, comente e compartilhe com quem precisa ouvir essa mensagem.

Disponível no
YouTube: https://youtu.be/VqLMSVjJKpI?si=oH-9To16kKWjrJvK

Spotify: https://open.spotify.com/episode/7F7cN0fjw8hyf2ixQZfkuD?si=h0gUzSATSGum6Dy3cRdJbw

Mais informações:
@pod_soulcast
@luziamoraes777 . Podcast edinhotaon/ Edno Mariano

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Vestibulares do 2º semestre: cuidado com o corpo e a mente é essencial, alertam especialistas

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Faltando poucos meses para os principais vestibulares do país, milhares de estudantes vivem uma rotina de estudos puxada. Para além das apostilas e simulados, o segredo pode estar no equilíbrio entre corpo e mente, apontam especialistas.

Brasil, setembro de 2025: Com a chegada do segundo semestre, intensifica-se a preparação de milhares de estudantes do ensino médio para a Fuvest e outros vestibulares. Mais do que revisar conteúdos, especialistas destacam que equilíbrio físico e emocional é fundamental para um bom desempenho.

“Sono regular, alimentação equilibrada, exercícios físicos e pausas de descanso fazem parte da rotina de quem quer ter um bom desempenho. Sem isso, nenhum conteúdo é absorvido de verdade”, afirma Taís Guimarães, diretora pedagógica da Legacy School.

A psicóloga da escola, Camila da Silva Conceição, reforça que cuidar da saúde mental é tão essencial quanto estudar:

“O vestibular é um período de pressão, ansiedade e expectativas elevadas. Para lidar com isso, os estudantes devem manter horários regulares de sono, alimentação equilibrada e momentos de lazer — como caminhar, ler por prazer ou praticar hobbies. Pequenas pausas ajudam a manter o cérebro ativo e reduzem o estresse, favorecendo a concentração e o desempenho.”

Entre outras recomendações estão:

Revisar com estratégia: focar nos temas mais recorrentes e nos conteúdos ainda desafiadores.

Fazer simulados: reproduzir o ambiente e o tempo da prova para reduzir a ansiedade e melhorar a gestão do tempo.

Cuidar da alimentação e do sono: evitar estudar madrugada adentro. Corpo e mente precisam estar preparados para absorver conhecimento.

Usar a tecnologia a favor: aplicativos de organização e plataformas adaptativas podem otimizar o estudo.

Planejar a vida pós-vestibular: refletir sobre cursos, cidades e moradia ajuda a reduzir a pressão e o estresse.

A atenção ao equilíbrio entre estudo, sono, alimentação e lazer transforma o período de preparação em um momento de crescimento pessoal, além de melhorar a performance na prova, permitindo que os estudantes encarem o vestibular com mais confiança e foco.

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