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Saúde

Saúde mental: o impacto da violência doméstica além da agressão.

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Saúde Mental O Impacto Da Violência Doméstica Além Da Agressão.
Arquivo pessoal.

Não precisamos ficar muito atentos aos jornalísticos para que de imediato surjam notícias sobre violência doméstica em algum ponto do país. Segundo o DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher, em pesquisa apresentada em novembro de 2023, três em cada 10 mulheres já sofreram algum tipo de violência doméstica. Tal pesquisa é realizada bienalmente, desde 2005, e serviu como suporte à criação da “lei Maria da Penha”.

Uma primeira informação é que, em sua maioria, o autor da violência é o marido ou companheiro em 52% dos casos, seguido de ex-companheiros/maridos/namorados (15%). Outro ponto importante verificado é o tipo de violência que a mulher sofre: violência psicológica 89% dos casos, violência moral 77%, violência física 76%, violência patrimonial 34% e por fim, a violência sexual 25%. É bom destacar que a maioria das mulheres relataram ter sofrido a primeira violência ainda muito jovens.

Avaliando os dados acima, percebemos como é ainda muito forte este tipo de violência, apesar de que nos últimos anos houve aumento das denúncias, seja nas delegacias, igrejas e no próprio seio familiar.

O fato é que a violência doméstica é um dos principais fatores estressores que tem levado mulheres a buscar ajuda relacionado à saúde mental nos consultórios. Transtornos ansiosos e depressivos estão entre os mais citados.

Quando essas mulheres chegam ao consultório, sempre apresentam comportamentos muito acanhados, com vergonha para falar, diminuídas em sua condição, sofrendo com sua autoestima muito baixa. Várias já apresentando doenças físicas em decorrência do nível de estresse sofrido, dentre as principais: doenças cardiovasculares, reumáticas e gastrointestinais.

Dentro do cuidado na saúde mental dessas vítimas o acolhimento deve ser feito de forma muito cuidadosa e muito empática, pois essas vítimas trazem uma carga de preconceito e descaso muito pesada e todo e qualquer novo trauma compromete e muito seu tratamento.

É importante também e, muitas vezes, não relacionado à saúde da mulher, mas que indiretamente causam verdadeiros estragos em sua saúde psicológica, são os efeitos sofridos pelos filhos. Estudos demonstram que os filhos que conviveram com essa violência apresentam dificuldades de aprendizado, déficit cognitivo, além também de transtornos mentais. Isso tudo para a mãe faz com que ela se sinta incompetente e que tenha falhado como mãe, por não conseguir protegê-los.

Algumas mulheres estão mais suscetíveis a vir a sofrer com a violência doméstica, então conhecer alguns fatores ajudam a identificar possíveis agressores e proteger essas mulheres é essencial. Algumas das situações que indicam que a mulher pode vir a sofrer violências são:

– Mulheres que vivem em isolamento social;

– Pouco conhecimento de seus direitos;

– Mulheres com histórico de doenças mentais;

– Uso de álcool e drogas;

– Dependência afetiva e econômica;

– Presença de comportamentos muito rígidos;

– Mulheres excluídas do mercado de trabalho;

– Deficiências;

– Mulheres de etnias, raças e escolaridades menos assistidas.

Para que a violência doméstica tenha seus efeitos minimizados, algumas medidas e atitudes podem ajudar na redução dos efeitos e no acolhimento dessas vítimas, como: manter um bom relacionamento familiar e o estabelecimento de fortes vínculos afetivos; atitude de buscar ajuda de outras pessoas e profissionais capacitados; buscar manter uma autoestima elevada; manter relações harmoniosas no trabalho; ter consciência de seus direitos e ter capacidade de se manter e a sua família promovem a segurança dessa mulher.

É importante também que as autoridades governamentais priorizem uma rede assistencial em saúde e proteção social bem estruturada e integrada, inclusive aos órgãos de segurança pública e judiciário para que realmente se tenha uma proteção efetiva para essa mulher e família atingida pela violência.

Não esqueça, tenha empatia e caso conheça alguém que esteja vivenciando essa situação, ajude e oriente a procurar os profissionais de saúde mental e assistência social.

Olá. Sou o Dr. Marcio R. Renzo. Psicanalista, membro da Associação Brasileira de Psicanálise, Fisioterapeuta e Major no Corpo de Bombeiros de São Paulo. Pós-graduado em Neuropsicologia, Geriatria e Gerontologia, Psicanálise Clínica Avançada, Oncologia e com diversos cursos na área de saúde. Pautas ligadas à saúde e bem-estar. Possuo diversos artigos publicados, participações em programas e entrevistas em vários veículos de comunicação (revistas, sites, etc.)

Saúde

Fiocruz cria ferramenta para monitorar substitutos do leite materno

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

O programa Inova Fiocruz, da Fundação Oswaldo Cruz, impulsionou o desenvolvimento de ferramenta aberta para monitorar em tempo real o marketing digital dos substitutos do leite materno em plataformas digitais. Um protótipo da ferramenta foi apresentado em um evento paralelo da 78ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, nesta quarta-feira (21), com a presença de autoridades nacionais e internacionais. 

Segundo o pesquisador Cristiano Boccolini, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz, que desenvolve a ferramenta, alguns países estão adotando ferramentas pagas e não customizadas, feitas por empresas que oferecem o serviço por meio de cobrança anual, que são “uma caixa preta”.

 “O diferencial da ferramenta da Fiocruz é que é programada em código aberto e é gratuita. O usuário tem controle do processo do monitoramento, permitindo, acesso completo a todo o processo. É uma ferramenta que varre tanto os sites comerciais quanto as redes sociais, anúncios pagos, os dark posts, entre outras coisas”, explicou Boccolini.

Para o pesquisador, quem usar a ferramenta da Fiocruz terá controle e conhecimento de todas as informações do monitoramento, bem como o gerenciamento das bases de dados. “É um grande avanço para a saúde pública, já que mais à frente poderá ser usada para monitorar propaganda de álcool, tabaco, cigarro eletrônico, refrigerante e outros produtos.”

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, presente ao evento, lembrou que hoje (21) é o Dia Mundial de Proteção ao Aleitamento Materno. Ele saudou a contribuição da fundação.

“Reconheço a fundamental atuação do presidente da Fiocruz, Mario Moreira, e a dedicação de pesquisadores e trabalhadores da instituição na discussão sobre o tema. Temos muito orgulho da contribuição da Fiocruz para a implementação dos bancos de leite no Brasil e em outros países.” 

Padilha disse ainda que “a amamentação é um dos pilares mais eficazes para garantir o início saudável da vida. Ela protege contra a desnutrição, reduz a incidência de doenças infecciosas, previne obesidade e doenças crônicas e promove o desenvolvimento cognitivo. Ainda assim, com numerosos benefícios, os índices de aleitamento exclusivo e continuado estão aquém do ideal. No Brasil, apesar de avanços, em 2019 apenas 46% dos bebês eram amamentados exclusivamente até os 6 meses e somente 35% aos 2 anos”. 

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira afirmou que a instituição tem, há décadas, um compromisso com a promoção do aleitamento materno.

“Nossas parcerias internacionais, a Rede Global de Bancos de Leite Humano, todas as iniciativas nesse campo mostram que, para a Fundação, é fundamental valorizar o aleitamento e levar à frente esta bandeira, que salva vidas e previne doenças”.

A representante do governo mexicano, a embaixadora Francisca Méndez, afirmou que as ações em favor do aleitamento materno não significam “estar contra a indústria, mas sim ser a favor das crianças, da sua saúde, de seus direitos e futuro. O México está empenhado em trabalhar com todos para garantir que cada criança, independentemente de onde nasça, tenha a oportunidade de ter um início de vida saudável”. 

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Saúde

Rede Odonto Special acelera expansão no Sul com nova unidade no interior do RS

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A Odonto Special, rede de clínicas odontológicas que tem a apresentadora Sabrina Sato como sócia, anuncia a inauguração de sua mais nova unidade no Rio Grande do Sul, na cidade de Panambi, no noroeste do estado. A clínica, localizada na R. Sete de Setembro, 511, no centro da cidade, é a segunda operação gaucha da marca e a quarta na Região Sul, consolidando a estratégia de expansão da rede em mercados promissores.

A nova unidade é fruto da conversão de uma clínica local e está sob a gestão do franqueado e empreendedor Jean Carlos Casagrande. Com uma equipe de cinco colaboradores, a clínica oferece todas as especialidades odontológicas, atendendo de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9 às 12h.

O Rio Grande do Sul é considerado estratégico para a Odonto Special devido ao seu mercado consumidor robusto e à demanda por serviços de saúde e estética de alta qualidade. “O perfil exigente da população gaúcha está alinhado com os valores da nossa rede, que preza pela excelência clínica e acessibilidade”, destaca o sócio-fundador e dentista Dr. Felipe Abreu.

A expansão da Odonto Special ocorre em um contexto de crescimento do setor de franquias na Região Sul. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor registrou um aumento de 12,8% no faturamento no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior . Esse desempenho reforça o potencial da região para investimentos em franquias de saúde e bem-estar. 

“A chegada a Panambi reforça nosso compromisso de levar odontologia de qualidade a mais brasileiros, especialmente em regiões com grande potencial de crescimento”, afirma Sidney Kalaes, sócio da Odonto Special. A presença da apresentadora Sabrina Sato como sócia da rede também contribui para a credibilidade e visibilidade da marca, atraindo novos investidores e impulsionando a expansão nacional.

Com planos de abrir novas unidades em polos regionais e áreas metropolitanas do Sul, a Odonto Special busca consolidar sua presença na região, oferecendo infraestrutura moderna e atendimento de excelência. Para mais informações sobre a unidade de Panambi, acesse o Instagram oficial: @odontospecial.panambi.

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Saúde

Tecnologia revoluciona ortodontia, oferecendo tratamentos mais rápidos, precisos e confortáveis

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Aparelhos metálicos ou extrabucais saem de cena e dão espaço a tratamento personalizado com alinhadores discretos

Quem cresceu nos anos 2000 provavelmente ainda lembra do arrepio ao ver Darla, a temida personagem de “Procurando Nemo”, sacudindo um saquinho de peixes com um enorme aparelho extrabucal no rosto. Para muita gente, aquele visual virou símbolo do desconforto que era usar aparelho. A boa notícia? Tudo isso ficou no passado.

A ortodontia passou por uma revolução silenciosa, guiada pela tecnologia. Escaneamentos digitais, inteligência artificial e alinhadores transparentes estão substituindo estruturas metálicas por conforto, precisão e tratamentos personalizados. Hoje, o planejamento digital e as simulações em 3D permitem movimentações dentárias mais seguras, previsíveis e quase invisíveis.

No Brasil estima-se que 35% da população necessite de tratamentos ortodônticos. “Essas inovações nos permitem apresentar ao paciente, logo na primeira consulta, uma projeção do resultado final do tratamento. Isso ajuda a aumentar a confiança e o engajamento do paciente no processo. Agora, temos controle total sobre cada movimento dental, o que evita surpresas e aumenta a eficácia do tratamento”, explica Wagner Alviano, ortodontista com mais de 20 anos de experiência e doutorado em Ortodontia pela UFRJ.

A digitalização também tem impactado a forma como os pacientes se relacionam com os profissionais. O uso de ferramentas digitais permite uma comunicação mais transparente e envolvente, algo muito valorizado por um público que está cada vez mais exigente quanto à clareza dos processos. “Com essas tecnologias, o paciente tem o poder de acompanhar cada etapa do tratamento, o que cria um vínculo mais forte e uma experiência mais tranquila”, afirma Alviano.

No consultório, os benefícios são imediatos. Moldes de gesso, geralmente desconfortáveis e demorados, estão sendo substituídos por escaneamentos digitais, que geram modelos precisos e rápidos da arcada dentária. Isso não só reduz o tempo de consulta como também acelera o planejamento do tratamento. “Antes, era necessário esperar dias para receber os modelos físicos, agora podemos iniciar o planejamento quase que de imediato, após a coleta dos dados digitais”, explica o especialista.

Além disso, a personalização do tratamento é um dos maiores ganhos dessa nova era da ortodontia. Os avanços tecnológicos permitem que cada caso seja tratado de maneira única, respeitando o ritmo biológico de cada paciente e promovendo uma experiência mais eficiente e menos traumática. “Cada sorriso é único, e agora podemos oferecer soluções personalizadas para cada paciente, tornando o tratamento mais eficaz e confortável”, acrescenta Alviano.

Essa revolução tecnológica tem atraído mais pacientes para a ortodontia, especialmente aqueles que hesitavam em optar pelos tradicionais aparelhos metálicos. O uso de alinhadores transparentes, que são praticamente invisíveis, tem permitido que as pessoas corrijam seu sorriso de forma discreta, sem comprometer a estética. “A tecnologia proporcionou uma ortodontia mais humana, respeitosa com o tempo e as necessidades de cada pessoa, e agora ela está mais acessível a um número maior de pacientes”, pontua.

A democratização da ortodontia digital

No Brasil, o uso de tecnologias avançadas em ortodontia ainda enfrenta desafios, principalmente no que se refere ao custo inicial de implementação dessas ferramentas e à necessidade de capacitação contínua dos profissionais. No entanto, a tendência é que esses recursos se tornem cada vez mais acessíveis, com a popularização de sistemas de escaneamento e a crescente adoção de cursos de especialização. Especialistas do setor apontam que, com o tempo, os tratamentos se tornarão mais rápidos e acessíveis, permitindo que um número maior de pessoas tenha acesso a um sorriso mais saudável e esteticamente agradável.

Essa evolução tecnológica também está trazendo um novo foco para a ortodontia. Não se trata apenas de um tratamento estético, mas de um serviço que impacta diretamente a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes. “A ortodontia digital é uma ponte entre saúde bucal e bem-estar emocional, criando uma experiência que vai além da estética”, conclui Wagner Alviano.

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